Finja Até Ser Verdade escrita por Samyy


Capítulo 2
A Droga do Sorriso


Notas iniciais do capítulo

Oie!! Mais uma vez obrigada a todes que interagiram com a história, seja favoritando ou comentando, me deixa bem animada a continuar. Antes deste capítulo vou só informar algumas coisitas sobre a história, umas curiosidades e para que vocês entendam melhor:

— eu escrevi a história bem despretensiosamente, então ela não tem um enredo mto mirabolante cheio de reviravoltas, mas é claro, tem sua essencia
— teremos por volta de 20 capítulos que já estão praticamente escritos e finalizados. Os capítulos serão mais curtinhos e vão direto ao ponto pq eu não gosto mto de enrolação, mas será super divertido acompanhar pela perspectiva da hermione
— temos os outros personagens, mas a intenção é focar na interação romione
— pra mim é mto importante enfatizar que hermione é negra, única coisa boa que a jk me proporcionou nos últimos 5 anos
— se, por acaso, vcs acharem q as coisas estão corridas ou não estão bem explicadas, me avisem, por favor pq a opinião de vcs é ouro pra mim
— e essa história é uma versão adaptada de uma au text q eu postei no twitter antes da pandemia, por isso q os capítulos tem um stories de instagram, ainda tô decidindo se teremos em tds ou só em alguns

Por enquanto é isso, espero que vocês gostem!



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— Você e Ron, quem diria, hein? – Ginny solta um longo assovio atraindo a atenção da mesa ao nosso lado.

— Eu diria, todo mundo nessa universidade diria! – Astoria rebate.

Todo mundo – TODO MUNDO – soube sobre nosso suposto namoro. Todo mundo mesmo!

Minha mãe – que neste exato momento está na ÁFRICA fazendo trabalho voluntário, sem muitas formas de se comunicar com o ocidente – me ligou para perguntar que história é essa? 

O diálogo correu mais ou menos assim: 

— Que história é essa, Hermione Olivia Granger? – foi a primeira coisa que ela me perguntou.

— Aconteceu… – foi difícil mentir para a única pessoa que merecia a verdade. 

— Vocês estão usando camisinha? Ouvi dizer que esse tal de Ronald é um…

— Mãe! – interrompi antes de ouvir mais do que precisava. — Estamos nos cuidando, prometo. Nada de netos ou doenças venéreas, por enquanto. 

Os pais de Harry, – de quem sou meia-irmã, longa história, um dia eu explico – com quem convivo desde sempre, me ligaram para me parabenizar por finalmente estar saindo com alguém. 

Qual é, uma garota não pode ser feliz solteira?

— Fico feliz por finalmente se permitir aproveitar sua juventude um pouco. Mas caso ele quebre seu coração, ficarei feliz em lhe apresentar meus punhos.

Pais… o que faríamos sem eles? Do jeito que eles falam parece que eu tenho 15 anos, não que completaria 20 dali alguns dias. 

— Não se preocupe, James. Não haverá nenhuma broken hearted-girl por aqui. – eu adoro Beyoncé, mas zero chances de protagonizar uma de suas canções. 

Colocando os pingos nos is, todo mundo sabia de nosso namoro porque Ron é meio que uma celebridade no campus: vantagens de ser um dos astros do time de vôlei da Universidade de Hogwarts, eu imagino.

Vai Fenix!

O único desatualizado – ou finalmente perdera o interesse, aleluia, amém – parecia ser meu stalker. Nos dias que se seguiram ao nosso anúncio, eu não escutara, ou melhor, não lera, não recebera uma mensagem sequer. 

Melhor para mim, claro! Quem sabe o plano estivesse dando certo, afinal.

— Vamos combinar que a tensão sexual entre vocês era palpável. – disse Draco.

— Ei, ei. Estamos falando da minha irmãzinha, mais respeito, por favor. – obrigada, Harry! — Mas não posso negar que sempre achei que tinha algo rolando entre vocês, pelas nossas costas.

E isso lá é assunto para um almoço de quarta-feira?

Eu não sei de onde todos tiraram isso. Consigo entender o pensamento das pessoas de fora do nosso grupo, que não convivem conosco, mas não de nossos próprios amigos. 

Ok, eu estaria mentindo se dissesse que Ron não é nem um pouco atraente… eu disse um pouco? Bom, definitivamente ele é algo a mais.

Não consigo me decidir se são os olhos azuis, mas sempre evito olhá-lo por mais do que o tempo necessário. Ou os braços, ele tem mãos macias e dedos compridos. Talvez a altura ajude, afinal…

Certo, eu o acho terrivelmente bonito. Pecaminosamente sedutor. Ron é o único cara – desde que entrei na puberdade – pelo qual eu senti aquele formigamento nos dedos, aquele arrepio gostoso no baixo ventre e uma vontade de sentir alívio – embora eu não saiba exatamente de que forma. 

— Aparentemente não escondemos tão bem assim. – dou de ombros e sinto a palma de sua mão contra minha pele. 

Ele manteve o braço o tempo todo, desde que nos sentamos para almoçar, sobre meus ombros. Por reflexo, um gesto completamente involuntário que me transmite segurança e, ao mesmo tempo, passa uma mensagem velada caso meu stalker esteja por perto: vaza babaca, ela tem dono!

Machista, primitivo, mas eficiente.

— Não mesmo. – Ron me encara e sorri. 

Chego a uma conclusão: obviamente é um conjunto de todos os seus atributos, mas, para mim, era a droga do sorriso. Seu sorriso em nada se comparava ao da irmã gêmea. Era de tirar o fôlego – e, certamente, de molhar calcinhas, já que me fazia pensar em coisas que eu não deveria. 

Foco, Hermione!

— Eu só estou extremamente curioso para entender como tudo isso aconteceu. 

Nós sabíamos que haveria um interrogatório, por isso alinhamos nossas respostas. Exatamente como se quiséssemos encobrir um assassinato e definir nossos álibis. 

— Bom, – Ron começa a contar o que combinamos, tentando soar o mais apaixonadamente possível. — sei lá, um dia eu só percebi o quanto Hermione é incrível e divertida. – ele tem um olhar perdido, como se revisitasse suas memórias reais. É um bom ator, eu quase acredito em suas palavras. — Eu tentei a sorte, simplesmente a convidei para sair, um jantar. Ela aceitou, mesmo achando super suspeito, e começamos a nos ver com mais frequência. Até que oficializamos tudo.

— Claro que achei suspeito, pensei que você só queria mais um nome na sua lista de conquistas. – parece a coisa certa a ser dita.

— Mas aceitou mesmo assim. 

— É o que parece. – meu tom de voz soa irônico, dou um sorriso para suavizar minhas palavras.

Nossos amigos parecem acreditar, nos tragam um Oscar! 

O almoço segue sem mais muitas questões sobre nós dois, mas acredite, estamos preparados para todas. 

Após quase uma hora de conversa – a uma hora mais longa da minha vida – descartamos a louça no local destinado e seguimos para nossas aulas da tarde.

Levo um susto quando Ron desliza sua mão pela minha. Isso aconteceu algumas vezes durante a semana, ainda não me acostumei. 

— Acho que nos saímos bem. – eu concordo. — Mas me sinto mal em mentir para eles.

— Eu sei, eu também, mas não podemos contar. Todo mundo precisa acreditar que é verdade. – ele assente resignado.

— Hoje você dá monitoria, né? 

— Sim, mas você não precisa me levar até lá. – digo rápido demais. 

Desde que a semana começou, Ron tenta me acompanhar em algumas aulas. Algumas são bem longes de onde ele precisa estar, já que nossos cursos ficam em cantos opostos do campus: eu, relações internacionais; ele, jornalismo. 

— Tudo bem, eu tenho um horário livre agora. 

Sou monitora de Introdução a Economia – apelidada carinhosamente de Inteco — e, para ganhar créditos extra, também acompanho as aulas. Após isso, dou uma hora e meia de monitoria, onde traduzo os termos extremamente técnicos que o professor utiliza. 

Enquanto caminhamos pelo corredor alguns de seus conhecidos o cumprimentam e eu sorrio levemente, sem saber muito bem como me portar, me sentindo quase como uma esposa troféu... sem a parte de eu ser extremamente atraente e ele um velho rico, claro.

— Aqui, sã e salva! – chegamos bem à porta do anfiteatro, onde as aulas são ministradas. 

— Ah, boa tarde, senhorita Granger. – o professor McLaggen aparece logo em seguida e me cumprimenta.  — E o senhor é meu aluno? Não lembro de tê-lo visto nas aulas.

— Hum, não, este é Ronald Weasley, meu… namorado. – esta é a primeira vez que preciso apresentá-lo usando nossos novos títulos. É… diferente.

— Weasley, huh? Acho que já ouvi este sobrenome.

— Ele joga pelo time da universidade. – você pode até não conhece-lo pessoalmente, mas já ouviu seu sobrenome, é sempre assim.

— Entendo. – o professor estende a mão. — Prazer, sou o professor Cormac McLaggen.

— Prazer!

— O senhor tem uma namorada brilhante, Hermione foi a única estudante capaz de gabaritar minha prova de meio de semestre.

— Não tenho dúvidas de que ela é genial.

Pigarreio. Os dois conversam como se eu não estivesse bem ali. 

— Bom, vou entrando para dar início a aula. – ele se despede.

— Eu também deveria ir. – digo quando nos vemos sozinhos novamente. — Obrigada por me acompanhar, mas realmente, não precisa. 

— Não é nenhum esforço para mim, além do mais, gosto de caminhar. 

Nos despedimos. Ron beija a minha testa. 

— Se cuida!

Já em casa, muitas horas mais tarde, ainda sinto a sensação dos lábios quentes de Ron contra minha pele. Foi mais uma encenação, mas as sensações causadas em meu corpo são, com certeza, reais.

Por isso, tento evita-lo – ou melhor, tentava, né. Não é normal, nem coerente me sentir assim. Não pode ser algo bom.

Estou escrevendo um artigo para uma aula de ciência política quando meu celular vibra, uma mensagem chegou. Eu também tremo, mas não pelos motivos certos.

 

S: Tá de namoradinho, é?

 

(via: Instagram da Hermione)


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Notas finais do capítulo

Gnt eu não sei qnts anos vcs tem, mas caso não conheçam, Broken-hearted girl é uma música de sofrência da Beyoncé. Eu assistia ao clipe e fingia sofrer horrores por ela em 2010, sdds Mix TV



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