Finja Até Ser Verdade escrita por Samyy


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oie, eu não ia postar essa história aqui, mas como o Nyah faz parte da minha vida fanfiqueira não faria sentido não postar aqui.
Espero que gostem e no próximo cap eu explico melhor sobre essa minha ideia



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— Nós podemos fingir que estamos namorando! – Ronald diz e eu, com toda a certeza do mundo, o encaro como se um Alien tivesse saído de sua boca.

No final do ano passado, pela primeira vez na minha vida, eu pedi por um namorado em meu mapa dos sonhos, – uma folha de papel onde você coloca todos os seus desejos para o próximo ano – sem nenhuma pretensão real de que se realizasse, mas, aparentemente, o universo resolveu zombar da minha cara.

Embora fossemos amigos, eu tentava não passar muito tempo com Ron. Por quê? Eu meio que tinha medo de sua fama de pegador. Medo de que se passássemos tempo juntos o suficiente eu acabaria, de alguma forma, caindo nas garras de um dos amigos de meu meio-irmão.

E, mesmo assim, ali estávamos os dois na cafeteria da universidade às 08 da manhã de um sábado. Como eu fui parar ali mesmo?

Ah sim, quando, por acaso, nos encontramos no caminho para cá.

O que estamos fazendo na universidade a essa hora da manhã? Eu estudo melhor no ambiente acadêmico, Ron vem para se exercitar. Boatos de que nosso ginásio poliesportivo é incrível, eu jamais poderia afirmar com certeza.

— E como exatamente fingir que namoramos vai ajudar em alguma coisa? – eu tinha que perguntar, não é mesmo?

Pedimos café e algo para forrar o estômago, uma coisa levou a outra e eu acabei lhe contando sobre meu suposto stalker— aquele que descobrira meu número de celular e me mandava algumas mensagens, dando a entender que sabia de toda a minha rotina – e ele me contara sobre uma de suas ficantes fixas – aquela que esquecera o acordo deles de serem exclusivos, fora vista aos beijos com Ernie MacMillam e agora implorava por seu perdão.

Ron me recomendou registrar um boletim de ocorrência, – e eu o fiz, mas o número utilizado pelo stalker, aparentemente, não é ligado a ninguém; sem falar que a polícia não se importava realmente com meu caso – eu lhe disse para se sentar e conversar com Lavender Brown, ser direto e esclarecer que não queria mais nada com ela – e ele já o fizera, contudo, ao que tudo indica, Lilá está convencida de que Ron está se fazendo de difícil e, na realidade, a quer de volta.

— Bom, para início de conversa, saber que você tem alguém pode afastar essa pessoa que vem te perseguindo. Eu sei que é horrível, mas esse tipo de homem só respeita outras mulheres se souber que há outro homem em suas vidas. – hm, ele tem consciência de gênero? – E caso aconteça um encontro, eu não me oporia em dar alguns socos na cara desse covarde.

Sou contra violência, mas as palavras de Ron me causam um leve frenesi, um tremor peculiar que eu vinha sentindo com frequência em sua presença.

Não seria de todo ruim, não é mesmo?

— Além disso, pelo pouco que conheço de Lilá, ela só vai desencanar se eu estiver com outra pessoa. Só vejo vantagens nesse arranjo.

Hmm. Ele faz isso parecer tão simples.

Ron e eu nos conhecemos através de nossos irmãos: Ginny e Harry começaram a namorar exatamente um mês após se conhecerem, o verdadeiro significado de amor à primeira vista. E um pouco de impulsividade à primeira vista também,

Ao contrário de mim, que não tive muitos namorados (apenas dois para ser mais exata) e, com certeza, não os amei perdidamente. Hoje em dia, olhando tudo por outra perspectiva, chego até a duvidar que se quer gostei deles.

Sabe como é, adolescente com os hormônios a flor da pele...

Dean Thomas foi meu primeiro beijo, mas eu terminei tudo quando ele quis mais do que eu estava disposta a oferecer.

Terence Higgs foi um caso rápido que tive no primeiro ano de universidade, fruto da pressão de ser caloura.

Definitivamente não sou boa com relacionamentos amorosos, prefiro manter tudo no nível da amizade, é mais fácil e seguro.

— Qual é, Ron! Se você precisa de uma namorada falsa há centenas de candidatas mais adequadas do que eu. – e, como se para validar meu pensamento, assim que termino de falar duas amigas entram na cafeteria, muito melhor arrumadas do que eu estou no momento.

Suas mini saia e jeans justo – não que eu esteja julgando a roupa de alguém! – combinam bem melhor com o casaco do time da universidade de Ron do que meu casaco de lã e salopette.

— Qual é, Mione! – ele rebate. — Não é isso o que os amigos fazem uns pelos outros?

Amigos... Por conta de nosso grupo de amigos em comum toda universidade pensa que também nos pegamos de vez em quando.

— E todo mundo já acha que estamos juntos mesmo. – ele completa, eu reviro os olhos.

Não disse?!

Racionalmente pensando, um namoro falso tinha lá seus benefícios... Assim eu cumpro as expectativas de todo mundo, sem precisar cumprir as obrigações de um namoro real. Meus amigos, familiares e mãe com certeza ficariam felizes.

Por mais que eu odeie admitir, ele tinha certa razão.

— Tá, hipoteticamente falando, se assumíssemos um relacionamento, como isso funcionaria? – olho ao redor para ter certeza de que ninguém está prestando atenção em nossa conversa.

— Nós assumiríamos o relacionamento publicamente e ver no que dá.

— Não, precisamos planejar isso direito. Vão haver perguntas. – o que ele estava pensando? Eu quase dei para trás, Ron não entendia as implicações do que faríamos. — Precisamos estabelecer regras e combinar nossa história. Primeiro de tudo: nada de beijos e, principalmente, sexo. – sinto minhas bochechas esquentarem, mas preciso deixar tudo esclarecido para não me enfiar em uma furada. Felizmente minha pele negra não o deixa perceber meu constrangimento.

— Concordo, embora eu ache que uma hora ou outra teremos que nos beijar na frente de nossos amigos.

Adiarei isso o máximo que puder, não é uma boa ideia mesmo.

— Ok, então isso nos leva à segunda regra: demonstração mínima possível de carinho, obviamente apenas quando rodeados de outras pessoas e apenas quando estritamente necessário. Isso inclui toques, beijos e apelidos carinhosos.

— Claro, meu benzinho.

Me contenho para não rolar os olhos novamente, típico de Ron.

— Terceiro: se, por caso, qualquer um de nós nos interessemos de verdade por alguém, devemos comunicar imediatamente um ao outro. Assim terminamos tudo amigavelmente, ninguém precisa levar a fama de infiel. – eu, com toda certeza, não queria ser conhecida como a ex-namorada traída.

— É o mínimo que podemos fazer.

— E, mais importante: não contar a verdade a ninguém. A história vai se espalhar melhor e será mais crível se todos acharem que é verdade.

— Então, temos um acordo? – Ron estende a mão sobre a mesa.

Uma vozinha insistente me dizia que isso não daria certo, mas Ron não estava totalmente errado: seria vantajoso para ambos, podia dar certo. Naquele momento os prós superavam os contras.

— Temos um acordo. – receosamente aperto sua mão.

— Precisamos tirar uma foto para marcar este momento.

Ron pega o celular e exibe um largo sorriso cheio de dentes, não deixando dúvidas do quão bonito ele é. Eu sorrio timidamente, sem mostrar meus dentes, torcendo para passar tanta credibilidade quanto devemos.

A foto de casal fica ótima.

Mais tarde, após discutirmos a história que contaríamos a todos, meu celular vibra com notificações de duas redes sociais diferentes:

No Instagram Ron acaba de me marcar em uma foto em seu stories, que eu nem mesmo o vi tirar, seguida da frase: o jeito q ela me faz querer ser uma pessoa melhor é diferente.

Faço um print screen da tela apenas para guardar esta memória.

No Facebook:

Ron Weasley está em um relacionamento sério com você.

 


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Notas finais do capítulo

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