Em qualquer dia num possível futuro escrita por Nemui


Capítulo 4
Capítulo 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806098/chapter/4

            Havia uma energia pesada no ar, tanto que a égua relinchou e recuou alguns passos, amedrontada. Sísifo desceu do carro e anunciou em voz alta:

            “Eu sei que está escondido na mata. Esta jovem está sob a proteção do Santuário de Athena. Recomendo fortemente que não tente nada contra ela e parta em paz.”

            O ruído de passos no mato levou à aparição de um homem, grande e musculoso, de cabelos meio grisalhos, vestindo uma armadura azulada, coberta por um brilho que Korina nunca havia visto. Imediatamente sentiu medo, diferente daquele quando os assaltantes apareceram. Era como se Sísifo não estivesse pronto para enfrentar aquele perigo.

            “Em nenhum momento você abriu brecha para atacá-la, então presumo que terei de enfrentá-lo diretamente. É melhor que seja aqui, longe da cidade.”

            “Pode me dizer quem é e por que deseja prejudicá-la?”

            “Não tenho nada contra ela especificamente. Vim aqui buscando vingança… contra o pai dela.”

            “Ele já morreu há muitos anos. Não há motivo para arrastar seu rancor a uma jovem inocente.”

            “De fato… Mas eu não consigo abrir mão do meu desejo. Afinal, Silas, o Fio da Morte, tirou a vida da minha amada filha. E agora eu vim para devolver o favor.”

            “Fio da Morte?”, repetiu a garota, confusa.

            “É como ele era chamado antes de apaixonar-se por sua mãe. O seu pai, garota, era um assassino de primeira.”

            “Não! Meu pai não era nada disso!”

            “Acredite no que quiser, ele era um dos melhores das linhas de frente dos guerreiros de Hermes.”

            “Hermes”, repetiu Sísifo. “Então ele era um guerreiro que servia a um deus, assim como eu sou um cavaleiro de Athena. E você?”

            “Meu nome é Karpos, guerreiro de Hermes, igual a ele. Costumávamos ser companheiros e até bons amigos no nosso domínio.”

            “Companheiros... No diário de Silas, havia uma menção a um crime imperdoável. Poderia nos contar mais sobre isso?”

            “Não é nada da conta de um cavaleiro de Athena, mas tudo bem. Espero que entenda o motivo de eu estar aqui. Silas e eu éramos grandes companheiros. Trabalhamos juntos em muitas missões para o nosso deus… Mas ele tinha uma posição de destaque, sabe? Além de fazer trabalhos oficiais, também realizava assassinatos, de forma escondida, até de seus amigos. Todo aquele que quebrava as leis de Hermes recebia uma punição… Por exemplo, a lei de não constituir uma família. E eu tinha uma: a minha filha. Eu não sabia que Silas era um desses sujeitos, que matava aqueles que fugiam à lei. Ele sabia de minha filha, conhecia desde que era uma criança… E, mesmo assim, foi ele quem a executou.”

            “Eu sinto muito por sua filha, mas isso não justifica matar a filha dele. Vocês eram companheiros. Por que não tentou compreender o lado dele?”

            “Compreender... Eu compreendo o lado dele perfeitamente. Silas a matou quando ela fez dezoito anos. O motivo disso é muito simples: ela só foi descoberta nessa idade, por algum descuido nosso. Ele não teve escolha senão matá-la ao receber a ordem.”

            “Então por que não o perdoou? Ele claramente não tinha a intenção de prejudicá-los originalmente.”

            “É porque ele quebrou uma importante promessa que fez a mim.”

            “Promessa?”

            “Ele me prometeu que, se algo me acontecesse, ele cuidaria dela. Por que, então, não me matou no lugar dela?! Por que obedeceu ao deus Hermes e matou a minha filha? Ele sabia o quanto ela significava para mim. Então, por quê…?”

            Karpos emitiu um forte brilho e deu alguns passos adiante. Sísifo, colocando-se entre eles, finalmente abriu a urna e revelou uma aura semelhante, na cor dourada, em torno de seu corpo. Imediatamente, peças vindas de sua urna de ouro cobriram-no até protegê-lo dos pés à cabeça. Korina, confusa, contemplou a armadura dourada, que chegava a ofuscá-la ao refletir os raios de sol, com enormes e elegantes asas que lembravam a figura de um anjo.

            “Pare. Não dê um passo a mais. Eu disse: Korina está sob a minha proteção.”

            “Por que um cavaleiro de Athena se meteria nesse assunto? Isso é um problema dos guerreiros de Hermes.”

            “Vou ser sincero, não entendo muito bem as leis de Hermes e seus guerreiros. Contudo, meu irmão fez uma promessa a Silas: disse que protegeria sua filha na época de seu aniversário de dezoito anos. Eu, Sísifo de Sagitário, estou aqui para cumprir a promessa no lugar dele.”

            “Essa promessa é uma covardia. Sabendo dos meus sentimentos, matou a pessoa que mais amo… e depois cometeu o mesmo crime. Agora estou aqui para devolver o favor. Vou enviá-la para junto dele, garota.”

            “Não se depender de mim”, replicou Sísifo. “Não tenho absolutamente nada contra Hermes ou seus guerreiros, mas teremos de entrar em combate caso insista nessa vingança sem sentido.”

            “Sem sentido? Não há sentido no que ele fez comigo! Saia da frente, cavaleiro! Olympian’s Fury!”

            Um tornado brilhante surgiu do pulso de Karpos na direção deles. Korina involuntariamente protegeu-se com os braços, sabendo muito bem que seria inútil. Contudo, o ataque nunca a alcançou. Ao reabrir os olhos, deparou-se com Sísifo, exibindo seu brilho dourado e detendo o gigantesco ataque apenas com as mãos.

            “Sísifo!”

            “Korina… Saia daqui. Eu vou detê-lo, não se preocupe. Vou cumprir a promessa que te fiz. Volte para casa.”

            Mesmo que ele dissesse aquilo, ela não conseguia mover um músculo. Tudo era muito surreal. O que eram aqueles brilhos? Magia? Seu pai era um assassino, um guerreiro, da mesma forma que aquele tal de Karpos? Mesmo sabendo que precisava fugir, não conseguia, pois aquele era um passado que precisava conhecer melhor. Desceu do carro e falou para o guerreiro de Hermes:

            “Meu pai sempre me amou com todas as forças. Se ele realmente matou sua filha, tenho certeza de que se arrependeu. Acredite em mim! Será que não poderia perdoá-lo?”

            Karpos, em resposta, interrompeu o ataque. Sísifo segurou um dos braços, de onde escorria um fio de sangue. Estava ferido.

            “Garota... Eu não tenho nada contra você… mas o que faria caso esse cavaleiro de Athena matasse a sua mãe depois de ter ganhado a sua confiança? Como se sentiria?”

            “Sísifo jamais faria isso!”

            “Era o que eu pensava de Silas! Mas ele matou a minha filha. E então? Como se sentiria?”

            Apenas imaginar a situação gerou-lhe uma aflição indescritível. Korina recolheu as mãos junto ao peito, tímida e com medo de proferir a resposta:

            “Eu… Eu me sentiria triste… magoada… e traída.”

            “É exatamente como eu me senti. Anos de amizade jogados fora como se não fossem nada. É por isso que estou aqui. Quando você nasceu, eu jurei para ele… que você não viveria mais do que minha filha. Espero que me perdoe. Eu realmente não tenho nada contra você, jovem.”

            “Não se esqueça de mim”, interveio Sísifo, manifestando-se. “Ainda não sei a verdade de tudo que houve entre você e Silas, Karpos… Mas, se um amigo meu fizesse isso comigo, sendo alguém de confiança, eu negaria esse crime até o fim. E, mesmo que me sentisse magoado, jamais faria o mesmo com a criança dele. Há muitas e muitas circunstâncias nas leis dos guerreiros de diferentes deuses, mas há algo que eu sei: nada é mais valioso do que a amizade com seus irmãos de armas. Vocês lutaram juntos. Devem ter arriscado a vida um pelo outro. Por que então não pode negar o que houve? Tem realmente provas de que Silas a matou?”

            Karpos desviou um pouco o olhar, pensativo:

            “Quando ela morreu, ele me trouxe as roupas dela, cobertas de sangue.”

            “Que poderiam muito bem ser sangue de qualquer animal. Ele não trouxe o corpo para que a velasse? Apesar de ele ter poupado a vida dela por dezoito anos e de ter sido seu amigo, não a trouxe de volta em respeito aos seus sentimentos?”

            “Esse é o tamanho da traição dele!”

            “Ou do seu próprio desejo em culpá-lo. Sabendo que não poderia vê-la mais, é fácil decidir um culpado por tudo o que houve.”

            “Está dizendo que ele não matou a minha filha? Bobagem! Se isso fosse verdade, ela teria voltado pra mim! Me poupe de suas mentiras, cavaleiro de Athena. Eu vou esmagá-lo antes de matar essa garota! Olympian’s Ultimate Crash!”

            O novo ataque, muito mais violento do que anterior, fez com que a égua desse meia-volta e fugisse, desesperada. Korina sentia que devia fazer o mesmo para não morrer, mas suas pernas continuaram imóveis. Estava preocupada demais com Sísifo naquela situação. Ele podia ser incrivelmente forte, mas estava apto a lutar contra aquele poder devastador?

            “Chiron’s Light Impulse!”

            Um ofuscante brilho surgiu de seu protetor e chocou-se contra o poder de Karpos. No final, nenhum dos dois acabaram muito atingidos, embora estivessem um tanto feridos. A garota finalmente compreendeu o tipo de proteção que recebera. Vinha diariamente andando com um guerreiro capaz de soltar aqueles golpes brilhantes, muito além do mais forte dos soldados. Bandidos de estrada nem chegavam aos pés dele. Karpos também reconheceu sua força:

            “Você é poderoso… Faz jus ao que ouvi sobre os famosos cavaleiros de ouro do Santuário de Athena. Um talento como o seu no exército de Hermes seria incrível.”

            “Escute, Karpos, não precisamos continuar com isso. Por que não pensa mais sobre o que aconteceu anos atrás? Reconsidere seus sentimentos e deixe Korina em paz.”

            “Tenho pensado nisso todos os dias nos últimos vinte anos! Você é muito jovem e ainda acredita em amizade e companheiros de armas. Ele me olhou bem no fundo dos meus olhos e afirmou, com todas as letras, que matou minha filha a mando do deus Hermes. Na ocasião, ele ofereceu a própria vida como preço a ser pago… Mas eu não tive coragem de tirá-la. Matá-lo nunca seria suficiente. Afinal, a minha vida, do pai, não era mais importante do que a vida de minha própria filha. Ela, que tinha talentos tão especiais e um futuro tão brilhante… Espero que me perdoe, garota… Mas eu só vou ficar satisfeito depois de cumprir minha vingança. Eu juro, Sísifo de Sagitário. Meu último desejo é iniciar um conflito entre nossos deuses. Não tenho absolutamente nada contra você… Mas, se continuar protegendo essa garota, teremos de lutar.”

            “Nós não precisamos lutar! Por favor, Karpos. Vamos conversar com calma.”

            “É tarde demais! Olympians Ultimate Crash!”

            “Chiron’s Light Impulse!”, anunciou Sísifo, em resposta.

            Os dois poderes chocaram-se violentamente, gerando um turbilhão em volta, forte o bastante para arrancar árvores do chão. Korina quase foi erguida também, mas uma rajada de vento a mantinha no chão. Aquilo era alguma obra de Sísifo? Agarrou-se a uma árvore com todas as forças, enquanto nada podia fazer para apaziguar os ânimos.

            Aos poucos, o equilíbrio de poderes perdeu-se, sendo o golpe de Sísifo um pouco mais poderoso. O cavaleiro procurou restabelecê-lo, pois não queria machucar seu oponente.

            “Karpos, pare! Se não interrompermos os nossos cosmos agora, um de nós morrerá! Eu não quero matá-lo, por favor!”

            “Cavaleiro… Não precisa deter o seu cosmos por mim. Ataque com todas as suas forças. Mate-me. Eu também atacarei com todo o meu poder… Por minha filha Alkes!!”

            “...Alkes?!”

            O poder de Karpos intensificou-se, e Sísifo, desconcentrado com a revelação do nome da filha de seu adversário, foi atingido em cheio. Korina tentou correr até ele, momento que o guerreiro de Hermes viu como brecha.

            “Agora! Perdoe-me, garota!”

            “Espere, Karpos”, gritou Sísifo. “Eu conheço Alkes!!”

            O pulso se deteve no meio do caminho. Korina não percebeu o movimento, mas Sísifo estava na sua frente, com o rosto a poucos centímetros do punho de Karpos, protegendo-a.

            “Como é…?”

            “Eu conheço Alkes”, repetiu Sísifo. “Ela foi a esposa do meu irmão mais velho… E ele conheceu o Silas.”

            Surpreso, Karpos recuou. Sísifo, com o rosto coberto de sangue devido ao último ataque, enxugou a testa e respirou aliviado por ter conseguido proteger a garota.

            “Não deve ser coincidência. No diário que escreveu, Silas comentou sobre o encontro com meu falecido irmão, Ilias de Leão. E foi o meu irmão que jurou a ele proteger Korina ao fazer dezoito anos. Minha cunhada também se chamava Alkes. Ela era uma sacerdotisa do Oráculo de Delfos, tinha o poder de prever os acontecimentos do futuro. Quando me tornei um cavaleiro, cheguei a consultá-la. Às vezes ela também assumia a forma de uma loba branca.”

            “Não está mentindo, está? Mas… Não há como você saber desse talento dela… Sacerdotisa do Oráculo de Delphos…?”

            “Infelizmente, ela já é falecida, mas isso não aconteceu quando tinha dezoito anos. Ela e meu irmão viveram isolados na floresta por muitos anos e tiveram um filho, o atual cavaleiro de Leão, Regulus. Ele não se lembra muito da causa da morte dela, mas acredito que ela tenha gastado todos os poderes para estender a vida de meu irmão, que sofria de tuberculose, para que ele pudesse educar o Regulus por um período. O desejo ardente dele era gerar uma nova vida que lutasse por Athena na guerra contra Hades que enfrentaremos no futuro.”

            “Então… Está dizendo que Alkes não morreu aos dezoito…? Que ela… Ela foi protegida pelo Oráculo de Delphos e depois se casou com seu irmão?”

            Karpos caiu de joelhos, e Sísifo entregou-lhe o diário de Silas.

            “Consegue lê-lo? Veja a página 121.”

            O guerreiro abriu o tomo e pôs-se a ler, em voz alta:

            “Meu caro amigo Ilias: o ato que cometi é imperdoável. Não é tão ruim quanto parece, mas é imperdoável. Quando o momento chegar, peço que faça todo o possível para que o final não traga lágrimas a todos. Korina não deve saber que já molhei minhas mãos de sangue tantas vezes, apesar de que o pior de meus crimes tenha sido aquele do qual você também foi cúmplice. Deixarei sua recompensa debaixo da macieira que plantei quando comprei o terreno. Se conseguir protegê-la, ela será toda sua.”

            “Este trecho é o que mais me intrigou”, comentou Sísifo. “Ao longo das páginas, ele repete sobre um crime que cometeu, e essa é a que revela mais detalhes. É imperdoável, mas aparentemente diferente daqueles em que ele molhou as mãos de sangue. Essa é apenas a minha suposição, mas… será que esse crime que pesava tanto na consciência de Silas não era o fato de não ter revelado a você que Alkes ainda vivia?”

            Karpos soltou o diário, como se as mãos perdessem as forças:

            “Ela foi descoberta porque eu quis comemorar o aniversário dela. Ele só tinha duas escolhas: matá-la ou matar-me… Mas, se ele não a matasse e eu continuasse a vê-la, era provável que seríamos descobertos. Por isso, ele a entregou ao Oráculo de Delphos, já que ela tinha aptidão para adivinhação…”

            “Meu irmão deve tê-lo ajudado, considerando essa menção à cumplicidade. Ele era um cavaleiro honrado, jamais participaria de qualquer ato nefasto. Sendo Alkes esposa dele, creio que todas as peças se encaixam. Ela não foi assassinada por Silas, e sim protegida por ele.”

            “E eu… quase matei a filha dele… Não! Mesmo se ele tivesse matado a minha filha… O meu crime não mudaria em nada. Sou eu o grande criminoso.”

            Lágrimas caíram dos olhos de Karpos, que se levantou.

            “Eu… peço perdão. Sísifo de Sagitário… Jovem Korina… Eu errei. Errei feio demais. Prometo que irei deixá-la em paz… e reconsiderar o terrível crime que cometi, pior do que o de meu amigo Silas… Acho que a morte não é suficiente. Eu… Esta será a última vez que nos veremos.”

            Korina aproximou-se do guerreiro e segurou-lhe as mãos, ainda que estivesse trêmula com os ataques impressionantes de minutos atrás. Tinha sido quase morta, mas não conseguia deixar de sentir pena daquele homem, que parecia ter amado Alkes da mesma forma como Silas a amara.

            “Pretende sumir…?”

            “Não há com o que se preocupar, minha jovem. Não vou incomodá-la mais. Perdão por ter tentado lhe fazer mal.”

            “Não é com isso que estou preocupada! Sísifo fez de tudo para não te matar e você acha que merece a morte? Disse que não o veremos mais. Não está pensando em…”

            “Não me resta mais nada, garota. Não sou digno de ser um guerreiro de Hermes depois do que fiz. E o pior: eu me agarrei ao desejo de vingança como o único motivo de viver depois que Alkes se foi. E ela não se encontra mais, não por ter sido morta, mas por ter se sacrificado por um homem que amava. O meu neto é agora um cavaleiro de Athena, muito distante de mim, forte e independente. O que me resta?”

            “Se deseja conhecer Regulus, posso arranjar isso”, ofereceu Sísifo. “Embora… Bem, ele provavelmente não ficará comovido, conhecendo-o”, acrescentou, rindo. “É um garoto muito mais ligado ao pai do que aos demais.”

            “Eu gostaria de conhecê-lo sim. Mas… é melhor que ele não saiba. Não quero atrapalhar a vida dele como cavaleiro de Athena, levantando suspeitas com o parentesco com um guerreiro externo. Não quero atrapalhar mais ninguém. Com licença.”

            Karpos começou a afastar-se lentamente, ainda chorando. E Korina, sem saber muito bem por quê, chamou-o:

            “Ah… Senhor Karpos?”

            Ele virou-se, o que a animou a prosseguir com o diálogo, abrindo um sorriso convidativo:

            “Hoje é meu aniversário de dezoito anos. Minha mãe disse que prepararia um bolo para mim. Ela é a melhor doceira que eu conheço. Será que… não gostaria de juntar-se a nós hoje à noite? Acho… Acho que meu pai ficaria feliz se viesse.”

            Ele tinha acabado de tentar matá-la. Provavelmente era aquele de quem ela mais devia ter medo. E, no entanto, Korina sentiu que precisava abrir aquela porta. Afinal, ele não fora amigo de seu pai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em qualquer dia num possível futuro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.