Daeron esperava qualquer coisa ao chegar em casa. Menos o seu pai morto enquanto o jovem Jaime Lannister tinha sua espada cravada no peito dele.

—Jaime? 

O menino olhou para ele assombrado.

—Ele ia nos matar. Todos nós.

O lábio de Jaime treme.

—"Queime tudo. Queime todos eles!" essas foram as últimas palavras de seu pai.

—Como? O que ele planejou?

—Fogovivo. Na cidade toda.

Daeron arregalou os olhos.

—Ele iria acionar. Tudo iria pelos ares em quilômetros. Todos nós iríamos irromper em chamas. Daeron... Eu tive que fazer! Eu tive! Eu não podia!

Jaime caiu no chão de joelhos, chorando.

Daeron o levantou, abraçando Jaime.

—Eu sei Jaime. Eu entendo. Eu entendo.

O barulho do choro de Jaime se tornou mais alto.

—Eu queria ser como Aemon o Cavaleiro Dragão ou Sir Duncan, O Alto. Eu vim cheio de sonhos infantis. E agora... Agora eu sou um assassino de reis.

—Quando um animal é perigoso demais nós o abatemos. Meu pai não era um ser humano a muito tempo. Ele era um bicho que estava colocando todos em risco.

Enquanto Jaime desabafava toda a sua dor e trauma, Daeron só pensava em um problema.

Quem libertou seu pai?

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—O que o senhor planeja fazer com os prisioneiros?

—Coloque todos eles em quartos confortáveis mas com vigilância. Já o meu irmão, jogue nas celas.

Daeron andava de um lugar para o outro, já sabendo que passos dar.

—Eu vou convocar os principais vassalos de cada reino. Eles vão jurar a mim.

—Mas meu senhor... E o seu irmão? Você não vai matá-lo? Vai?

—A morte é boa demais para esse merdinha. Oh não. Ele vai sofrer em vida. Ele vai pagar pelos seus pecados contra o reino, a família e a sua esposa e filhos.

—A rainha Rhaella mandou uma carta. O senhor ganhou uma irmã. Daenerys.

Alguém entrou na sala gritando.

—A princesa Elia está dando a luz! Seu filho está nascendo!

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Não era um filho afinal.

Era uma princesinha, de pele escura, cachos negros e olhos violeta.

—Ela é tão linda! Tão perfeita! -ele diz, a segurando no colo.

—Que nome vamos dar?

—Valaena. Princesa Valaena, da Casa Targaryen.

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Lord Hoster Tully estava lá, assim como Stannis Baratheon.

—Meus senhores. Obrigado por vir até aqui. Quero que saibam o que eu decidi para vocês.

Robert Baratheon o olhava com ódio, enquanto Ned e Jon o olhavam com cautela.

—Antes de tudo, gostaria de esclarecer uma coisa. Não aprovo o que meu irmão fez. Não aprovo o que meu pai fez. E não, Lyanna não foi levada e estuprada a força. Ela quis ir.

—Seu maldito mentiroso! -gritou Robert Baratheon.

Daeron simplesmente fez sinal para um criado entregar as cartas a ele.

—Encontrei isso no quarto de Rhaegar. Negue que é de Lyanna.

A medida que liam, Robert Baratheon ficava vermelho de fúria enquanto Eddard Stark e Jon Arryn ficaram pálidos.

—Ela foi de boa vontade! Ela realmente foi!

—A Rebelião é uma mentira!

Jon Arryn ficou inflamado.

—A Rebelião não foi uma mentira! Meu Elbert foi assassinado! Homens das Terras Fluviais foram assassinados! Rickard e Brandon e vários nortenhos! A vida de Robert e Ned foi ameaçada! O rei exigiu que eu quebrasse os direitos de hóspedes e matasse dois inocentes depois de matar meu herdeiro! Não! A Rebelião não foi uma mentira! E eu não me arrependo!

Jon olha para Daeron em desafio.

Daeron gosta de ver a coragem no rosto daquele homem.

—Lord Arryn tem razão. É por isso que eu não declaro a Rebelião ilegal e não vou nem executar, nem mandar para a Muralha nenhum de vocês.

Toda a côrte ficou em silêncio, surpresa com a generosidade dele.

—Então... O que vai fazer conosco?

—Lord Robert... Minha casa roubou uma noiva da casa Baratheon. Sugiro repor essa noiva. Eu te ofereço Alyssane Hightower, com um dote reforçado pela corôa. Minha filha Valaena para o seu primeiro filho que você gerar. Ashara Dayne para seu irmão Stannis. 

—Eu não vou me ajoelhar para o merda do Rhaegar como rei! -bradou Robert.

—Não. É para mim. Eu serei o seu rei.

Todos os rebeldes o encararam com surpresa.

—Meu irmão vai refletir sobre o que fez em um septo. Rhaegar vai fazer seus votos. Querendo ou não.

Robert sorriu, se agradando disso.

—Eu aceito então.

—Já você, Eddard Stark. Peço perdão pelo o que minha casa tirou de você. Mas ao mesmo tempo, sua irmã foi uma das participantes disso. Se ela não tivesse fugido com Rhaegar, seu irmão não teria vindo para Porto Real. Por isso eu ofereço a mão de minha irmã Daenerys para seu filho Robb e Allyria Dayne para seu irmão Benjen.

Ned não viu escolha se não aceitar. Os olhares dos vassalos nortenhos indicavam problemas para sua casa.

—Hoster Tully. Ofereço Visenya para seu filho Edmure.

Daeron estavam implantando mulheres leais a ele nessas casas para prevenir o futuro.

Além disso, seria bom injetar sangue Targaryen em mais casas, afim de ter mais sangue de dragão como opção para as gerações futuras.

—Lord Jon Arryn. Ofereço ao senhor meu irmão Viserys e meu filho Aegon como pupilos. Tenho certeza que o senhor saberá melhor que ninguém limar qualquer loucura Targaryen que possa surgir neles. Também ofereço Desmera Redwyne para Harrold Hardyng, neto de sua irmã.

Jon resolveu aceitar.

—Preparados para fazer seu juramento a mim?

Eles se ajoelharam e juraram.

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O Alto Septão pôs a corôa em sua cabeça e outra corôa na de Elia.

—Viva ao rei Daeron, Terceiro De Seu Nome! Viva a rainha Elia!

—Que reinem por muito tempo!