Dyanna estava suada e pegajosa enquanto forçava o bebê para fora de seu corpo.

Ela nem acreditava que estava parindo pela quinta vez.

"Sério, como eu estou na cama de parto de novo?"

Quando finalmente conseguiu, ouviu o choro do bebê e um alívio se instalou nela.

—É mais um menino, princesa. Um menino forte e saudável.

A parteira coloca o bebê nos braços dela.

Maekar entra com Daella nos braços e sorri ao ver a cena.

—Nós conseguimos, meu amor. Mais um campeão.

—Bem, temos um Aemon. Então já estava na hora de um Aegon.

Daella balbuciou e fez um barulhinho adorável.

—Dar a luz duas vezes no mesmo ano está cobrando meu corpo. Estou muito exausta.

—Descanse, querida.

Aemon entrou correndo, sorrindo ao ver o novo irmãozinho.

—Aemon, esse é seu irmão, Aegon.

—Egg! Egg! -ele repetiu, tentando falar Aegon.

—Sim amor. É o Aegon.

—Neném Egg.

Daeron entrou no quarto e sorriu para o caçula.

—Finalmente. Este demorou a chegar.

Dyanna bufou.

Não era só Aerion que a preocupava, Daeron e suas esquisitisses também a deixavam de cabelo em pé.

—Ele é o certo.

—Querido sem enigmas hoje, tudo bem?

Daeron deu de ombros.

—Onde está Aerion?

—Por aí.

Maekar saiu do quarto para ir atrás do segundo filho.

Ele e Dyanna tentavam mas parecia que Aerion era incorrigível.

Sim, eles o disciplinavam e educavam, mas sua índole não parecia mudar.

O menino virou um grande admirador de Maegor, O Cruel.

Se o seu comportamento já não deixasse Maekar e Dyanna de cabelo em pé, Aerion ser obcecado pela história de Maegor dava todos os sinais de que alguma coisa estava muito errada com ele.

Maekar o encontrou em frente ao fogo, observando as chamas em silêncio.

Outra mania que o inquietava.

Ele queria ajudar o filho, sabia que algo estava errado com Aerion, mas não sabia o que fazer para melhorar a situação e fazer algo por ele.

Por enquanto ele estava sob controle, mas até quando?

—Filho, seu irmãozinho nasceu.

—Do que adianta? É só mais um menino. Um quarto filho homem do quarto filho do rei. Que importância ele tem?

Maekar sentiu sua ira subindo-lhe pela cabeça.

—Aerion como você ousa falar do seu irmão assim? Pro seu quarto! Já!

Ele saiu correndo e Maekar pôs as mãos na cabeça.

—O que vai ser desse menino? Como eu vou corrigir esse garoto? O que eu preciso fazer para ele mudar? 

Maekar se sentia frustrado.

Engoliu o desgosto e decidiu que iria focar na sua felicidade, seu novo filho.

E como Aegon cresceu grande e esperto!

Depois do nascimento de Aegon, a família foi presenteada com o nascimento de Daenora na capital, filha de Rhaegel e Alys Arryn.

Aelinor, esposa de Aerys, ainda era uma donzela, e Maekar duvidava que ela deixaria de ser enquanto Aerys vivesse.

Maekar não entendia o irmão.

Já que ele não queria Aelinor, por que não a libertar do casamento e deixar que ela encontre outro homem?

Afinal, se não está consumado pode ser anulado.

Enquanto isso, Dyanna aos poucos se recuperava do parto, mas sua saúde não andava muito boa.

Isso era só o começo.

Dyanna, por mais que comece bastante, perdia peso inexplicavelmente.

Então, tinha dores na cabeça e nas articulações que também não conseguia saber de onde vinha.

Durante um banho, ao se lavar, Dyanna percebeu um caroço no seio esquerdo e achou estranho.

Quando outro caroço apareceu, ficou um pouco assustada.

Ela sentia desânimo, estava mais cansada que o normal onde antes era cheia de energia.

Então lhe deu febre e mais caroços apareceram.

Dyanna convocou o meistre, que depois que a examinou, ficou apreensivo e a olhou com certa angústia.

—Eu sinto muito em lhe informar. Mas esses sintomas... Esses caroços em seus seios... É um mal sinal!