A Estrela E O Dragão escrita por Cloto


Capítulo 7
Precisamos Falar Sobre O Aerion




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Se Dyanna achou que com o fim da Rebelião Blackfyre tudo ia ficar bem, achou errado.

Claro, o medo constante e o terror de poder perder Maekar puderam dar lugar a uma certa calmaria, mas isso não quer dizer que as coisas se resolveram e nunca mais houve problemas.

Dyanna ainda era uma dornesa em uma côrte com ressentimentos contra Dorne.

Seus filhos ainda eram "filhos de uma dornesa" e agora a fonte de seus problemas era outra.

Sua fertilidade.

Sua fertilidade estava começando a deixar as pessoas incomodadas.

Ela achou que poderia ter um pouco de paz com o nascimento dos gêmeos de Rhaegel e Aerys, o rei e a rainha ficaram extremamente felizes com o nascimento de Aelor e Aelora, mas então ela deu a luz a Aemon e agora estava grávida novamente.

—Dyanna Dayne está grávida novamente. -ela ouviu alguém comentar.

—Mais uma vez? O berçário dela nunca fica vazio?

—É preocupante. Muitos dragões são tão perigosos quanto poucos.

—E diferente dos Blackfyre os filhos dela podem alegar ser legítimos.

Dyanna ficou indignada ao ouvir os murmúrios que circulavam.

Até parece que ela iria sair em matança ou algo assim para por os filhos dela no trono! Maekar era o QUARTO filho de Daeron e Myriah, toda a família teria que morrer antes que ele fosse rei!

Dyanna se afastou e foi olhar os filhos.

Daeron apenas estava sentado, apático e bebendo um suco de uva, Aemon estava no cercadinho e Aerion estava extremamente perto do fogo, observando as chamas.

—Aerion se afaste daí! Por que você está tão perto do fogo?

—Fogo bonito. –Ele diz, sem desviar os olhos.

Dyanna o puxa para longe.

—Fogo bonito. -ele repete, olhando para as chamas de forma fixa.

—Aerion o que há de errado com você? O fogo é perigoso!

—Fogo bonito.

Essa foi a primeira vez que Dyanna acreditou que tinha algo errado sobre Aerion e ficou preocupada.

Os próximos indícios que corrobaram sua preocupação foram a constante mania de Aerion de queimar tudo o que podia e ficar olhando as chamas.

Ela ficou ressabiada com esse tipo de comportamento e fazia de tudo para reprimir Aerion e seu gosto de pôr fogo em qualquer coisa.

—Será que tem algo errado na cabeça dele? O que está havendo com o meu filho?

Dyanna se perguntava se estava fazendo algo errado.

Daeron a preocupava com seus sonhos esquisitos mas as manias de Aerion lhe davam uma sensação de mal estar pior.

Maekar também estava ficando bem nervoso, principalmente com as esposas de seu irmão e seu constante incômodo com seus filhos.

Ele achava toda essa inquietação com a fertilidade dele e de Dyanna inútil.

Ele não casou justamente para dar filhos a corôa?

Seus filhos e ele não estavam em último lugar na sucessão?

Podem brigar por esse trono à vontade, ele não está interessado no aborrecimento de ferro, obrigado.

—Filho, precisamos de sua ajuda com algo. -diz Myriah, com o semblante sério.

—Pois não mãe.

—Uma assunto complicado. Você se lembra de Solarestival, não lembra?

—O castelo nas Marcas De Dorne? Que fica no exato ponto de encontro da fronteira entre Dorne, Campina e Terras Da Tempestade?

—Esse mesmo. -fala Daeron, ao lado da esposa.

—Está havendo algum problema lá?

—Quem dera fosse apenas um. -suspira o rei.

—Aquele lugar é um caldeirão. Você sabe que as três regiões não se dão muito bem.

—Eufemismo do século.

—Então eu decidi. Já que Solarestival precisa de uma mão firme para resolver os conflitos e você merece uma recompensa por seus feitos na Rebelião Blackfyre. O castelo é seu.

Maekar quase caiu de susto.

—Meu? Você vai me dar o castelo?

—Sim. A partir de agora eu dou a você o título de Príncipe De Solarestival.

—Mas pai... Tem certeza? Eu sou o quarto filho. Aerys e Rhaegel são mais velhos.

—Você é um quarto filho que assume as responsabilidades de um segundo. Está na hora de receber o fruto de todo o seu trabalho árduo.

—E você e Dyanna estão muito irritados e estressados com Porto Real, sair um pouco e organizar seu próprio lar vai ser bom para vocês. -completou Myriah.

Definitivamente não foi fácil fazer os Lordes orgulhos se darem bem uns com outros.

Foi um trabalho árduo, mas era menos uma rede de intrigas e picuinhas menos irritante que a capital.

Os meses se passaram rapidamente e Dyanna deu a luz a sua primeira menina.

Dyanna estava se sentindo muito melhor lá, longe daquelas pessoas desestimulantes.

O único problema era seus filhos.

Aemon estava bem, mas Daeron estava atormentado com sonhos estranhos com significados enigmáticos, e Aerion tinha uma estranha obsessão com fogo.

—Maekar precisamos conversar. -Diz Dyanna, entrando no quarto com a bebê Daella no colo.

—Aconteceu algo grave?

—É Aerion.

Maekar suspirou.

—O que ele fez?

—Ele queimou um gambá!

—É o que!?

—Ele queimou um gambá vivo!

Maekar arregalou os olhos. Aquilo era extremamente preocupante.

—Você acha que ele está...

Ele não queria dizer a palavra "louco". Doía demais só de pensar na possibilidade.

—Maekar eu estou com medo. Mesmo que ele não esteja... Doente da mente ou algo parecido... Isso... Isso não é normal! Não é brincadeira de criança machucar um animal de uma maneira tão sádica!

—Ele não vai ser o único. -diz Daeron do lado de fora em voz baixa -Vai haver alguém queimado. Um lobo queimado e um lobo enforcado. Vai ser o fim de tudo.

—Daeron não começa! Já para o seu quarto! -fala Dyanna, frustrada.

O menino sai correndo.

—Maekar, tem algo de errado com o nosso filho. Eu temo por ele.


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