Doutor Estranho no Multiverso da Loucura escrita por Maximoff


Capítulo 2
Cap 1: Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Uma menina chamada América Chavez vive feliz com suas mães, até o momento que um demônio maligno passa a destruir a sua realidade.

Para este capítulo, recomendo que ouçam a música Gods and Monsters de Lana del Rey



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O barulho perturbador de um relógio apitando denunciava que o alarme havia tocado e era hora de América Chavez acordar e ir para o colégio. A menina, no início de sua adolescência, com quinze anos, sabia muito bem de suas responsabilidades, mas ela também reconhecia bem que o seu cansaço era muito grande e a preguiça maior ainda, por isso ela deu um soco no alarme, jogando-o para longe, quebrando-o. 

Chavez voltou a dormir, sem temer as suas preocupações. Sonhava que finalmente conseguia controlar seus poderes, podendo passar entre dimensões sem tremer ou chorar e no final todos a aplaudiam. Suas mães, Amalia e Elena, choravam de orgulho, o Defensor Estranho e Wong gritavam de felicidade e até Louisie, a grande paixão de América, estava lá para prestigiá-la e no fim, elas se beijavam apaixonadamente. 

Apesar de ter apenas quinze anos, América já tinha sua sexualidade muito bem definida. Desde que se entendia como gente, sentia atração pelas meninas. Por ser criada por duas mães lésbicas, Chavez sempre tratou sua sexualidade com muita naturalidade e, inclusive, suas mães sabiam e davam conselhos a ela. Seu quarto era repleto de referências LGBTQIA+, havia cartazes com as cores do arco-íris, do orgulho lésbico, do orgulho transexual e também fotos de artistas e políticos LGBTQIA+. 

Se por um lado a sexualidade de Chavez a fazia se sentir orgulhosa de si mesma, seus poderes, por outro lado, a faziam se sentir fraca e medrosa. América nasceu com habilidades especiais, ela possuía super força, podendo erguer toneladas se assim quisesse e uma sensibilidade extrema, podendo sentir o que acontecia não somente em sua realidade, mas em outras também, porém sua habilidade mais especial era também a que mais temia: o poder de abrir portais entre dimensões. 

Ao realizar as viagens multiversais, América sempre ficava muito cansada, fraca e exausta, o que a obrigava a comer bastante para recuperar suas energias, no entanto o pior era o fato de que ela não controlava seus poderes muito bem e, na maioria das vezes, ela só conseguia abrir portais quando estava muito nervosa e dificilmente tinha controle do local que iria. Além disso, a garota era completamente traumatizada pelo fato de que, ao longo de sua vida, muitos magos e criaturas tentaram sequestrá-la para sugar seus poderes, afinal, ela era um dos únicos seres em todo o Multiverso capaz de criar portais entre dimensões e viajar entre eles com seu poder físico, o que atraía a atenção daqueles que desejavam controlar outras realidades. 

Por esse motivo, o Defensor Estranho, o Mago Supremo da realidade de Chavez, decidiu proteger a menina, treinando-a. Semanalmente, América ia até o Sanctum Sanctorum para ter seu treinamento de controle e fortalecimento mental, para poder abrir seus portais, sem perder o controle. Apesar do medo ainda se manter presente, a garota conseguia ter um controle maior de suas habilidades desde que o treinamento havia começado. 

O sonho de que finalmente conseguiria abrir um portal e passar por ele, conseguindo controlar o destino final do local, fez com que América desejasse a cama por mais tempo, para poder desfrutar daquela sensação. Porém, repentinamente, aquela felicidade se acabou. 

— AMÉRICA DE DEUS! O QUE VOCÊ AINDA ESTÁ FAZENDO AQUI? - Elena, uma de suas mães, gritou ao entrar no quarto e ver que sua filha ainda dormia. 

Chavez acordou num susto, pulando da cama. Havia baba em seu queixo, seu cabelo estava desengonçado e seu rosto estava inchado. Ela buscou olhar o horário e se assustou quando viu e percebeu que estava duas horas atrasada. 

— MISERICÓRDIA! - A menina gritou. 

— Anda logo América, vá se arrumar, se a Amalia descobre que você ainda está aqui, nós duas estamos fritas! 

A moça decidiu obedecer às ordens de sua mãe e foi correndo tomar um banho. Assim que terminou, vestiu rapidamente o seu visual que mais gostava, uma calça jeans justa, um tênis all stars cano alto e uma jaqueta jeans com o broche do orgulho LGBTQIA+. Em menos de dez minutos, Chavez já estava pronta, na cozinha de sua casa. 

— América, você precisa ter mais responsabilidade! Você está duas horas atrasada, se fosse a Amalia entrando naquele quarto, eu tenho até medo de imaginar o que ela faria contigo! - Elena disse e Chavez foi obrigada a concordar com a mãe, se fosse Amalia a entrar no quarto, certamente a garota estaria em grande perigo. 

— Você teria medo que eu fizesse o que Elena? - Uma voz surgiu de repente, assustando as duas. - AMÉRICA? O QUE VOCÊ AINDA ESTÁ FAZENDO AQUI? - Amalia gritou ao perceber que a filha ainda estava em casa e não no colégio. - ELENA, VOCÊ PODE ME EXPLICAR O QUE SIGNIFICA ISSO? 

— Calma Amalia, não há necessidade para escândalo. - Elena disse, tentando acalmar a esposa. - A América apenas perdeu a hora, foi só isso.  

América pode ver no rosto de sua mãe a raiva exalando. A garota amava as duas mães, mas reconhecia que elas eram bem diferentes entre si. Elena possuía cabelos curtos, pele marrom, rosto cumprido e traços finos, com os olhos da cor de caramelo. Era calma, tranquila e serena. Amalia, por outro lado, era o oposto, tinha cabelos longos e castanhos, estavam sempre em trança, possuía traços mais grossos e os olhos eram verdes como um limão. Era mais agitada, nervosa e estressada, mas América sabia que, apesar da rigidez, ela só queria o melhor para a filha. 

  –  Só isso? - Amalia perguntou em tom sarcástico. - Nossa filha está duas horas atrasada e você ainda tem coragem de dizer que é só isso? 

Chavez percebeu que prolongar aquele momento não seria útil a ninguém, então ela achou por bem encerrar aquela discussão. 

— Olhem mães, eu sei que vocês estão muito decepcionadas comigo e eu prometo que eu não vou fazer isso novamente, mas eu realmente estou atrasada e preciso ir, então tchau gente, até mais. - Chavez se despediu e saiu rapidamente de casa, não dando tempo para que as mães pudessem dizer alguma coisa. 

A garota não morava longe da escola e se fosse de ônibus, perderia mais tempo esperando-o, então ela decidiu ir correndo, o mais rápido que pode. América correu sem olhar para trás, passando pelos vizinhos fazendo apenas acenos. Foi então que, enquanto corria, ela acabou esbarrando em alguém, indo de encontro ao chão. Ao se levantar, Chavez estava pronta para agredir a pessoa que tinha esbarrado, de tanta raiva que ela estava, porém ao perceber quem era, seu coração parou e ela tinha plena certeza que estava completamente corada. 

— Louisie? - América percebeu ao ver a menina. 

  – América? - A garota perguntou. 

Louisie era alta, um ano mais velha que Chavez, era negra, usava tranças e estava sempre sorrindo, o que encantava América completamente. 

— E-Eu s-sinto m-muito p-por t-ter e-esbarrado e-em v-você. - Chavez disse, gaguejando e evitando olhar para a garota que a fazia arrancar muitos suspiros. Foi então que Louisie tocou em suas mãos, o que tranquilizou América, 

— Calma América! Eu sei que você está atrasada para o colégio. - Louisie disse, dando uma deliciosa risada. - Como suas mães estão? - A menina perguntou, ajudando Chavez a se levantar. 

— Elas estão boas, o de sempre. - América respondeu, enquanto se limpava. - E seu pai? 

— Ele está bem também. Inclusive, estou indo me encontrar com ele agora. Tenho que ir, já estou atrasada, tchau América, foi um prazer te reencontrar. - A menina disse, dando um lindo sorriso a Chavez e se virando para ir embora. 

América ficou apenas observando aquela perfeição sair apressadamente. A garota nunca dissera seus sentimentos pela outra, pelo medo da rejeição. Tinha medo de ser rejeitada e não aguentaria perder a amizade dela. Chavez então decidiu interromper aqueles pensamentos e voltar a sua corrida para o colégio, porém, quando ela iria correr, ouviu alguém chamando-a. 

— América! - Uma voz feminina a chamou. Chavez olhou para os cantos procurando a origem da voz. 

— Louisie? É você? - A garota chamou, achando que Louisie pudesse estar por ali, mas não viu ninguém nos infinitos becos da cidade de Nova York. Então, achando que era apenas um devaneio de sua cabeça, a menina decidiu voltar a correr, mas novamente a voz a chamou. 

— América! - Dessa vez a voz entoou mais alto e América não teve dúvidas de que alguém, especificamente uma mulher, estava chamando-a. - América, me ajude, eu preciso de você! 

— Quem está aí? - América chamou, olhando para os cantos, mas ela não via ninguém. 

— América, por favor, me ajude! - A voz continuava. Chavez percebeu que a voz estava arrastada, como se a mulher estivesse cansada e também embargada, como se estivesse chorando ou prestes a chorar. Além disso, havia um sotaque forte na voz e, pelo pouco que América conhecia, era um sotaque do leste europeu. - América, por favor, me ajude, só você pode me ajudar, por favor! - A voz insistia, mas a única coisa que ela conseguia era deixar América Chavez apavorada.  

A garota estava se rondeando e olhando por todos os cantos, buscando a origem da voz, mas não via nada, não encontrava ninguém, ela estava completamente sozinha ali. Seja lá quem ou que fosse que estivesse chamando-a, não era daquele mundo. Então, Chavez sentiu seu coração bater muito mais rápido, ele estava muito acelerado e ela começou a suar frio, a se tremer e a soluçar, ela estava em pânico e só ficava assim quando ela usava seus poderes de sensibilidade. Alguma coisa estava errada em algum lugar do Multiverso, América podia sentir isso. A menina se sentia observada, violada, alguém ou alguma coisa estava ali, na espreita, vigiando-a. Ela se sentia oprimida, como uma presa prestes a ser atacada, ela não conseguia se mexer, queria correr dali o mais rápido possível, mas não conseguia, estava totalmente paralisada. 

— América! - Dessa vez, a voz não era mais da mulher, era algo muito mais assustador e horripilante. Chavez não conseguiu identificar o que era, mas ela nunca sentira um medo tão grande em sua vida, as lágrimas rolavam de seus olhos sem o seu controle e ela tremia como se estivesse no lugar mais frio da Terra. - América Chavez, eu quero você! - A voz disse e nesse momento, América caiu no chão, encolhida e apavorada. 

Então, de repente, uma grande explosão aconteceu e dela surgiu um grito horripilante. Da explosão, uma criatura diabólica apareceu. A única coisa que América conseguia ver eram enormes e gigantescos tentáculos, destruindo tudo pela frente. Um dos tentáculos correu em direção a América e a reação natural da garota foi reagir, socando o mesmo, arremessando-o para longe dela. 

Apesar de ter socado um dos tentáculos, havia muitos outros, todos partindo para cercar América, então a menina percebeu que não teria outra alternativa. Ela fechou os olhos e buscou se concentrar o máximo que podia, a única coisa que queria era sair dali e se salvar e foi assim que ela sentiu que estava caindo e quando abriu os olhos, ela viu que não estava mais lá, mas sim num portal. Ela tinha conseguido utilizar seus poderes e agora estava caindo num abismo sem fim, porém a criatura estava seguindo-a e ela não sabia para onde iria. 

Quando finalmente parou de cair, América estava em uma dimensão sinistra. O céu era roxo, o ar rarefeito, havia uma escada no centro do local que levava a lugar nenhum e não havia mais nada em canto algum. Não havia pessoas, tampouco construções, parecia que América estava no espaço sideral, mas provavelmente era o inferno, de tão assustador que a dimensão era. 

Enquanto vislumbrava aquela realidade a criatura apareceu logo atrás dela, gritando e destruindo o pouco que ali existia. Chavez então pulou entre as escadas, tentando escapar dos tentáculos. Ela conseguiu chutar um deles, lançando-o para bem longe, porém foi atingida por outro, fazendo com que seu corpo fosse arremessado. Ela só parou de cair, quando seu corpo atingiu uma parede flutuante, a menina sentia uma forte dor nas costelas e percebera um corte em sua testa. América então pode olhar o ser bem de perto e ficou completamente apavorada. O monstro era gigantesco, possuía um olho só, não tinha corpo, apenas tentáculos enormes e emitia sons estarrecedores. Chavez se beliscava constantemente para ter certeza que não estava tendo um terrível pesadelo, mas de fato não estava, aquilo era real. 

América então percebeu que a sua breve vida estava próxima do fim quando a criatura lançou um dos seus tentáculos contra ela e a garota não teve reação. Ficou apenas observando o tentáculo se mover para sua direção e foi nesse momento que a menina fechou os olhos, esperando apenas a dor e o poder do impacto. Pensou em suas mães, Louisie e todos seus sonhos que nunca seriam realizados e lamentou que fosse morrer tão jovem, no fim do Multiverso.  

Chavez então percebeu que ela não sentira dor alguma e continuava viva. A garota abriu os olhos e viu que aquele tentáculo que a criatura jogara contra ela já não existia mais, pois Wong o decepou com sua magia. 

— WONG! - América gritou de felicidade ao ver seu amigo e tutor bem a sua frente. 

— América, você está bem? - O mago perguntou, tocando em cada centímetro do corpo de Chavez para se certificar que ela estava viva e intacta. - Você precisa sair daqui o mais rápido possível! - Wong ordenou, deixando América bem confusa. 

— Como assim? Eu não vou abandonar você! 

— América, não é tempo para sua teimosia, você precisa sair daqui agora, ir para outra dimensão, essa não é uma criatura comum, mas sim um demônio e ele nem pertence a este mundo e, por algum motivo, ele está te caçando e se você permanecer aqui, correrá grande perigo. - Wong explicou, mas mesmo assim América Chavez ainda não entendia porque deveria deixar seu amigo lutando ai sozinho, especialmente contra um demônio. 

— Você está doido Wong? Eu nunca vou te deixar aqui, lutando sozinho, ainda mais contra um demônio. 

— Não se preocupe criança, eu e Strange temos tudo sobre controle, você só precisa abrir um portal e sair daqui o mais rápido possível. - Foi naquele momento que América percebeu que o Defensor Estranho lutava sozinho contra o demônio no meio daquele cenário apoteótico. Apesar do Mago Supremo ser extremamente poderoso, ele demonstrava muita dificuldade contra a criatura. 

— Não, eu não vou abandonar vocês! Eu vou lutar! 

Antes que Wong pudesse responder, de forma repentina, um tentáculo o empalou, fazendo com seu sangue jorrasse por todos os cantos, inclusive no rosto de América Chavez. A criatura então arremessou o corpo para o outro lado daquela dimensão. Defensor Estranho soltou um grito de dor e na mesma hora lançou um feitiço que cortou metade dos tentáculos do demônio, fazendo com que ele emitisse um grito ensurdecedor. O Mago então lançou um feitiço que criava um clone seu para continuar lutando contra o demônio, enquanto que a sua forma verdadeira flutuou em direção a Chavez e a menina percebeu que lágrimas rolavam de seus olhos com a perda trágica do amigo. 

— Defensor Estranho, o que está acontecendo? - América perguntou, em prantos. 

— Criança, o pouco que eu sei é que este demônio não é deste universo, mas sim de outro, o universo seiscentos e dezesseis, algum feiticeiro maligno de lá invocou a criatura e a jogou aqui atrás de você e de seus poderes. Você precisa ir até esta realidade e procurar o Mago Supremo de lá e avisá-lo que ele precisa encontrar este feiticeiro, ou será tarde demais e todo Multiverso correrá um grande risco de ser extinto. 

— Defensor Estranho, eu não consigo! - América disse, chorando copiosamente, com medo que não fosse controlar seus poderes. 

— Pequena, não se preocupe, eu sei que você consegue, assim como o Wong também acreditava, você é muito mais forte do que imagina e eu... - Antes que pudesse completar a frase, um dos tentáculos do demônio o empalou, ferindo-o fatalmente. Enquanto conversavam, eles não tinham percebido que a criatura havia derrotado o clone do Defensor Estranho e estava livre para atacá-los. 

Naquele momento, a única coisa que América conseguia fazer era gritar e chorar de forma desesperadora, afinal, em questão de horas, toda sua vida tinha sido destruída e a menina nem sabia o porquê. Então, os tentáculos do demônio envolveram os braços e as pernas de América, prendendo-a e fazendo com que ela ficasse frente a frente com a criatura. Por um momento, Chavez tinha desistido de sua vida, afinal se Wong e o Defensor Estranho, as pessoas mais poderosas que ela conhecia, não foram páreos para deter a fera, como ela iria conseguir? No entanto, foi no momento que ela olhou pro corpo do Defensor Estranho, completamente ensanguentado, ainda apreso no tentáculo do demônio, América percebera que não poderia desistir tão fácil, ela precisava cumprir o último desejo de Stephen Strange, custe o que custasse. 

Então, América fechou os olhos e deu um longo e forte suspiro, concentrando-se totalmente em si mesma, esquecendo que estava presa por um demônio que emitia os piores sons que já havia escutado em toda sua vida. Chavez focou no que tinha que fazer, abrir um portal e viajar ao universo seiscentos e dezesseis, possivelmente todo o Multiverso dependia disso e América não poderia falhar. Apesar de todo nervosismo, estresse, barulho e trauma, Chavez havia conseguido abrir seu portal, que estava bem atrás dela. Nesse momento, ela reunira as últimas forças que tinha para escapar e conseguiu. Rasgou os tentáculos que prendiam seus braços e pernas, pegou o corpo de Defensor Estranho, pois sabia que seria bem difícil que alguém acreditasse nela sem uma prova, e pulou no portal em busca de ajuda. Ela imaginou que finalmente estaria em segurança e na paz total, ela só não esperava que o demônio havia conseguido passar pelo portal e a seguia com sede de sangue.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo: O Casamento.



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