A Decisão Certa escrita por Katarina A Souza


Capítulo 5
V Deadpool


Notas iniciais do capítulo

HELLO HELLO
Então como disse no cap anterior, eu tinha inspiração dessa história a partir dessa HQ: https://hqdragon.com/leitor/Os_Fabulosos_Vingadores_V3_(2015)/22
Muito do dialogo final foi adaptado para essa cena, mas a verdade que nunca mais foi falado mais nada sobre essa relação, então não, ela não é inventada, só a partir do próximo capitulo que o que irei abordar é tudo da minha cabecinha, ok?

ESSE CAPITULO POSSUE MUITOS PALAVRÕES, peço perdão se atrapalha a leitura.



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— Vampira, porra, reage. — grita Wade. Percebendo seus olhos sem pupilas, completamente brancos, sinalizando que estava sendo usada pelo Caveira. Isso não assustava Deadpool, ele gostava de coisas estranhas e gostava mais ainda da Vampira embora tivesse vergonha de admitir. — Não vou te machucar.

Desde a primeira semana que Wade Wilson conheceu Vampira sentiu uma atração muito forte, não era difícil de sentir, também sentiu o mesmo sentimento do seu colega Tocha-Humana, porém Johnny era mulherengo, não era muito parâmetro. Havia algum tempo que Deadpool se atraia por alguém, principalmente depois de ficar viúvo. Mas ela não era comum, ela ria do seu humor quebrado enquanto todos os julgava, mesmo nos momentos mais sérios, podia até ser de nervosismo, mas era espontâneo.

Aquela primeira semana, ela parecia abatida, mas não a impedia e rir de suas graças e falas sem filtro, até das coisas mais sujas, na verdade, era as que ela mais adorava. Seu riso era gostoso e alto sem incomodar. Ela era esquisita, durona, irônica o que deu mais força para que uma paixão boba nascesse.

Foram quase seis meses lutando lado-a-lado, até esse exato momento, a maior parte estavam juntos, mesmo quando o grupo se separava. Era uma potência, um cara que nunca morre e uma garota com super-força, seria imbatível, se não acontecesse, por um descuido, uma separação, e Vampira fosse capturada e manipulada por Caveira para tentar matar Deadpool.

— Eu devo matar você. — diz soando robótico.

— Questão é essa, sugar, você não vai conseguir, mas eu também não vou te impedir.

Ignorando completamente tudo, ela prepara um soco extremamente forte, que o parte ao meio, não culpe a ela, essa força é graças a personalidade permanente de Carol Danvers, geralmente essa força é controlada, mas como sua consciência não estava intacta, todos seus atos eram primitivos. Duas partes de seu corpo caem com muito sangue e vísceras no chão, criando uma cena de terror ainda mais bizarras com a visão da parte de superior de seu corpo se arrastando pelo chão, Vampira permanecia parada com seu braço completo de sangue escorrendo pelas suas coxas. O horror da cena, afetou-a, o que fez desperta-la de toda essa manipulação, mesmo que não tivesse certeza absoluta que as duas informações tinham algum tipo de ligação.

— Wade! — exclamou horrorizada, olhos bem arregalados.

— Tá tudo bem, tudo — antes que pudesse repetir para confortá-la, foi interrompido por uma ameaça de vômito — Eu vou me recuperar, Vampira!

E era verdade, seu corpo se generalizaria logo em seguida, e ambos poderiam voltar a luta contra Caveira Vermelha, reunindo toda a equipe com a ajuda de Emma, que ao perceber a proporção que tudo estava tomando decidiu trai-lo.

A derrota não demoraria, mesmo muito machucada, Anna Marie suspirava de alivio pela primeira vez depois de meses. E o vislumbre de poder voltar para casa era quase que um remédio para dores.

...

Na mansão Xavier, Vampira era recebida por todos com festa, mas logo sua mente curiosa e seu olhar vasculhando todos os cantos que pisava esperava por encontrar Gambit.

— Era verdade? —questionou Anna para Kurt, ela podia confiar nele mais do que sua própria sombra, relembrando nesse momento uma mensagem de texto num aplicativo de conversa, que ela recebera de Noturno uma semana depois de entrar na missão.

— Sim, ele nunca mais voltou. —respondeu se referindo a Gambit.

— E sabe para onde foi?

— Última vez que ele veio, foi para falar com Jubileu, — falou cuidadosamente enquanto observava sua expressão — A própria Jubileu me disse que ele estava em Nova Iorque, no Queens.

— Queens? — perguntou esperando Kurt afirmar — Tenho meus contatos. Nesse momento Vampira lembrou de seu ex-companheiro de Vingadores originais, Homem-Aranha, o amigo da vizinhança, a mesma que Gambit estava morando.

...

Ei, eai teioso, tudo certo? Eu tô viva, viu? Não sei se acompanhou todo o drama com o Caveira, mas conseguimos... Enfim.

Queria um favor seu, tem um cara, um mutante... Meu ex-companheiro dos X-Mens, foi parar no Queens e nunca mais deu notícia, sabe? Ele é alto, sei lá, mais de 1,90, tem olhos negros com pupilas escarlates. Ele tem um lance esquisito por cartas. Se souber algo me avisa???

Valeu, estou com saudades de lutar ao seu lado. Manda um bjo para a MJ ♥

 

Apertou enviar no seu pequeno aparelho, rezando que fosse o mesmo número de Peter. Esperou a resposta ansiosamente, mas só obteve duas horas depois:

Caraca, Vampira! Todo mundo tava achando que vc tinha morrido, que susto, de vdd!! Mas fico aliviado que está bem. 

Se for quem eu realmente tô pensando, ele vem dando muito trabalho para redondezas, já roubou 3 estabelecimentos só essa semana, ele frequenta muito uma boate aqui perto. Vou te mandar localização, boa sorte!!! 

P.S Também estou com saudades, até mandaria o bjo mas as coisas estão complicadas, espero te ver em breve para poder explicar. Se cuida!

 

Vampira adorava Peter Parker, ele era nobre e sem segundas intenções, beirava a inocente a maior parte do tempo, e sabia que era um amigo para todos os momentos. Mas aquela localização, varia um grande estrago em seu coração.

Ainda naquela noite de segunda-feira, ela decidiu espiar Gambit naquela boate, queria fazer uma surpresa, mas no momento que entrou, sua primeira visão quebrou seu espirito, era ele acompanhado. Suas mãos tocavam sua nuca igual o dia que ele a tocou, mas o beijo era mais intenso, era mais carnal e explicito, até porque sua pele permitia isso, ao contrário dela. Seu corpo saiu, dali, mas sua mente não, o que a vez ficar parada em frente ao local, do outro lado da rua, esperando ele sair.

Quando os dois finalmente saíram, ela pode notar uma das alças da garota caídas, quase revelando seu seio, o braço de Remy estava encostado sobre os ombros da garota, andavam cambaleando bêbados e felizes, enquanto a primeira lágrima escorria o rosto de Vampira. Toda aquela cena não era o bastante, ela decidiu segui-los. Observou sobrevoando da janela do pequeno apartamento, ainda no sofá da sala, muito dos beijos, caricias e gemidos, e partiu no sinal que a primeira peça de roupa seria tirada.

Ela ainda o observou por três dias, o mesmo modus operandi, mudando sempre a garota. Parando somente no dia que quase foi pega.

Havia um motivo pelo qual Vampira se fechava por todos esses anos, sua frieza, era motivada, e nesse dia tudo só estava mais comprovado. Ela chorou todas as noites até o final de semana, até receber um convite:

Vamps? Tudo bem?

Cara, a gente não tem notícias sua desde semana passada, estamos preocupados, não vai voltar aos fabulosos? (pfts que nome ridículo)

A gente marcou um barzinho hoje, vc viria? Ficaria feliz em te ver : )

Do seu admirador nem tão secreto, Johnny.

 

Tocha-Humana era lindo — olhos azuis, pele bronzeada, altura boa, cerca de 1,80, músculos bem definidos e era muito jovem, por volta de vinte e um anos — mas lembrava o jeito cafajeste que o Gambit exalava também, então decidiu manter distância, mesmo aceitando o convite, para poder se distrair, e quem sabe tentar se desculpar com Wade.

...

— Aos "Fabulosos" — gritou Tocha naquela multidão levantando seu drink, recebendo em coro a repetição de todos presentes, levantando cada um seu copo. Era divertido ver que heróis também comemoravam depois de vitórias, mesmo que alguns prefiram ir para restaurantes, todos era jovens e queriam encher a cara para esquecer tudo. — Ainda acho um nome ridículo.

— Ah, fala sério, — gritou Vampira, e logo depois todos eles viraram um pequeno copo de vodka. — Eu sei que tenho só dezenove, mas se eu posso chutar a bunda do Caveira, também posso encarar isso.

— Falou tudo, irmã. — respondeu Wade. Esse gesto fez que Vampira lembrasse de suas desculpas, chegou perto dele com cuidado para poder falar em seu ouvido.

— Preciso falar com você, pode ser lá fora? — disse num tom alto, mesmo em seu pé de ouvido, a música alta atrapalhava, ele concordou, e em silêncio caminhavam para os fundos do bar.

Deadpool estava nervoso, havia um tempo que não via Vampira, e por um momento se pegou a admirando com aquele vestido florido e sobretudo. Por mais que sentisse vergonha de sua pele toda deformada, ele se sentia fora da zona de julgamento quando estava com ela, era seguro.

— Você me odeia? — disse e esboçou um leve biquinho, ela parecia abatida, mas não atribuiu isso ao questionamento, era mais profundo.

— Caralho, obvio que não. Longe disso, — ele contemplou um sorriso tímido nascendo em seu rosto o que encorajou para prosseguir — eu gosto de você, Vampira.

— Eu também gosto de você, Wade.

— Não, tipo, eu gosto de você igual o Mickey gosta da Minnie, tá ligado? É a única referência que posso fazer.

— Nossa, Wade, isso só me faz ficar mais envergonhada com que fiz. — Vampira corou sentindo sua bochecha queimar demais.

— Não, porra, não se sinta assim — Wade se aproxima e acaricia seu rosto num gesto de conforto, Vampira imaginava que ele estava de luva, por isso não esboçou nenhum tipo de impedimento, mas logo sua ele reconhecera uma textura diferente de um tecido.

— Wade — gritou assustada — Você consegue me tocar?

— Vampira, eu me regenerei sendo só metade de uma pessoa, é com isso que você se surpreende?

Ela não respondeu, sua mente vagava por possibilidades, ele podia tocá-la e gostava dela, era só isso que queria saber. Sem pensar muito nas consequências de seus atos, suas mãos passearam pela gola da flanela de Wade, agarrando logo em seguida, puxando-o para um beijo. Era apenas um encostar de lábios, mas o desejo de mais daquilo tomou sua mente, sua língua deslizou sem muita dificuldade por dentro da boca dele, não era um beijo ardente, era bem calmo, as mãos grandes de Deadpool repousaram na cintura fina dela, era melhor do que ambos pudessem imaginar.

— É Marie, me chama de Anna Marie. — diz pausando brevemente o beijo.

— Muito prazer, Marie. — respondeu com um sorriso bobo, ela nunca havia contado seu nome a Gambit, ela não entendia se era por vingança ou se era uma oportunidade que ela estava dando-lhe para sentir algo por alguém. Logo voltaram a se beijar.

Dessa vez, Vampira percebeu que ela estava absorvendo algo, todas as memórias de Wade estavam com ela agora, as lutas, os assassinatos, a redenção logo após conhecer um grande amor, e o luto quase que eterno quando perdeu sua esposa. Ela interrompeu o beijo com o desespero e dor de sua vivência.

— Não — gritou Vampira junto a lembrança de Deadpool com sua esposa morta em seus braços.

— Era exatamente isso que eu não queria, a porra da minha cabeça fodida na sua. — ele sabia que haveria consequência era seu maior medo, percebendo ainda mais que havia absorvido as duas toxinas cancerígenas e sua pele estava igual a dele, ainda bem que era um homem estranho, e isso ainda era atraente.

— Wade, sua pele... Ela voltou a como era antes.

— E você está com toda a minha merda agora.

— Eu já sou grandinha para decidir o que quero — revelou se aproximando dele novamente — E ter você na minha cabeça ainda é melhor que o Caveira.

— Caralho, que romântico, — ironizou enquanto recebia um selinho — mas a questão é que essas coisas bizarras na sua pele vão acabar com você, se a gente for, sabe, você não está acostumada, pode até morrer. Eu realmente não quero perder mais ninguém.

Nesse momento, Anna lembra do luto de Wade, mesmo depois de um ano ele não havia superado, sendo ela a primeira mulher depois de todo esse tempo, percebendo que era esse tipo de sentimento que ela esperava de Remy, talvez nem todo esse tempo, mas com toda certeza precisava de mais consideração. E era isso que ela precisava, Deadpool por mais insano que fosse, era o que ela merecia.

— Sabe, eu conheço alguém que pode neutralizar sua personalidade na minha mente, ele já fez isso antes com a Miss Marvel — pausou para dar mais um selinho nele — Você confia em mim? 


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostadoo. Se puder deixar um comentário, agradeceria muito.
Beijos fui



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