O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 69
Capítulo Aclarando II




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—Por favor, me ajudem! Ela está desmaiada! –disse Armando gritando, desesperado, chegando ao hospital com etty em seus braços, desmaiada ainda.

—O que aconteceu?

—De verdade não sei, estava com... uma amiga (não quis dizer que estava com outro homem) quando a encontrei.

—Ela tomou algo alcóolico?

—Minha Betty não é de beber! Creio que pode ser queda de pressão, não sei.

—Deixa conosco! Uma cadeira de todas, por favor!- -disse a recepcionista ao telefone

A cadeira chega e sentam Betty.

—Deixe-a aos cuidados, o senhor me acompanha.

—Mas preciso estar com ela.

—Precisamos que o senhor preencha a ficha. Nome?

—Beatriz Pinzón Solano.

—Data de nascimento.

—Er, 21 de março.

—Ano?

—E agora? Ela estava completando 26, creio que 1974, isso, 74.

—Local de nascimento?

—Bogotá! Escuta, crê que isto é importante? Preciso acompanhar minha mulher.

—Tudo a seu tempo. Sua esposa está em boas mãos (não gostou ada de ouvir isto). Logo, poderá estar com ela.

(Se amaldiçoou por não ter deixado Michel acompnhá-los, pois agora o francês é que estaria preenchendo a ficha, enquanto acompanhava Betty)

—Agora que acabaram com isso, onde ela está?

—É sua esposa, não é?

—Noiva! Mas sou responsável por ela, vamos nos casar em breve.

—Certo.  E caso fique internada como será?  Tem convênio, ou o quê?

—Não sei, mas nãos e preocupe com isso. EU pago por tudo. Aceita cartão?

—Claro.


Armando finalmente pode encontrar Betty que segue inconsciente na cadeira, enquanto lhe fazem exames. Nem todos Armando pode acompanhar o que o deixa muito nervoso.

Aguardava os resultados quando tocou o celular de Armando.

—Alô!

Era sua mãe convidando para um jantar na mansão da família, onde também estaria Marcela, ele tenta ser educado, mas seus nervos estão à flor da pele, lógicoq eu a mãe resolve fazer drama e chantagem.

—JÀ DISSE QUE NÃO IREI E MANDA MARCELITA LARGAR DE MEU PÉ!

—Senhor, por favor, fale baixo. Aqui não pode.

—Desculpe-me, sim. Estou desligando, mãe!

Armando desliga na cara da mãe, possesso por não perceberem que não podem controlar sua vida, ao mesmo tempo preocupado e ciumento com Beatriz.

 Depois de algumas horas, Betty ainda em observação,  tomando soro, acorda.  Assustada, sem reconhecer onde estava, fica ainda mais ao ver Armando, que ainda está com ciúmes, mas sabe que não é hora de exigir nada dela.

—Armando...

—Betty... que bom que acordou.

— Ah, o paciente acordou. Como está se sentindo?  -perguntou o doutor.

—Um pouco tonta, me dói a cabeça.

—Não é para menos!

  O médico conta o quadro clínico, da forte anemia, que coloca em risco a saúde de Betty e... Como ela sabe que está grávida e quer dar a notícia a Armando, interrompe o médico.

—Doutor, antes poderia falar a sós com meu noivo?

—Sim.

—Armando...

—Está se sentindo bem, Betty?  -disse friamente.

—Minha cabeça dói, mas acho que vai passar.

Ela vê mais do que preocupação em seus olhos.

—Doutor, tenho que lhe dizer uma coisa.

 O coração de Armando dói, porque pensa que vai dizer que está com Michel. E isto não aguentaria, já sentia palpitações no seu coração.

— Descanse, Beatriz. Não é hora, você precisa descansar para melhorar.

—Mas é importante.

—Você não precisa dizer nada. não há necessidade neste momento.

Ele diz segurando as lágrimas.

—Como eu cheguei aqui?

—E- eu a vi desmaiada e te trouxe. –não quis falar de Michel  -Não se lembra de nada?

—Eu... só sei que vim de uma viagem e estava conversando com... –Betty lembrou-se de Michel e se dá conta que Armando está assim por conta do francês  -Doutor, pedi a Dona Catalina que me mostrasse um apartamento para alugar, e ela me recomendou um em conta, bem localizado e é este no qual estou, é do Michel, mas juro que não...

—Eu sei, Beatriz, sei que é dele!

—Juro que não sabia, doutor, até assinar o contrato.

—Tudo bem, Beatriz, creio que não é... não é a hora. Você me contaria, não é? Não teve tempo. –disse, visivelmente, ciumento e irônico, mas tentando se controlar.

 Nesse momento o telefone do quarto sala toca, é Michel querendo saber se ela tinha acordado e se estava melhor.

—Olá, sim Michel. Estou acordada, ainda um pouco tonta, sim, internada. Sim, Armando está comigo. Não, acordei agora e não consegui ainda falar com ele sobre isto, mas claro que vou.

Armando fervia de ciúmes. A falta de vergonha era evidente, havia algo entre ela e Michel. Eles estavam juntos, talvez morando juntos. Seu coração doeu. Ela estava na cama do hospital, talvez corresse risco, mas não poderia deixar de falar o que sentia.

  Betty desligou o telefone, olhou para ele com carinho. Iria lhe contar a novidade que guardava há quase um mês.

—Tenho que te dizer algo, Armando. É muito importante...

—Poupe-se. Ele já está te ligando para saber se me falou. Eu já sabia que o apartamento que morava era de Michel, ele me contou, mas você sabia desde antes. Por quê? Diga, acaso tem algo entre vocês?

—O quê?

—Betty, eu sei que estamos separados por conta do trabalho... Mas o que eu prometi a você de vir te ver sempre que possa e me guardei.  Se você perguntar a qualquer pessoa da Ecomoda, saberá que tudo o que faço é trabalhar.- disse, com lágrimas  -Não consigo entender que você me deixe, que você esteja com esse...  Michel.

—Com Michel? Eu...

— Eu vou entender se quiser ficar com Michel, quero te ver feliz, queria que fosse comigo, mas sei que... não te mereço. Em primeiro lugar, Betty, quero que fique bem e saia deste hospital. Você está doente, Betty? Eu prometo que vou fazer tudo por você, mesmo que seja só para você ficar bem com ele e eu tenho que...

—O que você disse? Não estou doente! Sim, tenho anemia, mas vou me cuidar.

— E esse desmaios?

—Eu não estou com Michel! De onde você tirou essa ideia que poderia traí-lo?

—É que... que... eu os vi juntos, ele a tinha nos braços quando a encontrei!

—Não me lembro, só me lembro que pedi o celular para Michel para ligar para você porque perdi o meu e vi tudo rodar. Eu nunca estive com Michel de forma alguma!

 Agora Betty entendia o que Michel havia dito a ela no telefone e por que Armando estava assim estranho. Você queria que ele me deixasse cair no chão?

—Não, claro que não.

—Michel veio me visitar quando soube que eu havia chegado de viagem e saiu preocupado, então pedi para ele ligar para o celular dele, pois perdi o meu e me encontrei nesse leito hospitalar. Michel e eu não tivemos, não temos e não teremos nada! Eu nunca teria nada a ver com um homem amando outro como eu te amo, tolo!

—Ufa.  –sentiu como se seu ar voltasse aos pulmões e seu coração voltasse a bater.

Armando estava prestes a dizer algo quando Beatriz continuou falando:

—E muito mesmo esperando um filho!  Armando, eu estava grávida de 3 meses!

—O quê?

—Sim.

—Mas como, Beatriz?

—Preciso explicar como se fazem os bebês, Seu Armando?

—Não, Betty! -beijo -Mas você não estava tomando pílula?

—Sim, foi, mas acho que daquela vez que veio de surpresa. Eu não esperava que chegasse, sei que deveria pará-lo, mas... –disse Betty vermelha.

—Oh meu amor! -Agora com lágrimas de felicidade nos olhos, ele pega o rosto dela e a beija. -Sou um tolo ciumento! Me perdoa por ser tão idiota?

—Não sei! Creía que confiava no pacto de amor que fizemos.

—E confio, mas sou inseguro, você é tão boa, pode arrumar alguém bem melhor que eu!

—Quem sabe? Mas será que quero?

(Os dois se beijam docilmente)

—Ah não ser que pense ou suponha que esta criança não é sua...

—Jamais pensaria nisso. –beijo –Isso não. Nunca!

—Eu nunca te trairia, Seu Armando. Como você pode passar pela sua cabeça que eu seria de outra pessoa?

—Perdoe-me, Beatriz! –beija sua boca e depois a barriga  -Oi, pequeno, ou pequena. Aqui é seu papai!  Grato, Betty, sou o homem mais feliz do mundo!

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