O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 33
Capítulo 30




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Há muito tempo, Armando não vinha à Cartagena. Costumava vir muito na juventude, depois viajava mais para fora do país e geralmente, para a Europa para visitar sua irmã em Suíça e outras  cidades europeias. Assim como ia aos Estados Unidos ou Austrália.  De modo que, como bom  cachaco que era, não se lembrava tanto do clima de Cartagena. Logo, mesmo com um terno claro e uma camisa branca sentiu o suor descendo por sua testa.  Tirou o paletó.

—__________________

Também em Cartagena, Betty está deprimida e quer voltar para casa.

—Desculpe-me, dona Catalina! Me perdoe!

—Tudo bem, Betty! Só que esperava mais, bem mais de você!  Esperava que quisesse ser para mim o que é para Ecomoda. Sei que é um mundo diferente, assim como é o de Ecomoda, mas sempre foi bem e isto esperava. Mas não tem problema! Ligarei para a agência e pedirei uma outra assistente.

 

Betty saiu dali, sabia que estava decepcionando Catalina. Não queria isso, afinal a senhora havia lhe dado uma chance. Havia confiado nela. Mas sua tristteza era tão grande que pensava que só sua família poderia aplacar. 

—Para quê, para quê Betty? Para voltar a mesma que saiu? Ou pior, triste e ainda sem emprego. Ouvir seu pai dizer que nada adiantou seus estudos. Não! Não é hora de voltar B. P. S..!

 

—Dona Catalina! Dona Catalina! Eu fico!

—Um momento, tenho que resolver ma coisa e já retono.  -disse Catalina ao telefone  -Não, Betty! Não posso toda hora lidar com sua inconstância e com sua indecisão.

—Me perdoe, dona Catalina. A partir de hoje, não mais! Dê-me uma chance, dona Catalina!

 

Assim Betty consegue convencer Catalina de que quer ficar. Embora, esteja triste pelo susto que Armando e ela levaram na reunião de diretoria e triste pela carta, Beatriz crê que está na hora da superação.

—_____

 

Enquanto isso, Armando chega no Corália, recebe as chaves de seu quarto. Um dos mais simples do hotel, mas o importante é que conseguiu algum lugar para ficar e ainda mais em um hotel que conhecia, onde costuma ficar quando vinha com a família ou com Mário. Onde suponia que estava ela, a muher que o trouxe até ali,

 

Armando estava feliz. Se sua mulher estava ali, a iria encontrar. Nem que tivesse que rodar a cidade inteira.

Assim que chegou, Armando deixou as coisas no quarto e desceu para comer alguma coisa.

Betty tinha acabado de sair com Catalina para irem a mais uma etapa do concurso. Betty apesar de decepcionada com Armando, prometeu-se dar uma nova chance, então, havia pensado seriamente em mudar o visual.  Chegou a marcar com Catalina, mas mudou de ideia na última hora.

Assim, Armando começou a andar pela praia, procurando Betty, assim como procurou em outros lugares.

Por pouco não havia conseguido entrar em muitos lugares, porque estavam todos lotados, mais do que o comum por ser uma cidade turística.

—Claro, o Reinado Nacional.  Antigamente, isto seria o paraíso!

—Armando! Que gosto te ver!

—Agora, é o inferno! Que cruz!   -virou os olhos

—Meu amor!               -Tenta dar-lhe um beijo, mas ele desvia.

—Por que me trata assim? Soube que não casou com Marcela!

—Não, não me casei e nem vou casar!

—Casa comigo, então!

Faz cara de desgosto.

—Olha, estou ocupado sim?

—Vai dizer que já arrumou plano com alguma das reinas?

—Sim, como uma reina, sem dúvida a reina de meu coração.

—Esta não poderia ser eu?

—Não mesmo!

Em todo lugar, só ouvia falar do Reinado, nem mesmo o Festival de dança chamava tanta atenção.

—Cata costumava participar da organização, mas este ano não deve estar, pois está em Miami com a Shakira, creio.   Bem, vou voltar para o hotel, não creio que Betty esteja pelas madrugadas, minha Betty não é assim!

Armando já estava alterado pela bebida, após procurar por Betty no hotel e a redor da cidade, foi sente uma dor no peito.  Foi quando viu uma bela morena de cabelos compridos, aquela mesma mulher que havia visto na passarela de Ecomoda.

—Uma alucinação! Uma tentação ou será minha Betty¿  BEEETTTYY!!! -grita fazendo com as mãos como se fosse um megafone, enquanto atravessava a rua

—ONDE VOCÊ ESTÁ, BETTY???

—Cala a boca, maluco! Quer ser atropelado? -disse o primeiro motorista que freou

—Se mata em outro lugar!  -disse o segundo

Betty  que estava passeando de chiva em companhia de Catalina, Michel entre outros, se assustou pois parece ter ouvido a voz de Armando, embora entejam do outro

Betty também já havia bebido um pouco, estava animada, depois de noites de tristeza, havia decidido tentar esquecer Armando Mendoza e para isso havia até aceitado ir ao salão de beleza. Não havia doído nada e a experiência havia sido boa. Estava usando roupas coloridas e ajustadas, mas ainda discretas e o capul havia sido penteado para trás e preso com presilhas, seus cachos naturais estavam hidratados. Havia chamado atenção de alguns homens e sido paquerada. E até o triple papito Michel estava de olho nela, ou parecia. Ou qual outro motivo para estar tão gentil e solícito e para dizer que estava bonita?

“Don Michel não é seu tipo, Betty! Mas não deve negar que é um homem atraente e bonito. Não estou fazendo nada demais, só me acompanha nos bailes, a pedido de dona Catalina. E se ele tentasse algo mais, Betty?”   -pensava e ria-se com picardia  -”Eu fugiria, lógico! Ai, Betty como que Michel vai tentar algo? Ele é um homem fino, elegante e aqui tem tantas mulheres belas e você é só Betty a feia! Don Armando teve que fazer coisas, pois era a feia dona da empresa.”

Aquele dia, Beatriz, Catalina  e Michel haviam junto com alguns amigos ido se despedir da atriz  brasileira Taís Araújo.  Estavam bailando e  passado de tragos, dançando e bebendo.

—O que foi, Betty?

—Ele, ele está aqui!  Ouvi a voz dele!

—Ele quem? -perguntou Catalina

—Er… er  meu noivo! -não ia dizer que era Armando

—Impossível, Beatriz!  A menos que tenham combinado algo.

—Não, ele não sabe… acho… não veio atrás de mim. Não deve ter vindo.

—O que foi, Betty? -perguntou Taís  -Já ficou triste de novo?

—Não é que…

—Vamos tocar música para Betty! Não pode ficar triste!

Assim, Beatriz se anima de novo a dançar.

—Estou muito feliz, principalmente, por estar melhor, Betty! Lógico que isto não se arruma da noite para o dia, mas com o tempo. Tente sair, se divertir! E quero a ver assim bonita e muito mais alegra quando voltar à Colombia, me promete?

—Espero que sim!

—Ah, olha lá!   E que venha me visitar no Brasil! Vou te dar meu contato!

—Ah, não posso prometer. Oj oj oj depois daqui estarei sem dinheiro e o Brasil é longe!

—Olha lá, não quero desculpas!  E vai com seu noivo!

—Ah este é mais difícil!

—Ou dê chance para outro.

Alguém propôs darem uma esticada na praia, o que Betty aceitou contrariada para não fazer desfeita, mas logo depois de dançar um pouco, já cambaleando, pediu à Catalina para ir embora.

—Deixa eu a levo!

—Não, seu Michel, imagina oj oj oj você está se divertindo.  Não quero te atrapalhar.

—Não atrapalha nada, vamos te acompanho!  

—Beatriz, este visual ficou muito bom. Está muito diferente e bonita!  -disse Michel, galanteando Betty

—Imagina oj oj oj

—Está sim!  -lhe dá um beijo na bochecha que a faz corar.

Betty entra no quarto, coloca a mão na bochecha, se sente culpada, pois ainda ama Armando e sente que Michel quer algo a mais com ela.

Havia sonhado mais uma vez com Armando, não sabia mais onde iria parar aquela situação. Precisava esquecê-lo.  Por outro lado, Armando também havia sonhado com ela toda a noite.

Amanheceu e seria outro dia para procurar por ela. A cidade não era tão grande assim.

—Vou descer tomar um desjejum bem reforçado e sair à busca.

—Já perguntei à recepcionista e não sabe de Beatriz Pinzón! Mas se você estiver aqui, irei te achar, pequena. -olha a foto na carteira, com o look de feia e beija.

Catalina havia descido antes de Beatriz para fazer desjejum.  Comia um pan de bono com um café bem forte, enquanto falava no celular.

—Michel, mon amour! Então, você virá para cá?  Te espero na recepção. Ah, já estou tomando café! Sim, ela irá conosco!

Neste momento, Armando chegava no restaurante.

—Cata?

—Armando? Não acredito!

—Quem não acredita sou eu! Como assim?  Não está em Miami com Shakira?

—Mudança de planos! 

Catalina conta...

—E por fim, não deixaram eu vir.  E ainda tive que reduzir a equipe.

—Que chato!

—Acabou não casando, não é?

—Não tinha como, Cata! Foi um erro desde o princípio.

—Dava para ver que não se amavam, mas precisava esperar para cancelar há dois dias de se casar?

—Foi complicado, Cata! Um dia gostaria de poder te explicar. 

—Realmente hoje não tenho tempo, mas podemos marcar alguma coisa.

—Está hospedada aqui?

—Sim, estou cuidando da organização do Reinado!

—Ah, imaginei! Você sempre organizou!

—E você está aqui, solteiro, presumo que sozinho. Veio “Caçar” sozinho ou está Mário por aí?

—Não, Cata. De verdade estou sozinho e não gostaria de estar, sabe?  A verdade, é que estou apaixonado.

—Ah fala sério, Armando!

—Sim, é sério, Cata, muito sério.

—Vai dizer que está apaixonado?

—Sim, muito apaixonado e estou aqui atrás dela.

—Certamente, uma modelo!

—Não, modelo alguma.

—Catalina!

—Michel, que rápido!

—Você! Esperei um tempão na recepção. Pensei até que tinha ido sem mim!

—Imagina, mon amour! Conhece Armando Mendoza? É presidente de Ecomoda, a empresa de modas para qual trabalho!

—Ex-presidente, Cata!

—Bem, depois me conta!

—Muito prazer, Michel Doinel!

—Ah é francês?

—Sim, francês!  Mas vivo aqui agora.

Os dois sorriem e conversam alguns assuntos, até que...

—Desculpa, dona Catalina. Bom dia! Mas não conseguia levantar oj oj oj

—Boa tarde, devo dizer, Betty!

Armando e Michel conversavam e ao ouvir aquela voz pararam e se viraram.

—Beatriz? -perguntou Armando

—Betty!  -afirmou Michel.

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