O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 34
Capítulo 31 -Reencontrando Betty




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—Michel? Seu Armando?

Michel exibiu seu melhor sorriso. Aquela mulherzinha o encantava, era inteligente e misteriosa, escondia algo e agora que estava um pouco arrumadinha o encantava ainda mais. Antes que Don Armando pudesse cumprimentá-la, Michel agiu.

—Betty! Bon jour!    Dando-lhe um beijinho

—Oj oj oj Don Michel!

Armando pôs sua cara de ciúmes, este tipo alto e elegante conhecia sua Betty e era abusado.

Be e- tty...

Don Armando, o que faz aqui?

Ao ver aquele rosto que tanto sonhava reencontrar, Armando sorri, tem vontade de pegá-la no colo e fugir dali, antes que aquele idiota loiro ousasse tocá-la novamente.

—Vim passear em Cartagena!

 Por outro lado, Betty sente o mesmo e dá um passo para trás, pois não pôde ficar muito tempo perto deste homem (Armando) que tira até sua capacidade de pensar. Estava surpresa de vê-lo ali.

Michel percebe um clima entre os dois.

—Armando foi o chefe de Betty em Ecomoda!

—Ah então vocês se conhecem.

Armando sorriu, picaramente para Michel.

  Sim, meu amigo e HÁ UM BOM TEMPO!  -disse Armando, deixando Betty, pois o conhecia muito bem.

—Me desculpem, mas estou com pressa, estamos atrasados.  Armando, depois conversamos.

—Ah…

—Poderia vir conosco, mas deve ter outros planos...

—Na verdade, não, Cata…. Ficaria   -olhando Betty     -encantado      -me encantaria acompanhá-

los.

A resposta dele surpreendeu Catalina e Betty que deve ter pensado o mesmo que estava ali, atrás de algum planicito com alguma reina.

Então, como Michel tem um carro disponível levou-as até o hotel onde iriam fazer sessão de fotos com as modelos.  Armando aproveitou para ficar ao lado de Betty, no carro, enquanto Michel os olhava pelo espelhinho.

—Betty, preciso conversar contigo. -disse cochichando

—Mas aqui não.

—Claro que não. Precisamos estar sozinhos.

Beatriz olhou brava para ele.

—Calma. Não quis dizer isto. -disse sorrindo, picaramente.

—Armando, também é de Bogotá? -perguntou  Michel interrompendo a conversa dos dois.

—Sim, sim, sou cachaco também, como Betty.

—Cachaco?

—É como nós os bogotanos somos chamados pelos costenhos!

—Ah! Entendo.

—E mora há muito tempo aqui, Michel?

—Ah, desde que vim atrás de uma colombiana com quem namorei em Paris.

—Ah! -sorriu -Então, está comprometido?

—Não, não.  Ela me deixou. Estou solteirinho. -sorri para Beatriz, que faz seu costumeiro bico.

—Olha, chegamos.

—Espero que não ache chato, sabe como são as sessões de fotos.

—Não, estou acostumado.

—Só não pode paquerar as reinas, já sabe!

—Imagina, Cata, tenho outros interesses... -olha para Betty, que desvia o olhar.

Depois que Betty e Cata acompanha as reinas e esperam os fotógrafos tirarem as fotos, Armando vê que Betty está sozinha e se aproxima dela.

—Precisamos conversar, Beatriz.

—Sim, mas aqui não.

—Quando?

—Não sei. Mas ninguém pode estar presente. Como me achou aqui?

—Você me ligou, não?

—E o que tem?

—Liguei para o número marcado no meu celular e vi que era Cartagena.

—Aí, achou que tinha o direito de vir aqui e me seguir?  Para me pressionar a perdoá-lo?

—É que…  que… Não vou mais me casar, Beatriz!  Não posso.

—E? 

—Fiz isto porque te amo!

—Aqui não é o momento.

 Está bem. Saberei esperar! se afasta triste. Apesar de doar seu coração vê-lo tão triste, Betty sabe que não pode ceder. Aquele homem a matou. Burlou de seu amor.

Depois da sessão e de almoçarem juntos retornarem ao hotel para se vestirem para mais uma etapa do concurso.

—Desculpe, me, Armando. Não consegui ingresso para você. Tampouco me cederam credenciais!

Tu-tudo bem, Cata…. -ssorriu amarelo -eu tenho alguns compromissos por aí.

—Se subesse que viria, sabe que sempre mando alguns para Ecomoda!

—Eu sei, Cata!

Assim, teve que ver Betty saindo pela porta daquele hotel de braço dados com Michel, que também esticou-os para Catalina.

Lógico que era mentira, Armando não tinha compromisso algum aquela noite. Seu compromisso na cidade era Betty e só ela. Então, resolveu ficar bebendo na praia, olhando a noite.

—É, Armando, sua vida nunca mais será a mesma! Agora, está aqui abandonado na praia enquanto o  tipo francês está lá com duas mulheres lindas e uma delas é a sua, sua Betty. E pior que não conseguimos ficar sozinhos para conversarmos.

O mesmo aconteceu na noite posterior. Depois de tentar ficar com Betty o dia inteiro, Armando pouco tinha logrado, apenas um almoço com Betty, mas com testemunhas como Catalina, Michel e alguns amigos. Mas nessa noite, iria esperá-los voltar.

Naquela noite, Betty durante a etapa encontrou-se com Adriana Arboleda entre outras modelos muito conhecidas que desfilavam para Ecomoda.

—Boa noite!

—Boa noite, mas nos conhecemos? -perguntou Adriaana

—Sim oj oj oj sou eu, Betty, trabalhava para Ecomoda!

—Betty? Mas como? Está diferente!

—Oj oj oj dei um retoque.

—E ficou bom. Mas como assim, deixou a Ecomoda? -perguntou a outra modelo

—Sim, não trabalho mais lá!

—Abandonou o Armando? -perguntou Adriana

Betty ficou sem jeito.

—Eu o encontrei ontem na praia, está aqui também! -disse a modelo

—Sim, ele está aqui. -disse Betty, ajustando os óculos  -Parece que tem uns negócios.

—Não sei, pois o encontrei na praia de noite e estava sentado falando sozinho com uma garrafa na mão. Achei-o bem estranho!

Betty viu seus ciúmes se transformarem em preocupação,  pois achou que Armando de uns tempos para cá bebia demais.

—Só me cumprimentou e nada, em outros tempos me convidaria para passarmos a noite juntos. Desculpem, mas sabem da verdade.  Será que está assim porque não se casou com Marcela?

Betty ficou vermelha.

—Imagina, ele nunca se importou com Marcela. Deve ser outra. Betty sabe quem é?

—Como eu ia saber se não trabalho mais para Ecomoda?

—O Armando deve estar sentindo sua falta, era tudo para ele naquela empresa!

—Logo ele arruma outra assistente.

—Oi, BettY! Trouxe um coquetel para você!

—Grata, Michel! Ah, este Michel Oj oj oj amigo de  dona Catalina!

—Muito prazer!

—Prazer!

—E seu amigo também, Betty!

—Sim.

—Huummm!

—Bem, meninas, com licença, tenho que voltar ao trabalho.

—Parece que é muito importante para o tal Armando.  Pensei que eram só chefe e secretária!

—É..é… que além da relação de trabalho éramos muito amigos.

—Só isso?

—Que mais seria?

—Michel, estou terminamos umas coisas, Betty, se quiser pode ir.

  Ah grata, dona Catalina. Prefiro ajudá-la!

—Mas já acabou, Betty! Vou só conversar e vou!

—Eu levo as duas! 

—Leve a Betty!

Betty sentia-se incomoda na presença de Michel, pois embora o francês procurasse ser gentil, desconfiava que estava sentindo algo por ela e agora que Armando estava por ali, se sentia ainda mais constrangida. Conhecia os ciúmes de seu ex-chefe e temia o que faria.

No carro

—Está longe, acontece algo?

—Nao oj oj oj o que poderia ser?

—Não sei, mas… está bem?

—Sim.

—Como pode ficar triste em um lugar como Cartagena? Deve ser eu, sou chato e não consegue nem me suportar.

—Imagina, Michel oj oj oj você não é chato.

—De verdade?

—Sim, pelo contrário!

—Quer dar uma volta? Tem alguns lugares que gostaria de te mostrar.

—Não, Michel é que estou cansada. Estou pegando o ritmo do trabalho.

—Está bem.

Enquanto isso, Armando vagueava pela praia em frente ao hotel, sentado no banco. Não tinha a mínima vontade de voltar a seu quarto e comprovar o que sempre soube: que era uma pessoa solitária. Com sua irmã não era de todo. Mas mesmo em companhia de tantas pessoas, era como se estivesse sozinho. Até qu encontrou Betty e se encontrou amado e cheio. Mas agora nesta cidade paradisíaca, rodeada de belas muheres por conta do Reinado Nacional só queria uma.

—Onde estará Betty? Que horas termina esta etapa?

Olhava impaciente ao relógio e para a porta do hotel, alternando bicadas na garrafa.  Iria esperar por Betty a noite inteir, se necessário, não dormiria antes de falar com ela. Foi quando viu a cena que fez parar seu coração.   Betty estava no carro aos beijos com aquele francês alto, loiro.

—Betty…

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