O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 31
Capítulo 28




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805377/chapter/31

 

Capítulo 28

 

 

Enquanto isso, Catalina e Betty haviam chegado em Cartagena e foram ao hotel, onde Betty ficou maravilhada com a vista para o mar. De lá, ligou para sua mãe.

—Ouça, mamãe, ouça o mar!   =colocando o telefone fora da janela para que sua mãe ouvisse tudo.

Depois de falar mais algumas coisas com seus pais, Betty desliga, pois precisa ir com dona Catalina até onde irão assistir o ensaio das reinas. Precisa apresentar Betty a todos e pegar as credenciais, por isso, não podem perder tempo.

—Sei que é corrido para você, Betty e que acabou de chegar, mas este mundo de eventos é como o da Moda, bem corrido.

—Oj oj oj tudo bem!

—Logo terá tempo de aproveitar!

As duas assistem ao ensaio, pegam as credenciais e vão ao hotel se prepararem para a noite.

Enquanto estavam na van toca o telefone, era Marcela.   Betty faz sinal para que Catalina não diga que está com ela.

Ao desligar, Catalina fica intrigada.

—Algum problema?

—Nada sério, Betty, Marcela me ligou para dizer que não terão a entrega dos presentes hoje!

—Não?

—Tampouco parece que vai ter casamento, ao menos não agora!

“Ele rompeu com dona Marcela como prometeu.”

—Jura? Mas o que será que aconteceu?  -os olhos de Beatriz brilharam, teria ele cumprido a promessa?

“Ai, Betty não fique tão iludida, logo, voltam. E mesmo que não, é um homem de muitas mulheres. Não quero que sofra.”

—Bem, temos que nos arrumarmos. Para esta etapa da fragata  terá que usar uma roupa branca.

—Branca? Ah, não tenho.  A mais clara que tenho é esta! -mostrou o conjunto bege

—Não é muito elegante.  Deixe-me ver as outras.

—Este é elegante.

—Mas escuro. Use este mesmo.

Assim, Beatriz foi acompanhar as reinas com seu conhecido conjuntinho bege.

—Michel, mon amor!

—Oh, Catalina. –beijo

—Michel, esta é minha assistente, Beatriz Pinzón!

—Um prazer! 

O gosto é meu!   -diz Michel, educadamente, beijando-lhe a mão.

Depois de recepcionar as reinas e beber dois cálices de vinho, Beatriz vai para a van, pois sua ansiedade estava matando-a.

`Será que foi ele mesmo que rompeu com ela como me prometeu ou foi dona Marcela?  Será que só adiaram a data?

Naquela noite, Armando foi para seu apartamento, Deitou-se na cama. Sentia-se aliviado. De repente, depois de quatro anos sentia-se como um prisioneiro que saiu da prisão.   Nunca quis se casar com Marcela. Foi algo obrigatório, comprometer-se com ela pela família. Antes Marcela era sua amiga, quase uma irmã e era assim que gostava de lembrar-se dela. Mas um dia caiu na besteira de ter levá-la para cama. E toda família ficou sabendo. E com vergonha, pediu-a em namoro. Seus pais lhe impunham um namoro e com promessa de casamento para lavar-lhe a honra, mesmo os dois sendo dois adultos e já com muita experiência sexual.  Por uns tempos, Armando pensou que seria uma amizade com direitos, era isso que queria, mas Marcela não aceitou, exigia um compromisso de fato. E ele deixou-se levar. Por muito tempo deu certo, mas logo, vieram as perseguições, as cenas de ciúmes, ainda sem motivo, pois ele procurava respeitá-la. Depois vendo que ela iria maltratar as modelos e todas que se acercavam a ele por algum motivo, resolveu fazer caso aos pedidos de seu irmão de alma e começou a dar motivo, saindo com uma mulher diferente a cada noite, tentando esvaziar seu corpo e encher sua alma, mas frequentemente acabava vazio de todos os modos.

 

De repente, ficou triste, estava livre, poderia sair com quem quisesse, mas não era como sonhou. Não queria sair de caça ou com as mulheres da agenda. Queria estar com Betty. Se ela o tivesse esperado para conversarem, teria dito para que o esperasse no seu apartamento que iria arrumar sua vida aquela noite mesmo. Mas Betty se foi e de Bogotá, não sabia onde estava. Por outro lado,  seu celular não parava de tocar, logo, decidiu desligá-lo e sair.

 

Em um bar bem conhecido por Armando.

—Seu Armando que bom que prazer em vê-lo!

—Prazer é meu em vê-lo, Ramoncito. Embora, eu não teria prazer em me ver! Sirva-me um whisky duplo.

—Aqui está. Soube que vai casar!

—Não mais!

—Ufa! Muitas iriam chorar, don Armando!

—Mas vou sim, me casar!

—Com outra?

—Sim, não ouviu o que te disse? Claro que é com outra! Com a mulher que me rouba o sono e da qual preciso para viver!

—E quem é, uma de suas modelos?

—Que modelo, o quê! Esta mulher da qual estou apaixonado é uma mulher honesta, doce, mulher de bem. Não como estas que querem meu dinheiro, que se deitam para estarem em uma passarela. Esta me ama! Quer ver a foto dela?

—Sim.

Armando mostra a foto de Betty, aquela do crachá da empresa.

—Pegue com cuidado. É uma rainha! Segura como aristocrata. Assim. Não é divina?

—Ah é.  -desanimado

—Diga, homem!

—É divina!

—Mas aprontei com ela, nem te conto. E fugiu. Me dá mais bebida, Ramoncito.   Se ela me perdoar, não vou deixá-la escapar, caso-me com ela!

Ramon acha que só pode ser pela bebida que fala estas coisas. Seu Armando rodeado das mulheres mais belas do país não iria se apaixonar justo por uma mulher tão feia.

—Acha que ela vai me aceitar?

—Uma mulher dessas não diria não a um homem como o senhor!

—O que quer dizer com isso?

—Que… que… -gaguejou de medo -se estiver apaixonada, não vai dizer não.

—Ah! Preciso achá-la. Me dá outro.

—Vai com calma, não está dirigindo?

—Você não é pago para me aconselhar e sim para me servir!

Ramon lhe serve outra dose. 

Assim, Armando bêbado, mas com sorriso nos lábios, sai esbarrando nos outros.

—Ei! Tenha mais cuidado!

—Armando Mendoza?

—Mônica Agudello! Que desprazer em revê-la!

—O que faz aqui, Armando? Marcela ligou para cancelar a entrega dos presentes. Achei que estava mal ou tinha ocorrido algo.

—Acabou-se tudo, Mônica! E estou livre como um passarinho! Vai, vai fofoqueira! Ligue para ela e diz que me encontrou bêbado, que até trombei em você e em sua amiga, mas não esquece de dizer que me viu sair sozinho !

—Você é desprezível, Armando!

—Mas bem que você queria, não é Monikita e em outros tempos até quase ficávamos juntos, mas agora, estou em outra, não é meu tipo! Tchau! Vai escrever novela!


Mônica fica com raiva, mas não resiste de ligar para Marcela que quase não entende nada, pois está bebendo muito em seu apartamento.

—E para onde ele foi?

—Não sei mas estava travado de bebida!

—Ai e por que não viu para onde foi?

—Porque tenho mais que fazer que ficar investigando onde seu ex-noivo foi!

—E estava sozinho?

—Sim.

—______

Armando logrou chegar em seu apartamento com muita dificuldade, por conta da bebida. Não sabia se estava dirigindo acima ou abaixo da velocidade. Por sorte ninguém o parou.

Deitou-se no sofá. Adormecido. Sonhou com Betty. Não sabia onde estavam, mas se beijavam e se amavam. Nos sonhos, Betty não o desprezava, tampouco sabia do plano. Nos sonhos, Betty era aquela mesma mulher que fez amor nas primeiras vezes, tão inocente e apaixonada.

Quando Armando acordou já era de manhã.   Teriam uma reunião com o advogado SantaMaria.   Assim, levantou-se, tomou um banho frio para acalmar os nervos.

A reunião não foi muito melhor que o dia anterior, acusações e desconfiança de todos os lados, primeiro por conta da empresa e depois pelo cancelamento do casamento.

—Sabe, Armandito, depois de tanto tempo, finalmente, fez algo certo: deixou minha irmã em paz!

—Não diga isso, Daniel!

—Sim, Margarita. Imagina minha irmã casada com um idiota fracassado!

—Ainda vamos nos casar, Daniel. Apenas resolvemos dar um tempo para organizarmos tudo. Quando nos casarmos será na igreja. -disse Marcela.

Armando não quis dizer nada, o ambiente estava tenso o suficiente para ainda causar mais coisas.

Assim foram os outros dias.   Muita tensão e acusação.

—Já conseguiu entrar em contato com esta mulher?

—Betty não está na cidade!

—Lógico que não está! A esta hora está desfrutando do dinheiro de Ecomoda por aí! Sábio Armandito que deixou tudo nas mãos dela! 

—Pois sabe, ainda estou seguro que Ecomoda está muito melhor guardada nas mãos de Betty que nas suas, Danielito!  Tenho certeza que ela não será capaz de fazer nada contra nós!

—Não passa de um estúpido! -Lhe dá um tapa.

—Ora seu!

—PAREM! PAREM JÁ!  Armando, se esta mulher não aparecer, vamos ter que tomar providências!

—Ela vai aparecer, papai! Vai aparecer!

—Mas quando?

—NÃO ESTÃO VENDO? ESTA MULHERINHA FUGIU COM A GRANA DE ECOMODA!

—NÃO FALE ASSIM, MARCELA!

—Te dou um ultimato, fale com a família dela, fale com quem seja, mas faça com que venha aqui!  -disse Roberto

—Se ela não tem nada a esconder, se não fugiu, por que não vem?-disse Margarita

—Vou fazer o possível, mas devo lembrá-los que foram vocês que disseram que ela nunca mais colocasse os pés em Ecomoda! Ela está apenas cumprindo o que disseram para fazer!

—Depois do que fez foi pouco.

—Já disse que tudo que fez foi cumprir minhas ordens!

—Bem, já disse! -disse don Roberto.

—_________

Mais tarde, Mário e Armando estão conversando na sala da vice-presidência

—Sabe que não vai conseguir convencê-los que foram eles que expulsaram Betty daqui!

—Mas foram eles!

—Não seja tão ingênuo, Betty já tinha tudo planejado, já queria renunciar e não duvido que já tinha programado onde iria depois de sair de Ecomoda!

—Acha mesmo?  Pois o único que tinha um plano ardiloso aqui era você! Minha Betty é doce e inocente e se saiu daquela forma e não me esperou é porque vocês a expulsaram!

—Eu não fiz nada!

—Ah não?   Pois Betty descobriu sua asquerosa carta e ouvir o seu planinho de mandá-la para a África ou qualquer lugar longe, sendo que ISTO nunca esteve no plano original!

—Tive que colocar por conta da obsessão que tem um pelo outro!

—Você é um doente, Caldeirón!  Um louco!  Eu coloquei Betty na empresa, sempre foi indispensável para mim antes mesmo que bolássemos este plano asqueroso e eu caísse em minha própria rede! E não faz esta cara de burla não! Sabe que amo Betty e se não fosse você e esta carta idiota e sua conversa idiota, ela ainda estaria aqui!

—Agora eu sou culpado de sua amante feia ter te deixado?     -Percebe a cara de assassino de Armando e resolve consertar as coisas      -Está bem, sua bela namoradinha? Satisfeito?  Olha, depois de tudo que Daniel descobriu, fez muito mal de desmanchar tudo com Marcela!   Ela é a única que pode selar a paz entre os Valência e os Mendoza. É um mal necessário. E não faça esta cara de martírio. Ao menos não é uma do quartel, uma feia. Marcela é muito bonita e sensual.  -Armando faz cara de asco e Mário tira sarro  -Ah não! Você preferia, não é? Preferia que fosse uma delas. Preferia que fosse Betty.  Está louco!

—Pois sabe que sim? Preferia! Mesmo quando fui obrigado a beijar Betty pelo plano, nunca senti o asco que sinto de Marcela e me sinto culpado de ter começado algo com ela, estragamos uma amizade bonita que tínhamos.

—Homens e mulheres não podem ser amigos!

—Na sua cabeça depravada!

—Onde vai?

—Vou ver se ajeito a situação!

—_____

—Alô, dona Júlia?

—Alô, doutor Mendoza! Como que vai?

—Difícil. Sem sua filha as coisas não são as mesmas. Quero dizer, é uma ótima profissional.

—Fico muito feliz de ouvir isso.

—E ela tem entrado em contato, sabe quando volta?

—Em contato sim.  Já lhe dei o recado que o senhor ligou.

—Mas ela não me ligou, Dona Júlia. Não pode me dizer onde está? Por favor, é importante!

—Vou falar com ela, doutor. Esta menina é teimosa, não sei quem puxou! Vou mandar que entre em contato.

—É que tem alguns problemas aqui na empresa, uns documentos que ela deixou.

—Algo grave, doutor? Posso ajudar?

—Não, dona Júlia. Quer dizer, é grave. Mas só ela poderá resolver.  Peça que entre em contato comigo, se possível hoje, sim?

—Está bem, doutor Mendoza!

Ao desligar.

—Beatriz! Ligue-me para mim, anda!   Cumpri com minha promessa, cumpra com a sua.

 Em Cartagena iriam ter outra etapa, desta vez pela manhã, de modo que Beatriz e Catalina se reuniram cedo com elas. A elas se uniu Michel, que ao saber que a moça falava francês e era economista,  se interessou em conversar com ela. 

Foi um dia de intenso trabalho, assim que Betty tinha a desculpa perfeita para não ir ao baile aquela noite, vez que não se sentia muito bem naqueles eventos. Para se soltar, teria que beber e isto não estava bem. 

No quarto, recebeu a chamada de dona Júlia:

—Oi, filhinha!

—Olá, mamá! Como estão as coisas?

—Seu pai que saiu para procurar emprego e nada tem encontrado, assim como Nicolás.

Beatriz se sente culpada, pois se tivesse continuado em Ecomoda, tudo estaria bem.

—Olha, mamãe, assim que receber meu pagamento lhes deposito.

—Tudo bem, eu sei. Veja, filhinha, aquele senhor não deixa de ligar-lhe, o doutor Mendoza. Não sei o que acontece. Disse que é importante! Que falta assinar uns documentos para a empresa. Não entendi bem.

—Ah sim? Pois diga-lhe que quando voltar falamos de sua bendita empresa.

—Ai, Bettica!  Ligue para ele, é que este senhor está estranho! Disse que cumpriu com sua palavra e precisa saber onde está para que cumpra com a sua!

Beatriz não sabia o que dizer.

—E vi no programa do coração  que não terão entrega de presentes, não terão cerimônia, que cancelou o casamento, nem nada. Diga-me que não é o que estou pensando, filha!

Mesmo que sua mãe não pudesse ver, Betty estava comas bochechas vermelhas. Não sabia realmente o que dizer.

—Não é nada, mamãe!

Beatriz mal conseguia dormir. Deveria falar ou não com Armando?

O celular tocou várias vezes, Armando não queria atender, não podia atender. Não queria discutir novamente com sua mãe ou aguentar as ladainhas de Marcela. Não iria atender de novo.  Mas viu que o código de área era da região costenha.  Achou estranho que lhe chamassem de lá. Levado pela curiosidade, resolveu atender.

—Espero que não seja estas modelos que descobriram meu número!

—Alô?

—Seu Armando?

—Beatriz?

—Sim.

—Que bom ouvir sua voz, me sinto voltar à vida!

—Oj oj oj Não seja exagerado!

—Diga-me onde está, Beatriz! Preciso vê-la!  Quando volta?

—Estou ligando para pedir que não ligue para meus pais, eis que minha mãe está desconfiada que há algo entre nós dois.

—Olhe, Beatriz! Tive que ligar, pois estava desesperado sem saber nada de você.  Cancelei meu casamento!

—Disto já sei. Mas não quer dizer nada, Dona Catalina, o quartel todos dizem que você sempre voltam!

—Nunca mais, Beatriz! Não existe mais Marcela Valência para mim em minha vida!   Diga-me onde está, preciso vê-la!

—Se é pela empresa só poderei voltar quando acabar o trabalho aqui!

—As coisas se complicam, Beatriz! Me deram um ultimato.

—Mas deixei uma procuração.

—Doutor SantaMaria disse que não serve!

—Mandarei um representante amanhã!

—Betty, não faça assim!  Preciso te ver!

—Deve esperar que volte à Bogotá!

—Diga-me e irei vê-la.

—Estou longe, doutor! Mas não se preocupe, sua empresa está segura.

—Não é o que pensam os acionistas!  Mas também pouco me importa esta empresa!  O que me interessa é você! Quão longe está? Diga-me e irei!

Beatriz sentiu um apertou no coração, pensou em contar-lhe e ver se ele, e fato, teria coragem de vir atrás dela como dizia que faria. Mas calou-se.

—Tchau, doutor.

—Beatriz!

 Logo, o sinal de desligado soou no ouvido de Armando.

—Minha Betty, por que me faz isso?  Ah vou ligar de volta. Alô? Com quem falo?

—Hotel Corália das Américas!

—Ah sim? E onde fica?

—Em Cartagena!

—Cartagena? “O que estaria fazendo lá?pensou Armando

—Pode me passar com Beatriz Pinzón?

—Sim, um momento.

—Lamento senhor, mas não temos nenhuma reserva neste nome.

—Beatriz Aurora Pinzón Solano.

—Não temos.

—Está bem, obrigado.

Desligou.

—O que faz Beatriz lá? Pois me chamou de lá e com quem está, já que a reserva foi feita em nome de outra pessoa? Nicolás Mora?   -apertou os olhos  -Estaria Beatriz com este tipo? Não, não estaria!  Ou sim? Não seja paranoico, homem!

Mas Armando não deixou de pensar nisso. Pensava em pegar um voo e comprovar se Beatriz estava lá e de lua-de-mel com o tal Nicolás, pois não havia outra justificativa para estar lá.

Só não foi aquela noite, pois teria reunião de diretoria o dia seguinte para discutirem o que fariam. Esperavam que Betty comparecesse para assinar outros documentos, devolvendo a empresa, mas quem compareceu foi Nicolas Mora.   Apesar dos membros da diretoria estarem decepcionados, Armando estava aliviado. Betty estava em Cartagena, mas Nicolás não estava com ela. Talvez fosse verdade que estivesse ali para trabalhar. Assim esperou para falar com “seu rival”.

—Nicolás! Preciso falar com você!

—Não tenho nada para falar contigo!

—Pois creio que tenho algo para falar, um assunto em comum, de Betty! -Armando indicou para que entrasse na sala.

—Pois diga!

—Sabe onde está Beatriz, não sabe?

—Sei!  E não preciso mais que me fale! Sei onde está!

Nicolás pensa que Armando está blefando e não pode saber onde está sua amiga.

—Pois não vou dizer! Não estou autorizado a dizer. Deixe Betty em paz, já brincou muito com ela (Armando fica preocupado, teria Betty contado tudo a Nicolás?)  e duvido que saiba onde está.

—Pois sei sim. Está em Cartagena! Viu como sei? Agora, me diga o que faz lá!

—Não sei como descobriu, mas não vou te falar. Deixe-a em paz!

—Não posso deixá-la em paz!  Sabe, por quê? Porque pela raiva que tem de mim, ela deve ter te contado, mas não contou o meu lado da história.

Nicolás debochou, desconversou e não disse nada. Queria sair dali. Precisava ligar para Betty e contar que Armando já sabia onde estava.

—Mas como descobriu, Nicolás?

—Não sei, mas ele tem seus métodos. Tome cuidado. Apesar que duvido que vá atrás de você.  Estão cheios de problemas na empresa.

—Sim. 

Betty desligou. Seu coração estava batendo forte.  Seu Armando sabia onde estava. E se viesse encontrá-la como prometeu que iria onde estivesse. se soubesse onde estava? Naquela noite, dormiu feliz e cheia de esperanças, depois de ajudar Catalina em mais uma etapa do reinado.

—_________

Armando não fazia ideia do que estaria Betty fazendo em Cartagena, tinha vontade de largar tudo e ir encontrá-la, mesmo sem souber onde exatamente poderia encontrá-la. Iria buscá-la em todos os lugares, Mas não podia deixar as coisas assim como assim na empresa, uma vez que seu pai estava ficando irritado com aquela situação e pensava em contratar um advogado criminalista para processar Betty e lograr colocá-la atrás das grades, já que tinha certeza que a menina tinha feito tudo de caso pensando e o ingênuo de seu filho havia caído como idiota.

Estava aguentando a pressão bem, enquanto eram Marcela, sua mãe e Daniel, pois sabia que eles não fariam nada. Mas agora, seu pai queria tomar as rédeas da situação ao ouvir do advogado Santa Maria que a presença de Betty para assinar os papéis era imprescindível e que nada adiantava mandar apenas o gerente da Terramoda porque a empresa não estava em seu nome. 

—Vou colocar um advogado criminalista e esta moça irá para a cadeia!

Esta frase ressoava em sua cabeça. Não adiantou protestar, tal frase havia agradado Daniel, sua mãe e sobretudo a rancorosa Marcela.

—O culpado é você!  -disse-lhe Marcela  - Você colocou a empresa nas mãos dela, mas tudo o que ela fez foi cumprir suas ordens, mas me dá muito prazer vê-la pagar de alguma forma por ter se metido com o que é meu! -batendo em seu peito  -Pois você é meu!  -como se fosse uma propriedade.

Estas duas frases o estavam enlouquecendo.

—E não há o que fazer, doutor SantaMaria?

—Da minha opinião, como disse a seu pai, posso indicar um bom criminalista, mas pelo que andei conversando. O que fizeram foi perfeitamente legal e a empresa Terramoda foi legalmente constituída e fundada alguns meses antes que começasse a emprestar dinheiro para Ecomoda e servir de fiadora, não há como provar que a senhorita em questão, sua ex-assistente usou de artifícios ilegais para ficar com a empresa, como querem as famílias.

—Ufa!

—A menos que o senhor deponha e diga que sua assistente usou da confiança depositada nela para roubar a empresa.

—É a única maneira?

—Sim.

—___________


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai! Será que Armando vai ser capaz de acusar Betty?

O que pensam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.