O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 26
Capítulo 23 -Colocando tudo em pratos limpos


Notas iniciais do capítulo

-Diga-me a verdade, doutor, você fez amor ou horror como Seu Mário diz para o plano?
Você teve que me seduzir para o plano?


Armando falará a verdade ou seguirá inventando coisas para enredar Betty em sua rede de mentiras?



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—Betty...

—Diga a verdade pela primeira vez em sua vida!

—Está bem, Betty, sim tudo começou com um plano...  A primeira vez que te beijei foi se parte do plano, mas com o tempo eu fui gostando de te beijar, de senti-la pertinho e a beijava ccom prazer.

—Não invente mais mentiras, doutor!

—Fale a verdade, doutor!

—De verdade! Sentia que seus beijos eram os mais carinhosos e sinceros que tive!

—Humpf!

—Te davam asco!

—Não me davam asco! Nunca me deram asco!

—A carta...

—O que sabe Mário do que sinto quando te beijo!  Asco me dava a minha atitude porque... porque... a considerava uma amiga.

—Isto eu sei! A que a queria muito mais que um amigo era eu!

—Isto também sentia, sentia que... os beijos não eram suficientes e que  me desejava.

Betty estava vermelha.

—E até comentei com o Mário.

—Sabia! Expôs nossa intimidade como se eu fosse qualquer uma!

—Não, nunca, meu amor! Nunca foi qualquer uma! –E aí planejaram como fariam para levar a feia para a cama, com o foguenta e fácil que era, apesar de feia, seia fácil fazer-lhe o horror!

—Não! Não! Nunca foi assim frio! Sempre foi especial para mim! –a segura pelos ombros e a beija.

—Não!

—Para mim nunca fizemos o horror!   Fiz o amor, Beatriz! Por favor, escute-me!   Me ensinou o que é fazer amor!

—O senhor é MUITO experiente nisso! Vai querer me dizer que era virgem?

—Pois eu era! Nunca havia feito amor, s´[o sexo e relações vazias, incluso com Marcela! –a abraça, deixando-a sem reação  -Desde o primeiro dia que tive em meus braços, você foi o única, ouça,  única mulher para mim!

—É difícil acreditar no que você diz! –diz deixando que ele a abrace.

—Acredite, quando fizemos amor, Marcela morreu por mim como mulher. Nunca senti uma mulher  tão entregue a  mim como você!

Betty não resiste e deixa que as lágrimas corram por seu rosto.

—Naquela noite em que fizemos amor pela primeira vez, eu sabia que o jogo estava indo longe demais!  Eu precisava parar, sabia que estava apaixonada, que estava alucinando por mim, queria se entregar com amor, de  corpo e alma  e isso não podia, não podia acontecer! Mas Caldéiron me disse que eu tinha que ter coragem e fazer com você porque você ficaria muito decepcionada se não fizéssemos ou o fazia ou se entregaria a Nicolás Mora... Mas, eu não queria fazer isso com minha amiga!  Com alguém que confiava em mim! Não com você!

—Claro que foi demais para você fazer amor com a feia!

—Não, amor, não! Não era isso! Eu estava relutante porque pensei que tínhamos ido longe demais!

Pensei que ser virgem e ele não queria marcá-la para sempre por ser seu primeiro homem!

— DIGA A VERDADE, DOUTOR!

—NÃO! NÃO! EU NÃO QUERIA TE MATAR. NÃO QUERIA TE MARCAR, E TE ILUSIONAR AINDA MAIS!

—Mas eu me ENGANEI! Eu pensei que você me amava, mesmo eu sendo feia...

— Beatriz! - ele disse a abraçando e beijando.

—Solte-me!

—Não!

—Não se sacrifique mais, doutor! Não faz sentido fazer isso. Aqui está o equilíbrio como

desejou! Você não precisa mais fazer amor com a feia  pela empresa! - se afasta dele

—Não é assim, Beatriz! 

—Sempre fiz tudo o que quis, consenti. Sempre foi incondicional, nunca te trairia!

—A verdade, a verdade é que mesmo sem querer, o plano nos uniu, me fez perceber algo que sentia e

não queria ver! E isso se tornou realidade naquela noite de seu aniversário. Me confrontou com o que eu queria negar isso todos esses dias desde que começamos a ficar juntos.

—O que?

—Que a desejava como um louco! Como se entregou aos meus beijos, como me abraçou e olhou para mim, fazendo-me sentir especial. Ele caminha até ela e a abraça, enxugando suas lágrimas no peito dele  -Naquela noite, eu estava com medo, Beatriz!

—Com medo?

—Medo porque você não era como as mulheres que eu conhecia, inúteis que só procuravam uma noite

de prazer comigo  para estar na passarela! Assim como eu estava procurando o mesmo prazer fácil com elas. Não! Eu sabia que você amava e eu,

senti algo por você que não senti por nenhum

nenhum outro e isso me fez sentir medo, medo do desconhecido! É por isso que eu queria fugir

na noite do seu aniversário, mas quando vi que estava triste por fazer amor,  queria te abraçar. E quando você se afastou de mim, percebi que não fazer-lhe amor que não estar contigo, iria te fazer mais mal.   Que não fazer amor com você iria machucá-la mais do que fazê-lo.  

Beatriz ouviu com atenção enquanto chorava em seu peito, manchando sua camisa de seda com suas lágrimas.

—E quando o fizemos, senti que foi a melhor coisa que me aconteceu, embora me tenha custado

admitir!   

Betty o olha.

—Não conseguia tirar... aquele momento da minha cabeça até que fizemos de novo e com mais paixão e entrega. Depois me contou seu segredo e eu não sabia que ela era tão bonita, mas, confesso, não fez a menor diferença para mim! Eu já estava apaixonado por você e senti você aqui (aperta o coração). Mostrar-me tal como era, como não o fez a nenhum outro que ela era,  apenas me fez saber que me amava e confiava em mim a ponto de me revelar seu segredo.

—Fui uma idiota! Eu me apaixonei por você! Eu abri meu coração para você fazer o que quiser

comigo!  

—Não se engane! Eu é que sou idiota! Eu pensei que controlava este jogo, mas caí preso como um idiota diante de seus lábios e amarrado para sempre ao seu corpo! Eu te amo, Beatriz!

—Para de mentir!

—Não é mentira!

—Por que, doutor, você continuou com o jogo sabendo o quanto o amava, o quão incondicionalmente ele era e que eu daria a minha vida?

—Por que? Como não podia me afastar, não podia me afastar de sua boca, de seus beijos, de

seu corpo. Oi Beatriz! Se você soubesse o quanto eu te amo mais do que a mim mesmo! Mas essa minha vida!

Ele pega seu corpo com uma mão e com a outra pega seu rosto para beijá-la, um beijo profundo que Betty se deixa beijá-la, sabendo que seu tempo de Ecomoda acabou.

—Betty, por que não vamos para outro lugar onde possamos ficar juntos?

— Me abrace, doutor, me abrace forte!

—Não sei porque, mas sinto esse abraço triste, como se fossem os que os casais dão no aeroporto quando se despedem.

—É como se fosse, doutor!

—Vou levá-lo para casa!

—Não! -Por favor, deixe-me ir e não piore isso! -beijo -Vou pedir ao Wilson para me buscar

outro táxi.

—Deixe-me levá-la à sua casa. É tarde demais. Eu prometo que não vou tocar em você. Mas é perigoso ir sozinha em um taxi.

 Durante toda a viagem, eles não se falaram nem se olharam. Armando está devastado porque

ela conhece a carta e não acredita em seu amor. Depois de deixá-la em sua casa e vê-la ir sem

mesmo olhr para trás, sente seu coração doer. Em seu apartamento, ele toma duas doses de uísque seguidas, O celular toca, depois o telefone, vai até o identificador que é Marcela, mas decide não responder. Não importa! Não aguenta mais esta chata e se aguentou todos esses anos foi porque se davam bem no cama e era a única maneira de fazê-la se sentir satisfeita e parar de reclamar de tudo, mas isso terminou depois de fazer amor com Beatriz. A mente dele já foi seduzida por ela desde que a conheceu. E agora seu coração e seu corpo pertenciam a ela e ela não podia ter outra em seus braços. Não mais!

Pensou no abraço e sentiu saudades, se desesperou por pensar que estava se despedindo dele,  mas se acalmou sabendo que ela disse até amanhã.   Teria a chance de falar com ela novamente e consertaria tudo. Após a reunião, após ser confirmado como presidente, terminaria com Marcela e continuaria seu romance com Beatriz, por um tempo, clandestino para não ter problema com seus pais. Mas então, terminado o embargo da Terramoda à Ecomoda e a empresa recuperada,  veria como faria. Mas não poderia ficar sem sua Betty, sua mulher!

—EU NÃO VOU CASAR COM VOCÊ, MARCELITA!   -disse para o celular desligado, logo após conversar com ela e discurtirem mais uma vez.

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Enquanto isso, na casa de Pinzón, Beatriz chegou triste e até foi repreendida.por seu pai.

—Ah, até que ele finalmente se lembrou que tinha uma casa, Beatriz Aurora!

—Olá papa! Eu tive que ficar na empresa até o lançamento acabar, Seu Armando precisava acertar algumas coisas para a reunião de amanhã.

—Você sabe que esse senhor a explora! Não paga horas extras! Você não ganha nada a mais por isso. (E o que mais ele queria que ela ganhasse com ele? ojoj) Vou dizer a este senhor que se for esse o caso, esqueça continue trabalhando na sua empresa!

— Esqueça, pai! Acabou! A partir da manhã já não trabalho para Seu Armando e Ecomoda! -disse entre lágrimas.

Ela deixou seu pai surpreso com a palavra em sua boca e subiu as escadas. Chorando, Betty

Tomou e escreveu em seu diário.

 “Hoje, mais uma vez, não resisti e me entreguei a ele e na minha salinha, onde trabalhamos,, Não sei como, mas quando ele começou a

me tocar,  não pude resistir a ele. Meu cérebro parou de funcionar e meu corpo e meu coração

começaram a ser controlados por ele. Fizemos duas vezes. Eu senti que mesmo que ele não

ame, tem um desejo incontrolável por mim. Deve ser porque agora que viu meu corpo

e como eu realmente sou.  Mas você não sente nada além de desejo por mim.  Mas, mesmo em meus braços, não para de falar da satisfação de ter

o balancete em suas mãos. É tudo por sua empresa! Bem, ele seguirá presidente, mas  sozinho, porque como lhe disse, sairei depois da reunião e, se possível, não me verá novamente!”

—escreveu chorando.

—Disse-lhe que conhecia o plano. Não sei como criei coragem! Surpreso, chorando ele disse que

descobriu que me amava. Como você pode ser tão mentiroso? Como você pode descer tão baixo?

E como você pode se entregar a ele mesmo sabendo disso? Definitivamente sem dignidade, Beatriz Aurora! Mas amanhã voltará a tê-la de volta!

 

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