No dia seguinte, Armando passou o dia sendo pressionado por Mario para que ele, por sua vez, pressionasse Betty a maquiar o balancete. Embora, tivesse motivo para preocupação, pois a reunião do conselho seria no dia seguinte, Armando estava mais preocupado em saber o que aquela noite de paixão tinha significado para ela. Ele a conhecia e não achava que pudesse ser apenas desejo. Betty não era assim.

Era isso que pensava durante o desfile, por isso não suportava nem a voz de Marcela soando como uma trombeta em seu ouvido, além de não notar os olhares de desejo que as modelos lançavam para ele da passarela, os quais não compartilhava mais, pois desde que havia tido Betty pela primeira vez, só olhava para elas de forma profissional e não como antes. Desejo só sentía por Betty. “ Liguei para ela na Ecomoda e ela não respondeu "Será que ela teria ido embora, embora me tenha prometido esperar retornar do desfille?  Será que está com fome?" Ele ia até trazer algo para ela. Mas o que mais o preocupava era a ideia de que Betty tinha ido para casa. Ele sabia que algo estava errado com ela, ele conhecia essa mulher no sentido bíblico. Uma hora ela se entregava toda quente e em outro, o rejeitava, mas ele a amava mesmo assim.

"Onde está minha Betty, meu Deus?"

 Por isso se surpreendeu com a garota que viu no desfile, entre as modelos, baixinha, mas com um corpo bem proporcionado e sexy. Sentia-se atraído. Isso não pode ser. Ele não se sentia atraído por uma modelo ou qualquer outra mulher há meses. Quem poderia ser? Então ele se afastou de Marcela e foi atrás daquela "aparência, que se parecia com Betty. Não, não poderia ser, deveria ser apenas uma visão. Ele ficou tão surpreso que a viu em todos os lugares. Que outra explicação?

Precisava ir atrás dela. Esperava que fosse uma alucinação. E não alguém como Betty, porque sua Betty era única. Se ela fosse uma garota de verdade, se colocaria em uma situação ruim.

Assim que a viu sair da passarela, ele a seguiu e a viu entrando nos camarins.

—O que você está fazendo aqui, hein? March sabe que você está procurando minhas modelos?   -disse Hugo.

—Não estou procurando nenhuma modelo!

(As modelos começaram a rodeá-lo como moscas.)

—Ah, Armando!

—Que bom que você veio nos visitar! Uma deles colocou a mão em seu ombro.

—Parabéns pelo desfile, meninas! Assim como você também, Hugo, parabéns!

—Eu sei, disfarce bem, Armani!

—Dona Inesita!

—Seu Armando!

—Ouça, Inesita. Não deveria estar aqui, dificilmente deveria estar descansando.

—Seu Armando, me sinto melhor trabalhando que em casa, mas estou indo com calma. -Respondeu Inesita.

—Amanhã não há lançamento, então descanse.-O farei, seu Armando!

—Ouça, Inesita. Contrataram uma nova modelo?

—Nova modelo?

—Sim. Uma morena, magra, cabelo castanho com alguns cachos assim, não muito alta.

—Ah... Como descrito, não. A única modelo que Don Hugo contratou foi uma loira de olhos verdes.

—Não Assim não! Bem, deixa para lá! Obrigado, Inesita!

Inesita balança a cabeça.

—Não é possível! Essa garota que eu vi nunca a tinha visto em Ecomoda! E posso dizer porque CONHEÇO todos os modelos da empresa! Que mulher é essa?

Armando vai atrás de onde a modelo pode estar. Ele desce a passarela e a vê em um coquetel bebendo vinho. Vá atrás dela. Ela pega um copo e olha para ele.

Tenho certeza que é ela. Pode ser uma alucinação! Não é outra mulher! Veja como estou!

—Oh! Está aí! Marcela o surpreendeu.

—Tem?

—Você não pode me ouvir. Por que você desapareceu do desfile?

—Marcela, não vê que estou aqui?  Marcela, me deixa um pouco. Preciso fechar negócios importantes.

—Achei que íamos sair para comemorar o sucesso do desfile.

—Olha, veremos mais tarde.

—Olá Marcela, olá Armando!

—Olá Maria Beatriz.  Tchau!

Todos pareciam fazer fila para falar com Armando, até que finalmente ele a viu descendo as escadas de emergência.

—Senhorita!

Ele continuou descendo as escadas para o corredor, onde encontrou um segurança.

—Boa noite, doutor!

—Você já viu uma garota assim de biquíni, capa, cabelo castanho assim?

—Assim gostosa?

—Respeito, cara, respeito!

—Aquí tem muitas modelos, doutor! Não havia como notar apenas um!

—E meu carro?

—No estacionamento.

—Pegue!

Vendo que não ia poder seguir aquela garota, ele volta ao desfile onde encontra seus pais que elogiam o lançamento.

Marcela, Maria Beatriz e outras o convidam para ir a uma festa para comemorar o sucesso do lançamento.

—Sinto muito, mas é impossível. Amanhã é o dia da reunião e Betty ia terminar o balanço hoje e eu tenho que ir para a empresa.

—Você está indo trabalhar agora?  E que eu acredite?

—Acredite no que quiser, Marcela!  Em caso de dúvida, você pode ligar para a empresa.

—_____

Então Armando vai para a empresa.

Estava muito feliz com o sucesso do lançamento, mas também muito intrigado. A garota que ele viu parecia muito com Betty, mas Betty tinha ido ao desfile?

Queria perguntar a ela. Mas quando chegou à salinha, embora a pergunta estivesse na ponta da língua, esqueceu tudo. E se não fosse Betty? Você pode ter problemas. Eu poderia pensar que ele estava interessado na “nova” modelo. Ele decide não perguntar nada a ela. Ele sabia como Betty era ciumenta às vezes, mas longe do que sentí com os ciúmes de Marcela, os de Betty o deixava feliz.