Queridos Amigos escrita por Mithrandir127


Capítulo 26
Capitulo 26: Soluço e Merida


Notas iniciais do capítulo

Olá! Cá está mais um capítulo! Espero que goste!



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Era uma noite fria, mas estava quente e confortável na casa dos Dun Broch. As luzes douradas da árvore de Natal estavam acesas. Brilhando calorosamente sobre a família escocesa que morava ali. E sobre suas visitas.

Stoico, Valka e Soluço sentavam-se defronte aos acolhedores anfitriões, e amigos, logo após uma longa reunião de negócios. Estavam rindo, e Elinor, junto de sua família correu até a cozinha para oferecer algo para comer e beber.

O norueguês ruivo puxou o filho delicadamente pelo pulso, forçando-o a ficar de pé à sua frente, com a esposa ao lado. O mais novo o obedeceu sem entender.

— Meu filho, se saiu muito bem nesta reunião, eu estou muito feliz por participar conosco dos negócios da família. Sinto que devo pedir desculpas por envolver você com os meus antigos inimigos, isso certamente vai deixar sequelas. Sei que não é fácil, mas eu prometo, que não estará sozinho.

— Somo vikings, é um risco ocupacional – respondeu com um sorriso corajoso no rosto.

— Eu tenho orgulho de te chamar de filho – falou apertando a mão pequena do castanho entre suas enormes e fortes mãos ásperas – Me perdoe, por tudo.

— Tá tudo bem. Obrigado, pai – disse surpreso.

A mãe tomou a mão do filho e disse: “Você nasceu prematuro, você era tão pequeno, ah! Tão delicado, tão frágil. Assim que nasceu, foi levado para outra cama de hospital, chegou até a ser entubado. Eu temi que não sobrevivesse, mas o seu pai, ele nunca duvidou, ele sempre disse que você seria o mais forte de todos, e ele estava certo, você tem o coração de um líder, e a alma de... Um dragão.”.

O de óculos sorriu.

— Obrigado mãe.

Na cozinha, os donos da casa separavam petiscos e algumas bebidas.

A ruiva separava cinco taças e uma garrafa de vidro verde com pescoço fino, era vinho. Havia ali também uma lata de refrigerante. Tudo sobre uma redonda bandeja prateada.

— O senhor leva para lá pai? A mamãe e eu vamos cuidar da comida aqui.

— Pode deixar, querida.

— Cinco taças?! – questionou a morena – Vai beber vinho enquanto seu namorado bebe refrigerante por ser menor de idade?! Vai mesmo fazer isso com ele?!

— Ah, a senhora me conhece mãe. E também, o Soluço não liga, aposto que em alguma hora ele vai se gabar para os outros que a namorada dele já tem idade para beber.

A mãe sorriu.

— Estou orgulhosa de você, Merida, se saiu muito bem na reunião de hoje.

— Aprendi com a melhor – respondeu alegremente, olhando para a mais velha.

— Ahw, Merida! – falou emocionada e com a face alva assumindo tons de vermelho – Vem cá, deixa eu te dar um beijo!

— O quê?! Não, mãe! O que está fazendo?! – questionou enquanto segurava as mãos de Elinor, que tentava avançar sobre a mesma – Por favor, para! Na frente do Soluço, não!

A morena fez careta olhando para filha. Ambas se segurando pelas mãos, a esquerda na direita e vice versa.

De repente, a cacheada foi pega de surpresa. Com um movimento rápido e forte da mais alta, Merida teve seus braços erguidos, e tal qual uma marionete, foi conduzida a ficar de costas para a mais velha, sendo agarrada por trás, prendendo seus braços e recebendo vários beijos em seu rosto, desferidos pela mãe.

— Mãe! Não! Para! – falou enquanto ria em meio as carícias – Para! Vai borrar nossa maquiagem!

Ao ouvir aquilo, Elinor libertou a filha. A ruiva voltou-se de frente para a mesma.

— Onde aprendeu esse movimento?

— Vi em um filme uma vez, e decidi praticar em uma das minhas aulas de artes márcias.

A mais nova a olhou de cima a baixo com os olhos azuis brilhantes e um sorriso no rosto.

— Você mudou!

— Acho que nós duas mudamos – respondeu a mãe arrumando um pouco da maquiagem borrada em seu rosto.

A filha levemente desfez o sorriso e em tom de choro, disse: “Me desculpa, mãe, o que aconteceu foi culpa minha.”.

— Ah, não, Merida, não! Isso não é verdade! – disse Elinor, a consolando.

— Se eu não tivesse fugido de casa, aquilo não teria acontecido. Eu fiz aquilo conosco. Sempre esteve ao meu lado, nunca desistiu de mim!

— Merida! Calma! Está tudo bem agora!

— Eu só quero dizer que eu amo a senhora, e a quero de volta! – terminou abraçando-a.

— Eu também te amo minha filha! – respondeu retribuindo o afeto.

— Ah, como é bom ver minhas duas meninas se dando bem de novo! – falou o ruivo enquanto chegava na cozinha.

— Eu também senti a falta do senhor, papai! – falou Merida, lançando-se sobre o mesmo.

— Ah, para com isso! – falou afastando-a suavemente com suas mãos grandes e fortes nos ombros delicados da filha – Igualzinha à sua mãe, sua danadinha! – sorriu quando falou, a ruiva olhou para o lado, levemente constrangida, mas feliz e lisonjeada.

— Eu amo o senhor, papai! – respondeu sorrindo, e pulou dando um abraço no pescoço forte do pai, sendo segurada pelo mesmo.

Enquanto comiam e bebiam, ao mesmo tempo que escutavam músicas natalinas. Soluço falou com os pais da namorada.

— Sabe, é a primeira vez que me trazem uma rosa em uma reunião de negócios – falou Elinor segurando a flor diante do rosto, obrigada, Haddock, é muito cavalheiresco da sua parte, podia ensinar algumas coisas ao meu marido.

— Podem me chamar de Soluço.

— Soluço?! – questionou o escocês franzindo o cenho.

— É o apelido carinhoso pelo qual todo mundo me chama.

— Muito obrigada Soluço, saiba que você se saiu muito bem na reunião, você é um garoto bem inteligente. Acho que também é uma boa influência para a Merida. Fico feliz de ela ter você.

— Muito obrigado.

— Pra ser sincero estou surpreso que um garoto tão magrelo e tão baixo tenha conquistado o coração de Merida – falou o marido.

— Fergus! – advertiu a esposa rangendo os dentes.

— Ah, mas olha pra ele, amor! Até o Dingwal é mais alto e tem mais músculos do que ele!

— Pare de insultar o garoto! Não está vendo que ele é um bom rapaz?!

— Ah, desculpa, Sr Fergus, mas eu estou bem aqui.

— Eu sei, e não se engane garoto, pode ter conquistado a minha filha, mas vai ter que fazer muita coisa para me conquistar – disse apontando o dedo para o mais novo, com ar ameaçador.

— Eu estou apaixonado pela sua filha, Sr. Fergus! Vou cuidar muito bem dela! E eu prometo que vou fazer de tudo para que o senhor me aprove! – falou com certo nervosismo.

O ruivo arregalou os olhos diante daquela postura. A mulher cruzou os braços, olhando para o mesmo com ar de vitória.

— Para mim é uma honra conhecer os dois – disse Merida para os pais de Soluço – Sempre ouvi histórias sobre Stoico, o Imenso, era o meu sonho conhece-los um dia.

— Pois saiba que também é uma honra para mim conhece-la. Tenho certeza de que será uma boa nora, e eu irei trata-la como minha própria filha! – disse Stoico.

A cacheada ruborizou.

Valka a olhava de forma séria com os braços cruzados, sua postura, unida ao seu tamanho a tornavam ameaçadora.

— Quantos anos tem, mocinha?

— Eu?! Tenho dezoito. Por quê? – perguntou engolindo seco.

— Meu filho só tem quinze anos. Sabia?

— Eu sei.

— Também sabia que mães tendem a não gostar que garotas mais velhas namorem com seus filhos?

— Eu sei... – falou olhando para o lado, nervosa – Mas convenhamos eu não sou tão mais velha que o Soluço assim!

— Só me prometa que vai cuidar bem dele, e que não vai partir o coração dele!

— Sim! Eu prometo, dona Valka! Vou cuidar dele da melhor maneira possível! Se for necessário até luto contra a Astrid de novo!

O casal sorriu, olhando-a de cima. A mulher seguiu com os braços cruzados.

— Gostei de você, e você ainda é bonita – comentou olhando para o filho, então proferiu em alta voz – Vocês dois vão ter filhos lindos, Soluço!

Os mais novos se olharam de longe, e o rosto de ambos ficou terrivelmente vermelho.

Os adultos riram.

Seguiram a noite, comendo, bebendo, ouvindo música, dançando, rindo e conversando. Soluço e Merida às vezes se beijavam às escondidas.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Aí está! Tenha uma boa semana!



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