Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 4
4| Uma Surpresa na Floresta




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Drica estava sentada na areia, fitando o mar. Ela sentia falta de casa, dos seus amigos, do seu pai e até daquele traidor do Igor ela sentia falta. 

Seu pai, aquele que sempre esteve ao seu lado não estava mais ali. Todos sabiam que o relacionamento "pai e filha" não era dos melhores, porém ele que estava ali quando ela precisou. Quando sua mãe foi embora sem olhar pra trás, quem esteve ali pra ela e com ela era ele Terry Chadwick seu pai. E agora levantar todos os dias sabendo que ele não estava mais ali tem sido um verdadeiro inferno. E ela não ia atrás de sua mãe, não. Pra quê? Pra ser abandonada e rejeitada outra vez? Não. Definitivamente ela não ia rebaixar esse tipo de humilhação.

Será que ela era uma pessoa tão difícil de se amar? Que as pessoas precisam fugir dela? Cleo, Nanda e Bella a única coisa que as une era o segredo das sereias que agora ela nem compartilha mais. Leo já deixou claro que ele tem medo dela. Will é um bom amigo, mas que está adorando a descoberta das sereias. O único que ela pensou amá-la, ela o pegou aos beijos com Sophie "a cobra" da irmã do Will. Não sabia como surpreendeu com isso, todos lhe avisaram que o Igor não era confiável, mas ela achou que ele tinha mudado esse tempo todo que estavam juntos. Será que ele só estava com ela por conta de ser uma sereia? Essa dúvida sempre martelava em sua mente desde que ela flagrou os dois.

Ela levantou e decidiu deixar tudo isso pra trás, que ela ir recomeçar ali onde ninguém a conhecia. Ela não tinha como tirar a dor que carregava, mas olhando aquela imensidão azul a sua frente ela se fez uma promessa. Ela iria se dar uma chance de ser feliz ali, com aquelas pessoas.

Ela tirou os tênis e deixou sobre a areia e caminhou em direção ao mar. Ela tinha saído de lá ontem, mas já estava sentindo falta... e sabendo que nunca mais iria poder nadar com sua cauda ela sentiu um aperto no peito. Ela simplesmente amava ser sereia, e até isso foi tirado dela. Foi quando seus pés entraram em contato com a água e ela fechou os olhos apreciando aquele momento. Foi quando aconteceu...

Ela virou uma sereia. Ela tinha se transformado de novo, e ficou bastante feliz com isso.

Drica não compreendia o que havia acontecido. Como ela não transformou antes e agora ela tinha transformado, mas estava feliz.

Ela aproveita e vai nadar e explorar o lugar. Nadar sempre a ajudou a pensar, e era isso que ela precisava agora. Depois de um tempo ela volta a praia, rapidamente se seca e volta pra casa da Emily.

— ... Ah espera ela acabou de chegar, só um instante. — Emily vira para Drica estendendo o telefone. — É pra você, sua amiga Cléo.

Drica fica surpresa, mas pega o telefone pra falar com a amiga. Logo todos saem pra dar "privacidade" a ela.

— Oi Cleo.

"Drica porque você não me disse?"

— Disse o quê? Cléo? — Drica fica apreensiva e segura firme no telefone

"Seu pai. Por que você não disse..."

— Eu não quero falar!

"Drica estamos preocupados com você!"

— Não se preocupem tá legal. Eu estou bem, eu vou recomeçar. Foi por isso que saí daí. A propósito quero que me mande meus papéis de transferência também, vou terminar o colégio aqui.

"Tem certeza disso Drica?"

— Tenho Cléo. Eu não vou mais voltar... Eu posso ir visitar vocês, tá bom?!

"Tudo bem, nós também podemos te visitar nas férias"

— Seria ótimo.

"Tudo bem eu vou desligar, só liguei pra saber como você estava. Fica bem, tá? Qualquer coisa liga que vamos onde você tá, Ok?"

— Tudo bem, eu vou ficar.

Drica desliga o telefone e fecha os olhos tentando não chorar. Lembrar do seu pai doía, e como doía. Mas ela tinha que ser forte. Ela não queria a pena de ninguém. Depois de conseguir segurar o choro, ela vai até a cozinha onde encontra todos.

— Hm, Emily? Tem alguma livraria por aqui que vende livros sobre Lendas e Mitos?

Drica estava curiosa com o que tinha acontecido com ela, em casa ela tinha o Leo que fazia aqueles experimentos doidos em busca de respostas. Mas ali ela não tinha ninguém, então ela resolveu procurar resposta em algum livro.

— Tem uma livraria em Port Angeles. Embry tinha acabado de dizer que tinha que ir a Port Angeles, se você quiser pode ir com ele. Não é, Embry?!

Emily encara Embry insinuando que ele continue a mentira dela.

— Claro, se quiser pode vim comigo. Tenho que pegar uma peça pra oficina.

Embry disse feliz por poder ficar perto dela, que quando o olha revira os olhos por ver aquele sorriso idiota e sem motivo no rosto.

— Tudo bem. — Ela diz e depois sussurra um "se não tem outro jeito" forçando um sorriso.

— Gosta de lendas e mitos?

Emily estava curiosa, se ela gostasse talvez seria mais fácil dela aceitar e não se assustar com os lobos.

— É, acho que sim! Quem não gosta de seres mágicos e místicos?!

— Tem razão! Como não gostar?!

Emily diz olhando Sam com um sorriso no rosto.

— Emily eu só vou tomar um banho pra tirar a areia da praia, e já desço pra te ajudar com o jantar.

— Não precisa...

— Claro que precisa, vocês estão me ajudando sem nem me conhecer. É o mínimo que eu possa fazer pra retribuir.

Então Drica subiu, ela queria ver o que iria acontecer quando se molhasse. E foi isso o que ela fez se molhou, mas nada aconteceu. Será que ela só viraria sereia no mar? Se fosse com certeza ela teria o melhor dos dois mundos. Assim que chegou no seu quarto viu que Emily tinha deixado outra peça de roupa pra ela e sorriu com isso. Logo desceu pra ajudar no jantar.

[...]

No outro dia antes de sair, Drica chamou Emily afastado de todos e pediu ela um dinheiro para o livro, dizendo que assim que suas coisas chegassem, ela ia lhe pagar. Também acrescentou que não queria pedir a Embry isso.

Na livraria, rapidamente ela achou um livro sobre Lendas e mitos sobres sereias, que Embry não deixou de olhar curioso sobre a escolha do tema.

— Então gosta das lendas das sereias?

— Se não gostasse não teria pego.

Então quando Drica chega no caixa pra pagar. Embry segura sua mão a fazendo olhá-lo, sentindo um leve formigamento sob o toque dele.

— Não pode deixar que eu pago. — Ela bufa. E ele logo acrescenta — É um presente.

É claro que escuto o que ela disse a Emily, mas ele queria poder lhe dar algo e como esse livro parecia importante pra ela, ele achou que ia ser uma boa. Drica apenas puxa sua mão e o olha com raiva.

— Olha, não preciso que pague coisas pra mim. Foi legal o que fez por mim, mas nós não somos amigos. Aliás não tinha uma peça pra pegar?

— Tinha... hm... — Embry coça a nuca meio nervoso — Mas não vai ser preciso. Jake ligou, eles acabaram de entregar.

Drica simplesmente sai deixando um Embry triste pra trás. O caminho de volta foi silencioso. E quando chegaram mais que depressa Drica desce da moto entregando o capacete sem olhá-lo e vai correndo para seu quarto deixando todos curiosos e surpresos com o comportamento dela.

Drica se sentia mal por maltratá-lo, afinal ele não tinha feito nada de mal. Pelo contrário, desde que chegou ele só a ajudou. Mas ela estava ferida, estava quebrada.

Por mais que quisesse não conseguia confiar em ninguém do sexo masculino. E era o que mais tinha naquela casa. Por isso se apegou a Emily, com seu jeito materno e protetor. Se era isso ter uma mãe ela tinha gostado.

Ela queria ficar sozinha, e não queria encarar ninguém. Então ela simplesmente saiu pela janela indo em direção a floresta. Ela queria dar uma volta para conhecer o lugar. Talvez achasse um lugar onde ela pudesse ficar só pra pensar. Depois de um tempo ela achou um riacho e resolveu praticar um pouco já que ela estava sozinha.

Drica escuta um barulho de um galho se quebrando e vira pronta pra mandar quem quer que fosse embora. Ela só não contava que não era uma pessoa ali e sim um enorme lobo cinzento. Ela se assustou arregalando os olhos e engolindo seco diante animal a sua frente, que cada vez fica mais próximo.

— Ah minha nossa, é agora que eu morro!

Drica disse baixo. Ela se manteve quieta e atenta aos movimentos do animal, qualquer movimento em falso ela não hesitaria em usar seus poderes para se salvar das garras do lobo. Mas nada aconteceu, o lobo a encarava meio relutante. Era como se de alguma forma pedisse permissão para se aproximar, ele então deixa no chão e solta um grunhido.

— Você não quer me matar, quer?

Logo o lobo solta um barulho como se tivesse triste e passa a pata na cabeça.

— Ah que bom, porque eu não quero morrer hoje.

O lobo aproxima mais se arrastando no chão e abaixa a cabeça em frente a Drica.

— Você quer que eu faça carinho?

E de novo o lobo solta um barulho, só que dessa vez parecia alegre.

— É claro que quer! Você parece entender o que eu digo, você é um lobo muito inteligente.

Ela começa a fazer carinho nele, logo ela senta no chão próximo ao lobo que coloca a cabeça em seu colo.

— Sabia que você é muito macio? Pois você é... um lobo muito macio e fofo. Sabe, dizem que o cão é o melhor amigo do homem. Sabe porquê?... porque eles são legais ao dono. Por isso que é mais fácil confiar em animais do que em pessoas. As pessoas não são confiáveis. Elas mentem, esconde as coisas de você, fazem falsas promessas. Mas você não precisa se preocupar com isso. Eu não sou assim.

Drica e o lobo escutam uivos pela floresta que faz o lobo levantar e olhar na direção dos uivos.

— Você tem que ir? Sua família está chamando?

O lobo simplesmente bate a pata no chão em resposta.

— Então vai, eu vou estar aqui amanhã e vou trazer comida se você aparecer.

O lobo parece relutante em sair, mas após ouvirem mais alguns uivos ele finalmente sai deixando Drica só. Ela ficou encantada com o lobo e com certeza ela iria voltar pra vê-lo novamente, se ele aparecesse é claro. Então com esse pensamento em mente ela retorna para casa da Emily.


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