Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 26
26| Barata Albina




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Drica estava tentando assimilar os acontecimentos recentes. As lendas eram reais, agora ela sabia disso.

O tentáculo, tinha a encontrado.

Leah era uma loba.

Não só ela, todo grupinho dos sem camisa e de tatuagem.

Agora ela sabia o motivo por eles andarem só em grupinho. Eles tinham um segredo que precisava guardar de todos, assim como ela.

Mas tinha algo que ainda não descia. Parecia que tinha entalado.

Embry.

Ela ainda não acreditava que aquele garoto doce, atencioso pudesse brincar daquela maneira com ela.

Ele havia sido o primeiro dos garotos que se aproximou dela por insistência do mesmo.

Tornaram-se amigos.

Acabou se apaixonando por ele e quando ela resolve 'chutar o balde' e dar uma chance, ele acaba sendo um babaca.

Ela não sabia o porquê dele ter se tornado babaca, ele parecia que gostava dela de verdade. Ou talvez, ela só queria que isso fosse verdade.

Ela precisava conversar com seus amigos, com o Will principalmente, mas... como no dia anterior ninguém atendeu.

Já tinha amanhecido, ela não queria ficar em La Push e encontrar com os 'garotos-lobos', ela franze a testa isso tudo ainda parecia surreal.

Ela deveria estar surtando... qualquer pessoa normal estaria, mas não. Ela só estava com raiva de Embry e dela mesma.

Como poderia ter se deixado iludir assim tão facilmente?!

Como ela não havia percebido antes?! Que os olhos do bola de pelos e de Embry eram os mesmos? Ela tinha notado certa familiaridade neles, mas só conseguiu ligar tudo depois de ver aquelas medonhas orbes vermelho-sangue.

Drica teve uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada. Levantou e olhou em volta e não encontrou nada.

Ela precisava sair de La Push. Precisava pensar, caminhou por toda a praia em direção à saída da Reserva, e em todo tempo se sentiu sendo observada. Olhava em volta e não via ninguém e nada de anormal.

"Talvez seja coisa da minha cabeça." Pensou.

Ela se assusta quando um barulho de buzina, soa ao seu lado.

— Olá Drica! O que faz a essa hora aqui? — Sue cumprimenta a questionando.

— Oi Sue. Só... andando, precisava sair da Reserva um pouco. — responde.

— Está indo pra Forks? Quer carona? — Pergunta.

— Isso seria bom, obrigada. — Drica responde e Sue abre a porta para ela entrar.

O caminho foi silencioso, Sue apesar de curiosa ficou quieta. Às vezes ela olhava na direção de Drica que ainda encarava a paisagem.

Chegaram na lanchonete, Sue pergunta se ela quer algo pra tomar café da manhã que só aceita um café sem açúcar pra viagem, pois queria dar uma volta em Forks. Após estar pronto, Drica paga e sai caminhando sem rumo por Forks, sentindo aquela mesma sensação de estar sendo observada.

Mas não encontrou ninguém a observando.

Ela passa por uma casa com uma viatura de polícia em frente e se lembra que o pai da Swan é chefe de polícia, e resolve ir até lá.

— Bom dia! Em que posso ajudá-la? — um homem alto, que aparentava uns quarenta a cinquenta anos devido às marcas de expressão no rosto, e com um bigode espesso e preto; disse enquanto a analisava.

— É aqui que mora a Bella Swan? — ela pergunta e o homem apenas afirma e continua a olhá-la. Ela não era daqui isso era notável, além da pele branca bronzeada, ele conhecia todos de Forks. — Ela está?

— Sim, entra. Vou chamá-la. — o homem fala dando passagem a garota. — Eu sou Charlie, pai da Bella, e você é?

— Drica. — ela diz simples entrando e observando a casa.

— Ah sim, Bella me falou de você. Tá trabalhando com Jacob na oficina, né?! — ela apenas afirma. — Ele é um bom garoto!

Drica franze a testa confusa, onde ele queria chegar com aquilo?

— Ele é quase como um filho... o Jacob. É filho do Billy, meu melhor amigo. — ele continua a falar, deixando-a ainda mais confusa. Ela sabia de quem Jacob era filho, não estava entendendo que papo era esse. — Então, vocês estão... hm sabe... estão juntos?!

— Oh! Não, com certeza não! — Ela diz arregalando os olhos ao entender a insinuação dele. — Somos apenas amigos!

— Qual o problema de vocês, garotas, com ele? — questiona.

— Nada. Jacob é uma boa pessoa e bonito, mas somos apenas amigos. Além do mais, ele gosta da sua filha. — diz sem graça pelo rumo que a conversa estava indo. Ele não podia simplesmente chamar a filha? Pensou.

— É eu sei. — solta um suspiro — Mas quando Bella me falou sobre você... eu tinha esperança que vocês... sabe?! vocês. Ele é um bom garoto não merece sofrer assim por Bella ter escolhido... Edward. — o nome do namorado saiu em um tom amargo e Drica soube que ele não estava feliz com a escolha da filha.

— Concordo, mas somos amigos. Talvez um dia ele se apaixone por outra e sabe... acaba com essa obsessão por Bella. — fala e os dois ficam em um silêncio desconfortável.

— Pai! Quem tá aí? Escutei vozes. — Bella fala aparecendo no alto da escada. — Oi! Drica que surpresa!

— Poisé, né. — Drica fala sem graça ao perceber que apareceu sem avisar. — Eu tava passando, aí vi a viatura e resolvi passar para dar um oi.

— Eu queria mesmo falar com você, vem... vamos conversar no meu quarto. — Bella fala deixando Drica confusa, mas ainda segue a de cabelos castanhos até o quarto.

Drica observou o quarto de Bella em silêncio. Ninguém falava e o silêncio tava começando a ficar constrangedor.

— Drica? — Ela chama a loira, que volta a sua atenção a Bella. — Você se lembra quando eu disse que se acontecesse algo diferente ou muito estranho que quisesse conversar eu estaria aqui?

— Na verdade foi por isso que eu vim, mas não sei como começar. — Drica fala e vira as costas observando a cama da Swan e encontrando um apanhador de sonhos.

Quando ela vira de volta onde Bella está, Drica acaba encontrando Bella fazendo sinal com as mãos para o garoto pálido, com um topete acobreado e olhos dourados; sair. Um grito escapou da garganta dela chamando a atenção dos dois.

Passos pesados e apressados foi escutado subindo as escadas e com um movimento rápido com as mãos Drica joga o garoto na parede o prendendo ali.

— Bella? Bella, tudo bem aí? — Charlie questiona batendo na porta e Bella olha em choque para Drica sem saber o que fazer.

A falta de resposta faz com que Charlie abra a porta e Drica rapidamente entra na frente o impedindo de entrar.

— Tá tudo bem, sr Swan. — ela se apressa a dizer ainda firmando o garoto.

— É pai, tá tudo bem aqui! — Bella tenta o tranquilizar.

— Mas eu ouvi gritos. — Charlie insiste tentando entrar.

— Fui eu que gritei. É que apareceu do nada, uma barata albina e me assustei. — Drica explica.

— Ah! Então me mostrem a barata que eu mato para vocês. — Charlie tenta entrar de novo, mas ainda é impedido.

— Valeu por se oferecer, mas eu já cuidei disso. Obrigada, Sr. Swan! — Drica fala e fecha a porta na cara dele.

Ainda firmando o garoto na parede, ela o encara.

— Por que estava me seguindo?

— Eu não estava te seguindo. — o garoto responde.

— Drica, solta ele! — Bella pede e é ignorada pela loira.

— Tem alguém me seguindo desde La Push. — ela fala ainda prendendo o garoto na parede.

— Nós não vamos à La Push. — o garoto diz tentando se soltar de algo invisível que o prendia.

— O tratado...

— Drica solta ele, por favor. Você está o machucando. — Bella diz começando a se desesperar.

— Bella você sabe o que ele é?! — Drica questiona a amiga.

— Ele é meu namorado, é claro que sei. — Bella diz fazendo Drica soltar o garoto chocada.

— Você namora com um vampiro?

— Shii, fala baixo! Charlie não sabe. — Bella diz fazendo sinal de silêncio com o dedo.

— É claro que não. — ela solta sarcástica — Que pai permitira a filha namorar com um cadáver que se alimenta de sangue. Sabe que a qualquer hora ele pode te comer, não sabe?! E não é de um jeito que você vá gostar, se bem que... — Drica dá uma olhada em como Bella parece ser dependente do vampiro, que se ele a matasse bebendo seu sangue era bem provável que ela morreria feliz. Drica revira os olhos com tal pensamento. — Deixa pra lá.

O casal de namorados desvia o olhar de Drica, constrangidos e Bella fica mais vermelha que um tomate.

— Edward nunca me machucaria! — Bella diz fazendo Drica revirar os olhos. — Ele me ama e eu também o amo.

— Nunca te machucaria?! — Drica questiona irônica. — Não foi ele que terminou com você no meio de uma floresta e te abandonou sem se preocupar se algum animal a atacaria?

— Eu só fiz isso pra protege-la. Achei que ela podia viver uma vida longa e humana sem mim. — Edward diz com uma careta muito estranha e um tom na voz, como se só de pensar em ficar longe dela lhe causasse dor.

— Que proteção! — Drica comenta irônica. — Não poderia terminar com ela no conforto da casa dela? Aliás se foi pra proteção dela, por que voltou?

— Eu percebi que não conseguiria viver em um mundo onde Bella não existisse. — o garoto diz fazendo Drica revirar os olhos com o comentário.

— Espera... como sabe sobre ele ter me deixado na floresta? — Bella questiona — Você ainda não estava aqui quando aconteceu.

Quando Drica ia falar... o dia do piquenique que passou com Embry vem a sua mente, lhe causando um aperto no peito e a desestabilizando emocionalmente por alguns segundos, após recordar todos os bons momentos.

— Embry me disse. — ela diz em voz baixa.

— Parece que você não tem moral nenhuma para dizer sobre relacionamentos, considerando que namora um lobo. — o garoto pálido que Drica achou muito parecido com uma cacatua, por ser muito branco e ter um topete enorme.

— Como você... eu não contei pra ninguém. — Confusa Drica questiona o garoto.

— Edward, ele pode ler a mente das pessoas. — Bella explica.

— Você não pode namorar com o conde drácula apenas, não. Tem que ser com um que saiba ler mentes. — Drica diz irônica alternando o olhar entre os dois.

— Edward não consegue ler minha mente, acho que talvez, minha mente possa ter algum problema. — Bella fala baixo meio constrangida e Drica não aguenta e começa a rir.

— É claro que sua mente tem problema! — Drica fala e Bella solta um suspiro sem graça, enquanto Edward as encarava confuso. — Você tá preocupada que um vampiro, que não deveria existir, não possa ler sua mente ao invés de preocupar que eles existam e que seu namorado seja um. Espera... ele pode ler a mente de todos?! — Bella apenas afirma. — É melhor ficar longe da minha mente ou, eu faço churrasquinho desse seu topete, cacatua.

Ameaça, mas Edward não estava prestando atenção. Ele estava muito confuso com que estava acontecendo ali. Ele não entendia. E estava cada vez mais curioso sobre a garota.

— Quer saber? Eu vou embora! Já basta as esquisitices na minha vida, não preciso aderir as suas também Swan.

— Espera! Carlisle quer te conhecer. Ele ficou curioso com você, ele é...

— Eu sei, eu me lembro de ontem. — Drica diz levando a mão no pescoço, onde o vampiro havia mordido.

— Na verdade, eu vim pedir a Bella que te convidasse para ir lá em casa quando entrei. — Ele começa a explica deixando Drica apreensiva. — Só que o mais estranho é que eu me certifiquei que não tinha ninguém com Bella no quarto.

— É mais falhou, afinal eu estou aqui. — Drica solta sarcástica.

— É isso que eu ainda não entendo.

— Como isso é possível, Edward? — Bella questiona preocupada.

— Eu não sei, talvez seja relacionado ao que ela é. Não tinha nenhuma mente na casa, a não ser de Charlie. E no quarto só tem o cheiro de Bella, o cheiro do shampoo de morangos que ela usa.

— Meu shampoo é de camomila e mel. — Drica solta pegando no cabelo e cheirando.

— Mas o único cheiro que eu sinto é o de Bella. — Edward fala confuso.

— Eu hein, sai pra lá o coisa ruim. — Drica o olha torto.

— Talvez Carlisle, saiba de algo sobre isso. Algo sobre ela. — Bella questiona o namorado que apenas afirma.

E Drica fica mais apreensiva se questionando se eles sabem sobre ela e a imagem dela quando descobriu ser uma sereia vem a sua mente.

— Sereia? Você é uma sereia? — Edward questiona surpreso.

— Droga! — Drica solta contrariada consigo mesma.

— Sereias, elas não existem! — Bella afirma.

— É, igual ao seu conde drácula. — ela solta com raiva e irônica. — Mandei ficar longe da minha mente!

— Não fiz de propósito, é como se sua mente estivesse desconectada e do nada se conectou com a sua imagem como sereia. — ele apressa a explicar.

— É sério? — Bella questiona o namorado surpresa, como se ela só acreditasse se ele confirmasse, Drica bufou contrariada ao ver o quão dependente a Swan era do topetudo.

— Bella?! Estou saindo! Recebi um chamado da delegacia, vai ficar em casa com Drica? — Charlie grita do andar debaixo, enquanto Bella questiona Edward em silêncio.

— Carlisle quer vê-la. — ele sussurra.

— Não, pai. Edward virá nos buscar! Vamos passar o dia na casa dele, Drica e eu. — Bella grita de volta fazendo Drica a encarar de cara fechada fazendo sinal de negativa.

— Não! Não, eu não vou conhecer a família Adams. — Drica fala firme e Bella vira para o namorado questionando silenciosamente o que eles fariam para leva-la.

— Está com medo de ir em uma casa cheia de vampiros? — Edward questiona desafiadoramente.

Drica o encara sentido sua raiva, por aquele vampiro de topete ridículo, aumentar. Ela levanta a mão com a palma para cima e faz uma bola de fogo aparecer ali. Bella se assusta e Edward abre um leve sorriso, ao ver que conseguira o que queria.

— Não mesmo! 


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