Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 11
11| Embry Call




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POV. Embry Call

Hoje levantei muito animado. Não dei muita importância das reclamações da minha mãe sobre eu não parar mais em casa, ou sair de noite e só chegar de madrugada, ou porque as minhas roupas estão sumindo. Fiquei quieto ouvindo-a reclamar igual todas os dias que eu tenho ronda. Levei ela no serviço e fui correndo pra casa da Emily, pra vê-la novamente. Quil e Jacob passaram a ronda toda me zoando por causa do meu imprinting.

Encontrei com ela na mesa do café, e ela estava linda. Não consegui parar de olhá-la com um sorriso bobo no rosto. Quando ela me olha sinto como se o tempo estivesse parado, com só ela e eu ali. Mas ela levanta e sai.

— Por que você não vai ajudá-la Embry? — Emily me pergunta 

—Aãhn? — Falo sem entender o que ela queria dizer, acho que fiquei perdido a olhando que não prestei atenção no assunto. Só escuto meus irmãos de matilha rindo de mim.

—Com o endereço daqui. Ela vai precisar para mandar as coisas dela pra cá. Por que você não vai lá e entrega? — Emily diz me entregando um papel. E me levanto o mais rápido pra ir até ela.

— Claro.

Entro na sala encontrando-a de costas para mim. Escuto ela dizer "Hã, espera vou perguntar" antes de virar me olhar confusa.

— Hm, Emily me pediu pra te passar o endereço daqui. Disse que você ia pedir sua amigar pra mandar suas coisas. — Digo e ela apenas balança a cabeça e pega o papel virando de costas de novo. Achei melhor sair deixá-la à vontade.

Escuto barulho a moto de Jacob chegando e vamos todos lá pra fora. Vemos Bella junto e não perdemos a oportunidade de zoar com ele.

E Leah sendo Leah soltando sua amargura pra cima de Bella, e depois se transforma em loba ainda bem que Drica estava lá dentro.

Logo entramos e encontramos com Drica. Jacob apresenta as duas e Drica diz que vai sair. Noto que ela não está bem e resolvo ir acompanhá-la, mas ela me impede e diz que vai ficar bem e só precisa ficar só. Nem presto muita atenção no que Bella fala, só sinto Emily me abraçando e diz pra dar um tempo pra ela. Fico quieto num canto imerso em pensamentos, nem sei quanto tempo fiquei assim. Só volto a mim quando escuto a voz dela.

Ela queria ir a uma livraria e Emily tenta me ajudar dizendo que eu ia em Port Angeles e que poderia leva-la. Claro que concordei na hora, achei que me ajudaria com ela.

Mas como eu estava enganado.

Ela deixou bem claro que não éramos nem amigos e doeu escutar aquilo. Meu lobo estava sentindo a dor da rejeição. Escuto ela saindo pela janela, depois de um tempo resolvo ir ver se ela está bem. Afinal ainda tem vampiros aqui. Me transformo e deixo meu lobo me guiar através do cheiro dela. Encontro ela perto do riacho, assim que vejo que ela está bem resolvo ir embora, mas acabo quebrando um galho e fazendo com que ela se vire com o barulho e me veja. Foi horrível ver aquele medo em seus olhos. Não queria que ela estivesse com medo de mim. Queria ir embora, mas ao mesmo tempo queria que ela confiasse em mim. Quando ela fecha os olhos eu vejo um jeito de me aproximar e ela ver que não quero machucá-la.

Deito próximo a ela, esperando-a abrir os olhos. Quando ela vê que não vou fazer mal a ela e começa a me fazer carinho, posso dizer que foi o melhor carinho que alguém já me fez. Era tão bom ficar assim com ela. Logo escuto Sam chamando e dizendo que sentiu cheiro de vampiro. Relutante eu resolvo a ir. Não sem antes a acompanha-la de longe até a casa de Emily. Ela prometeu voltar e eu voltaria para me encontrar com ela.

Os nomes que ela queria me chamar era um tanto ofensivo a masculinidade de qualquer um. Eu sou um lobo enorme não fazia sentido nenhum me chamar com nada de inho"Fofinho", "Bolinha", "Algodãozinho" ainda bem que ela resolveu por bola de pelos, mas isso não tira a zoação dos caras toda vez que ela não está perto.

Depois da troca de sorrisos entre Drica e Leah todos nós ficamos curiosos. Toda vez que ela se transformava tentávamos descobrir o que aconteceu que elas parecem ter ficado amigas, mas Leah não pensava nada sobre isso e sabia muito bem como afastar qualquer um de nós de seus pensamentos. Era só tentar descobrir algo e ela começava com os pensamentos de raiva e ressentimentos contra Sam, que ninguém queria ficar perto dela.

Quando Emily sugeriu que a ajudasse a estudar eu achei muito bom, porque passaria mais tempo com ela. Mesmo ela não querendo muito.

Tirando a zoação de Jake e Quil, confesso que fiquei intrigado pela maneira com ela me olhou, não sei bem o que aconteceu. Mas senti como se fosse a primeira vez que ela realmente me olhava, tirando aquela breve analisada que ela me deu quando estávamos no penhasco. Mas aquela vez acho que ela só estava olhando pra ver se eu não ia lhe fazer algum mal.

Dessa vez não, ela me olhava de verdade. Me arrisco até em dizer que ela gostou do que viu, e isso me deixo extremamente feliz. Contudo eu sou um cara bem azarado, consegui estragar tudo em questão de segundos e nem sei bem o que eu fiz. Ela ficou estática, parecia longe e em choque. Da mesma forma de repente que ela ficou assim, ela voltou a si e simplesmente saiu sem sequer nos olhar dizendo pra voltar amanhã pra estudarmos.

No outro dia nós já estávamos estudando a um tempo, quando Jake e Quil começaram a me cutucar e me encarar e depois encarava Drica sempre quando ela não estava olhando. Até que ela explodiu, e Jacob joga a bomba pra mim. Eu sei que eu tenho que chamá-la e quando for a hora certa eu que tenho que contar que sou um lobo e tive um imprinting por ela, mas ela não deixa brecha pra me aproximar. Desde que ela chegou eu tento chamar ela pra fogueira, mas ela nem me deixa terminar de falar.  Fico muito feliz que dessa vez ela me deixou terminar e ela vai pra fogueira. Ela achou que estava querendo chamá-la pra uma festa, se bem que eu adoraria sair com ela pra todos os lugares, abraça-la e beija-la. Corto meus pensamentos, porque nem sei como ela reagir as histórias do nosso povo, melhor não ter falsas esperanças.

Acabei me surpreendendo com ela, ela adorou as histórias e até disse que seria incrível se pudesse virar um lobo. Acabo engasgando com a pergunta dela e escuto os idiotas rindo. É claro eles estão escutando nossa conversa. Essa é uma das coisas que não gosto em ser lobo, da falta de privacidade. Como sempre quando em penso que estou indo bem com ela sempre falo algo e estrago tudo.

Passei a semana tentando me desculpar, mas ela nem me ouvia. Eu sempre ia vê-la na forma de lobo, adorava escuta-la falando sobre seu dia mesmo que ela sempre reclamava de mim. Isso acabou me fazendo querer sempre melhorar a parte que a irritava. 

Sam me disse pra parar de ir vê-la em forma de lobo, porque ela estava se abrindo pra mim e quando ela descobrir não ia ser nada bom, ela ia ficar bastante irritada. Confesso que todo dia eu falava que ia ser o último que iria vê-la, mas eu não conseguia. É a melhor parte do meu dia.

Ela me falou que contou pra Emily sobre vir me ver, claro que ela já sabia porque Sam já a havia contado, ela também já me aconselhou a parar de ir vê-la. Só que eu não consigo e sei que ela me entende.

Drica me conta como esta amiga de Leah e nos culpa por ela não ser feliz. Sei que não tratamos ela bem, mas é porque ninguém gosta muito de conviver com o drama Sam, Emily e Leah. Talvez ela não saiba da história, mas sei também que nós não facilitamos muito as coisas pra Leah.

Ela é bem esperta, começou a reparar em algumas coisas sobre nós. Não que ela saiba sobre sermos lobo, mas eu preciso me aproximar dela pra contar tudo sem ela surtar e ir embora. Eu não suportaria ficar longe dela.

Ela começa um papo estranho sobre não poder sair na lua cheia e isso me deixa intrigado. Preciso falar com o Sam sobre isso.

No outro dia ela diz que vai sair com uma amiga que está na cidade, mas sei que é uma desculpa. Comento o que aconteceu ontem e o que ela disse sobre a lua cheia deixando todos curiosos com o que ela pode ser.

Estou deitado no sofá encarando a Tv desligada com os pensamentos longe, que nem percebo que minha mãe tinha chegado do trabalho, só noto sua presença quando ela senta ao meu lado.

— O que tá acontecendo? Você anda sempre com a cabeça nas nuvens, sempre distraído. Tem uns dez minutos que estou observando você encarar essa TV desligada. — Minha mãe pergunta me olhando e solto um suspiro deitando em seu colo não consigo mais guardar isso e acabo contando a ela.

— Eu tô gostando de uma garota. Mas... é complicado. Ela nem me deixa aproximar.

— Quem é? Eu conheço?

— Não, ela é nova aqui. O nome dela é Drica, ela é muito bonita e tem uma personalidade bem forte.

— Ah, a garota que todos estão comentando. Que Emily hospedou na sua casa?

— É ela mesma.

— Sabe, talvez alguém a machucou e agora ela se mantém afastada, para não se machucar novamente.

— E como eu faço pra me aproximar dela?

— Paciência. E se manter por perto pra quando ela precisar, mesmo que ela diga que não quer e que quer ficar só. Às vezes nem ela sabe que precisa disso. Mas, é estar ali por ela, não pra pressionar. A hora que ela se sentir à vontade e que confiar em você ela vai falar.

— Como sabe disso?

— Era o que eu queria que alguém fizesse. Quando alguém nos machuca profundamente é muito difícil voltar a confiar novamente em alguém. E bem eu sempre me mantive ocupada cuidado de você e mantendo todos afastados que hoje eu percebo o que eu queria de verdade. Queria ter alguém que se importasse comigo independente do meu humor, que insistisse em me ter por perto e me mostrar que eu pudesse amar e ser amada.

— Mãe... eu não...

— Tudo bem querido. Eu tenho seu amor e pra mim é o que importa. Então não deixe essa garota ficar solitária, e amargurada. Porque isso acontecerá se ela ficar só.

— Mas você não ficou assim... digo você é doce, amável. É a mulher mais carinhosa e bondosa que eu conheço.

— Mas isso porque eu não estou só. Eu tenho você, sempre tive. Você que me deu forças pra continuar a viver sem me fechar de vez pro mundo. Você é minha luz. Mas ela talvez ela não tenha uma luz, nem sabemos se ela tem alguém que se preocupa com ela. Então seja essa luz pra ela igual você é pra mim.

— Obrigado mãe.

— De nada, meu amor... Não acredito que meu bebê está crescendo.

— Mãe, eu não sou bebê faz tempo.

— Pra mim sempre vai ser... Agora vai tomar um banho pra ir dormir.

— Tá bom, boa noite mãe! — Dou um beijo no seu rosto e vou banhar.

Essa conversa com minha mãe me ajudou bastante, talvez eu estivesse vendo as coisas da forma errada. Percebi que todos querem a mesma coisa que o imprinting oferece, mas não são todos que tem a sorte de saber quem é o certo pra você, sua Alma Gêmea. Todo mundo quer alguém que possa confiar e que possa contar independentemente de qualquer coisa. Que seja companheiro, um amigo confidente, alguém que te conheça melhor do que você mesmo. Alguém pra amar incondicionalmente. E eu quero isso pra ela, pra mim. Não importa o tempo que demore, eu estarei ali pra ela sempre.

####

Acordei bem mais animado essa manhã, a conversa com minha mãe me deu outro ânimo.

Chego na Emily junto com os caras, escuto Drica dizer que ir em algum lugar. Fico surpreso de Emily dizer que ela quer ir trabalhar na lanchonete de Sue.

— Se quiser eu te levo. — Digo já receoso em ela me dar uma cortada ou algo assim. Mas me surpreendo com ela concordando. Sem nenhuma mal resposta ou gracinha. É talvez minha mãe esteja realmente certa, ela só precise de alguém que esteja ali por ela.

E era isso que eu ia fazer. Vou ficar do lado dela, mesmo que ela me mande embora. Vou cuidar dela como se ela fosse a mais frágil e delicada flor, mais valiosa do que um diamante. Porque pra mim ela é isso, uma linda e rara flor prestes a desabrochar. Com sua pele delicada e seu perfume suave e inconfundível. 

Eu sei que você não se decidiu ainda
Mas eu nunca te faria nada de errado
Eu sei desde o momento que nos conhecemos
Não há dúvida na minha mente de onde você pertence

Eu poderia te fazer feliz, tornar os seus sonhos realidade

Nada que eu não faria
Vou ao fim da Terra por você
Para fazer você sentir o meu amor

Make You Feel My Love - Sleeping at Last


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