Doce Criada escrita por BlackCat69


Capítulo 4
Capítulo: armadilha




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Retirando-se de seu quarto, alguns passos seguintes, Kawaki se deparou com sua irmã adormecida no chão.

Ela usava o coelho de pano, como travesseiro.

Vestida em chemise, a menina aguardava pela babá, na frente da porta.

Ele avançou até cessar na frente da criança.

Abaixou-se e empurrou, levemente, o ombro da pequena.

— Acorde, Miina.

A ruivinha entreabriu as pálpebras, bocejando.

Virou-se de costas contra o chão, e suas pálpebras abriram mais.

Distinguiu o teto, e a seguir, a imagem do irmão.

Olhou para o outro lado, notando que a porta do quarto da babá permanecia fechada.

— Hoje é domingo, sua babá está em Bielog, ela passará o dia com a família dela. — Kawaki se ergueu. — Levante-se.

Assimilando o que ele disse, a ruivinha sentiu um aperto no peito.

Ela pegou o coelho, apertando-o fortemente contra o corpo, tendo seus beiços tremulados.

— Vá para seu quarto, enviarei Ayame para lhe ajudar a se arrumar. Não faça teimosia, para não prejudicar o bebê dela.

Sem fitá-lo, a ruivinha correu para seu quarto.

Kawaki se atreveu a espiá-la e assistiu sua irmã penando para subir na cama.

Quando Miina conseguiu, ela largou o coelho e afundou o rosto contra um travesseiro, sufocando um choro.

 

~NH~

 

Em Bielog, as irmãs Hyuugas foram à igreja e depois andaram pela feira, Hinata deixou que Hanabi escolhesse os ingredientes para o almoço.

Hinata escolheu para o jantar. 

Atraíam olhares constantemente.

Sempre chamaram atenção pela beleza distinta da linhagem Hyuuga. 

Toda Bielog sabia que a filha mais velha do Sr. Hyuuga, agora trabalhava para a propriedade Uzumaki.

Com isso, a atenção sobre as duas redobrou. 

Hinata negou os inúmeros presentinhos lhe oferecidos pelo caminho. 

— Oras, por que não aceitastes, irmã? — Hanabi questionou, irritada pela irmã negar tantos presentes bons.

Era tempero, era tecido pra vestido, eram recipientes cerâmicos... 

— Será que não está óbvio, irmã? — Hinata questionou. — É suborno, assim esperarão que eu os indique para a família Uzumaki.

A Hyuuga mais jovem fez bico, enraivecendo-se por tudo ter um preço. 

— Oras, não faça essa cara, irmã. Vem, sei de um lugar onde ficará animadíssima. 

Apressando o ritmo, Hinata conduziu Hanabi à alfaiataria do Sr. Tazuna. 

 

~NH~

 

As irmãs quando chegaram, guardaram as compras, Hinata tratou de ir à cozinha, enquanto Hanabi foi cuidar de seu pai. 

Depois de deixá-lo confortável, a caçula fez companhia a irmã, ajudando-a no preparo da refeição. 

Hinata durante a refeição, contou sobre a família Uzumaki, e o ritmo do serviço da criadagem. 

Mencionou sobre o sucesso de seus biscoitos. 

Posteriormente, ao almoço, a caçula foi se banhar para experimentar o presente que ganhou da irmã. 

 

~NH~

 

Hinata terminava de pentear os cabelos da irmã.

Após prendê-los, cobriu-os com um toucado verde-esmeralda, da mesma cor que o novo vestido que comprou para Hanabi.

A irmã mais nova se admirou no espelho e se apressou para ir aonde seu pai descansava.

— Veja papai, parece um vestido de princesa.

Hanabi dissera, erguendo as laterais da saia comprida ao girar. 

A azulada que chegara ao cômodo, logo atrás da irmã, pusera-se ao lado da cadeira do pai, e satisfeita sorria assistindo Hanabi.

— Não o use por muito tempo, filha. Guarde-o para usá-lo no próximo domingo, quando for à igreja. 

— Tá bom.

Hanabi parou de girar, e felizorna retornou para seu quarto, onde continuou girando e dançando com seu vestido. 

A testa de Hiashi, naturalmente, enrugada, enrugou-se mais ao indagar:

— Hinata, achou mesmo uma boa ideia gastar seu salário em um vestido?

— Eu não gastei todo o salário, meu pai.

Hinata enfiou a mão, em uma abertura lateral da saia, e de dentro de uma bolsinha, retirou o resto do pagamento.

Eram incomuns bolsas femininas, por isso guardar dinheiro em sua bolsa de palha, tornava-se um esconderijo muito óbvio para algum ladrão.

Tratando-se de dinheiro, costumava fazer o que outras mulheres faziam: amarrar uma bolsinha sob a saia ou costurar um bolso na parte interna da saia, e assim, acessar esse esconderijo, por meio de uma abertura.

Hiashi se surpreendeu ao ver a quantidade. Não parecia ser salário de uma mulher. Questionou-a:

— Dez libras, você gastou mesmo seu salário? 

— Gastei, meu pai. E ainda comprei ingredientes para o jantar de hoje, teremos colcannon com toucinho de porco.

Ele entreabriu a boca, antes que questionasse mais, ela prosseguiu animada:

— É que chegando à propriedade Uzumaki, eu aceitei assumir funções extras, por isso meu pagamento aumentou. Eu também fiquei surpresa, é incomum uma criada receber o mesmo que um criado.

— É uma prova do quanto essa família é generosa, então se mantenha uma boa criada, Hinata.

— Sim, meu pai.

Hiashi devolveu o dinheiro para ela, pedindo-a:

— Guarde no cofre, aumentaremos o dote de Hanabi.

A perolada identificava satisfação no pai, sorriu, obedecendo-o.

No fim, gastar uma parte com um vestido e toucado, foi um bom investimento para Hanabi, refletia Hiashi, afinal a aparência era a porta de entrada para atrair bons pretendentes.

Com o novo salário de Hinata, Hanabi até aos dezesseis anos já teria um bom dote de casamento. 

 

~NH~

 

O dia com a família chegava ao fim.

Sai Diskin chegou para buscar a babá.

A família Hyuuga o convidou para jantar.

Ele aceitou, e Hinata ganhou mais um tempo com o pai e a irmã.

A mesa era retangular e de oito lugares.

Sai foi acomodado na cadeira, diante uma das extremidades da mesa, de frente ao assento de Hiashi.

A lareira jazia acesa.

— Sra. Hyuuga, por que não pedes ao chefe de cozinha aderir algumas dessas receitas?

Sai questionou, após se deliciar com a primeira colherada.

— Nem sempre dá pra comprar todos os ingredientes a mais. — Justificou-se a azulada. — Já foi muito eu conseguir ingredientes para os biscoitos.

Sai após mais uma colherada, verbalizou:

— Uma pena, acredito que todos da propriedade se satisfariam com esse prato. 

— Sr. Diskin, a família Uzumaki não é dona de plantações de batata? — perguntou Hanabi. — Purê de batata devia ser comum por lá.

Calcannon era praticamente purê de batata. 

— É comum demais, Sra. Hanabi. Por isso, estamos enjoados com o sabor unicamente de batata. É batata todo dia. — Deu uma breve risada. — Seria bom algo pra diferenciar o sabor do purê. — De ônix rotundos cintilantes, fitou o jantar. — Aposto que isso encantaria o Sr. Uzumaki tanto quanto os biscoitos.

— Até o Sr. Uzumaki está gostando dos biscoitos? — Hanabi arregalou os olhos. — Irmã, você disse que apenas os irmãos Uzumakis e alguns criados se deliciaram.

— Nunca falei isso, irmã. Eu falei que fez sucesso com eles. Mas não apenas com eles. 

— Então significa que viu o rosto do Sr. Uzumaki, Hinata?

— Não, ele não costuma sair do quarto. Os biscoitos são repassados a ele pelo mordomo.

— Deveria levar pessoalmente pra ele, irmã.

Hiashi repreendeu:

— Hanabi, não incentive a sua irmã a fazer o que não deve.

— Ela não está incentivando, meu pai. — Pelo ombro, Hinata abraçou a irmã. — Sei que meu trabalho é focar na Sra. Miina, e quando eu não estiver com ela, minhas funções extras me ocupam. E nada além disso. 

Hiashi assentiu, sempre gostando de ouvir que sua filha se mantinha na linha. 

— Eu estava no estábulo quando escutei o choro da Sra. Miina. Sente muito a sua falta, Sra. Hyuuga.

Sai comentou.

Os perolados de Hinata receberam um sereno brilho, compartilhou de um sentimento recíproco: 

— Eu também estou sentindo falta dela, mesmo tendo passado os últimos dias com ela.

 

~NH~

 

Quando Hinata se reencontrou com Miina, lamentou que a menina estivesse de nariz entupido, uma prova de que chorara muito.

Compensou-a com um milhão de beijos e um abraço tão apertado que quase não se desgrudaram. 

Miina ficou com medo de soltá-la e ela sumir de novo. 

A Hyuuga chegou muito depois do jantar, ainda assim, a governanta a mandou à cozinha, uma vez que o Sr. Uzumaki esperaria receber sua porção de biscoitos.

A ruivinha se agarrou ao corpo da babá e não quis largá-la, de modo que a azulada quando foi para a cozinha, precisou levar a pequena junto.

Menma III apareceu na cozinha, e contou para Hinata como foi seu dia na floresta.

— Acredito que aquela casa seja do leprechaun, e se a gente a deixasse bem arrumada, para ele aparecer para nós? Talvez ele nos agradeça. 

— Parece uma boa ideia, Sr. Menma III, só preciso arranjar um tempinho para fugir sem elevar suspeitas.

Hinata movia as mãos em uma suave massagem, preparando a massa do biscoito, e então olhou em volta, confirmando que se faziam presentes somente ela e as duas crianças. 

— Sr. Menma III, posso lhe perguntar algo?

Atiçado pelo tom baixo da babá, o menino se aproximou dela.

— O que foi?

— Já que és um bom explorador, sabes se existe alguém da casa que gosta de espiar os outros?

— Um espiador?  — ele se surpreendeu. — Não seria a governanta? Ou o mordomo. Eles supervisionam os criados de longe, às vezes. 

— Não... não é esse tipo de espiar. — Hinata suspirou, e depois tratou de se tranquilizar, afinal, naquela noite teria um vigia para sua segurança. — Está tudo bem, Sra. Menma III.

— Aconteceu alguma coisa, Sra. Hyuuga? Poderias me contar? — o menino puxou a saia da babá. 

Miina que ainda se agarrava ao vestido da Hyuuga, enxotou o irmão, dando tapas na mão dele. 

A pequena não queria dividir a babá com ninguém.

Menma III recuou, assustado com o comportamento da irmã.

— Não é para bater, Sra. Miina. É muito feio. — Hinata soltou um tom repreendedor, mas por dentro, segurava o riso.

Miina afundou a cara contra o vestido da perolada, choramingando. Detestando ouvir a Hyuuga irritada com ela. 

A babá tinha pena, mas não podia agradá-la quando dava uma lição. 

— Podemos nos concentrar na conversa de antes? 

Menma III questionou, não suportando mais a curiosidade. 

De massa pronta para colocar no forno, Hinata antes, curvou-se para perto do menino, segredando-o:

— Eu acredito que tem um espiador que vai para frente do quarto da Sra. Miina, quando estou com ela. Antes de eu sair de lá, ele vai embora. Já aconteceu duas vezes. Mas a Governanta vai providenciar um vigia para o corredor, então acredito que o espiador não aparecerá. Mas eu estou curiosa para saber quem é.

— Huuum... — Menma III colocou uma mão no queixo e segurou seu cotovelo. E após pensar um instante, estalou os dedos. — Sem mais preocupação, sei como pegar esse espiador.

 

~NH~

 

Tarde da noite, o Sr. Uzumaki não quisera levar os biscoitos ao quarto, tratou de comer logo após o jantar, na sala de refeição.

Kakashi Wittenberg seguia se surpreendendo sobre o quanto aqueles biscoitos melhoravam o humor de seu patrão.

Quando terminou de comê-los, Naruto lambeu os dedos, e satisfeito, empurrou a cadeira para trás.

— Me retirarei sozinho novamente, Kakashi.

— Sim, meu amo.

Naruto pegou sua bengala e se ergueu, jogando a capa para frente do corpo, cobrindo-se quase inteiramente.

Na escada, ordenava a si mesmo:

— "Dessa vez mantenha o controle! Mantenha o controle!"

A vontade de escutar a voz da Sra. Hyuuga o dominava.

Seus pensamentos se interrompiam conforme visualizava alguém na frente do corredor, do quarto de seus filhos.

Iruka Flynn assim que distinguiu a presença de seu patrão, colocou-se atento para reverenciá-lo, caso o próprio se aproximasse.

Naruto cessou a quatro passos do estribeiro que de imediato, curvara-se.

— Boa noite, Senhor!

Fazia tempo que não se deparava com seu patrão.

O Flynn tinha uma tonalidade de pele aproximada do pardo.

Uma cicatriz em horizontal cruzando o nariz.

Suas íris negras, combinando com os cabelos presos em um rabo de cavalo.

Seu visual se compunha de botas, calça curta, uma camisa de mangas compridas e um colete.

— O que faz aqui? — perguntou Naruto.

— Eu fui o encarregado de vigiar o corredor para a Sra. Hyuuga, Senhor.

A testa do loiro se franziu, questionando-o:

— Vigiar?

O estranhamento viera ao Flynn:

— Sim, senhor. A Sra. Hyuuga acha que tem alguém querendo espiá-la... estou aqui... para fazê-la se sentir segura. O... o Senhor não sabia?

O Uzumaki enrijeceu o maxilar, havia sido notado por ela!

Iruka engoliu a seco, pelo visto, seu patrão desconhecia sobre o que acontecia.

A governanta não pediu para guardar segredo, então o Flynn não imaginaria que seu patrão desconhecesse sobre a situação.

Tentando acalmá-lo, justificou:

— Não se preocupe, Senhor. Não é grave como parece, a governanta acha que é um engano da Sra. Hyuuga, também concordo com ela.  

Controlando seu nervosismo, Naruto verbalizou:

— Pois... também acredito que ela se enganou, por isso eu dispenso sua vigia.

— Mas...

— É uma ordem. Mandarei Shizune conversar com ela, a Sra. Hyuuga terá que vencer esse medo besta, se quiser continuar trabalhando aqui.

Iruka hesitante obedeceu ao seu amo e se encaminhou à escada.

Naruto fingiu se retirar para seu quarto, mas quando chegou ao corredor, apenas aguardou um momento demorado, tendo a certeza de que seu estribeiro estaria longe.

 

No andar debaixo, Iruka terminou a escada quando avistou o mordomo deixando a cozinha.

Kakashi estranhando a presença do Flynn no interior da casa e naquele horário, aproximou-se dele para questioná-lo.

 

Naruto refizera o caminho, indo ao corredor do quarto dos filhos.

— “Isso é loucura”!

Ele se repreendeu, mas não impedia seus pés de se moverem ao quarto da filha.

Como terminou seu jantar e a sobremesa, mais rápido que o comum, daria tempo de ouvir a voz da babá, antes de ela pôr a menina na cama.

Daquela vez se colocaria ao lado da porta, para sua sombra não ser notada pela babá.

Seus planos, no entanto, não saíram como pretendia.

Na medida em que se aproximava do quarto de Miina, estranhava a escuridão mais acentuada do corredor, a distribuição de velas estava péssima.

Faltando três passos para alcançar a porta do quarto de Miina, foi derrubado.

Uma corda imperceptível no escuro, e esticada, pressionou-se contra seu tornozelo.

Ao cair, soltou a bengala, abrindo as mãos, usando-as para se apoiar quando seu corpo bateu contra o chão.

A bengala bateu contra a madeira.

Ao mesmo tempo da queda, a corda na qual tropeçou, rompera-se derrubando algo que suspendia no teto.

Uma rede cheia de brinquedos, a maior parte deles, compunha-se de peças de madeira, o que fez muito barulho ao cair sobre o Sr. Uzumaki.

A barulheira ecoou para fora do corredor.

Kakashi e Iruka conversavam, calaram-se, escutando a zoada, entreolharam-se, e em seguida correram ao mesmo tempo, subindo os degraus.

No quarto de Miina, Hinata abraçava a menina que quase adormecia, todavia a barulheira a fez reabrir as pálpebras.

As mãozinhas apertaram o tecido sobre o busto da perolada, a pequena se assustara.

Balançando-a suavemente no colo, a perolada dissera baixinho, de forma carinhosa:

— Shiii, não é nada, meu amor, durma.

Confuso e assustado, Naruto sentia dores na cabeça, dois dos brinquedos caíram sobre ela.

Gemendo de dor, buscava por sua bengala.

Kawaki usando um roupão, por cima de suas vestes de dormir, abriu a porta do quarto.

Estreitou os olhos, tentando identificar quem era naquela região escura do corredor.

Retornou ao quarto, e buscou por seu mosquete, armando-se com ele, saiu de seu quarto, avançando pelo corredor, na direção do estranho no chão.

Kakashi e Iruka apareceram na entrada do corredor.

— Está tudo bem por aí? Sr. Kawaki? — o mordomo questionou, alternando seu olhar para o sujeito no chão e o filho mais velho do patrão.

Os gemidos de dor de Naruto fizeram com que Kawaki abaixasse o mosquete, pois o jovem reconhecia aquele timbre rouco.

— Pai?

Kawaki se abaixou em uma perna, segurando o mosquete com a ponta para cima, e a outra mão pousando no ombro do loiro.

— O espiador é o nosso pai?

Kawaki olhou na direção do quarto de Menma III, o menino recentemente abrira a porta, segurando um estilingue e uma pedra.

— Do que está falando? — perguntou o irmão mais velho.

Naruto meio tonto tratou de se erguer.

O mordomo se aproximou, rapidamente. Ajudou-o a se levantar.

— Ele não está bem, vou levá-lo para o quarto, Sr. Kawaki.

O Sr. Uzumaki entretanto, repentinamente, afastou o mordomo de perto.

Moveu-se sozinho para fora do corredor, sem trocar olhar com qualquer um ali presente.

Batia forte a bengala contra o chão, sua outra mão se apoiava na parede.

Sua partida deixou para trás um breve silêncio de mentes confusas. 

— Eu quero explicações, agora.

Kawaki exigiu, para qualquer um dos criados presentes e para Menma III.

O menino que respondeu:

— Eu só queria pegar o espiador, a Sra. Hyuuga disse que tem um que vai espiá-la tarde da noite. Então fiz essa armadilha para capturá-lo.

A péssima iluminação fazia parte do plano de Menma III, o menino retirara as velas da parte do corredor a se situar próxima do quarto de Miina.

— Eu lamento muito, Sr. Kawaki. — Iruka se aproximou. — O Sr. Menma III me avisou que teria uma armadilha. O Sr. Uzumaki me dispensou da vigia, após o informar da preocupação da Sra. Hyuuga. Eu o vi ir embora para o quarto, então não achei necessário avisá-lo da armadilha. E sendo sincero, não imaginava que seria uma armadilha tão perigosa.

Analisando um dos brinquedos, usando a ponta do pé, certificava-se do quanto pesava.

— Eu ia retirar quando amanhecesse, bem cedo, antes de todo mundo acordar.

Menma III dissera.

— Pois arrume toda essa bagunça, se sobrar um único brinquedo, nem pense em sair do quarto amanhã. — Determinou Kawaki, e em seguida, fitou os criados: — Os dois dispensados, e não comentem nada com os outros criados, amanhã terei uma conversa com a Sra. Hollingshead.

Kakashi e Iruka assentiram, ambos se retiraram dali.

Irritado, Kawaki retornou com seu mosquete ao interior de seu quarto.

Minutos depois, quando Menma III ainda entrava e saía do quarto, arrumando seus brinquedos, foi chamado pela babá que apareceu no corredor.

— Está tudo bem por aqui? — Hinata questionou baixinho.

Miina adormeceu pouco tempo atrás.  

— Está sim... eu acho. — Menma III coçou a cabeça.

— Pegaram o espiador?

Ele assentiu.

— E quem era? — as sobrancelhas dela se elevaram. E ficou sem piscar, na espera da resposta.

— Era meu pai. — Menma III abaixou a mão, não sabendo como lidar com a descoberta. — Acho que o machuquei.

 


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