O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 21
Vigésimo capitulo: Os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília part. 1


Notas iniciais do capítulo

Seja bem vindo a mais um capitulo de O noivo de natal.
Desde já quero agradecer a todos que me acompanharam nessa jornada incrível ,que está sendo contar a história desse casal pra lá de maluco. Espero que todos tenham rindo bastante, se emocionado e estejam ansiosos para saber o final dessa história.

Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.



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—Tudo bem, sobre o que especificamente no nosso noivado gostaria de conversar, pequena? - Daniel questionou cuidadoso sem desviar os olhos de mim e o encarei chocada.

Como assim sobre o que especificamente no nosso noivado, eu gostaria de conversar?!

Será que o delegado não havia percebido, que tinha muita coisa em relação ao nosso noivado que nunca conversarmos?!

—Daniel, não sei se percebeu mais nunca conversarmos sobre uma data, um lugar, a decoração ou quem serão nossos padrinhos de casamento...Meu Deus, nem escolhi o meu vestido ou das daminhas e pajens...É oficial, sou uma péssima noiva.- disse arrasada me sentando na beirada da cama e Daniel se arrastou por ela, até estar ao meu lado e me envolver em seus braços.

—Você não é uma péssima noiva, pequena, é uma noiva maravilhosa. Muito melhor do que algum dia idealizei pra mim, mas acho que deveríamos ir com calma, podemos pensar em tudo isso daqui a alguns meses. - Daniel disse suave e me separei dele olhando-o descrente, enquanto me levantava da cama para olhar em seus olhos, deixando meu noivo confuso com a minha atitude.

—Como assim, “podemos pensar em tudo isso daqui a alguns meses”?! Claro que não, Daniel. Por acaso, você está achando que vai ficar se divertido comigo até cansar e decidir que não quer mais se casar?! -questionei severa cruzando os braços olhando de forma séria para o homem em minha frente que começou a rir, me deixando com mais raiva.- Não disse nada engraçado, para que risse desse jeito, Daniel Souza.

—Me desculpe, mas essa sua pergunta não tem lógica, Amanda.

—Como assim não tem lógica?! Querer saber se sou apenas uma diversão pra você, tem muita lógica sim, Daniel Souza. - disse séria tentando não perder a paciência com ele.

—Meu amor, se quisesse apenas me divertir com você não teria lhe pedindo em casamento, não acha? Muito menos, lhe daria o anel que minha avó me deixou de herança e em hipótese alguma, aceitaria passar as festas de fim de ano com a sua família. E por último, não insistiria tanto para esperamos o momento certo para ficarmos juntos, se não quisesse algo sério já teríamos transado a um bom tempo e nem me lembraria qual era o seu nome ou seu número de telefone. - Daniel suave sem desviar os olhos dos meus, enquanto o olhava balançada por sua lógica, que no fundo tinha fundamento.

—É delgado Souza, tenho que admitir que vendo por esse ponto você tem toda razão. - disse sincera e ele respirou aliviado, por ter concordando com as suas suposições.

—Ótimo, pequena, agora volta pra cama e vamos dormir. Porque se não percebeu, estou cansado de passar o dia todo sendo humilhado por seu avô no xadrez, tudo que desejo agora é dormir agarrado com a minha noiva. - Daniel me pediu com o olhar carente e neguei com a cabeça, porque ainda havia um ponto a ser discutido ou melhor dois pontos.

—Nada disso, ainda não terminamos de conversar. - disse séria e ele gemeu angustiado, passando a mão pelo cabelo escuro.

—Por Deus, mulher, não podemos discutir a relação amanhã?! Só quero deitar ao seu lado e dormir um pouco.

—Claro que não, Daniel. Meu Deus, nos ainda nem casamos e você já está usando a desculpa de dormir para evitar conversar comigo?! O que vem depois?! A desculpa de trabalhar até tarde na delegacia em um caso muito importante, que possui um metro e setenta, sutiã tamanho quarenta e oito e corpo de modelo?!-questionei séria e Daniel respirou fundo olhando para o teto, antes de voltar a sua atenção pra mim.

—Tudo bem, você quer discutir a relação, vamos discutir a relação, Amanda. Me diga o que está te incomodando tanto no nosso noivado, para que possamos resolver isso e assim finalmente dormirmos.

—Daniel, nos nunca conversarmos sobre como queríamos o nosso casamento. Se ele seria tradicional, no cível ou algo mais alternativo...Se seria de dia ou de noite...Quem seriam os nossos padrinhos...Enfim, todas as pendencias relacionadas a um momento tão importante como esse...E ainda tem o os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília, minhas primas disseram que se queremos continuar casados e felizes até o fim da nossa vida, temos que fazer o ritual da minha família.- disse segura e meu noivo me olhar sonolento segurando o queixo com a mão, tentando se manter acordado para ouvir tudo que estava falando e ver isso me deixou com muita raiva, porque odiava ser ignorada.

— Adalberto, não acredito que você está dormindo enquanto falo?! Você pelo menos ouviu alguma coisa do que disse?!- gritei furiosa olhando para Daniel que negou rápido com a cabeça, mesmo estando sonolento.

—Eu ouvi amor, cada palavra que você disse. Só acho que podíamos esperar um pouco mais, para decidir tudo, não acha? Amanda, eu te amo muito, mas tenho que admitir que nos dois mal nos conhecemos. Não temos nem três semanas de relacionamento e já estamos noivos, devíamos aproveitar esse tempo para nos conhecermos melhor, aprendemos a conviver com os defeitos e qualidades do outro, antes de pensarmos em marcar uma data e organizar nosso casamento, não acha? Agora, sobre esse tal de cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília...O que é isso?

—E você vai querer esperar por quanto tempo?! A vida inteira por acaso?! Ou até achar alguém melhor?! Se acha que vou deixa-lo pensar que “Há, vou ficando com a Amanda enrolando-a, até achar a mulher perfeita, para ser a minha esposa e mãe dos meus filh...” -comecei a dizer furiosa, imitando de forma falha a voz de Daniel, antes dele se mover rápido pela cama segurando minha cintura e me derrubando no colchão, ficando por cima de mim e me beijando de forma apaixonada.

 Enquanto meu cérebro tentava entender o que havia acontecido, mas desisti assim que as mãos do meu noivo começaram a explorar meu corpo, me fazendo gemer e passar minhas pernas ao redor da sua cintura, tentando mantê-lo o mais perto possível de mim como se já não estivéssemos perto o bastante.

—Achei que estivesse cansado...E que só queria dormir...- sussurrei sem folego assim que interrompemos nosso beijo, quando o ar se fez necessário.

—E estou, pequena, mas nenhum cansaço ou sono me impedirá de beijá-la, a não ser que você não queira. -Daniel sussurrou apoiando suas mãos ao lado da minha cabeça, aliviando seu peso em cima de mim.

—Isso nunca vai acontecer, se pudesse passaria o resto da minha vida apenas beijando você. - sussurrei acariciando seu rosto com carinho e Daniel sorriu amoroso pra mim.

—Amanda, não precisa ficar com medo de que a deixe por outra. Você é a mulher que escolhi para ser minha esposa e a mãe dos meus filhos, só disse para esperarmos um pouco mais porque queria conhecer cada particularidade sua. Quero saber apenas pelo olhar, quando está brava, com dor ou feliz...Quero cultivar todos os dias o nosso amor, para que ele cresça ainda mais, tendo raízes fortes e inabaláveis, antes de dá frutos. Estou apenas lhe pedindo um tempo, para que possamos nos conhecer ainda mais, antes de nos casarmos, mas se não desejar podemos marcar a data e organizar tudo como quiser, não irei me opor a nada do que decidir. -Daniel disse sincero e olhei nos seus olhos, antes de respirar fundo e negar deixando-o surpreso.

Podia querer me casar com Daniel hoje mesmo, mas sabia que meu noivo tinha razão, mal nos conhecíamos e não podíamos ser tão precipitados assim, como havíamos sido no inicio do nosso relacionamento, tínhamos que ir com calma e cuidado para não destruirmos o amor que possuíamos, o qual tinha tudo para dá certo no final.

—Você tem razão, podemos esperar um pouco para nos preocuparmos, com a organização do casamento. Além do mais, não será tão ruim assim passar algum tempo sendo sua noiva...Ainda mais depois que tiver o meu prêmio, por ganhar a nossa pequena disputa interna...- disse olhando com malicia para Daniel, enquanto deslizava minha mão por seu peito nu fazendo meu corar e sorri da minha ousadia. -Agora, se formos continuar o nosso noivado sem qualquer tipo de intimidade, nos casamos hoje mesmo. Porque não sei você, mas essa tortura toda de esperar o momento certo está me fazendo enlouquecer de desejo, Daniel.

—Eu sei, pequena, a mim também. Só vamos esperar, sair da casa dos seus pais e termos um encontro, para ficarmos juntos da forma que tanto queremos. - ele pediu e concordei, me lembrando realmente que não havíamos tido um encontro, porque o almoço no Bistrô que terminou com a chegada da polícia, não poderia ser considerado um encontro. - Porque não sei você, mas meu ideal de encontro não termina com uma acusação de agressão e uma revista policial.

—O meu também não, e já pedi desculpas por isso. -disse sincera, envergonhada só de lembrar dessa confusão.

—Sei disso e já a perdoei também. Agora, que já nos entendemos em parte, poderia me explicar que história é essa de cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília? -Daniel questionou suave saindo de cima de mim e suspirei, antes de sentarmos na cama para conversar melhor.

—Os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília, pelo que minhas primas me explicaram, é uma tradição familiar. Uma espécie de ritual, que está na família da minha avó a gerações, realizado pelos noivos para trazer a sua união boa sorte, amor, harmonia e fertilidade para o casal...Pelo que soube, quase todo mundo da minha família fez e todos continuam casados e muito bem felizes, exceto meu avô que ficou viúvo e minha tia Lourdes, que não fez o ritual e acabou se divorciando por causa das traições do marido.- expliquei ao meu noivo que balançou a cabeça concordando.

—Entendo, mas o que esse “ritual” da sua família tem haver...Espera, você quer fazê-lo, não é? Por isso sua urgência, em conversarmos sobre nosso noivado?!- Daniel questionou perspicaz e concordei, envergonhada com a minha atitude de mais cedo. - Certo, porque acha que devemos fazer esse “ritual” da sua família?

—Para não nos separarmos?!

—Péssima justificativa, Amanda Cristina. Quero que me diga do fundo do seu coração, porque acha que devemos fazer esse “ritual” da sua família? - Daniel questionou sério sem desviar os olhos dos meus e respirei fundo, tentando escutar meu coração e lhe dizer o que estava sentindo.

—Porque faz parte da minha história... É parte da minha família, Daniel. Porque me fará ficar um pouquinho perto da única avó que conheci, porque a família da minha mãe nos rejeitou antes mesmo de mim ou meu irmão nascermos, apenas porque nosso pai é negro. Eu preciso disso, porque...Mal tive a chance de conhecer minha avó direito, porque ela morreu quando tinha um ano...Eu só...Nunca achei que precisaria tanto, estar ligada a ela quanto agora...Só queria que a minha avó estivesse aqui...Para me ver vestida de noiva ou me ajudar a escolher meu buquê...Sabe...Coisas de avó que ama sua neta...- sussurrei entre lágrimas e Daniel me puxou para o seus braços, me abraçando com carinho antes de beijar o alto da minha cabeça, enquanto chorava em seu peito.

Chorei nos braços de Daniel até que não restasse mais nenhuma lágrima para ser derramada, então tudo que fiz foi continuar abraçada ao meu noivo recebendo seus carinhos me recuperando do dilúvios de emoções que havia sentido, ao relevar meus motivos para fazer os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília.

—Obrigado por dividir comigo, os motivos reais para fazer o ritual da sua família, Amanda. -Daniel sussurrou suave acariciando minhas costas de leve, fazendo meu corpo relaxar diante do seu toque.

—Eu que deveria agradecer, porque na verdade não queria admitir todos esses motivos pra mim mesma. Só agora, pode perceber o quanto isso é importante pra mim.

—Eu percebi, minha pequena, por isso prometo que faremos os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília. Se não for nada que nos leve para o outro lado do mundo, podemos fazer o ritual da sua família amanhã, que tal? Estaremos a dois dias da véspera de natal, assim poderemos passar o natal e a virada de ano abençoados pelo seu ritual familiar, o que me diz? -meu noivo propôs e me separei dele para ver seus olhos escuros.

—Você está falando sério, Daniel?! Você quer fazer os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília, comigo?!- questionei emocionada para o meu noivo e ele sorriu concordando.

—Quero Amanda. Porque isso é algo importante pra você, assim como foi importante pra mim vê-la aceitando se casar comigo e usando o anel de noivado que era da minha avó. Se isso ainda não entrou nessa sua cabecinha linda, cacheada e meio doidinha, quero que preste a máxima atenção no que irei dizer a seguir...Sou capaz de fazer as maiores loucuras desse mundo ou o que a sua cabeça criativa inventar, só para vê-la feliz, minha pequena, porque te amo e tudo que mais desejo é vê-la sempre com um sorriso no rosto. Será que você consegui aceitar esse fato, Amanda? - Daniel questionou sério e sorri concordando.

—Sim, não só consigo como aceito muito bem esse fato. - assegurei sorrindo e meu noivo respirou aliviado me fazendo rir.

—Graças a Deus, mulher. Agora, por tudo que é mais sagrado, vamos dormir porque não sei você, mas essa conversa toda terminou de sugar o resto das minhas forças. - Daniel disse realmente cansado e concordei, antes de deitarmos na cama e me aconchegar a ele fazendo-o gemer satisfeito por finalmente ter realizado o seu desejo, enquanto sorria em seu peito fechando os olhos e adormecendo ao som do seu coração batendo acelerando, por causa da nossa proximidade.

❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆

Depois do café da manhã, fui até o quarto da minha prima Carolina pegar o livro dos cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília, que estava na minha família a gerações indo de uma noiva para outra, pois segundo o que ela me contou esse ritual deveria ser comandado pelas mulheres e nunca pelos homens, eles só seguiriam as instruções de suas noivas.

O livro estava na posse da minha prima, pois ela havia sido a ultima mulher da família a ser pedida em casamento, antes de mim. Ele havia ficado anos na posse da minha avó, pois minha tia Lourdes não quis realizar os passos dele antes de se casar, passando em seguida para as mãos da minha mãe que aceitou fazê-lo, ficando com ela desde a morte da minha avó.

Sendo repassado por minha mãe, a pedido da minha avó em seu leito de morte, para a minha prima Laura quando ficou noiva, seguindo a tradição de entregá-lo a próxima noiva da família, que era eu.

—Então, os cinco passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília, é um livro? - Daniel questionou curioso sentado na cama calçando seus tênis, assim que entrei no nosso quarto com o pequeno caderno de capa dura envelhecida nas mãos, depois de voltar do quarto da minha prima.

—Acho que está mais para um diário antigo. - disse abrindo com cuidado o pequeno caderno, temendo danificá-lo devido a seu aspecto antigo.

—E o que diz ai? - ele questionou curioso se levantando da cama e caminhando em minha direção para espiar o conteúdo do caderno, mas o fechei rapidamente, antes de coloca-lo atrás das minhas costas, deixando Daniel confuso com a minha reação. - Amanda, porque está escondendo o caderno de mim?

—Porque é uma das regras do livro. Os noivos nunca devem ter acesso a ele, só devem seguir as instruções das noivas, que são a dona do caderno. Está tudo na primeira página dele. - disse me lembrando da página que Carolina fez questão de me mostrar, enquanto me explicava sobre a história do livro.

Assim como a página contendo a listagem dos nomes de todos os noivos e o ano em que realizaram o ritual, permitindo assim que conhecesse um pouco mais sobre os meus antepassados.

—Tudo bem, e qual será o nosso primeiro passo? - Daniel questionou curioso e respirei fundo, tirando o livro de trás das costas, para ler as instruções do que devíamos fazer.

—Bom, o primeiro passo diz que “Agora que finalmente ficaram noivos e estão comprometidos com o outro, nada melhor do que fazerem uma bela caminhada juntos por um lugar bonito, pois assim poderão colocar a conversa em dia e se conhecerem ainda mais. Boa caminhada, pombinhos”. - disse terminando de ler desviando os olhos do livro, para ver Daniel que concordou.

—Certo, acho melhor você trocar essas roupas e rasteirinhas por algo mais confortável, enquanto vou pegar minha arma. - Daniel explicou e caminhou em direção a porta com fechadura, onde guardava sua arma.

—Porque vai precisar da sua arma em uma caminhada pela chácara?

—Nunca se sabe, afinal, minha noiva tem o dom de se meter em confusão como ninguém. E além disso, não acho seguro deixá-la aqui com as suas sobrinhas pequenas e curiosas, que adoram brincar de esconde-esconde por todos os lugares. - Daniel disse e concordei porque era a mais pura verdade, pois ontem quando vim tomar banho encontrei Alice escondida perto do meu quarto me deixando alarmada, porque meu noivo havia deixado sua arma no quarto durante o churrasco.

Mesmo tendo trancado a porta do meu quarto antes de descermos, todo cuidado era pouco quando envolvia o uso de armas. Logo vi meu noivo pegar o estojo da sua arma, levando-o em direção ao sofá que havia ali e digitando alguns números, antes de pegá-la. Destravá-la e travá-la de novo colocando-a na cintura, enquanto ia trocar de roupa como ele havia sugerido.

Já devidamente trocada, peguei uma toalha de mesa que estava no guarda roupa e uma mochila, colocando-a dentro dela antes de descermos até a cozinha, pra que pudesse pegar algumas coisas para fazermos um piquenique no final da nossa caminhada.

Com tudo pronto e guardado na mochila, a qual Daniel fez questão de colocar nas costas, saímos da casa do meu avô em direção ao desconhecido, pelo menos o desconhecido na fronteira da chácara.

—Nada disso, abominável homem das neves, você ouviu o que o livro disse, temos que fazer uma caminhada juntos, não entrar no carro e parar em qualquer lugar. - disse séria vendo Daniel tirar as chaves do carro do bolso e se preparando para desligar o alarme.

—Tem certeza disso, Amanda? Está mesmo disposta a caminhar por algumas horas?

—Tá me chamando de sedentária?! Ou pior, está me chamando de gorda, Adalberto?!-questionei olhando-o chocada e meu noivo ficou atordoado com o que disse, como se não esperasse por minha pergunta.

—O que?! Não. Amanda, não foi isso que quis dizer, pequena. Meu amor, você é linda do jeito que é não tem nada fora do lugar, juro. Só disse isso, porque tenho certeza que não deve estar acostumada a fazer longas caminhadas. - Daniel tentou se justificar e cruzei os braços, olhando séria para ele.

—Como se acreditasse nisso. Quem me garante, que não esteja sendo apenas gentil comigo? Afinal, você nunca me viu sem roupa para saber se estou ou não com tudo no lugar.- destaquei e Daniel sorriu vitorioso pra mim me deixando confusa, enquanto se aproximava até restar apenas um pequeno espaço entre nós, antes dele se inclinar para dizer algo no meu ouvido.

—Isso é verdade e não sabe o quanto anseio desesperadamente por isso, minha pequena, mas a vi de biquini ontem, enquanto pulava na piscina...E mesmo de longe e sem poder tocá-la, pude ver o quanto é linda...Porque acha que perdi de lavada para o seu avô?! Porque estava mais preocupado em olhá-la, do que prestar atenção no jogo de xadrez. - Daniel disse com a voz rouca no meu ouvido, antes de beijar meu pescoço com carinho afastando-se em seguida, me deixando atordoada não só com a sua revelação, mas com sua caricia também.

—Vamos, minha pequena, temos muito o que caminhar e fazer, afinal, temos outros quatro passos para fazermos. - meu noivo disse me oferecendo sua mão, me tirando do transe em que fiquei depois da sua revelação e demonstração de carinho.

Sem dizer nada, aceitei a mão de Daniel e me deixei ser guiada em rumo ao desconhecido, enquanto andávamos de mão dadas pela natureza que cercava toda a chácara.


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer nessa caminhada?
Será que os dois conseguirão completar os cincos passos para a felicidade matrimonial da vovó Cecília?



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