O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 18
Décimo sétimo capitulo: O misterioso caso das pessoas que não gostam de doces


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O noivo de natal, que promete deixá-los ainda mais apaixonados por nosso casal divertido, Pequena e Abominável homem das neves.

Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.



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Daniel me olhou fascinado por alguns instantes, se esquecendo de verificar se o seu celular havia sofrido alguma avaria com a queda, logo todo encantamento refletido em seus olhos deu lugar ao desejo reprimido que sentia por mim fazendo-o se levantar da cama e caminhar em minha direção determinado a me ter em seus braços, mas antes que ele pudesse se aproximar dei um passo para trás e fiz que não com o dedo indicador, deixando o delegado sem entender e parado no meio do caminho.

Algo compreensivo, porque desde que nos beijamos pela primeira vez, nunca havia afastado Daniel d, mas nesse momento era necessário, por mais que não gostasse nenhum um pouco da ideia.

—Pode ficar aí delegado Souza, nem pense em me agarrar. Esse vestido é de seda, amassa com qualquer coisa, ainda mais com a sua ajuda. - alertei séria olhando em seus olhos escuros desesperados, me fazendo sentir um pouquinho culpada por afastá-lo desse jeito quando tudo que queria era o contrário.

—Você é cruel, pequena. E com certeza, tem prazer em me torturar...Porque usar esse vestido totalmente indecente e não me deixar ao menos chegar perto, é castigo demais pra minha sanidade. - Daniel segredou olhando pra mim e sorri surpresa diante da sua declaração, antes de caminhar em sua direção parando alguns centímetros longe dele, para que ainda pudesse me ver por inteira naquele vestido.

—Meu vestido não é nada indecente, delegado Souza. Ele é muito elegante e foi a sua prima que o escolheu. E sobre você não poder me tocar...Encare isso como uma visita ao museu, no qual só pode apreciar as obras de artes, no caso eu, sem encostar em nada...Pelo menos durante a festa, depois disso veremos o que acontece. - disse sugestiva e ouvi Daniel gemer baixo, enquanto fechava as mãos em punhos ao lado do corpo, provavelmente se controlando para não me tocar.

Enquanto meu noivo tentava se conter para não me agarrar, me aproximei mais de Daniel e segurei na lapela do paletó azul escuro que ele usava, trazendo-o para mais perto de mim agradecendo ao salto que usava, por me permitir olhar melhor nos olhos escuros do meu noivo, sem precisar ficar na ponta dos pés para isso.

—Agora, entendi porque minutos atrás Sarah me mandou uma mensagem questionando se meus exames cardíacos estavam em dia. - Daniel segredou suave e sorri surpresa por minha amiga ter tentado preparar o primo, para a surpresa que seria me ver usando aquele vestido.

—E estão? Porque não quero causar um infarto em você. Afinal, ainda não tive a melhor parte desse noivado. - segredei maliciosa para o meu noivo que sorriu alto concordando comigo, antes de encostar sua testa na minha tomando cuidado para não amassar meu vestido.

—Não se preocupe, minha saúde está em dia e não pretendo deixa-la viúva tão cedo, minha pequena.

—Acho muito bom, delegado Souza.

—E sobre nosso joguinho interno...- meu noivo começou a dizer e sorri animada, ao pensar na nossa disputa.

—Eu marquei um ponto hoje, não foi?!- questionei eufórica, para ouvir dele que estava na frente da nossa pequena disputa.

—Você marcou dez pontos, pequena. - ele segredou sério e sorri chocada, fazendo-o rir.

—Eu sabia que estava um espetáculo nesse vestido, abominável homem das neves. - segredei brincando e ele sorriu, antes de balançar a cabeça concordando. - Se quiser, posso dá uma voltinha só pra você? Para que possa olhar melhor, todos os detalhes do meu vestido.

—Eu iria adorar, pequena. - Daniel disse sincero e sorri animada, me separando alguns centímetros dele enquanto meu noivo sentava na cama para me ver desfilando na sua frente, absorvendo com os olhos cada detalhe do vestido que usava, assim como cada sorriso e olhar meu tentando imitar as expressões das modelos famosas.

Assim que cansei de bancar a modelo, caminhei em direção a Daniel parando sem sua frente segurando suas mãos nas minhas e levando-as em direção a minha cintura, enquanto passava meus braços ao redor do seu pescoço subindo minhas mãos para os seus cabelos, antes de me inclinar para beijá-lo de forma apaixonada e saudosa.

E como um bom menino comportado, Daniel manteve suas mãos em minha cintura, onde havia deixado antes de beijá-lo, segurando-a com delicadeza provavelmente não querendo amassar meu vestido como havia lhe pedido antes.

—Você está linda Amanda, sou um homem afortunado por ter a chance de acompanha-la hoje...Isso se desejar a minha companhia é claro. -Daniel disse suave assim que recuperamos o folego após o beijo apaixonado que trocamos.

E a frase de Daniel me pegou de surpresa, me fazendo perceber que ele estava me dando escolha novamente, como havia deixado claro que faria ontem quando conversamos e lhe contei sobre minha história com Tadeu.

—É claro que quero sua companhia, amor, não consigo mais me imaginar ao lado de outro homem, não só hoje mas pelo resto da minha vida, que não seja você, Daniel Souza.- disse sincera olhando nos olhos escuros do meu noivo, para que ele tivesse certeza que seria incapaz de trocá-lo por Tadeu ou por outro.-Eu te amo, abominável homem das neves.

Daniel Souza era o amor da vida, tinha plena certeza disso como respirar.

Um ato simples, necessário e inconsciente, assim também eram meus sentimentos por ele.

—Eu também te amo, pequena. - Daniel disse amoroso e me inclinei para beijar seus lábios com carinho, antes dele separá-los dos meus para beijar meu pescoço, roçando de leve a ponta do seu nariz por toda a pele sensível ali exposta. - Deus, além de linda, minha pequena está tão cheirosa...Perfume novo? Só pode, porque ainda não havia sentido esse cheiro em você.

E a constatação de Daniel me fez sorrir surpresa, porque jamais havia pensado que ele poderia notar algo tão sutil como a minha mudança de perfume, já que grande parte dos homens não consegue prestar atenção em nada depois que conquistam uma mulher, mas meu noivo acabou de demonstrar que era fora da expectativa.

—Sim, só o uso em ocasiões especiais. Você gostou? -questionei tentando regularizar a minha respiração, enquanto Daniel continuava acariciando minha pele com a ponta do seu nariz.

—Muito, combina com você. Espero ter a oportunidade de senti-lo mais vezes em você.

—Há não se preocupe, agora que sei que gosta dele, vou passa-lo mais vezes. - assegurei a ele que agradeceu, dando um beijo delicado no meu pescoço antes de se afastar de mim.

—Bom, acho melhor descermos para essa festa, enquanto ainda consigo me manter com um pouco de controle diante desse seu vestido indecente. - Daniel disse tentando soar controlado, algo que destoava dos seus olhos, repletos de desejo e admiração, enquanto me olhava lentamente se demorando na fenda lateral, nada vulgar, que o vestido possuía.

—Você tem toda razão, é melhor descermos porque se continuar me olhando assim vou esquecer essa festa e aceitar o convite silencioso dos seus olhos, de ficarmos nesse quarto ao em vez descermos. -disse e ele concordou, antes de lhe dar um ultimo beijo e oferecer minha mão direita a ele ajudando-o a levantar da cama, arfando assim que percebi como Daniel estava lindo.

Não que Daniel já não fosse lindo, ele era independente da situação, a beleza dele não era só física, mas interna também. Seu coração generoso, seu instinto protetor, sua bondade e vontade de ajudar a todos ao redor, deixavam meu noivo ainda mais lindo do que ele já era fisicamente.

Mas tinha que admitir, que não estava preparada para vê-lo usando um terno azul escuro de caimento perfeito, combinado com uma camisa branca e um gravata da mesma cor do paletó, possuindo detalhes em branco, conferindo a Daniel um ar sério e sedutor capaz de deixar qualquer mulher ou homem, disposto a fazer loucuras para chamar sua atenção na festa.

—Bom, se meu vestido está indecente, você vestido desse jeito está uma tentação ambulante, Daniel Souza. Irá deixar todos da festa loucos para descobrirem o seu número de telefone. - disse séria com minhas mãos apoiadas em seu peito olhando em seus olhos, fazendo-o sorrir do meu comentário enquanto dava uma olhada de cima a baixo no meu noivo. - Hoje você fez jus ao seu apelido de delega gostosão, Adalberto.

—Obrigado, pelo elogio, pequena, e nem você me chamando de Adalberto vai me tirar do sério depois disso.

—Que bom, amor. E como você foi gentil em me dar dez pontos hoje, vou fazer o mesmo por você, porque vamos ser justos você também está um espetáculo, Daniel. Então, o nosso placar ficou.... - disse pensativa tentando me lembrar da pontuação para fazer as contas, para sabermos quem estava ganhando.

—Você está ganhando, Amanda.

—Mas de acordo com as minhas contas, é você que está ganhando.

—Com você vestida desse jeito?! Nunca. Se quiser, você ganhou a disputa inteira. - meu noivo admitiu e sorri feliz, porque adorava ganhar um jogo.

—Tem certeza, abominável homem das neves? Porque se me dê o titulo de campeã da nossa pequena disputa interna, não vou mais devolver o titulo e ainda vou exigir um bom prêmio.

—Tenho, certeza. E pode me pedir o que quiser, você mereceu ganhar. O que gostaria de ter como prêmio? - Daniel questionou sincero e sorri maliciosa, mordendo o lábio inferior de leve olhando-o de cima a baixo, fazendo-o rir e corar um pouco após ter entendido a minha dica nada discreta. - Porque ainda fico surpreso com você, Amanda?

—Porque você nunca sabe o que pode esperar de mim, delegado.

—Isso é verdade. - Daniel disse sincero e estreitou os olhos assim que olhou para os pés, vendo a sandália alta que estava usando. - Tem certeza que esse salto é confortável, para passar a noite toda nele?

—Não muito, para quem gosta de usar sandálias baixas como eu, mas temos que concordar que esse vestido merecia um salto como esse. Só que no final da festa, tenho certeza que meus pés estarão me matando depois de horas nessa sandália, nem sei se terei condições de chegar até o quarto, mas pelo menos uma vez na vida, vou poder ficar alguns centímetros da sua altura, abominável homem das neves.

— Se isso lhe deixa feliz, tudo bem. E não se preocupe, em como chegará ao quarto depois da festa, faço questão de levá-la no colo até lá, se quiser posso fazer uma massagem nos seus pés. - ele ofereceu me deixando surpresa, por pensar em algo que me deixasse confortável, depois da noite toda em cima de um salto.

—Eu iria adorar isso, amor. Pelo jeito, você é um homem de muitos talentos escondidos, Daniel Souza.

—Você não sabe o quanto, pequena. - ele segredou me oferecendo seu braço o qual aceitei, antes de caminharmos em direção a cama para que meu noivo pudesse pegar seu celular esquecido em cima dela e Daniel respirou aliviado, por ver que a tela estava intacta me fazendo rir da sua reação.

—Espera, esqueci meu celular no banheiro. Vou pegá-lo rapidinho. - disse me separando dele e segurando a barra do meu vestido com cuidado, temendo amassá-lo, andando em direção ao banheiro pegando o aparelho no balcão e voltando para o quarto, caminhando em direção a Daniel enquanto colocava o aparelho no vibra. - Você pode, por favor, guardar meu celular com você? Porque não tem como guarda-lo nesse vestido.

—Posso imaginar...Tudo bem, posso guardá-lo, se ele tocar eu te aviso. - Daniel disse me dando uma última olhada, antes de lhe entregar meu aparelho e vê-lo colocar dentro do bolso interno do seu paletó, fazendo o mesmo com o seu, oferecendo seu braço pra mim novamente.

—E então, pronta para a festa, pequena? - Daniel questionou enquanto caminhávamos para fora do quarto.

—Eu já nasci pronta, Daniel. Além do mais, só saio de casa se for pra causar, meu amor. - segredei brincando fazendo meu noivo rir alto da minha fala e logo comecei a rir junto, feliz por perceber que conseguia fazer Daniel se divertir comigo e ser um pouco mais leve, algo que ele não era no seu ambiente de trabalho.

Assim que chegamos no alto das escadas, parei para segurar a barra do vestido evitando que tropeçasse nele enquanto descia os degraus, mas antes que pudesse segurá-lo em minhas mãos Daniel foi mais rápido. Segurando a barra do vestido com cuidado, evitando ao máximo amassá-lo, antes de me oferecer sua outra mão livre, ajudando-me a descer em segurança e tive que controlar minhas lágrimas de gratidão diante do cuidado dele, até nos mínimos detalhes.

Algo que nenhum dos meus outros namorados ou ficantes fez por mim, me dando ainda mais certeza de que Daniel era o homem da minha vida e que o queria ao meu lado pra sempre.

—Obrigada. - disse emocionada por seu gesto, assim que terminamos de descer as escadas e ele fez questão de arrumar a barra do meu vestido, antes de me oferecer seu braço novamente.

—De nada, amor, espero não ter amassado muito seu vestido. - ele se desculpou sem jeito e neguei sorrindo amorosa para Daniel.

—Não tem problema, amor. Está tudo bem, não ligo para o vestido. - admiti sincera olhando em seus olhos e Daniel sorriu amoroso pra mim, antes de se inclinar para beijar a minha testa com carinho afastando-se em seguida.

—Posso te pedir algo, Amanda Cristina? - Daniel questionou de repente e o olhei confusa, porque ele raramente me chamava assim, só quando queria me dá uma bronca e não me lembrava de ter feito nada de errado até agora.

—Seja o que for, não fui eu. - me defendi nervosa e Daniel sorriu negando.

—Não se preocupe, você não fez nada. É só um pedido simples.

—Tudo bem, o que é?

—Se alguém na festa perguntar por acaso no que trabalho, exceto os seus familiares que já me conheceram, por favor, não diga que sou delegado. Diga que sou advogado ou qualquer outra profissão que a sua mente criativa inventar na hora.

—Tudo bem, mas porque quer que eu minta, Daniel? -questionei confusa e ele respirou fundo, antes de voltar a falar.

—Odeio saber que estou pedindo pra mentir, pequena, mas é pra sua segurança, meu amor.  Afinal, não conheço os convidados do seus pais e nem as relações de amizade que os mesmos possuem, então, peço que não diga que sou delegado.

—Tudo bem, não se preocupe. Se alguém perguntar, vou dizer que você é advogado, o que não é bem uma mentira. Porque pra ser delegado, não é preciso ser advogado? - questionei tentando me lembrar das explicações do meu pai sobre sua área de atuação, já que ele era bacharel em direito como Daniel, atuando como defensor público.

—Não necessariamente. Precisa apenas ter um diploma de bacharel em direito, não precisa estar cadastrado na ordem ou atuar com advogado para prestar prova para o cargo de delegado. Só que no meu caso, possuo a carteira da OAB me dando assim o direito de atuar como advogado, mas meu trabalho não me permiti atuar nesse ramo além de não gostar dele.- Daniel explicou e balancei a cabeça, sinalizando que havia entendido sua explicação.

—Entendo, por isso você disse que faria questão de me tirar da cadeia, quando sugeri que podia ser presa por bater no picareta que roubou a grana das minhas férias. E olhando assim, você não tem cara de quem gosta de soltar as pessoas, tá mais pra quem gosta de prender elas. - segredei fazendo-o rir concordando. - Eu sabia. E não se preocupe, não vou contar pra ninguém que você é delegado, seu segredo está seguro comigo, delega gostosão.

—Obrigada. Deus, você não vai esquecer esse apelido idiota mesmo, não? - ele questionou enquanto voltávamos a andar para fora, em direção ao jardim onde seria realizada a cerimonia de renovação dos meus pais ao ar livre.

—Mas é claro que não, você me encheu tanto o saco me chamando de pequena até que eu gostasse do seu apelido implicante, então, vou fazer o mesmo, delega gostosão. - segredei para o meu noivo fazendo-o revirar os olhos, enquanto sorria vitoriosa.

❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆

A cerimonia de renovações dos meu pais havia sido linda, vê-los ali na frente de todos os amigos e dos filhos, prometendo continuarem se amando, se respeitando, amparando e protegendo, fez todos se emocionarem inclusive eu, porque ao contrario do que muitos pensavam Amanda Nunes tinha um coração, apesar do meu jeito doido e imprudente de ser.

E saber que um dia poderia ser eu ali de mãos dadas com Daniel, na frente da nossa família e amigos, repetindo as mesmas promessas que as dos meus pais ou quem sabendo fazendo novas, me fez sorrir feliz e ansiosa para dar esse passo tão grande.

Depois que a troca de votos terminou por volta do entardecer, todos os convidados foram em direção a tenda que havia sido armada ali para a festa. Assim que entrei no local de mãos dadas com Daniel, o arrastei para a mesa de doces lhe dando um prato vazio antes de pegar vários dos doces que haviam ali, seguindo para a minha parte favorita de todo casamento, os bem-casados.

—Não sei você, mas eu amo bem-casado. Na verdade, amo qualquer coisa com doce de leite dentro...Pra ser sincero, amo doce em geral. - disse animada colocando vários doces dele no prato que Daniel segurava.

—Não sou muito fã de doce. - Daniel revelou e parei de encher meu prato com o doce, para olhá-lo chocada.

—Meu Deus, como assim você não gosta de doce?! Como é que você vive? - questionei abismada fazendo meu noivo rir surpreso por minha reação. - É sério Daniel, o globo repórter precisar fazer uma reportagem com você e as outras pessoas que não gostam de doce. A chamada da matéria seria assim: Hoje no globo repórter, vamos conversar com as pessoas que não gostam de doces...Onde vivem? No que trabalham? E como conseguem viver sem essa iguaria dos deuses? Espera, você é uma daquelas pessoas que dizem não gostar de doce porque não gosta mesmo ou porque não pode comer? Meu Deus, me desculpa, eu aqui zoando porque você não come doce, quando você é intolerante ou até alérgico a lactose. Me perdoa, amor, foi insensível da minha parte.

—Não pequena, está tudo bem, não precisa me pedir perdão. Não sou intolerante e muito menos alérgico a lactose, só não gosto de doce. - Daniel explicou suave e respirei aliviada, antes de olhar de lado para o meu noivo tentando entender como ele conseguia não gostar de doces.

—Tá legal, podemos passar na mesa dos salgados e pegar alguns pra você, sem nenhum problema. E não se preocupe, porque não vou deixa-lo por não gostar de doces, sou uma mulher compreensiva e moderna, mas se bem, que lembrando do seu tanquinho na noite passada...Aí está a explicação por você ser tão em forma, não comer doces. - constatei séria e meu noivo caiu na gargalhada, atraindo a atenção de algumas pessoas ao redor que nos repreenderam com o olhar, me fazendo olhar feio para elas de volta que logo desviavam sua atenção para outro lugar.

—Você não sabe o quanto me divirto com as suas piadas, pequena. Eu amo o seu senso de humor.- Daniel disse sorrindo, depois que se recuperou da crise de riso.

—Que bom, pelo menos um de nós nesse relacionamento sabe fazer piadas de bom gosto, porque a suas são péssimas, Daniel Adalberto. - impliquei com ele que sorriu se inclinando para me dar um beijo carinhoso nos lábios, até me deixar com a sensação de que estava voando e com borboletas no estômago, afastando-se quando o ar se fez necessário.

—E então, podemos ir para a mesa dos salgados? - ele questionou sorrindo, enquanto ainda tentava ter controle sob meu corpo depois do seu beijo.

—Depois desse beijo, você pode me levar para qualquer lugar, meu amor...De preferência, sem ninguém por perto.

—Você é impossível, pequena. - Daniel brincou beijando minha testa com carinho, antes de irmos em direção a mesa dos salgados.

Depois que fizemos um prato de salgados para Daniel, ele pegou duas taças de champanhe para nós e caminhamos em direção a uma mesa vazia que havia em nossa frente. Fiz questão de puxar minha cadeira para mais perto do delegado, o tanto de proximidade que as duas cadeiras permitiam, permitindo que nossos joelhos se tocassem enquanto conversávamos e comíamos nossas iguarias preferidas.

—Vai, amor, só um pedaço...Eu sei que você vai gostar. - pedi oferecendo metade do meu bem casado para Daniel que negou com a cabeça. - Deixa de ser chato, está uma delícia, só prova e me diz se gosta ou não. Se você provar, vou te dar todos os beijos que quiser.

— Pedindo desse jeito, não tem como negar nada a você, minha pequena. - Daniel disse e sorri vitoriosa, me aproximando mais dele com o doce em mãos permitindo que mordesse um bom pedaço da iguaria.

—E então? - questionei curiosa, terminando de comer o doce e prestando atenção nas reações do meu noivo degustando a iguaria.

Vi Daniel mastigar o bem casado devagar, como se quisesse apreciar o sabor e a textura do doce, mas logo ele franziu a testa em desagrado engolindo com dificuldade, antes de pegar sua taça de champanhe tomando um longo gole me fazendo sorrir incrédula diante da sua reação, porque era a primeira vez que via alguém não gostar realmente de doces daquela forma.

—Me desculpe, mas você viu que tentei provar e não deu muito certo. - meu noivo se desculpou sem jeito e dei de ombros, tomando um gole do meu champanhe tentando tirar os resquícios do doce da minha boca, antes de envolver seu pescoço com meus braços puxando-o para mais perto de mim.

—Tudo bem, meu amor, pelo jeito você realmente não é fã de doces, além do mais, nem todo mundo é perfeito. Mesmo assim, vou te dar todos os beijos que quiser como prometi.

—Que bom, porque vou querer vários. - Daniel segredou brincando nos fazendo rir, antes de beijá-lo de forma apaixonada até ele se afastar de mim cedo demais, me fazendo gemer contrariada.

—Daniel, se não percebeu ainda não terminei de beijar você. - reclamei olhando para o meu noivo que parecia sério demais, diria até perigoso, me deixando confusa, antes de ouvir uma voz do passado chamando meu nome.

Por reflexo, virei para ver quem era e segurei a respiração ao reconhecê-lo.

Apesar dos anos e de algumas mudanças sutis, podia reconhecer o sorriso e o olhar brincalhão sempre presentes nele, algo que gostava e fazia meu coração acelerar, mas que agora não significava nada pra mim.

—Pelo jeito você ainda gosta muito de bem-casado, já seu amiguinho parece não gostar muito ao contrário de mim, que ama o doce assim como você. -Tadeu disse sorrindo malicioso pra mim, me olhando de cima a baixo se demorando em minhas curvas, enquanto estreitava os olhos diante da sua cara de pau de dar em cima de mim e ficar me analisando, na frente do meu noivo como se Daniel não estivesse ali.


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Notas finais do capítulo

Tem como não amar esses dois?!
Eu digo que não, gente.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️

E esse Tadeu, gente? Muito cara de pau de ficar dando em cima da Amanda, na cara do delega.

E não percam o capitulo de amanhã, porque ele promete.

Beijos.



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