Me Dê Uma Chance escrita por Mayara Silva


Capítulo 15
Despedida


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI ♡

Enfim, não tenho oq comentar, só oq sentir TuT

Boa leitura u3u FELIZ 2022 ♡



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/804577/chapter/15

 

Gravadora Epic Records, Nova Iorque - 10:18 hrs

 

Janeiro de 1983.

 

Como prometido, Michael acertou com o seu assessor e marcou a viagem para Londres em um dia de janeiro. Partiria logo após conhecer a gravadora e a equipe que trabalharia consigo no curta-metragem de Thriller. A fim de adiantar logo as coisas, marcou esse encontro e a viagem para o mesmo dia, tomou um avião particular para Nova Iorque juntamente com Morten a fim de passar primeiramente na Epic Records e, após, ir em direção ao aeroporto internacional.

 

— Você se importa se eu ficar na entrada?

 

Indagou o rapaz, levando as mãos aos bolsos do casaco, ainda era inverno e estava um frio absurdo. Michael não parecia muito satisfeito com a ideia, mas respeitou as vontades do amigo.

 

— Você não gosta muito de ter contato com mais gente além de mim, não é?

 

Morten balançou a cabeça, meio indeciso.

 

— Por aí… Você vai voltar logo?

 

— Volto o mais rápido que puder.

 

Michael sorriu, mas o rapaz não parecia tão animado para lhe retribuir. Naquela manhã, Morten estava mais disperso, um pouco distraído, um pouco pensativo, e aquilo de certa forma preocupava o cantor. Michael se aproximou, tocou o seu queixo com uma das mãos e levantou o seu rosto, em seguida sorriu mais uma vez, queria lhe passar conforto.

 

— Eu volto logo, eu prometo.

 

Por fim, adentrou ao grande prédio. Morten ficou na recepção, onde havia algumas cadeiras bonitas para as visitas e coisas do tipo.

 

Enquanto isso, Michael pegou um elevador e seguiu até um dos últimos andares. A reunião foi marcada na sala de coreografia a pedido do próprio, era o último lugar que o cantor queria se lembrar, ele adorava dançar naquelas salas de espelhos.

Quando entrou, foi recebido com festa. A primeira a se jogar em seus braços para um abraço apertado foi Ola Ray, recém contratada através de sua recomendação. Mais do que isso, Michael insistiu para que ela fosse a sua parceira no clipe, Ray não sabia mais como agradecer, estava radiante e ele adorava vê-la sorrir.

Após ela, confetes e serpentinas foram jogados no rapaz. John Landis era um dos que mais fazia bagunça, seu jeitão de tiozão bacana tentando se enturmar no meio de jovens divertia o cantor, que achava engraçado a personalidade brincalhona do homem em contraste com suas roupas formais e o seu porte alto.

 

— Ei, Landis! Se em pouco tempo você já está assim, imagina quando estivermos perto do fim das gravações…

 

Brincou, o que fez o homem rir.

 

— Bom, eu lamento atrapalhar a festa de jovens de vocês, mas um adulto precisa ficar de olho nas crianças, não é?

 

— Você só é 8 anos mais velho que eu, não exagera!

 

Eles riram juntos. Além do homem, do cantor e da garota, havia um grupo de jovens dançarinos e dançarinas que iriam coreografar e interpretar os zumbis previstos no videoclipe. Alguns deles ainda estavam tímidos, sobretudo por estarem cara a cara com o ícone Michael Jackson. O moreno, por sua vez, tratou todos com simpatia, mesmo que fosse um pouco acanhado algumas vezes. Conversou com todos sobre como seria a dinâmica dos trabalhos e fez o seu melhor para aliviá-los do estresse e da pressão, queria que se entregassem àquele projeto e se divertissem no processo, como ele mesmo fazia.

 

— A dança não é apenas uma arte, é o nosso trabalho, e é algo muito importante para mim, acredito que para todos nós. Sejam profissionais, dêem o seu melhor, mas não se esqueçam de se dedicar com amor. Quando fazemos por amor, tudo se torna mais leve e divertido. Não se esqueçam disso!

 

Disse, sorrindo, logo recebeu uma salva de palmas inesperada que acabou por deixá-lo acanhado. Conversou mais um pouco com o grupo que não parecia querer largá-lo, até que Ray resolveu dar uma ajudinha e se aproximou.

 

— Michael, preciso de você aqui, só um instantinho!

 

O puxou carinhosamente. Landis ficou na sala com os demais, não estava brincando quando disse que era o responsável naquele ambiente. Michael suspirou de alívio por enfim poder tomar um pouco de ar, enquanto era puxado pela morena.

 

— Pra onde vamos?

 

Ela diminuiu a velocidade dos passos à medida que se afastavam da sala. Agora, estavam em um corredor ermo. A maioria dos funcionários ainda estava de férias, então dificilmente alguém apareceria ali agora. Ray virou-se em direção ao rapaz e o encarou nos olhos por um tempo, antes de se aproximar e beijar os seus lábios.

 

Michael não estava esperando por aquilo, mas não a negou de modo algum. Levou as mãos à sua cintura e retribuiu seu carinho, como sempre fez, todavia, Ray não se convenceu daquele beijo. O intensificou de propósito, "devorou" sua boca. Michael inclinou-se e retribuiu, não sabia onde ela queria chegar, mas conseguiu acompanhá-la com maestria. Ray levou as mãos até o seu rosto, acariciou os seus cachinhos que ousavam cair pelas suas orelhas, em seguida lentamente se afastou, ofegante.

 

Após um tempo em silêncio, ela resolveu falar.

 

— Você gosta de mim, Michael…?

 

Aquela pergunta o havia pego desprevenido. Sua expressão, por mais que tentasse disfarçar, já entregava sua surpresa, e a falta de palavras a sair de sua boca foi o suficiente para que ela tirasse suas dúvidas.

 

— Eu já esperava…

 

— E-espere! Espere, "esperava" o quê?

 

— Você tá gostando de outra menina.

 

Michael mordeu os lábios, perguntava-se como ela havia chegado àquela conclusão. Ou estava óbvio demais, ou as mulheres realmente possuíam um raio X de alma.

 

— O… o que te faz pensar isso?

 

— Eu não sou idiota, Michael. A quanto tempo você tá saindo com ela?

 

Michael arqueou a sobrancelha.

 

— Não, eu… eu não trairia você, Ray! O que acha que eu sou?!

 

Ele suspirou.

 

— Sim, eu gosto de outra pessoa, mas eu não te traí. Eu jamais faria isso…

 

Era uma conversa difícil, mas a garota apenas cruzou os braços e apertou os lábios antes de voltar a falar, parecia calma.

 

— Eu ainda gosto de você, mas você tem sorte que eu não sou muito chegada a relacionamentos sérios. Acho que… por enquanto, eu quero continuar conhecendo pessoas, sabe?

 

Ela deu ombros, em seguida sorriu.

 

— Ainda somos amigos?

 

Michael ainda estava tentando assimilar tudo aquilo, e, pelas coisas que ela falou, por um segundo se perguntou se não era ela que estava saindo com outra pessoa. Resolveu não questionar, no fim das contas ele também queria aquele desfecho. Sorriu discretamente quando ouviu as palavras da garota.

 

— É claro.

 

— E… quando você quiser dar uns beijinhos, promete que vai me ligar?

 

Michael riu discretamente, enrubescido e um pouco tímido, em seguida aquiesceu a fim de desconversar.

 

— Er… okay, c-claro! Melhor voltarmos antes que o Landis venha atrás da gente.

 

Ray riu baixinho e assentiu, em seguida lhe deu a mão e seguiram de volta ao salão.

 

x ----- x

 

Avião comercial, rumo à Inglaterra, Londres - 17:03 hrs

 

Faltava mais ou menos 1 hora para desembarcar.

 

O avião estava praticamente vazio, era possível contar nos dedos a quantidade de pessoas na primeira classe. Michael e Morten estavam um pouco longe da cabine, o cantor admirava o amplo céu pela janela enquanto seu amigo estava quase cochilando ao seu lado. Embora estivesse fisicamente cansado, Harket não conseguia dormir, quanto mais perto estavam do aeroporto de Londres, mais ansioso o seu coração e mente ficavam.

 

“Tenha esperança que um milagre possa acontecer

Pois a vida está no modo como morremos...

Tenha esperança que um milagre possa acontecer

Pois a vida está no modo como morremos...”

 

Cantarolava. Michael, a princípio, apenas fechou os olhos e ficou ouvindo a sua voz suave. Se Perguntava se Morten já foi algum cantor ou se já trabalhou com isso de alguma forma, pois conseguia identificar o quão afinado seu tom era.

 

Lentamente virou o rosto em direção ao rapaz.

 

— Que música é essa…?

 

— Eu… eu não sei, eu lembrei dela agora a pouco.

 

Michael sorriu discretamente e assentiu, embora por dentro estivesse receoso. Aquelas lembranças definitivamente tinham relação com Londres, e tudo aquilo tinha relação com ele. Talvez Morten estivesse se lembrando de sua vida, talvez ele tivesse uma vida. Aquelas suposições o perturbavam.

 

— O que você quer fazer quando chegar em Londres?

 

Morten suspirou.

 

— Acho que só quero andar por aí… eu não sei muito bem, estou fazendo de improviso.

 

— Sei… está seguindo seu coração.

 

Ele o encarou.

 

— É isso.

 

Disse-lhe. Aos poucos o seu olhar recaiu ao colo do cantor, algo ali lhe chamou atenção.

 

— Trouxe o caderno?

 

Michael mordeu os lábios e assentiu.

 

— Eu sei que tem um tempo que você não o usa mais, porém… eu imaginei que talvez você fosse precisar dele.

 

Morten não o respondeu, ficou a observar aquele material de capa acinzentada e sem vida. Logo após, o encarou novamente.

 

— Você ainda tem o outro?

 

— Eu… tenho sim. Está velho e queimado, mas consegui salvar algumas folhas.

 

Suspirou.

 

— Eu não ia conseguir me desfazer dele, foi onde eu te desenhei.

 

— Senhores passageiros, permaneçam em seus lugares. Já iremos desembarcar.

 

Uma aeromoça interrompeu a conversa para avisar sobre o pouso do avião. Michael, Morten e os pouquíssimos demais passageiros que haviam ali, junto com a equipe de segurança do cantor, se ajeitaram em seus cômodos e aguardaram até que estivessem, enfim, pisando em solo britânico.

 

x ----- x

 

Imperial Hotel, Londres - 20:10 hrs

 

Após o pouso, os trâmites, a burocracia e o check-in no principal hotel de luxo da cidade, Michael e Morten estavam esgotados.

 

A pedido do rapaz, Michael solicitou apenas 1 quarto, dividiriam novamente. Tomaram banho em dois banheiros diferentes, se trocaram e foram deitar, os dois queriam aposentar aquela noite. Michael colocou um pijama quente cujo peito era estampado com um tecladinho e cifras ao redor, algo que mais tarde usaria em Beat It, lhe dava um aspecto infantil e ele adorava. Já Morten, apenas usou uma camisa quente de cor cinza azulada e mangas compridas acompanhada de uma calça de mesmo tecido, de cor azul cobalto.

 

Deitaram-se, cada um em seu canto da cama. Não se tocaram, não conversaram, Morten estava mais silencioso e isso preocupava o cantor. Fechou os olhos e tentou dormir.

 

Tinha a esperança de encontrá-lo em seus sonhos, de ouvir novas revelações, de beijá-lo uma última vez, mas a insônia lhe consumia. Viu apenas um breu profundo, despertou pouco tempo depois. Era, agora, 01:15h.

 

Michael suspirou e virou o rosto para contemplá-lo. Morten estava adormecido em tamanha fragilidade, o rosto virado para o lado oposto ao seu, o peitoral para cima, uma mão no abdome e a outra repousada ao lado. Seu peito lentamente subia e descia em uma respiração calma e apaziguadora. O cantor ficou o observando por um tempo e pensamentos sobrepujaram sua mente. Morten era lindo, tinha uma beleza típica de terras frias: a pele que cora com o frio, os cabelos que brilham quando tocam os raios do sol, os olhos claros da cor do gelo, os traços europeus finos. Não era nem magro demais, nem forte demais, e tinha músculos definidos. Michael o observava, tentando entender o que sentia por ele, estava se sentindo confuso e se perguntava se o amigo passava pelo mesmo.

 

Até que Morten parecia ter sentido sua inquietude. Ainda com os olhos fechados, apenas moveu a mão que estava ao seu lado e buscou a do moreno, entrelaçou os dedos nos seus e assim ficou. Michael suspirou ao sentir a sua palma quente envolver a própria mão, retribuiu o gesto e usou o polegar para acariciar um de seus dedos.

 

Enfim, conseguiu dormir.

 

x ----- x

 

Ruas de Londres - 15:26 hrs

 

A pura neve branca cobria quase todo o solo cinza e histórico das belas ruas de Londres.

 

Michael e Morten estavam completamente agasalhados, com as mãos nos bolsos, enquanto caminhavam em passos calmos. Os seguranças estavam disfarçados, bem ao longe, a fim de dar privacidade ao cantor e, ao mesmo tempo, protegê-lo de algum ataque de fãs, Michael queria que aquele momento fosse só deles.

 

Caminharam em silêncio. Michael observava o seu amigo de relance às vezes, o via contemplando cada construção daquelas, cada prédio antigo, cada hotel, parecia estar procurando por algo ou alguém, era o tal do improviso. Ao fundo, os raios de sol já enfraqueciam, eram apenas uma luz iluminando seus caminhos e deixando aquele frio intenso mais confortável. Seguiu Morten por todo aquele lugar, até que notou quando começaram a se distanciar da multidão. Passaram por um ambiente deserto, um lugar com estradas limpas e pouco movimento de carro, um lugar perfeito para que os seguranças do cantor não precisassem mais se preocupar em segui-los.

 

Estavam a sós.

 

Morten parou de caminhar e olhou para aqueles prédios do outro lado da rua. Ainda com as mãos nos bolsos, os fitou em silêncio, suspirou e assim ficou. Michael o observava.

 

— Você quer ir ali…?

 

Indagou, mas não obteve uma resposta imediata. Após um tempo encarando aquele lugar, Morten virou-se em direção ao moreno.

 

— Eu já vou agora… mas eu… acho que não vou voltar.

 

Aquelas palavras doeram no peito do rapaz. Sentia que se levasse um soco de Morten, doeria menos. Suspirou lentamente, a fim de segurar as lágrimas que já ansiavam para descer, em seguida aquiesceu em silêncio.

 

— Sim… eu sei… eu sabia que isso ia acontecer...

 

Murmurou, tentando não embargar a voz. Morten já havia notado que isso o estava machucando, aquilo o feria por dentro, mas sentia que não podia fazer muito.

 

— Nós… nós ainda poderemos nos ver, sabe disso, não sabe? Isso não nos impede…

 

— Eu sei, mas… você está tão… instável… Você pode se esquecer de mim.

 

Morten o encarou em silêncio por alguns instantes.

 

— Você acha que eu me esqueceria…?

 

Dessa vez, Michael ficou em silêncio. No fundo, ele sabia que havia essa possibilidade, havia um infinito delas e ele só conseguia se concentrar nas negativas. Ele tinha muito medo de perdê-lo para sempre.

 

— Só me diga… É a sua família está ali, não é…? Os seus amigos, família…

 

Virou-se para ver aquelas construções, em seguida voltou a encarar o cantor.

 

— Sim… eu sinto que sim…

 

Michael assentiu e desviou o olhar para o chão. Tentou segurar as lágrimas como pôde, mas uma conseguiu resvalar por sua bochecha e ter o seu fim no solo. Ele mordeu os lábios e a limpou de seu rosto, já não conseguia mais encarar o amigo nos olhos.

 

— Eu ainda não entendo você…

 

Murmurou.

 

— Pensei que eu tinha te criado. Eu… não pode ter sido coisa da minha cabeça, eu te vi entrar e sair daquele papel muitas vezes. O que é você, Morten…?

 

Sentiu a mão de seu amigo tocar o seu rosto, e Morten passou o polegar pela maçã de sua face, limpando os resquícios de seu chorar frio que havia ali.

 

— Talvez um dia a gente descubra isso juntos… mas, preciso te dizer… você deu um propósito à minha vida.

 

Por fim, se aproximou. Era aquele movimento novamente, Michael custou a acreditar que aquilo iria acontecer, porém, dentro de seu coração, era tudo o que queria. Fechou os olhos e aguardou aquele selar de lábios, queria senti-lo pela primeira vez na realidade, dessa vez sem sonhos ou fantasias. Todavia, o beijo de Morten tocou apenas a sua bochecha, desfrutou do gosto salgado de sua lágrima. Michael esperava mais que aquilo, contudo, o seu beijo ingênuo foi suficiente para fazê-lo sentir que precisava externar o que sentia por Harket. Era ali, era naquela hora, precisava ser rápido.

 

— Tchau, baby boy. Isso não é uma despedida, tudo bem...? Eu voltarei para te buscar de qualquer maneira…

 

Ele sussurrou, e então Michael se lembrou de suas últimas palavras em seu sonho. Aos poucos, Morten se afastou do rapaz, atravessou a rua e correu. Michael mordeu os lábios, queria gritar que o amava, que gostava dele, qualquer coisa, mas queria lembrá-lo o quanto ele era importante. Muito tentou, porém as palavras entalaram em sua garganta.

 

— Morten!!

 

O chamou. O rapaz, já do outro lado da rua, virou-se para contemplá-lo.

 

— E-eu… eu vou deixar o cabelo crescer!

 

Levou as mãos ao próprio rosto, estava com vergonha. De tanta coisa decente que podia falar, ele resolveu tocar justo nesse assunto bobo, ao menos isso que passou por sua cabeça. Morten sorriu, Michael notou de longe o seu sorriso sapeca, pois suas maçãs do rosto se destacaram.

 

— Eu também!!

 

Respondeu, em seguida voltou a correr até desaparecer por entre aquelas construções.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:

Quando jogou-se na cama, sentiu algo incomodar sua cabeça. Debaixo de um dos travesseiros, encontrou um caderno de capa cinza.

Suspirou, lembrava-se que estava o folheando naquela manhã. [...]

Passou discretamente o polegar pelos arames em preto. Folheou mais uma vez, contemplando seus rascunhos antigos, em seguida se jogou na cama, levou o caderno ao peito e o abraçou. Virou o rosto e esticou o braço para ligar o pequeno rádio de decoração vitoriana, feito de madeira e ouro, que repousava na mesa de cabeceira ao lado. [...]

E foi passando de canal em canal, que uma voz específica lhe despertou lembranças profundas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Me Dê Uma Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.