In Your Body escrita por Julie Kress


Capítulo 4
Bartender talentosa


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Mais um capítulo.

Espero que gostem.

Ary, obrigada pela sugestão para o nome do gatinho.

Boa leitura!!!

Música do capítulo: Sweet Child O' Mine - Guns N' Roses.



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P.O.V Do Beck

Jade chegou em casa com um filhotinho, um gatinho fofinho e chorão. O bicho grudou na camisa que ela usava, aquelas garrinhas afiadas. Fiquei confuso, ela invadiu a casa dela, ops, a minha atual casa, pegou o gatinho, desgrudando-o da roupa com cuidado e empurrou ele para mim.

— Presente do Dolff! - Apontou para a miniatura de bichano.

— Mas o quê? Não posso ficar com ele, eu não tenho tempo para...

— Se vire! Dá o seu jeito, Oliver! - Seu tom autoritário me fez sobressaltar.

— Por quê não fica com ele? Parece que ele gostou de você! - Apontei o filhotinho para ela.

O gatinho começou a miar desesperado.

Jade olhou para ele, mas logo desviou o olhar... Manteve a pose de durona.

— Não posso! - Cruzou os braços.

— Podemos adotar ele. Faremos isso juntos. Cuidaremos bem dele. - Dei a ideia.

— De jeito nenhum! - Se recusava a aceitar.

Será que essa mulher não tem coração?

— Então tá, amiguinho, vou te levar para o Centro de Adoção. Espero que uma boa famílie te adote. - Falei para o pequeno bichano.

Olhei para a West que ainda mantinha a postura de durona. Era engraçado ver ela no meu corpo fazendo aquilo.

O gatinho começou a miar, grudou as garrinhas na minha blusa.

— Vai ficar tudo bem, amiguinho, você será adotado por pessoas que...

— Ninguém cuidará dele melhor que nós. - Jade me interrompeu.

— Ouviu isso? Você acaba de ganhar uma mamãe e um papai que vão...

— Nem termine a frase, Oliver! - Me cortou, seca.

Me calei fazendo carinho no gatinho.

— Vá preparar algo para ele comer. O pobrezinho deve estar morrendo de fome. - Claro que ela iria dá uma de mandona pra cima de mim.

— Ele precisa de um nome. - Olhei para o bichinho em minhas mãos.

— Que tal Dolfinho? - Sugeriu.

Podia ser uma homenagem para o meu amigo Dolff.

— Gostei. - Aprovei.

Dolfinho... Quem diria que eu e a minha vizinha chata adotaríamos um gato?

[...]

Me arrumei todo para ir trabalhar, o turno da West no bar/hamburgueria era das 19h até às 23h. A mulher realmente trabalhava muito. Mas talvez ser bartender/garçonete fosse moleza. Nada de decote, saia ou vestido, como não sabia me maquiar, apenas me arrisquei passando um batom vermelho, claro que não deu certo na primeira tentativa.

Jade tinha um carro bacana e uma moto na garagem, decidi ir com a moto. Era uma Ducati modelo 2015, bem legalzinha. Dava para o gasto.

Cheguei no estabelecimento onde ela trabalhava sendo pontual.

Era um bar/hamburgueria bem movimentado no centro da cidade.

— Menina, hoje a casa está cheia. Alugaram para um aniversário. O patrão vai pagar 50 dólares se você cantar hoje para todos. - Um rapaz negro com Dreads veio me avisar.

'André' estava escrito no crachá em seu avental cor de vinho.

Cantar? Ela também entretia a clientela cantando no trabalho?

Que outras coisas interessantes a West fazia?

Seu amigo me entregou o avental. Ele era super simpático. Tinha estilo. As unhas pintadas de roxo, usava lápis de olho e sua camisa era cor de rosa.

Gay... André era gay.

Rapidamente o local ficou cheio, o aniversariante na verdade era uma moça que estava completando 22 anos.

Cervejas e rodadas de hambúrgueres para todos.

— Mesa 10. Três X-Tudo com fritas, Um X-Salada e dois X-Bacon com calabresa. - André me empurrou uma grande bandeja.

Fui servir a mesa 10.

20 minutos depois, eu parecia uma barata tonta indo de um lado para o outro.

Como a West aguentava manter o pique?

— A moça loira da mesa 7 pediu para refazer o pedido, ela quer um hambúrguer tradicional sem queijo e sem presento, capricha na salada. - Avisei para Robbie.

Ele que comandava na cozinha. Era o chapeiro.

— Certo, gata, entendido. - Ele não parava de dar em cima de mim, quer dizer, paquerar a Jade...

Eu/ela era a única mulher ali, André ficava atrás do balcão.

[...]

— Sua vez de subir lá no palco e arrasar, garota! - André me ajudou a tirar o avental.

Comecei a ficar nervoso.

Nunca cantei para ninguém, nem mesmo curto Karaokê.

Mas eu precisava cantar para todas aquelas pessoas.

Um cachê de 50 pratas seria muito bem-vindo para o bolso.

Tinha uma banda ao menos, arrumaram o equipamento de som.

Tomei coragem e subi até o palco.

— O que vai ser hoje, J? - Um rapaz com piercing na boca e luzes no cabelo perguntou.

Falei o nome da única música que eu sabia a letra de cor. Eu não era bom cantando... E pior ainda decorando letras.

Ele gostaram da minha escolha.

— Boa noite, galera! - Saudei a clientela usando o microfone.

Dei parabéns para a aniversariante.

— Vamos lá! - Falei para os rapazes da banda.

Então, comecei a cantar...

 "Ela tem um sorriso que me parece

Trazer à tona recordações da infância

 Onde tudo era fresco como o límpido céu azul"

Me surpreendi com o timbre da Jade, sua voz era de fato linda.

 "Às vezes quando olho seu rosto

Ela me leva para aquele lugar especial

E se eu fixasse meu olhar por muito tempo

Provavelmente perderia o controle e começaria a chorar"

Cantei afinadinho, deixei a canção me guiar.

 "Oh, oh, oh

 Minha doce criança

Oh, oh, oh, oh

 Meu doce amor"

Me entreguei ao momento, conseguindo me soltar.

 "Ela tem os olhos como os céus mais azuis

Como se eles pensassem em chuva

Detesto olhar para dentro daqueles olhos

E enxergar o mínimo que seja de dor"

Era uma música legal, emocionante e bonita.

"Seu cabelo me lembra um lugar quente e seguro

Onde, quando criança, eu me escondia

E rezaria para que o trovão

E a chuva passassem quietos por mim"

Eu estava me divertindo ali no palco.

 "Oh, oh, oh

 Minha doce criança

Oh, oh, oh, oh

Meu doce amor"

Caprichei no refrão. Gostei de estar ali, cantando para aquelas pessoas.

"Oh, oh, oh, oh

Minha doce criança

 Uh, uh, uh, uh

Meu doce amor"

Todos estavam vidrados em mim.

Me senti uma estrela brilhando. Um astro. Rockstar.

"Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora"

Os rapazes da banda me acompanharam, curtindo o som.

"Doce criança

Minha doce criança"

Finalizei a música. Sorri para todos.

Fui saudado por uma salva de palmas e gritos eufóricos.

É assim que a West se sente? Feliz, eufórica, orgulhosa e importante? Como uma estrela de Rock arrebentando no palco após uma apresentação?

Gostei... Gostei muito dessa incrível experiência.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Curtiram???

O Beck agitou a galera soltando a voz.

Graças ao talento da Jade, né???

E não é que eles adotaram o gatinho???

Dolfinho, gostaram???

Até o próximo. Bjs



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