In Your Body escrita por Julie Kress


Capítulo 3
Sentindo na pele


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal.

Mais um capítulo.

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Beck

Não sei se essa merda é temporária ou ficaremos presos nos corpos trocados pelo resto de nossas vidas. Só quero o meu lindo corpo de volta, não que o da West seja feio, ela tem um corpão e... Ainda preciso tomar banho. Ela disse que se eu me aproveitasse dela, ela arrancaria o meu companheiro íntimo com uma tesoura desamolada.

Não duvido nada, essa mulher é louca e pode ser capaz de tudo.

Deus me livre perder o meu precioso.

Temos a mesma idade, ou seja, 25 anos. Ela tem dois empregos, eu mal consigo me manter em um. Sou motoboy numa firma e de vez em quando faço bico de entregador de pizza também.

Dou meu jeito para pagar as contas e abastecer a geladeira. Você se vira como pode, não é mesmo?

Encontrar um bom emprego não é nada fácil ultimamente.

Assim que cheguei no banheiro, tirei o conjuntinho de pijama. Jade usava uma calcinha boxer, sinal de que gosta de conforto. Abaixei a calcinha devagar evitando olhar para sua região íntima.

Nada de secar meu corpo...

Foi o que a megera disse.

Entrei no box e liguei o registro, ela não tinha sabonete em barra. Que tipo de pessoa não usa sabonete em barra?

Peguei um frasco de sabonete líquido e espremi uma boa quantidade numa esponjinha redonda. Me afastei do chuveiro ligado e comecei a me ensaboar esfregando o meu novo corpo.

Esses seios pesam.

Seus peitos eram grandes, bem fartos mesmo.

Passei a esponjinha e vi os bicos ficarem duros imediatamente.

Oh, sensível, muito sensível ao toque...

Desci a esponja para a barriga e escorreguei a mão para alcançar suas partes íntimas.

Dei uma lavadinha rápida e básica.

Claro que não molhei o cabelo, enfiei uma de suas toucas de banho e tudo certo, lavar aquele cabelão só daria trabalho.

Saí do banheiro enrolado em sua toalha preta.

Eu precisava me apressar, me arrumar, tomar café-da-manhã e correr para o seu trabalho.

Meu turno no estúdio de tatuagens vai das 08h até às 18h.

Espera... Cacete. Não sei como se tatua. Como irei tatuar alguém se nunca fiz isso na vida?

É bem capaz de eu fazer alguma merda na pele de uma pessoa e ela me processar.

Isso explica as tatuagens espalhadas em seu corpo. Ela é tatuadora. Que sexy.

Trocamos números. Liguei para ela. Era uma emergência.

— O que você quer, Oliver? Tô aqui abastecendo a sua moto. Tenho tantas coisas para entregar... - Para ela ver que a vida de um motoboy não era nada fácil.

— Vou ligar para o estúdio e cancelar sua agenda de trabalho. Não posso trabalhar, e só lamento. Nunca fiz uma tatuagem na vida. Porra, mulher, não tinha outra profissão, não? - Indaguei nervoso.

— Pede para falar com o Stuart e peça com jeitinho, ele é um amigo de longa nada, e meu chefe... - Isso significava que ele já a 'comeu' algumas vezes. - Diga que quer as 3 semanas de férias, ele está me devendo isso. Ele vai pedir que passe lá para pegar o pagamento, é um bônus que eu ganho e traga para mim, eu tô precisando. - Falando isso, ela desligou dizendo que precisava ir entregar umas coisas com urgência.

Estava sentindo na minha pele como é ser um motoboy.

Fiz o que ela pediu e passei lá no estúdio, falei com seu chefe, era um cara boa pinta cheio de tatuagens e claro, era casado e tinha um dos filhos tatuados no braço direito.

Então, a West não estava indo para a cama com ele, certo?

Certinha como ela era, não sairia com um homem casado.

Stuart me entregou um envelope com o pagamento bônus e me desejou boas férias...

Eu queria abrir e bisbilhotar, mas acabei ficando só na curiosidade.

O jeito era pegar todos os seus turnos noturnos como garçonete. Era o seu segundo trampo.

Que mulher trabalhadora.

[...]

P.O.V Da Jade

Oliver é o motoboy fixo da Express DY Service, é uma firma de serviços de entrega, compras por encomendas de vários produtos, nada de Delivery Foods. Que trabalho puxado, e claro, arriscado. O que te faz correr riscos de sofrer algum acidente de trânsito ou até mesmo ser assaltado. Ainda bem que sou boa pilotando motos, também tenho uma belezinha na garagem.

— Assine aqui, por favor, senhora! - Indiquei onde ela deveria assinar constatando que recebeu a mercadoria.

Uma senhorinha ajeitou os óculos, pegou a caneta presa à prancheta por uma cordinha e assinou vagarosamente.

Como ele consegue ter paciência com essa clientela tão idosa?

— Me ajude abrir a caixa, você tem algum estilete aí, rapaz? - Era só o que me faltava.

Suspirei enquanto tateava os bolsos da jaqueta preta, ela também servia como capa de chuva, assim como a calça que compunha o uniforme da firma com revestimento em isolante.

E não é que tinha um canivete num dos bolsos?

Supus que o canivete não era para abrir encomendas e sim para sua defesa pessoal...

Mesmo assim abri a caixa para a senhorinha. O conteúdo era um processador prático para comida de gatos... Eu nem sabia que existia aquela coisa.

Muito grata pelo meu serviço, ela me deu uma latinha de Soda Limonada.

Eu queria uma boa xícara de café para aguentar o trampo, mas fazer o quê?

[...]

Rodei a cidade fazendo as entregas, eu não sabia o quanto Oliver recebia, a firma disponibilizava almoço para os motoboys, recebemos uma marmita e uma garrafinha de suco de laranja.

— E aí, Beck! - Uma moça sentou ao meu lado.

Claro que tinha motogirls também. Estávamos ali mesmo na calçada embaixo da fachada.

Tinha perfil de modelo, latina, bonita e o que chamava atenção eram as salientes maçãs do rosto.

— E lá vem o Dolff. - Apontou para um senhor maltrapilho empurrando um carrinho com umas tralhas em cima.

O tal Dolff chegou perto de nós e parou à minha frente estendendo um prato de plástico.

Fiquei sem entender.

— Você não vai dividir a marmita com ele hoje? - A colega de Beck me cutucou.

— Oh, claro... Só um minuto, Dolff. - Reparti a comida, coloquei mais para o homem porque ele devia estar faminto e precisava mais que eu.

Nunca imaginei que o Oliver fosse tão solidário.

— Pode ficar com o meu suco. - Ela entregou a garrafinha para ele

Dolff não falava, nos agradeceu com gestos e sorrisos.

Ele era deficiente auditivo... A colega de Oliver sabia a linguagem de sinais.

Sabe quando o seu coração aperta? Pois é, eu estava tocada com o coração apertadíssimo.

Comeu ali mesmo com a gente.

Dolff deixou o prato vazio sobre um caixote em cima do carrinho e pegou algo de dentro de uma caixa de papelão.

Era um filhotinho... Uma bolinha peluda.

Um gatinho.

Ele me deu o bichinho e foi embora.

— DOLFF! DOLFF! DOLFF! - Comecei a gritar desesperada.

— Ele não escuta. - A moça me lembrou.

O sem-teto atravessou a rua se afastando depressa.

Olhei para o filhotinho miando.

O que vou fazer com isso agora?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo???

Isso mesmo, Jade é tatuadora e o Oliver motoboy. Já imaginavam algo assim, né?

Veremos como o Beck vai se sair com os turnos de garçonete no próximo. Porque já provou que não serve pra ser tatuador e pulou fora haha

Esperavam esse lado tão solidário dele???

Agora terá que lidar com o presente que ganhou do Dolff kkkkkkkkk

Até o próximo. Bjs



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