Deku: O Espetacular Homem-Aranha Temporada 1 escrita por Steve 123


Capítulo 6
Capítulo VI: Deku vs Kacchan - Consequências




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—Izuku Midoriya... Consegue me ouvir? Você sabe o motivo de estar aqui? -Nezu perguntou com uma expressão preocupada enquanto All Might estava ao seu lado da mesma forma.

—... -Izuku que estava na sala do diretor completamente enfaixado por baixo da farda permanecia em silêncio.

O clima estava bastante desconfortável, além dos três estavam a família dos Midoriya e dos Bakugou, o jovem esverdeado estava de cabeça baixa apenas esperando algum tipo de sentença final para aquele pequeno ”julgamento”.

—Está tudo bem meu filho, não iremos lhe punir ou algo assim pelo que aconteceu em relação ao Bakugou, você é mais uma das vítimas da situação -Nezu- Se até os pais do rapaz não lhe culpam pelo que aconteceu após verem as gravações, você percebe o quão feia e longe chegou a situação.

—Não é por isso, diretor... Eu... -Izuku tinha dificuldades para falar- Eu...

—Jovem Midoriya, por favor, mantenha a calma. Precisamos que colabore conosco para que possamos tomar a melhor atitude à respeito de como as coisas vão se desenrolar para o Jovem Bakugou aqui -All Might explicou com paciência.

—Notamos que o que aconteceu hoje foi só um caso de muitos, na verdade apenas confirmamos... Apesar de não ter parecido, realmente buscamos saber mais sobre os candidatos e mesmo quando são alunos buscamos ver como eles vão se portar... Especialmente os mais “problemáticos” -Nezu respondeu.

—.... -Izuku escutava em silêncio.

—Nós aqui temos uma política de dar uma chance a todos de ser o herói que eles podem ser, caso um deles seja um “Katsuki” e chegar a um ponto em que ele vá longe demais chegamos aonde estamos.

—Então essa primeira semana... -Izuku entendeu.

—É meio que um teste para eles de um modo geral -Nezu completou- E infelizmente Bakugou mostrou que apesar de potencial, não podemos permitir ele andando e agindo como um herói que mais vai agir como um vilão do que qualquer outra coisa, afinal não tem nada que diga o contrário do caminho que eles podem seguir: Corrupção. E bem, o motivo de você está assim é para confirmar ou negar por meio de respostas às nossas perguntas.

—Pode prosseguir então -Izuku respondeu.

—Desde quando Bakugou mostrava esse comportamento explosivo?

—Até onde me lembro ele desde antes de despertar a quirk já era dessa forma, porém não sendo tão radical... Era apenas cheio de si e depois que despertou foi pouco a pouco ficando insuportável.

—Ele já cometeu algo grave?

—Fora os palavrões, xingamentos e violência direcionada a qualquer vítima? Ele foi responsável por mandar não só eu como vários se matarem, muitos inclusive o fizeram... Gostaria de se possível não entrar muito nesse assunto em respeito aos mesmos e suas famílias.

—Entendo -Nezu fez um sim com sua cabeça- Qual foi a atitude dos professores e qualquer autoridade escolar perante tais atitudes?

—Quando estava no jardim de infância tinha quem repreendia e tinha quem dizia que era só uma “brincadeira” entre amigos, na escola foi a mesma coisa, e convenhamos ele quase nunca era punido -Izuku comentou- E quando era punido era algo leve, só pra ver se "assustava", o que não adiantava, pois.... Não era algo que ficava marcado em seu histórico e tão pouco fazia sentir arrependimento, se fosse o caso não estaríamos aqui.

—... -Nezu em silêncio coçava o queixo- Senhor e Senhora Bakugou, o que têm a dizer perante o que Midoriya disse e tudo de informações a mais que encontramos? Katsuki Bakugou em todos esses anos pode muito bem ser enquadrado em: Tentativa de Assassinato, Bullying, Incentivo ao Suicídio e supremacia racial.... Afinal, querer que quirkless e outros mais fracos se matem só por não terem quaisquer poderes e pregar que todos os que não são fortes são “extras” que devem se curvar é no mínimo uma forma de Eugenia. Sem falar do envolvimento de autoridades que ou eram coniventes ou omissos, que também irão responder como parte da investigação.

Mitsuki, mãe do loiro e de igual aparência respondeu enquanto o pai estava de cabeça baixa devido a vergonha:

—Senhor, reconhecemos os danos causados pelo nosso filho e o seu potencial para causar danos ainda piores para a sociedade. Reconhecemos também que apesar de corrigirmos várias vezes não foi o bastante... Aceitamos a punição que for.

—Não tem como ele sair daqui apenas expulso, vocês entendem? -Nezu perguntou.

—...Sim -Mitsuki abaixou a cabeça.

—Certo... Certo... Assim que ele receber alta e os tratamentos adequados, a polícia irá pegá-lo e enviá-lo para o reformatório, é esperado que ele possa ter uma tempinho para se arrepender e quem sabe recomeçar -Nezu afirmou- Estão dispensados.

Com a família de Bakugou indo embora, só restava Izuku, sua mãe e tia na sala junto de Nezu e All Might.

—Izuku, agora precisamos conversar sobre algo sério... O seu poder, o que foi aquilo? -Nezu perguntou.

—... -Izuku ficou em silêncio.

—Segundo as gravações você mostrou excelentes habilidades elétricas, o que foi aquilo? -All Might perguntou.

—Eu não sei... Apesar de ter tais poderes por meses eu ainda estou aprendendo e descobrindo a natureza de meus poderes -Izuku respondeu- Meu palpite é que talvez eu tenha na verdade controle da minha própria bioeletricidade.

—... -All Might analisou a resposta e engolindo em seco tomou coragem para perguntar- Você conhece "ELE"?

Um clima de silêncio se estabeleceu na sala.

—Uh? O que você disse? -Cinética perguntou

—Eu sei que pode soar meio indelicado, não tenho como provar, mas preciso perguntar aqui e agora... Considerando que você “era” quirkless, você foi em busca DELE? -All Might perguntou.

—Como ousa?! -Inko exclamou indignada- Perguntar a MEU filho se ele tem ligações com AQUELE cara?!

—Que outra forma teria de um quirkless obter uma individualidade? Ou mais? -All Might falou.

Aquela fala impactou Izuku, que pensou:

—Existe alguém capaz de fornecer individualidade? E mais de uma?!

—Não estou afirmando nada, apenas é preciso perguntar... Seu filho me parece um bom rapaz, mas nada impediria de em um momento de desespero ele recorrer a ELE para obter poder -All Might explicou ressaltando- E nada impediria dele SEM querer acabar sendo um peão no jogo do AFO.

—AFO -Izuku continuou a pensar, imaginando que ela falou esse nome pra ver se ele reagiria e saberia quem é, mas como ele não sabia sua reação já foi mostrada.

Izuku olhou para All Might, um olhando no olho do outro e disse:

—All Might, eu não sei de quem está falando -Foi tudo que ele podia dizer depois de tudo aquilo.

All Might e Nezu trocaram olhares enquanto o trio assistia aquilo com certo desconforto.

—Eu acredito em você -All Might suspirou- Peço desculpas, mas era algo que precisava confirmar depois do que eu vi.

—... -Izuku ficou em silêncio.

—Escuta, porquê não vai pra casa descansar? Está dispensado -Nezu afirmou- Agradeço a vocês pela colaboração.

Quando Izuku se dirigiu com dificuldade à porta, ele seguiu com sua família para a enfermaria.

—E Então Uraraka, como se sente? -Izuku se preocupou.

—Aaaaah... Bem melhor, mas muito exausta, estou preocupada mesmo é com a Izumi -Ochako comentou.

—Ela sempre teve sono pesado, relaxa -Izuku tentou descontrair.

—... É uma pena que não vencemos do jeito certo, acha que teremos chance na próxima?

—Claro -Izuku fez sinal de positivo- E você mãe? Vai levá-la para casa?

—Virei busca-la hoje a noite quando receber alta, até lá acho melhor continuar no trabalho -Inko respondeu.

—Entendo -Izuku se despediu de sua mãe logo em seguida após vê-la partir e ele fez o mesmo com Ochako antes de sair com sua tia.

ele viu seus colegas de classe bombardeando-o com uma série de perguntas mostrando preocupação para com ele.

—Midoriya caaara, o que foi que rolou ali? -Kirishima perguntou.

—Qual foi de todas aquelas esquivas? -Mina perguntou.

—Como foi que você gerou aquele lance dos relâmpagos pô?! -Kaminari estava com um brilho nos olhos.

—E-Ehhh.... -Izuku parecia confuso.

—Hã... O que acha Izuku, acha que pode ficar mais um pouco? -Laurie perguntou.

—S-Sim! -Izuku estava animado.

—Pronto, olhe venho te buscar na praça daqui a duas horas, te vejo lá -Laurie se despediu e Izuku seguiu com seus colegas para conversar sobre tudo o que houve.

Naquela noite...

—Você me deixou muito orgulhosa hoje -Laurie comentou sentada no sofá junto de seu sobrinho.

—Mesmo? -Izuku perguntou.

—Você confrontou seus demônios, e mesmo tendo todos os motivos e a “chance” para acabar com o “mal pela raiz”, não o fez -Laurie explicou.

—... -Izuku escutou- Eu queria... Queria tanto, seria mentira dizer que não... Mas depois eu decidi que estava cansado de tudo isso, não iria fazer simplesmente porquê isso não iria mudar nada.... O erro também foi meu, afinal se eu tivesse sido mais rápido ao invés de ficar brincando com ele, talvez as coisas teriam sido diferentes.

—E é assim que você aos poucos vira um herói e amadurece: Vivendo, aprendendo com erros e se aperfeiçoando -Laurie olhou para ele com orgulho acariciando seus cabelos- Sabe o que é isso? Amadurecer, buscar ser melhor e nunca se esqueça dessas palavras Izuku: “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades!”.

Izuku naquele momento abraçou sua tia, com as palavras que ele precisava ouvir naquele momento, o mesmo tinha certeza que tinha tomado a decisão certa....

—Obrigado tia, obrigado.... -Ele sentiu pela primeira vez naquele dia plena paz de espírito.

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Epílogo:

Alguns dias depois...

—ME SOLTEM! ME LARGUEM!! -Bakugou estava sendo levado para seu destino pelos guardas após receber alta por conta dos ferimentos graves que recebeu, ele estava dentro de uma roupa que servia como uma camisa de força, com máscara apenas para ser jogado dentro de uma câmera que o impediria de ativar sua individualidade.

—Calma aí garoto, se eu fosse você me acostumaria em ficar em espaços apertados... Você não sairá de um por um bom tempo... -O Guarda riu levemente em tom de deboche.

Bakugou foi levado para o reformatório, vestindo sua farda e sendo colocado em uma cela solitária como podem ter percebido, por todos os crimes que o mesmo cometeu em toda a sua vida vindo à tona. Ele demorou para ir para a prisão pois era tempo do mesmo se recuperar das lesões e implantar dentes novos em sua boca.

—MALDITOS.... MALDITOS....! -Bakugou gritava e urrava completamente insano tentando conjurar a sua individualidade sem sucesso por toda a sua cela ter sido projetada especialmente para ele.

Completamente revoltado, o mesmo buscou extravasar tentando a todo custo destruir algo da cela sem sucesso, uma vez que as paredes e o chão pareciam ser colchões enormes e deu apenas para quebrar a sua cama e rasgar seu travesseiro.

—... Ele... ELE... Apenas me espere Deku... -Katsuki jurou- Não vou descansar, até esmagar seu crânio com minhas próprias mãos!

“Estudante quase tira a vida de três colegas de classe em acesso de fúria”, uma figura de cabelos cinzentos lia o jornal em um local bem distante dali, em um lugar parecido com um bar.

—Tem algo chamando sua atenção? -Uma figura feita por névoa perguntou.

—UA

—Só tem pensado nisso, não é?

—E tem como não pensar? Não é todo dia afinal que a chance de causar um massacre na mais prestigiada escola de heróis do país bate na porta -A figura sorriu levemente- Não seria maravilhoso caso o símbolo da paz fosse morto em frente ao olhar dos pupilos que tanto a admiram?

—... É...

—Pois bem, eles vão aparecer de novo no jornal, e dessa vez por nossa causa...

Continua....


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