Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Reimaginada escrita por YuukiHisashi
— V-V-Você viu?
— Não vê que tá na cara dele, Emi? Não tem como ele nem sequer esconder isso.
A de roxo simplesmente cobriu sua face de pura vergonha, alegando que agora não poderia mais se casar. Yuuki imediatamente se curvou diante delas, as assustando ligeiramente, e se desculpou pelo ocorrido. Como elas sabiam que era algo fora do controle delas a respeito do vento, acabaram o perdoando por aquilo e seguraram a saia para que nenhum vento inoportuno viesse a levantá-las novamente.
— Considere-se com sorte, Yuuki. Não é todo dia que um garoto dá a sorte de ver a calcinha de uma garota, imagine duas! Você foi é abençoado, para nosso infortúnio.
Novamente ele tentou apaziguar elas a respeito de tal, e Shizue se aproximou dele, o abraçando pelo pescoço, deixando-os bem próximos. Tão próximos que os seios dela pressionavam contra o peito do rapaz, o deixando ainda mais vermelho e sem saber bem para onde olhar.
— Mas a pergunta que fica é: Qual das duas calcinhas você gostou mais? A minha ou a da Emi?
— Shizue!!!
— Hã… eu… um… bem…
— Vamos, diga logo. Uma das duas você certamente daria sua vida para ficar com o rosto bem coladinho nela. Qual, hein?
— Para com isso! Não vê que está deixando ele sem graça e…
Hisashi estava se sentindo sobre pressão. O doce aroma de uma mulher, seios a lhe pressionar no peito, a imagem das roupas íntimas na mente, e agora, sua imaginação fora a solta com o que Nakajima disse. Em sua mente, aparentava ser um toque suave e delicado, quase como renda. Lutou como pode, mas não era possível resistir, e enquanto Emiko falava, ela notava algo na roupa de Hisashi a sobressair, o que a deixou totalmente avermelhada.
— Y-Y-Yuuki-kun…
Pelo gaguejar da arroxeada, ele já sabia do que se tratava e se cobriu, sem muito sucesso. Shizue começava a notar um padrão no comportamento dos dois.
— N-Não! Emiko-chan, não é isso que…
— Hã? Perai, o que há, hein?
Ela viu que o garoto escondia algo, e começou a puxar os braços dele, com ele relutando para não deixar ir.
— Ora, vamos, o que tanto esconde aí hein?
— Shizue-chan, não, por favor!
— Não seja tímido, vamos, mostre o que aconteceu…
E quando menos se esperou, ela conseguiu ter mais força do que ele para poder puxar as mãos do garoto, e viu ali a volumosa situação do rapaz, o que a fez ficar interessada em querer provocá-lo, ele novamente se cobriu enquanto ela o deixou ir.
— Se quiser, eu posso resolver esse seu problema. Eu e ela, o que me diz?
— O QUE VOCÊ TÁ DIZENDO, SHIZUE!!!
— Ah, só estou dizendo que a gente pode dar um tratamento especial pra ele voltar ao normal.
— A GENTE É JOVEM DEMAIS PRA ISSO!!!
— Pelo contrário, a gente tá na idade ideal pra esse tipo de coisa. Somos adolescentes a flor da pele, se você acha que isso não acontece, você é ingênua demais, sabia?
— A GENTE TÁ NO MEIO DA RUA, SUA MALUCA! TEM GENTE VENDO E ELE DEVE ESTAR MORTO DE VERGONHA!
— E mais, pela sorte dele, ele vai sair ganhando, já que eu tava pensando sobre a gente sentar na cara de--
— CALA A BOCA, SÓ CALA A BOCA, POR FAVOR! JÁ BASTA…
— E-Eu… eu vou passar essa oportunidade!!! Até amanhã!
Totalmente sem jeito, com os hormônios lá nas alturas, ele correu se escondendo como se não houvesse o amanhã para o dormitório. Seu coração estava batendo bem rápido, sua mente estava levemente nevoada, quase que este perdia o rumo de casa, e quando finalmente chegou, sentou-se ali mesmo no pátio de entrada do lugar, tendo parado um pouco para respirar e tentar tirar aquilo de sua cabeça. Entretanto, não foi possível, pois Miyagi apareceu ali, em pé, na sua frente.
— O que está fazendo aí, Yuuki-kun?
Mesmo ela portando shorts jeans e uma regata branca, a mente do menino estava difusa demais para raciocinar direito: tudo o que os seus olhos podiam focar era os shorts da menina. Sua respiração começou a ficar levemente pesada, assim como o peso em seu peito voltava. De tão dispersos que estavam seus pensamentos, a mente do garoto o fez alucinar, tirando os shorts da menina em sua visão e deixando ela somente de regata e calcinha listrada na sua frente.
— Não é nada!!!
O menino exclamou, se levantando em um golpe e correndo para seu quarto, com pressa. Ela, observando seu comportamento, não entendeu nada, mas julgou por hora não ser bom questioná-lo a respeito.
…
Um tempo depois de terem jantado, quando tudo já estava escuro e todos já estavam dormindo, Akane levantou-se da forma mais silenciosa que pode, e saiu de seu quarto em direção ao de Hisashi. Gentilmente abriu a porta de seu quarto e entrou, vendo o menino ali a dormir. Tocou seu ombro e sussurrou seu nome próximo a seu ouvido com o intuito de acordá-lo. Não foi muito difícil e logo, ele despertou, e ao ver a garota, primeiramente ficou aliviado, antes de se assustar. Em uma rápida ação, ela tapou sua boca, para evitar de que sua voz saísse.
— Não fale tão alto, vão nos ouvir. Agora me diz, o que houve que você ficou ali no portão do dormitório?
— Você não vai querer saber.
— É algo tão ruim assim?
— Vai por mim, é melhor que você não saiba.
— Se você diz… mas eu fiquei preocupada com você. Parecia tão estranho… era como se estivesse fugindo de alguém…
— Bom, digamos que eu estava. Mas não precisa ficar preocupada, tudo bem?
— Você falando assim é mais motivo para eu me preocupar. Por que não quer falar a respeito?
Ele sabia que se abrisse a boca para falar daquilo, ela ficaria brava.
— Não é algo que eu posso falar assim tão facilmente, e tão abertamente…
Miyagi viu que dali não sairia resposta, então pediu desculpas à ele e retornou para seu quarto e dormiu. Emiko, nos dias subsequentes, assim como o garoto, se lembrava do infeliz acidente a respeito daquilo. A morena começava a suspeitar de algo, porém, nada dizia, somente observava. Até que em um determinado dia, a garota aguardou o momento certo até que Yuuki saísse de sua classe e entrou, sem nenhuma hesitação, marchando em direção a de roxo.
— Você é…
— Você sabe quem eu sou. O que eu não sei é o que está acontecendo entre você e o Yuuki-kun.
— N-Não aconteceu nada entre a gente!
— Essa sua reação não me convence.
— Você não escutou ela? Não aconteceu nada.
— E-E mesmo se tivesse acontecido, e-e-eu não tenho a obrigação de te contar…
— Eh… então é assim que vai ser? Muito bem então. Eu vou procurar a resposta a minha maneira.
Miyagi então se virou e foi caminhando até a saida da classe, quando acabou por ouvir o que as outras duas conversavam.
— Eu hein, até parece que ela precisa saber da premiação de calcinha dele…
— Shizue! Falou alto! Alto!
Ao escutar tal absurdo, se virou lentamente com um semblante irritado.
— Premiação… de calcinha?
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