Summer Love - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 2
Tour pela cidade


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Postando aqui rapidinho.

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

Meu trampo era de atendente. Logo peguei jeito na coisa. Limpei o balcão. O cara que nos deu carona se chamava Freddie. Achei ele um pouco metidinho. Fui atender um trio de garotas, avistei o playboyzinho com os amigos. Estavam jogando vôlei. Jacob era um bom menino, só o Caleb que era danadinho. Como o filhote não podia ficar sozinho, papai e Diana o levavam para o quiosque. Tobby corria desengoçado pela areia.

— Pedi suco de pêssego, não de abacaxi! - Uma das moças usando biquíni e saída de praia me olhou com cara feia.

— Desculpe, mas não temos. - Retirei o copo.

— Então, traz de kiwi. Bem gelado! - Refez o pedido.

— Certo. - Anotei no bloquinho. - E o que vão querer? - Me dirigi às suas amigas.

— Uma vitamina de morango com banana. - A garota com mechas californianas respondeu.

— E para mim, um shake de framboesa. Com adoçante! - A terceira garota falou.

Passei os pedidos para Diana, ela iria preparar as bebidas.

Papai estava ocupado preparando os petiscos. Frutos-do-mar. Eles também vendiam caldos de mariscos. Peixe frito empanado e bolinhos.

— Ei, atendente! - A mesma cliente arrogante me chamou.

Ela e as amigas estavam sentadas debaixo de um guarda-sol.

— Pois não? - Fui até elas.

— Tem algum acompanhamento leve com baixa caloria? - Mas quanta frescura.

— Temos saladas. Pode olhar no menu. - Informei.

— Traga 3 porções, uma salada de tomate cereja com acelga pra mim. Uma de pepino com alface para a minha amiga Josie. E uma salada de beterraba com repolho para ela. - Apontou para a outra amiga.

— Com molho ou vinagre pra jogar em cima? - Perguntei.

— Apenas vinagre e sal, queridinha. Molho tem muitas calorias! - Era cada uma.

Reprimi a vontade de revirar os olhos.

— Com licença! - Fui me retirando com tudo anotado.

— E não demore com os nossos pedidos! - Que garota nojenta.

[...]

Passei o paninho no balcão.

— E aí, loirinha? - Freddie chegou com os amigos.

Eram 6 ao total contando com ele.

— O que vão querer, rapazes? - Eu precisava ser educada e simpática.

— Você! - Um engraçadinho falou.

— Não seja idiota, Carl. - Repreendeu o amigo. - Gata, traz uma rodada de sucos. Por minha conta, pessoal! - Ele sempre era exibido?

Pediram suco de abacaxi, melancia, laranja e etc...

— Querem mais alguma coisa? - Indaguei.

— O seu número, lindinha! - Um deles chegou mais perto.

— Sai pra lá, Landon. Deixa a moça trabalhar. - Freddie o empurrou.

Todos eram gatinhos.

— Vamos querer tirinhas de peixe e espetinhos de camarão! - Ele era o líder do bando, queria bancar tudo.

Repassei os pedidos para o meu pai.

— Gostando de trabalhar aqui? - Puxou assunto.

— Até que sim. - Confirmei.

Freddie tinha olhar sensual e a voz sexy.

— Tudo certo por aqui? - Papai surgiu atrás de mim.

— Claro, John. Sua filha é muito simpática! - Ele nem se intimidou.

— Bom... Sam não pode ficar batendo papo. Ela tem serviço. Se acomodem naquela mesa, rapazes! Logo mandarei seus pedidos! - Papai afastou os meninos.

Diana nem conseguiu disfarçar a risada.

Eles foram sentar ao redor da mesa redonda debaixo do guarda-sol.

— Fica esperta, Sam! Seu pai vai montar o cão de guarda! - Diana me fez rir.

— Você viu, amor. Pareciam abutres famintos rodeando a menina! - Resmungou.

— Pai! - Falei envergonhada.

[...]

O Sol estava quase se pondo... O quiosque fechava às 18h:45min.

Arrumamos as coisas, as cadeiras dobráveis foram guardadas. Papai recolheu os guardas-sóis.

O trabalho não era puxado. Eu recebi minha diária. Guardei meus 30 dólares feliz da vida. Papai não viu, mas o Freddie me deixou 20 pratas de gorjeta.

Peguei o Tobby no colo. O filhotinho estava todo sujo de areia.

Diana saiu na frente com seu quadriciclo, um veículo bem prático. Meu pai guardou as bicicletas no porta-mala do carro dele.

Se minha mãe soubesse como eles eram, com certeza morreria de inveja.

Voltamos para a casa.

— Gostou do rapaz? - Diana me perguntou.

Estava ajudando-a a preparar o jantar.

— Que rapaz? - Perguntei.

— O que deu carona pra você. Freddie Benson. - Sorriu insinuativa.

— Ele é... Muito exibido. - Comentei.

— Conheço a mãe dele. Viúva. Marissa Benson administra a loja de pescaria que o marido deixou. Freddie é um bom rapaz, ele só é um pouco...

— Mulherengo? - Completei.

Nós duas rimos.

— Ele parece bem interessado em você. Ficou te olhando o tempo todo. - Contou.

— Os amigos dele deram em cima de mim. - Lembrei.

— Claro. Você é uma moça muito bonita. É nova por aqui. Chama atenção. - Confirmou.

— O trio de Barbies bronzeadas me detestaram. - Falei.

— Não ligue para aquelas garotas. São um bando de meninas mimadas! - Diana era legal.

Fizemos o jantar e nos reunimos à mesa.

Na minha casa era cada um por si. Eu comia sozinha na cozinha. Minha mãe e o namorado mal-educado faziam as refeições na sala, largados no sofá, de frente para a TV.

[...]

No dia seguinte...

— Que horas te pego? - E lá estava o Sr. Insistente torrando minha paciência.

Era umas 16h. Tinha bastante clientes chegando no quiosque.

— Dá um tempo, tô trabalhando. Se não tem o que fazer, dá o fora daqui! - O mandei embora.

— Vai folgar aos finais de semana? - Ele não ia me deixar em paz?

— Quem disse que vou sair com você? - Encarei o Benson.

— Não desisto fácil, gata. Fala aí, que dia e que hora passo na sua casa pra gente dar um rolê? Aposto que não veio só para trabalhar. É verão, baby. San Francisco é um pequeno paraíso! - Tentou me convencer.

— Sábado à noite, pode ser? Lá pelas 18h. - Cedi.

— Opa! Linda, você não vai se arrepender. Agora, por favor, me traz uma água de coco! - Pediu.

Eu sequer consegui disfarçar o sorriso.

Tinha um encontro.

Não era todo dia que um cara como ele corria atrás de mim.

Finalmente Freddie me deixou trabalhar em paz.

As pessoas eram calorosas, diferentes do povo de Glendale.

Papai me deu 20 minutos de descanso, corri pela areia com os meninos. Jogamos bola. Brincamos com o Tobby.

Molhei os pés no mar.

Freddie estava surfando com os amigos.

— Olha Sam, é um caranguejinho. - Caleb puxou minha camiseta do Nirvana, apontando para o bichinho semelhante a uma aranha correndo pela areia.

— Que bonitinho. - Sorri.

— Quero picolé. - Jacob pediu.

Voltamos para o quiosque, fui até o freezer pegar três picolés.

[...]

— Freddie me chamou para sair. E eu acabei aceitando. - Falei para a Diana.

— Oh, sim... Você quer ter aquela conversa? - Ela estava brincando?

— Não, não! - Neguei depressa. - Eu não sou mais... Hum, você sabe. Sei me cuidar. Quando completei 13 anos minha mãe me deu uma aula de orientação sexual. Me fez colocar uma camisinha num pepino. - Contei.

Diana me olhou horrorizada.

— Acontece que eu trouxe pouca roupa. Basicamente só regatas, camisetas de banda e shorts. Não sei o que vestir... Não que eu seja vaidosa, mas... Você é mulher. Me entende, né? - Só ela poderia me ajudar.

— Claro que sim. Podemos ir às compras amanhã! - Se animou.

— Não, é sério. Não precisa gastar dinheiro comigo. Só queria uma roupa emprestada. - Expliquei.

— Pensando bem, eu tenho uma mala de roupas do meu tempo jovial, digamos assim... Separei para a doação, mas daí eu acabei esquecendo... Com certeza algo deve servir em você! - Ela foi buscar as roupas.

Diana retornou para o quarto de hóspedes puxando uma grande mala de rodinhas.

Parecia pesada.

Ajudei a colocar sobre a cama, ela abriu a mala e espalhou as roupas para que pudessemos ver.

Estavam em bom estado. Nada que uma lavada e uma passada não resolvessem.

— O que acha desse vestido xadrez com essa jaqueta? - Mostrou as peças.

Amei o look... O vestido era cor de vinho, tinha um cintinho preto e a jaqueta era vermelha.

Além dos meus dois pares de rasteirinhas, eu tinha um par de All-Star.

[...]

Sábado chegou, apenas avisei para o meu pai que iria sair naquela noite. Contei que seria com Freddie Benson.

O moreno buzinou o Jeep Renegade em frente à casa.

Confesso que estava um pouco nervosa, o que era normal.

Fui ao seu encontro, o vestido despojado e a jaqueta combinaram, Diana me presenteou com sapatilhas. Deixei meus cachos ao natural, apenas passei um pouco de maquiagem. Algo bem leve.

— Você está muito linda. - Me elogiou abrindo a porta do Jeep.

— Aposto que joga charme e faz isso com todas. Fique sabendo que só aceitei sair com você porque quero conhecer sua cidade! - Fui logo avisando.

— Ui, eu quase me ofendi agora. - Sorriu brincalhão.

— Carro maneiro! - Falei colocando o cinto.

—  Valeu! Tá legal. Vou te levar para fazer um tour pela cidade. - Concordou.

— Liga o rádio aí, cara! - Pedi.

Foi o que ele fez, sintonizando na rádio local. Estação de Rock.

Estava tocando um Rock antigo dos anos 70.

Passamos pela ponte Golden Gate, era um dos pontos turísticos.

— Me leva para ver a prisão de Alcatraz? - Eu estava louca para ver o farol.

— Tá falando sério? - Ficou pasmo.

Ele realizou meu pedido.

A prisão federal era rodeada pelo mar. Aquilo sim tinha história.

— Eu adoraria ser carcereira. - Comentei.

Freddiu riu.

Tínhamos a mesma idade, conversamos sentados no capô do Jeep.

— Você é diferente. - Me observou.

— Diferente como? - Indaguei.

— Pensei que fosse sei lá... O tipo de garota que é... - Hesitou.

— Pode falar. - Pedi.

— Gata demais e nada inteligente... Transa fácil! - Merda.

— Pensou errado. - Desci do capô.

Ele era mesmo um idiota.

— Ei, volta aqui! Acontece que gostei de você. Do seu jeito. Por favor, deixa eu me redimir? - Foi atrás de mim.

Virei para ele cruzando os braços.

— Estamos só nos conhecendo. Nada de gracinhas. Sei me defender, posso muito bem quebrar a sua cara! - Avisei séria.

— Está bem. Fica tranquila. Vamos voltar para o nosso tuor? - Sugeriu.

[...]

Fomos ao Golden Gate Park, estava tocando música ao vivo.

Gostei da vibe do lugar.

O parque era composto por jardins e bancos de pracinha. Luzinhas que piscavam iluminando os postes. Era um lugar lindo.

Uma moça toda de preto com mechas no cabelo escuro, subiu no pequeno palco. Soltou a voz rouca num Rock Alternativo.

— Pipoca doce ou salgada? - Estávamos naquele jogo de perguntas.

— Salgada. Hum, amanteigada e com pedacinhos de bacon. - Até salivei.

— Idem. - Concordou comigo.

Eu segurava um palito com uma salsicha empanada.

Freddie comia mini-churros.

— Ação ou terror? - Era a minha vez.

— Ação. - Respondeu.

— Definitivamente terror. - Sorri.

Roubei um de seus churrinhos.

— Fã de franquias de terror, tinha que ser... - Zombou.

— Vai me dizer que tem medinho? - O encarei.

— Puff, claro que não! - Negou.

— Sei... - Prendi o riso.

Terminamos nossos lanchinhos. Um rapaz alegre subiu ao palco.

Voltamos ao nosso passeio. San Francisco era cheio de casas vitorianas e rodeado pela baía. Tinha névoa o ano todo.

Descobri o que o playboyzinho tinha um lado nerd.

Ele tinha sido aceito em 5 faculdades.

— Só vou para a faculdade ano que vem. - Contou.

— Não vou pra faculdade. Irei fazer um cursinho qualquer. Que diferença faz? E aí? Vai cursar o quê e aonde, Nerd? - Questionei.

— Vou cursar Biologia na Chicago University. - Respondeu.

— Biologia Marinha ou tipo Biologia para lecionar? - Não entendi.

— Lecionar. Pretendo tirar mestrado. - Uau, ele queria ser professor.

Saímos do Pier 39 indo direto para a Ferry Building.

A Torre do Relógio era linda.

Foi onde encerramos nosso passeio.

Ele prometeu que me levaria para conhecer os outros pontos turísticos no próximo encontro.

— E se eu te beijar agora? - Estávamos de novo em cima do capô vendo as luzes de Ferry Building.

— Não beijo no primeiro encontro. - Deixei claro.

— Nem eu... Mas que se dane! - Me puxou pelo queixo colando nossos lábios.

Relutei um pouco, mas acabei cedendo.

Nossas bocas se encaixaram e nossas línguas se encontraram.

Eu tinha amado o encontro.

Agarrei sua nuca e suas mãos repousaram em minhas costas, me acariciando.

Foi muito bom sair com ele.

Freddie me deixou em casa às 22h em ponto.

Nunca me senti tão boba após um encontro.

Até que Freddie Benson era um rapaz legal.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Curtiram o capítulo???

O próximo será maior.

O que acharam do encontro???

Freddie está mesmo disposto a conquistar a Sam.

Bjs



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