Time Reversal/Reversão do Tempo escrita por LadyIce


Capítulo 4
Capítulo 4 - A carta




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02 de novembro, Ano 795 do Calendário Universal

 

Reinhard conversou com Siegfried no Ministério da Guerra dizendo para que ele seguisse na frente que ele iria dali alguns dias encontrá-lo em Kreuznach III. Siegfried concordou e se despediu para arrumar suas coisas para a viagem.

Reinhard andava pelos corredores quando encontrou com Reuenthal.

— Excelência - ele cumprimentou, Reinhard deu um leve sorriso e retornou o cumprimento, Reuenthal prosseguiu - gostaria de repetir aquela nossa última conversa com uma boa bebida? Mittermeyer novamente não pôde me acompanhar.

— Não me lembro de termos bebido juntos Reuenthal, de qualquer forma eu agradeço, estou me dedicando para nosso próximo embate com a Aliança no setor de Astarte.

Reuenthal ficou surpreso com a resposta e não entendeu o que estava acontecendo.

— Muito estranho esquecer, foi há menos de duas semanas.

Reinhard franziu as sombrancelhas, Reuenthal devia estar bêbado ou algo do género, não insistiria.

— De qualquer forma, eu agradeço Reuenthal. Preciso ir agora - Reinhard acenou com a cabeça - mas iremos qualquer dia destes.

Reunthal consentiu com a cabeça e olhou Reinhard andando a sua frente.

"Que coisa isso tudo, mas enfim..."

 

3 de novembro, Ano 795 do Calendário Universal

Planeta Soest, Satélite Kreuznach II

Na linha do tempo Kircheis passou férias em Kreuznach III, quando salvou um homem velho de um atentado, Michael von Keyserling, um vice-almirante que foi rebaixado e dispensado do serviço militar após uma desastrosa derrota na Batalha de Arlesheim. O superintendente Hoffman pediu ajuda a Siegfried na investigação de tráfico de tiroxina, pois acreditava estar relacionado ao caso do atentado. Acabou-se descobrindo que Christopher von Basel era o autor do tráfico e que ele foi o causador do problema com Keyserling que o servia na mesma frota. Keyserling assumiu a culpa por causa do que sentia pela mulher de Christopher, Johanna. Por fim Siegfried conseguiu a confissão de Christopher, mas sua mulher acabou morrendo com um tiro dado por Keyserling quando ela tentou destruir documentos que comprometiam o marido.

O transporte para o satélite Kreuznach III estava pronto para sair de Odin. Siegfried sentou em sua poltrona e olhou pela janela aguardando a saída. Ele estava na classe econômica, não ligava para luxos, afinal não pertencia a nobreza. Mesmo quando acompanhava Reinhard, em certos locais, preferia esperar do lado de fora no carro.  Siegfried ficou pensando se realmente Reinhard ficaria bem durante sua ausência. Seus pensamentos foram subitamente interrompidos por uma voz feminina.

— Sr. Kircheis que coincidência.

— Srta von Braun - ele disse surpreso - está indo para Kreuznach III também?

— Sim, tenho uns assuntos pra resolver por lá - ela sorriu - posso lhe fazer companhia até lá?

— Será um prazer - Siegfried sorriu de volta, Elizabeth falou com o atendente do transporte para ajeitar a mudança de lugar.

A nave em cerca de 20 minutos rumou para o espaço.

— Está a passeio ou negócios Sr. Kircheis?

— Vou tirar férias.

— É a primeira vez que vai para este local?

— Sim.

— Me disseram que há belos cenários para relaxar a mente, espero que se divirta- ela puxou um sorriso.

Eles conversam outras questões, quando faltava cerca de dez minutos para aportarem no espaço porto do satélite de Kreuznach III, ela mudou um pouco o tom da voz para um pouco mais grave.

— Sr. Kircheis, tenho algo muito importante a lhe dizer.

— Sim - ele olhou fixamente para ela.

Elizabeth retirou uma carta selada da bolsa e entregou a ele.

— No terceiro dia a partir de hoje, quero que abra e leia esta carta na íntegra. Recomendo que a coloque num cofre e não a abra antes da hora.

— Como assim? O que isso significa?

— Você entenderá, todavia eu enfatizo que é importante que não abra em hipótese nenhuma, senão pode ocorrer sérios problemas a pessoas inocentes. Coloque num cofre outras pessoas não podem ter acesso a este conteúdo. Não esqueça isso.

Siegfried ficou alarmado, quem era aquela mulher?

— Quem é você?

— Eu prometo que responderei tudo que quiser, mas não agora, ainda não. Só peço - ela o olhou com os olhos suplicantes, aquilo de alguma forma mexeu demais com ele, era como se Annerose ou Reinhard pedisse algo- por favor eu imploro. É uma simples carta, não é uma bomba ou arma. Por favor leia no terceiro dia a partir de hoje.

Ele a encarou.

— Se eu fizer isso, você me explicará tudo?

— Sim na medida do possível - ela sabia que não poderia ainda revelar-se completamente - eu confio em você Sr. Kircheis por isso estou me arriscando a entregar isso. Eu juro que não fará mal a ninguém. Mas eu insisto se for lido antes da hora ou por outra pessoa pode ocorrer sérios danos.

Uma voz avisou que chegaram ao espaço porto e que iriam atracar.

Elizabeth se levantou assim que liberam a saída dos passageiros.

— Eu te encontrarei Sr. Kircheis, é minha promessa - ela falou - boa estadia.

Siegfried ficou realmente confuso, mas guardou a carta dentro do seu colete. Quando olhou em volta para seguir Elizabeth, ela já havia sumido.

"Mas o que será? Algo relacionado ao Reinhard? " - por algum motivo que não compreendia, ele acreditava nela e iria esperar a chegada do terceiro dia ansioso. Siegfried rumou para o Hotel Wasserhorst.

Elizabeth rapidamente saiu da espaçonave e desceu as escadas rolantes, procurou um local para ficar até esperar Siegfried fazer o check in no hotel. Pela história as coisas ficariam agitadas em breve. Nathan já estava por lá, chegara um dia antes. Para garantir a integridade e vida dele até o terceiro dia iriam monitorar passo a passo o jovem de cabelos ruivos.

Passado um bom tempo, Elizabeth escutou pelos fones em suas orelhas:

— Tudo ocorreu como deveria acontecer Liz, pode vir para o Hotel - ela suspirou aliviada, aparentemente ele cumprira o acordo. Ela chegou ao hotel, fez seu check in, decidira que não sairia de seu quarto até o terceiro dia.

Ela adentrou no quarto, abriu as janelas e a vista era uma belíssima cascata.

— Acho que vou tirar um mini férias - ela estava no quarto ao lado de Siegfried e Nathan do outro lado. Eles poderiam em caso de emergência ajudar Kircheis.

Os dias passaram e todos os fatos com o caso de Keyserling aconteceram exatamente da forma esperada. As refeições eram trazidas até ela por Nathan e ambos se revezavam na vigília eletrônica instalada no quarto de Siegfried.

Ela sorriu olhando para a tela do notebook.

"Prometo fechar os olhos quando tirar a roupa Sr. Kircheis."

Mas realmente ela não se importava, na área militar era comum em situações de emergência ficarem com pouca roupa na troca de uniformes. Como era uma tripulação mista, o gênero homem e mulher acabava coexistindo de forma tranquila e respeitosa. Qualquer coisa fora era severamente passível de punição.

O dia crítico chegou, Nathan ficou com ela no quarto e ambos olhando e checando tempo e hora. Haviam colocado gás carbônico na tubulação de ar do quarto de Siegfried, ele deveria acordar na hora certa para não morrer. Eles contariam os minutos, caso isso não ocorresse teriam de salvá-lo. Elizabeth e Nathan estavam apreensivos, estavam quase no limite do tempo e nada.

— O que faremos Liz?

— Droga, vamos ter de acordá-lo - ela pegou um dispositivo nas mãos, era da forma quadrada preto com cerca de 5 centímetros de lado e apenas um botão e um pequeno orifício na frente. Eles haviam implantado um pequeno microfone junto a cabeceira da cama onde estava Siegfried, de forma que Elizabeth poderia se comunicar por ele. Ela olhou Nathan e o tempo restante e decidiu. Então ela apertou o botão e falou alto

— Acorde Sieg, acorde Sieg.

Ela viu pela tela Siegfried se mexer e finalmente acordar e pegar cambaleante a máscara e tubo de oxigênio. Elizabeth respirou aliviada, conseguiram. Pouco tempo depois escutaram a polícia chegar. Iriam revirar o quarto, mas para eles não haveria problemas, os dispositivos que usaram eram imperceptíveis utilizando alta tecnologia inexistente naquela época.

Por fim chegara o último e fatídico dia, até aquele momento Siegfried aparentemente não lera a carta, apesar que após o incidente de quase ter morrido ele tenha pegado ela nas mãos, mas depois a colocara no cofre exatamente como pedira. Para o último confronto, Nathan que era um atirador excepcional, um dos melhores de toda frota, ficaria aposto para proteger Siegfried de Christoph von Basel. Todavia felizmente tudo acabou como deveria, o que fizeram até aquele momento não mudou nada na linha do tempo. Era hora dela entrar em cena.

Todos os acontecimentos ali esperados terminaram, Siegfried ficou absorto sozinho numa das sacadas do hotel. O superintendente Hoffmann já havia partido fazia tempo. Elizabeth segurou duas taças de vinho na mão e se aproximou de Siegfried.

— Dia difícil Sr, Kircheis? - ele olhou surpreso para ela.

— Você - ele se aproximou dela e pergunta duramente - vai me dizer que está envolvida com isso tudo?

— Não Sr. Kircheis, isso lhe garanto, longe de mim me envolver. Não tenho interesse nenhum em mudar o curso da história. Tome - ela estendeu a taça - Beba você está precisando.

Ele acabou pegando a taça das mãos dela.

— O que você quer dizer com isso?

— Leia a carta e entenderá. Ah sim após ler pode bater no meu quarto, estou ao seu lado - ela começou a andar dando as costas para sair e parou, virando parcialmente o rosto e disse:

 - Precisamos conversar antes de Reinhard chegar amanhã.

Siegfried ficou boquiaberto

— Como ...- ele vai até ela e se interpôs na sua frente- como conhece Reinhard e sabe da chegada dele?

— Sei muitas coisas Sr. Kircheis, mas só darei as repostas após você ler a carta, estarei te esperando - ela se desenvencilhou dele e saiu.

Siegfried correu para o quarto e pegou a carta, retirou o lacre e começou a ler. A cada passagem ele ia ficando assombrado. Ao terminar não sabia o que pensar.

"Como ela sabia? Como?".

Elizabeth escutou uma batida na porta, ela abriu e convidou Siegfried a entrar.

— Sente-se - ela pegou a garrafa de vinho - vou lhe servir mais uma taça, sabia que puxei meu avô no gosto por vinhos? - ela falou enquanto enchia a taça o servindo. A seguir serviu a si própria.

— Como você sabia?

— Eu vim numa missão para salvar a vida de bilhões de pessoas Sr. Kircheis. Não importa se império ou aliança, de onde vim isso não existe. Enfim se eu contasse a verdade, você acharia tudo fantasioso demais e nunca acreditaria em mim. Então a única forma seria assim, revelando o futuro exatamente como deveria acontecer.

—Mas como sabia detalhadamente tudo que aconteceu nestes três dias? Como sabia sobre Reinhard, srta Braun?

— Eu sei tudo Sr. Kircheis - ela o olhou fixamente - sei tudo o que ocorrerá de hoje até cinquenta anos.

Ele arregalou os olhos surpreso e balbuciou:

— Ah?

— Vai ser difícil acreditar em mim, mas darei mais uma prova em breve - ela parou suspirando e respondeu - eu vim do futuro, aconteceram cataclismas que ceifaram a vida de 40 bilhões de pessoas. E a origem do problema se encontra nesta era.

Siegfried a cada nova fala dela ficava estupefato. Era coisa demais para poucos dias.

— No futuro um cientista descobre a tecnologia para viagem no tempo, infelizmente ela é roubada e caiu em mãos de pessoas inimigas. Elas viajaram no tempo, mas pelas nossas estimativas chegarão daqui 3 a 4 anos aproximadamente e tentarão mudar a história.

— Supondo que o que está me contando é verdade Srta Braun, porque só daqui 3 ou 4 anos?

— Será a época em que ocorrerão fatos de extrema importância na história e definirão o destino da humanidade. Eu disse que  seria difícil acreditar em mim e nesta história toda Sr. Kircheis, por isso só posso lhe provar dizendo que sei exatamente o que acontecerá quando e aonde. Então vou lhe dar mais uma prova, que será sobre a próxima batalha no setor estelar de Astarte.

Ele novamente arregalou os olhos, ela sabia detalhes militares que ninguém mais sabia.

— E como saber se não está do lado da Aliança?

— Porque precisamos de você para nos ajudar a salvar a vida de 40 bilhões de pessoas, Odin e Phezzan foram completamente destruídas.

— Destruídas? Você quer dizer arrasados por uma guerra?

— Não, ambos planetas explodiram, em 50 anos teremos tecnologia para acabar com planetas!

Ele balançou a cabeça, não conseguia acreditar, tomou de uma vez o vinho. Ela encheu a taça novamente.

— Preciso que acredite em mim, eu não sou inimigo, eu só quero salvar meu povo, minha casa e ...minha família.  Temos que deter o inimigo nesta época a qualquer custo e sem alterar significativamente a história. Deve entender que não disse antes tudo que ocorreria a você, não podia.

— Mas poderia ter evitado a morte de Lady Johanna.

Ela balançou a cabeça.

— Certos fatos não podem ser alterados, bons ou ruins devem ocorrer.  Veja a superfície deste vinho, ele está parado se eu coloco o dedo aqui dentro gera uma perturbação que vai prosseguir até seu término. Mas se eu colocar o dedo na outra extremidade e fizer o mesmo eu vou interferir e o resultado será diferente. Já estamos arriscando muita coisa, estamos num looping temporal.

— Looping temporal?

— Sim, ciclicamente estamos revivendo esta viagem no tempo e o resultado é sempre o mesmo, nós fracassamos - ela suspirou. - Desta vez vamos alterar a linha do tempo, mas de forma aparente, até que todos os principais acontecimentos ocorram.

— E como você sabe disso?

— Através de testes feitos em laboratório, estamos na 65o tentativa. Temos duas bombas que serão implantadas em Odin, Phezzan e uma terceira em Heinessen, mas não temos certeza. Estamos com restrição de frotas. No futuro o que sobrou das frotas estão protegendo a todo custo o que resta da humanidade. Estamos com pouca gente, viemos em três naves apenas com o mínimo de tripulação.

— Mas quem são seus inimigos?

— Ainda não posso relatar, é cedo me perdoe Sr. Kircheis - ela bebeu mais um pouco do vinho- existem ainda certas coisas que não poderei revelar.

— E por que está me contado isso tudo?

— Como disse preciso de você para nos ajudar.

— Mas como? Eu sirvo a frota imperial.

— Você entenderá. Mas eu preciso mais do que nunca da ajuda de Reinhard também, e se eu fosse diretamente a ele com certeza eu já estaria presa num manicômio. Reinhard é muito imaturo ainda. A única pessoa que pode convencê-lo que estou falando a verdade é você.

— Isso tudo é loucura. Uma enorme loucura Srta Braun.

— Eu sei, mas tudo que eu puder fazer para convencê-lo o farei. - ela o olhou. - Sei que Reinhard pretende destituir o imperador e tomar o universo para si para libertar Annerose. Sei que você prometeu a Annerose proteger Reinhard com sua vida se necessário. Todos estes fatos ficarão na história Sr. Kircheis.  Não se preocupe como disse não pretendo alterar a história, principalmente de Reinhard. Preste muita atenção ao que vou dizer - ela o olhou fixamente- Reinhard von Lohengramm é importante demais para a humanidade no futuro, a morte dele significa a nossa morte e vitória do nosso inimigo. Ele se tornará um herói lendário na galáxia - os olhos dela brilharam, parecia loucura, mas por um instante era como ver o olhar de Reinhard que ele bem conhecia. - Não posso dizer mais, não ainda.  

Siegfried pensou, até mesmo o nome Lohengramm ela sabia.

— Você tem algum parentesco com Reinhard ou sua irmã?

Elizabeth gelou, ele percebeu, mesmo não sendo aparentemente tão parecida com Reinhard, ela puxara mais a sua avó e sua mãe, ela ainda mantinha alguns traços marcantes como os olhos dos Lohengramms.

— Não posso dizer. Mas quero que acredite em mim após Astarte. Juro que direi tudo a Reinhard, mas preciso de você. Se após Astarte não se convencer pode dizer que sou louca. Se bem que eu tenho ainda uma prova irrefutável que tudo que eu disse é verdade e usarei se necessário.

Ele dá um longo suspiro. Parou e pensou.

— Preciso por a cabeça em ordem, foi muita coisa estes dias.

— Eu entendo, só peço não dizer nada a Reinhard ainda.

— Ok Srta Braun, farei isso.

Elizabeth pegou outra carta na mesa ao lado, da mesma forma lacrada como a primeira e entrega a Siegfried.

— Esta carta só deve ser aberta após a batalha que travarão em Astarte. Eu escrevi um nome antes de começar a carta, Este nome é bastante importante. E você entenderá. Devo dizer novamente que saber o teor desta carta antes pode alterar as coisas e além disso, ninguém deve ter acesso ao seu conteúdo.

Ele pegou a carta entre as mãos, parecia que ele tinha o destino da batalha de Astarte nas mãos.

— Se o que me diz é verdade, Reinhard irá vencer.

— Apenas posso afirmar que ele sairá vivo e você também. Mas não quer dizer vitória ou derrota.

Ele compreendeu, ele pousou a taça na mesa.

— Já vou me recolher, preciso descansar, amanhã Reinhard chegará, como deve saber.

— Sim vá, bom descanso. Conversaremos mais no seu retorno de Astarte.

— Boa noite Srta.

— Boa noite.

Ele saiu do quarto dela atordoado e refletiu:

"Se tudo o que ela disse for verdade, mais do que nunca devo proteger ele. A única certeza que eu tenho é não ter arrependimentos e parece que de certa forma acertei na minha escolha sobre seguir Reinhard." - Siegfried não conseguiu dormir direito pensando e repensando tudo.

No dia seguinte no espaço porto ele estava lá esperando Reinhard. ambos se cumprimentam e saíram rumo ao Hotel.

Elizabeth estava apreensiva, seria a primeira vez que veria seu avô. apesar da aparência ser a mesma de Richard, eles eram diferentes. Deixaria Siegfried e Reinhard colocarem a conversa em dia sobre os últimos acontecimentos, antes de aparecer.

No dia seguinte os viu tomando café numa mesa, ela bateu o olho em Reinhard e seu corpo tremeu, ele emanava uma luz própria, um anjo. Sua imponência era evidente. Não tinha como ficar insensível.

" Calma Elizabeth, você consegue".

Ela aos poucos se aproximou dos dois, Siegfried estava de costas.

— Sr Kircheis bom dia - ela sorriu.

Siegfried ficou um pouco desconcertado, mas respondeu:

— Bom dia Srta Braun.

Ela olhou Reinhard e se apresentou

— Eu sou Elizabeth von Braun - ela estendeu a mão.

Reinhard a segura, neste momento os dois sentiram como um leve choque.

— Reinhard von Musel.

— Prazer Lord von Musel - ela sorriu - O Sr. Kircheis me contou boas coisas sobre sua pessoa. Espero que tenha uma ótima estadia aqui. O local parece bem tranquilo.

— Certamente senhorita. Como vocês se conheceram?

— Uma longa história cheia de coincidências. Com certeza ele lhe contará.

"Coincidências não existem" - Siegfried pensou.

— Eu preciso ir agora, foi um prazer. Espero que nos encontremos ainda.

Ela saiu após se despedir. Reinhard aguardou para então perguntar a Siegfried

— Alguma namorada?

— Não Reinhard - Siegfried ficou sem jeito- como ela disse foram coincidências. - Ele contou os encontros no café e no transporte para o resort.

Eles continuaram a conversar outros assuntos, deixando o assunto sobre Elizabeth morrer.

Passados dois dias finalmente Siegfried e Reinhard retornaram a Odin, assim como Elizabeth e Nathan.


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