TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 8
Capítulo 8 — Sophie vs. Snape




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Sophie acordou assustada. Seu coração batia rápido e forte no peito ao ponto de machucar, e todo o seu corpo estava quente e suando. Ela respirava fundo para se acalmar, uma olhada rápida pela janela ao lado da cama e ela viu que ainda era muito cedo mas que o dia já estava começando a surgir. Olhou para o chão, ao lado de sua cama e viu Aslan dormindo tranquilamente. E suspirou, fechando os olhos, ela se permitiu lembrar do pesadelo que havia tido.

Havia começado com ela ao lado da família. Sua mãe, pai, Harry, Remus, Siriú estavam com ela, então os Weasley se juntaram, e Harriet também, Aslan veio em seguida junto com David. Eles estavam todos em uma sala, então ela se afastou por um momento, apenas um minuto, e quando voltou, viu todos começarem a desaparecer. Cada um deles, e ela não podia fazer nada para impedir, ela não conseguia gritar, não conseguia chorar, apenas ficava paralisada enquanto assistia todos desaparecerem. 

Ela abriu os olhos e com um último respirar fundo, ela saiu da cama e foi para o banheiro, precisando de um banho frio para esquecer tudo sobre aquele pesadelo. Após ter se limpado, se sentindo muito melhor do que quando acordou, ela voltou para o quarto já com as vestes para aquele dia.

Aslan já estava acordado, agora deitado de forma preguiçosa na cama dela. As meninas de seu ano ainda dormiam profundamente, então ela terminou de arrumar o cabelo em silêncio e logo estava saindo do dormitório com a mochila nos ombros e um fiel leão atrás dela.

— É o mais cedo que já acordei. – ela murmurou ao ver que até a sala comunal estava vazia. – Vamos lá, Aslan. Será um longo dia.

Era estranho andar pelos corredores daquele castelo, pelas escadaria em total silêncio. Ela já estava tão acostumada com as conversas e risadas para todos os lados, que ouvir apenas o silêncio fazia Hogwarts parecer extremamente vazia. Quando entrou no Salão Principal, havia apenas alguns poucos alunos da Corvinal e Sonserina, entre eles, Charles Francis na mesa da casa azul e Erik Lehnsherr na casa verde.

Enquanto se sentava em seu lugar, ela não pode deixar de olhar em como aqueles dois rapazes pareciam tão sozinhos, tão perdidos em seus próprios mundos. Naquele momento, ela até cogitou na ideia de ir até um deles para fazer companhia, mas, ela realmente não sabia como, e realmente não queria ser um incômodo.

Suspirou e olhou para a mesa principal, onde todos os professores ainda tomavam o café da amanhã. Dumbledore também estava entre eles, e num gesto silencioso, levantou a xícara que bebia na direção dela em cumprimento, qual ela retornou.

— Bom dia, Sophie.

Sophie olhou para frente e viu Nick, o fantasma de sua casa, sentado ali, com um sorriso fantasmagórico gentil no rosto.

— Bom dia, Nick. – respondeu ela. – Teve uma boa noite?

— Entre hevitar o Pirraça e ouvir o tagarelar do Frei Gorducho, sim, foi uma noite tranquila. – respondeu o fantasma com um suspiro. – Mas, e você? Nunca te vi por aqui tão cedo.

— Rolei da cama para o chão. – ela respondeu sorrindo e querendo hevitar se lembrar do pesadelo. – É bastante estranho, o castelo tão silencioso como agora.

— Eu estou acostumado, vivo por aqui a tanto tempo... – comentou Nick com um ar melancólico. – Quando vocês voltam para casa, os primeiros dias sempre são estranhos, tristes até. E agora que o pequeno aventureiro deixou de morar aqui...

Sophie já ia perguntar quem era o “pequeno aventureiro” quando a Profª Minerva se aproximou de ondes eles estavam sentados.

— Nick, posso conversar à sós com a Srta. Lupin? – perguntou a professora para o fantasma.

— Certamente, professora. Com suas licenças, preciso mesmo ir conversar com Barão Sangrento. – Nick disse sorrindo para elas e então se afastando.

A professora se sentou de lado, ao lado da Potter.

— Aqui, esses são seus horários. – começou a bruxa mais velha entregando os horários para ela. – Dumbledore avisou para todos os professores sobre o que você fará, então tomei a liberdade para fazer os horários de seu irmão para você, aqui.

— Muito obrigada, professora. – ela disse pegando os horários do irmão. – Muito obrigada.

Minerva olhou atentamente para ela e então colocou a mão gentilmente em seu ombro.

— Boa sorte, Potter. – ela sussurrou com voz cheia de carinho para ela.

Ela saiu antes que Sophie pudesse dizer qualquer coisa, mas ainda sim, a Potter não pode deixar de olhar carinhosamente para as costas daquela maravilhosa bruxa que se afastava para a mesa principal.

Voltando-se para os horários, ela começou a analisar tanto o dela quanto o do irmão.

Sophie suspirou e viu que a primeira aula do irmão seria com a Profª McGonagall, a segunda seria de Poções e a terceira antes do almoço seria de Feitiços. Olhando para o próprio horário, a primeira e a segunda aula dela seria História da Magia, então daria para ver a primeira e a segunda aula dele. Ela esperava que a professora Minerva não se incomodasse com ela lá em sua aula.

— Ela pareceu entender... – comentou baixinho para si mesma se lembrar do olhar da professora para ela.

Sophie então sorriu marota. Seria realmente divertido atazanar o ranhoso do Snape. E pensando no demônio, ela deu uma rápida olhada para onde ele estava sentado e suspirou quando viu que ele não estava mais sorrindo.

— Terei calafrios daquela cena para sempre, Aslan. Guarde minhas palavras. – ela comentou com o leão que não estava prestando nenhuma atenção nela e sim na comida. – Pelo menos você parece estar com o humor melhor. Fico feliz.

Logo, o Grande Salão estava cheio novamente e seus três amigos já haviam se juntado a ela. A maioria dos alunos do primeiro ano também já estavam na mesa, menos Harry e Rony.

— Então, você vai estar olhando duas aulas dele durante todo o ano? – perguntou Fred, após ela ter falado sobre a conversa com Dumbledore.

— Uhum. – respondeu ela.

— Por que? – Harriet perguntou com a testa franzida.

— Preocupação. Nada de mais. – Sophie respondeu indiferente dando de ombros. Ela não queria contar o real motivo para os amigos.

— E qual vai ser sua explicação para o motivo de estar em aulas que não são do seu horário? – Jorge perguntou.

— Algo sobre Dumbledore ter me pedido para supervisionar as aulas dos novos alunos da Grifinória. – respondeu ela dando de ombros. – E serão apenas duas aulas. Duvido que role fofoca sobre isso.

Assim, o assunto morreu e os atrasados chegaram a mesa do café. Sophie os tranquilizou que ainda tinham um tempinho para comerem antes da primeira aula começar, após eles receberem os horários de Neville que havia pegado para eles.

— Onde que fica a sala de Transfiguração? – perguntou o Potter mais novo ao ler os horários.

— Não se preocupe, Harry. Sophie vai levar vocês até lá. – disse Jorge sorrindo. – Ela vai assistir o desempenho dos alunos do primeiro ano da Grifinória durante o ano.

— Sério? – perguntou Rony.

— Sim... É, o diretor pediu esse favor para mim. – disse Sophie sorrindo nervosamente para os dois, e também para Hermione e Neville que olhavam para ela com interesse.

Não demorou muito para a sineta tocar avisando que era horário para primeira aula daquele ano. Se despedindo dos amigos – e Aslan que partiu para fora do castelo –, ela partiu para a sala de aula de Transfiguração com os alunos do primeiro da Grifinória logo atrás dela.

— Por que supervisionar as aulas do primeiro ano? – perguntou Hermione de repente.

— Quem vai supervisionar? – Sophie perguntou confusa.

Harry, Rony, Neville e Hermione olharam para ela confusos e ela percebeu que aquela era a desculpa para assistir as aulas. Se dando um tapa mentalmente, ela tentou corrigir o que havia respondido.

— Quero dizer, é... O diretor Dumbledore disse que os primeiros alunos do ano passado não... Estavam indo bem. – ela disse se encolhendo um pouco com a horrível mentira que estava contando.

“Remus sempre disse que eu sou péssima em mentir. Obrigada, mãe.”

— Entendo. – concordou Hermione com os olhos franzidos para ela.

— Você é próxima dele, então? Dumbledore? – perguntou Harry.

— Bem, eu acredito que todos somos próximos dele de alguma forma. – comentou a Potter, um pouco mais aliviada. – Ele é alguém fácil de conversar.

Chegaram na sala de aula antes que os mais novos fizessem mais perguntas, o que ela estava bastante agradecida.

— Obrigada por trazê-los, Lupin. – agradeceu a professora parada na porta. – Irá assistir minha aula?

— Se for confortável para a senhora, professora, eu gostaria. Minhas aulas mais tarde são importantes demais para eu perder. – ela respondeu, ageitando a mochila nos ombros.

— Claro que são. Duas minhas, não vou aceitar você perdê-las. – comentou a professora, recebendo um sorriso da ruiva. – Entre.

Assim, ela entrou e se sentou na cadeira do fundo, afastada dos mais novos. Abriu a mochila e pegou o livro que começaria aquele ano, e sentiu o coração se apertar quando o viu.

Era “O Hobbit” de J.R.R. Tolkien. Foi o livro que David mais havia insistido dela ler, assim como suas sequências três. Quando ela pediu o livro de presente para Remus, ele ficou bastante feliz e disse que ela entenderia o que um Smeagol era, finalmente. Ela havia decidido ler o livro na escola junto com David...

“Bem, será apenas eu e os hobbits agora.”

Com esse último pensamento, ela iniciou sua leitura, com a voz da professora dando aula de fundo.

Enquanto lia, ela dava breves segundos de pausa para olhar o irmão, e ela odiava o sentimento de alívio que sentia toda vez que percebia que ele não havia sumido como em seu sonho. Ela realmente odiava esse medo, odiava se sentir assim. O tempo passou e ela estava chegando no meio do livro quando a sineta tocou, dando fim a aula.

Suspirou. Ela estava amando aquele livro, amando aquele mundo, aqueles lugares e aqueles personagens. E ela estava quase certa que existia algo entre o rei anão e o hobbit.

Com os pensamentos ainda no livro, ela levou os alunos pelos corredores do castelo e descendo a masmorra, onde ficava a sala de Poções. Ela só parou de pensar em como queria que David estivesse lá para conversar sobre o livro quando viu Snape parado na porta dos esperando.

— Não temam, parece uma assombração mas é só o professor Snape. – ela falou baixinho para os alunos atrás dela que riram baixinho.

— Lupin. – resmungou o diretor da Sonserina. – Veio bisbilhotar minha aula?

— Agora, bisbilhotar é uma palavra muito forte. Eu vim aqui apenas ter certeza que o senhor vai se comportar. – respondeu ela sorrindo largo para o bruxo mais velho. – Deus sabe o que eu quero dizer.

Nesse momento os alunos da Sonserina chegaram também, entrando na sala, mas os observando com curiosidade.

— Só para você saber, eu deixei claro o meu total desacordo com isso. – disse o professor baixinho para ela, seu rosto mais feio que antes.

— Uma pena que não me importo com o que você pensa. – retrucou ela de forma fria e passando por ele.

Tomando o seu lugar no fundo, ela cruzou os braços e observou o professor também entrar e ir para a frente da sala para fazer a chamada. As vezes ela pensava se a forma como ela o tratava, o machucava, por conta do rosto dela ser tão parecido com o da mãe. Ela não era cega, ela via as vezes, em raros momentos, em que ele olhava para ela com tristeza ou saudade nos olhos. Mas, mesmo que o machucasse, algo nela fazia ela não se importar. Remus havia dito para ela o que ele havia chamado sua mãe, disse como ele havia começado a tratar ela de forma fria depois daquele evento em 1976.

Não, Severus Snape merecia a frieza nos olhos dela. Talvez, o dia que ele crescesse e tratasse os alunos de forma correta, então ela poderia mudar com ele. Mas, até então, era assim que seria.

Ela saiu de seus pensamentos quando escutou o professor chamando o nome de Harry.

— Ah, sim. – disse aquele ranhoso abrindo um sorriso cheio de escárnio. – Harry Potter. A nossa nova celebridade.

Sophie fechou as mãos em um punho apertado, porém abriu um largo sorriso, ela não deixaria ele zombar de Harry por sua fama indesejada.

— Não sabia que era um fã, professor! – exclamou ela fazendo cara de choque. – Sempre me surpreende!

— Lupin... – começou Snape mas, ela não o deixou terminar.

— Mas, creio que não é hora para pedir um autógrafo. – ela continuou calmamente, como se estivesse falando com uma criança. – Seria muita falta de profissionalismo, não acha?

O sorriso dela se alargou e ela deu uma piscada rápida na direção do irmão que a olhava admirado e agradecido. Snape, lhe deu apenas um olhar que, se pudesse, poderia matá-la, e voltou a fazer a chamada.

Suspirando, ela abriu o livro que já estava apaixonada, pronta para iniciar a leitura quando o professor retornou a falar.

— Vocês estão aqui para aprender a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções. – começou ele.

Falava pouco acima de um sussurro, mas eles não perderam nenhuma palavra. Como a Profª. Minerva, Snape tinha o dom de manter uma classe silenciosa sem esforço.

— Como aqui não fazemos gestos tolos, muitos de vocês podem pensar que isto não é mágica. Não espero que vocês realmente entendam a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça a tremeluzir, o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias humanas e enfeitiçam a mente, confundem os sentidos... Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glória, até a zumbificar, se não forem o bando de cabeças-ocas que geralmente me mandam ensinar.

Mais silêncio se seguiu, Sophie observou o irmão e Rony trocarem olhares, e ela quase riu quando viu Hermione sentada na beiradinha da carteira, parecendo desesperada para provar que não era uma cabeça-oca. A decepção que aquela garota vai sentir quando descobrir como Snape realmente é, vai ser enorme.

— Potter! – disse Snape de repente. – O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?

“Ah seu nojento! Não na minha guarda!”

Pensando rápido, ela jogou a mochila no chão com força, chamando toda a atenção da sala para ela.

— Deus! Como eu sou desastrada! – ela exclamou com falsa cara de desculpas. – Mil desculpas, eu sou um verdadeiro desastre nesse mundo! – ela se abaixou e começou a ir ajoelhada até onde o irmão estava, olhando para baixo da carteira dele. – Só um instantinho, senhor, tenho certeza que alguma coisa minha acabou parando por aqui. Licença, Harry, você está vendo alguma coisa?

Harry olhou confuso para ela, então abaixou um pouco a cabeça procurando pela coisa que ela estava procurando. Quando o ouvido dele estava próximo dela, ela sussurrou a resposta da pergunta, e então se levantou de forma abrupta.

— Me enganei! Não está por aqui. Vou voltar para o meu lugar, desculpas novamente. – com isso, ela voltou para a carteira que estava sentada com um sorriso alegre na direção do professor.

Ele olhou frio para ela antes de se voltar para Harry.

— Então, Potter?

Harry foi sábio o suficiente para não olhar para ela antes de responder a pergunta, como se sempre soubesse da resposta.

— Poção do Morto-Vivo.

Snape olhou furioso para Sophie, mas a jovem ruiva apenas levantou a sobrancelha para ele em desafio, deixando claro que, se ele ousasse agir como uma criança rancorosa com Harry, ela retribuiria na mesma moeda.

— Muito bem. – disse ele a contra-gosto.

A partir daquele momento, a aula decorreu sem mais nenhum problema.

Quando a aula acabou, Sophie explicou para Harry e os outros alunos onde ficava a sala de Feitiços, e depois que todos estavam fora da sala ela olhou de forma fria para Snape, que a encarava da mesma forma.

— Sabe que eu não irei deixar isso quieto, não sabe? – perguntou ele dando um passo mais perto dela.

— Sei. – disse Sophie no mesmo tom. – Mas, eu não vou admitir que faça o que fez hoje com Harry novamente. O senhor sabe como é a família com quem ele mora, sabe que aqueles trouxas não iriam permitir que ele estudasse, e ainda sim fez isso. Eu não gosto quando você age como uma criança rancorosa com os outros alunos, e já tivemos milhares de discussões por conta disso, mas saiba, com o Harry vai ser diferente. Eu sou filha de James Potter, e Deus sabe como eu posso ser tão terrível quanto meu pai foi, e eu sei que o senhor sabe disso também. Então vai, pode tirar quantos pontos quiser de mim em suas aulas, mas que fique bem claro que se continuar a tentar atacar Harry com suas palavras, isso que aconteceu hoje vai se repetir mil vezes pior.

Ela nunca se sentiu tão protetora antes, mas naquele momento, era como se uma enorme força tivesse caído sobre ela, um amor protetor sobre seu irmão tão grande que ela sentia que seria capaz de até mesmo rugir para aquele homem na sua frente. Vinha de seu medo de perdê-lo, ela sabia disso, mas pela primeira vez, ela não estava se importando.

Snape a olhava com os olhos franzidos e então, parecia que ele finalmente estava vendo o quão James Potter ela era. Pois, sua aparência era de sua mãe, mas Remus sempre disse para ela o quão parecida com o pai ela era. 

— Muito bem. Que assim seja. – disse Snape por fim.

Tentando manter o coração calmo, ela abriu um sorriso maroto.

— Ótimo! Vai ser divertido!

Com essas últimas palavras, ela saiu daquela sala carregada de veneno e rancor, e sentindo mais do que nunca, que havia entrado em uma espécie de guerra contra Snape.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Remus estava sentado no sofá, lendo “A Tormenta de Espadas” de George R. R. Martin, quando uma linda coruja branca entrou por sua janela, carregando uma carta. Antes mesmo de abrir, ele já sabia quem havia mandado e sobre o que era o assunto.

 

 

— Hora da minha bronca. – murmurou ele abrindo a carta.

 

 

“Querido, Remus Jonathan Lupin,

 

 

Se o senhor não fosse o meu padrinho, eu nesse momento estaria te chamando de nomes horríveis, porém, como eu te respeito, eu irei falar bonito.

 

 

Como ousas, me deixar acreditar que eu não havia encontrado meu irmão, quando aquele jovem rapaz, de alta magreza e cabelos que nunca viram um pente, e olhos tão verdes quanto as folhas do verão, herdados de minha mãe, era ele?

 

 

Estou tremendamente irritada e desgostosa com sua atitude! Imagines, meu espanto quando descubro, que aquele jovem garoto se chama Harry Potter!”

 

 

Naquele momento Remus teve que parar de ler pois estava rindo muito e negando com a cabeça para a escrita horrivelmente formal dela.

 

 

— Ela é tão tonta quanto o pai.

 

 

“De qualquer forma, eu entendo porque de não ter me falado. Você viu o quão nervosa eu estava, eu teria ficado pior se tivesse descoberto naquele momento. Mas, não pense que é só por eu entender, que eu não estou irritada com você. Pois eu estou! E já saiba que vai ficar sem chocolates durante um bom tempo!”

 

 

— Ainda bem que ela não sabe onde eu escondo os meus. – comentou ele sorrindo.

 

 

“Terminando minha bronca, hora de lhe informar, para sua total não surpresa, que Harry pertence a casa da Grifinória. Fiquei bastante feliz por ele ter entrado aqui, teria sido muito estranho se ele tivesse ido para Sonserina.

 

 

De qualquer forma, Dumbledore me pediu para eu participar de duas aulas... Não, isso é mentira. A ideia não foi de Dumbledore. Foi minha. Eu pedi para ele me deixar assistir duas aulas do Harry durante este ano. Eu sei que é estranho, sei que não faz sentido, mas...

 

 

Remus, eu acho que você sempre soube, mesmo eu não tendo lhe contado, o quão grande é o meu medo de você sumir. De eu me afastar e... Você desaparecer. Sendo sincera, esse era o maior motivo para eu quase ter desistido de vir para Hogwarts no primeiro ano.

 

 

Eu percebi acho que ano passado, o quão assustador para mim é isso. Claro, vem do passado, o fato de eu ter me afastado de meus pais e eles terem sumido, assim como Harry... Assim como Sirius.

 

 

E eu odeio. Eu odeio que meu medo de Harry sumir a qualquer momento seja tão grande, que eu preciso assistir aulas em que ele está, para apenas vê-lo ali, e fazer minha mente aceitar que ele não vai sumir. Eu odeio me sentir assim. Queria poder saber o que fazer sobre isso, queria... eu não sei. Eu só odeio isso.”

 

 

Remus suspirou. Ele sabia, bem, desconfiava que ela tinha alguma coisa em relação a se afastar. Mas ela nunca havia falado nada e ele não queria forçar ela a falar.

 

 

— Parabéns, Remus, seu burro. – disse ele miseravelmente. – Deveria ter falado com ela, seu idiota.

 

 

Com um último suspiro, ele prometou conversar com ela sobre isso depois. Assim que possível na verdade. Cara a cara.

 

 

“Enfim, hoje eu assisti ele na aula de Poções. Você já pode imaginar o quão horrível foi. Snape sempre foi uma criança rancorosa com todos, mas agora, ele está vendo um garoto com a cara de James Potter, e se tornou mil vezes pior se os comentários pelos corredores significam alguma coisa.

 

 

Ele até tentou atacar Harry, humilhar ele. Mas eu não deixei, Remus. Eu não vou deixar aquele ranhoso atacar meu irmão como um garoto idiota.

 

 

Eu disse isso para ele. Eu deixei claro que não permitiria. Acho que, a partir de hoje, ele vai parar de ver apenas Lily Evans em mim, e ver a combinação de minha mãe com meu pai. Já estava na hora na verdade.

 

 

Com isso, eu acho que posso ter entrado em uma espécie de guerra contra ele. Sophie vs. Snape! Quem você acha que ganha? Eu voto em mim. De qualquer forma, não me importo se ele descontar a frustração em mim, irei aceitar de bom grado. Os pontos que ele tirar de mim, eu recupero no mesmo dia em outras aulas. Eu sou boa demais, não sou Moony?

 

 

É isso. Harry teve um bom primeiro dia, e tenho certeza que ele será incrível durante a semana e o ano todo. Ele é o rosto do pai, mas Remus, ele é mais parecido com a mamãe. Eu sinto isso. Quando você conhecê-lo, você vai ver.

 

 

Na próxima semana irei te mandar outra carta, e trate de me mandar também.

 

 

Ah! Essa coruja ai é do Harry. O nome dela é Edwiges, e, não sei como, mas eu sinto que ela sabe quem eu realmente sou.

 

 

Eu te amo, até minha morte e depois.

 

 

Sempre sua moça,
Sophie.”

 

 

— Ah, minha moça. – murmurou ele carinhosamente. – Você é realmente muito boa.

 

 

Olhou para a coruja branca no ombro dele, Edwiges, sorrindo.

 

 

— Sophie vs. Snape. – ele comentou para o animal. – Não sei você, mas se eu fosse o Snape, eu temeria por minha sanidade.


Uma parte dele estava irritado com a ideia de Snape atacar Sophie de alguma forma, sua parte lupina estava em chamas para ele próprio atacar aquele homem, porém, uma outra parte dele, sabia muito bem que ele não faria nada ruim. Não com Dumbledore deixando claro o quão ele gostava de Sophie como ele mesmo havia admitido na última carta que havia escrito para Remus. Essa parte mais calma, sabia que tudo estava bem.

E claro, sabia muito bem que Sophie Lily Potter não era a princesa a ser socorrida da torre do castelo. Não, se Sophie era alguma personagem, ela seria Brienne de Tarth, a guerreira que acabaria com todos que a tentassem derrubar, ela não precisava de um príncipe, um herói. Ela já era uma. Ele sabia disso.

Afinal, ele estufou o peito, ele a criou muito bem.


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