TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 62
Capítulo 62 — O Convite e um Bom Natal




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24 de Dezembro de 1978, Casa dos Lungbarrow.

James e Lily saíram do carro – que ambos haviam comprado para terem facilidade em levar Sophie para os lugares –, dos bancos de trás Peter e Hannah saíram, o rapaz que carregava em seus braços uma Sophie Potter bebê que estava começando a acordar.

— Ahn... James ela ta começando a acordar – anunciou o Pettigrew já preocupado com o bebê começar a chorar.

James sorriu com carinho para seu amigo e foi até ele enquanto Lily pegava o carrinho de dormir da filha. Ele pegou a bebê no colo, e seu sorriso se tornou mais largo para ela que agora estava com os olhos bem abertos e observava a neve caindo suavemente ao redor deles.

— Sua primeira festa de Natal, querida – disse ele animado.

— Vamos entrar logo, está frio demais para ela aqui fora – disse Lily ficando ao lado de James e acariciando a bochecha gorda de Sophie.

Na frente deles uma mansão estava em toda sua magnitude e beleza. Cheia de luzes de Natal e enfeites, com as telhas cheias de neve e o jardim no mesmo estado. Peter e Hannah já estavam em frente à porta batendo quando os recentes pais se juntaram a eles. Do lado de fora eles já podiam ouvir as vozes de alguns bruxos e música.

A porta foi aberta por ninguém mais, ninguém menos que Albus Dumbledore que estava com uma toca vermelha e uma bola branca no topo da toca, e tinha um enorme sorriso em seu rosto gentil e velho.

— Feliz Natal! – disse ele batendo as mãos.

— Feliz Natal, Papai Noel! – disseram eles também sorrindo.

— Sempre soube que você era o bom velhinho do Natal – comentou Lily entrando na casa junto com o marido e os amigos.

— Ora, obrigado minha querida – agradeceu o diretor ainda sorrindo. – David insiste que eu pareço com ele mas que estou muito magro. Desde que cheguei ele está me dando várias comidas querendo me engordar.

— Ah, eu quero ser o Papai Noel também – disse Peter fazendo todos rirem. – Vamos andar ao redor – disse ele puxando Hannah que revirou os olhos para os Potter e Dumbledore que já sabiam que o “andar ao redor” de Peter Pettigrew era “ir atrás da comida”.

— David vai ficar encantado com vocês aqui – cantarolou Dumbledore e então olhou para Sophie que o encarava. – Olá, pequenina.

Sophie abriu um sorriso sem dentes e de olhos fechados. Dumbledore riu baixo cheio de encanto.

— Oh meu amado Tempo, ela é perfeita – disse ele olhando para James e Lily que concordaram bastante orgulhosos. – Eu posso? – perguntou indicando que queria pegá-la.

— Por favor – disse James entregando o bebê para Dumbledore que a pegou com todo cuidado possível, admirando o pequeno ser.

— Eu irei ver se encontro as meninas – disse Lily beijando a bochecha de James. – Vi Sirius passando com Alice para a sala acho...

James concordou mas continuou observando Dumbledore segurando Sophie. Era uma visão estranha porém adorável ver aquele bruxo poderoso, que ele já havia presenciado lutar contra o mal, ser naquele momento, apenas mais um homem encantado pela presença do pequeno bebê em seus braços. Sinceramente James não podia culpá-lo, Sophie brilhava.

— James, ela carrega tanta magia dentro de si – comentou Dumbledore com a voz cheia de encanto. – É como se ela brilhasse à magia pura.

— Eu sinto o mesmo quando olho para ela, principalmente quando a pego – concordou James. – Já viu muitos bebês assim?

— Oh sim – concordou Dumbledore olhando para James. – Muitos bebês nascem cheios de magia, alguns mais que outros, porem com o passar de seu crescimento essa magia se torna baixa, diminui. As vezes ao ponto de deixar de existir, as vezes apenas para um nível de magia normal de todo bruxo. São poucos que permanecem carregando a pureza da magia com o Tempo. – ele olhou para Sophie novamente. – Mas ela, ela eu acho que não irá embora. Me lembra muito o...

— Sophie!!!

James foi rápido o suficiente de pegar David Lungbarrow no colo antes que o rapaz se jogasse nas pernas de Dumbledore. Com David alto em seu colo, ele tinha mais chances de olhar para Sophie no colo de Dumbledore que agora estava olhando para o recém chegado.

Os cabelos de David estavam numa bagunça só, e sua roupinha social estava toda torna, principalmente a gravatinha colorida. Para James ele estava simplesmente adorável.

— Oi para você também, jovem homem – disse James fazendo pequenas cócegas no garoto que riu e lhe deu um abraço rápido antes de se voltar para Sophie.

— Feliz Natal, tio Jamie – desejou David e então para Sophie: – Feliz Natal, Sophie! Ooooh! É o seu primeiro Natal! Tá gostando??? Eu não me lembro do meu primeiro Natal mas eu gosto de todos que já tive até agora! Mesmo os que eu não me lembro! Você vai gostar também! Seria impossível não gostar do Natal né?!

James estava prestes a dizer que Sophie ainda não poderia respondê-lo mas sua filha o surpreendeu fazendo vários barulhos com a boca como se estivesse respondendo o garoto. David concordava com todo o barulho feito por Sophie como se ela estivesse contando para ele um relatório semanal.

— Puxa, Sophie! – exclamou David. – Tio Jaime a Sophie disse que amou a coisa branca que caía do lado de fora. Acho que ela tá falando da neve. Eu gosto da neve também, Sophie! Neve bunita!

James olhou para Dumbledore mas o mesmo estava observando David e Sophie com um sorriso suave e carinho no rosto, e com os olhos brilhando. James voltou a olhar para David, observando como seus olhos brilhavam, a magia praticamente brilhando ao seus redor. Com ele em seu colo, James conseguia sentir o mesmo que sentia quando Sophie estava em seu colo.

— Magia pura – comentou James baixo para Dumbledore enquanto David continuava tagarelando com Sophie. – Os dois.

— Pela graça do Tempo e do Universo, sim – concordou Dumbledore olhando para James. – Eles são amados.

— E o que isso significa realmente, Dumbledore? – perguntou James com um suspiro.

— Sinceramente eu não sei – respondeu Dumbledore calmo. – Mas seja o que for, eu sinto que é algo lindo, James. Algo lindo e eterno.

“Assim espero” pensou o Potter colocando um breve beijo nos cabelos bagunçados de David e olhando para Sophie que observava o garoto com seus olhos cheios de brilho, de luz e magia. “Por favor deixe que eles fiquem bem no final disso.”

O restante daquela noite de Natal passou com todos comemorando, conversando e se divertindo. David não saiu do lado de Sophie uma vez se quer, ainda sim era adorável com os bebês Charles e Erik, mas era a Potter primogênita que tinha sua total atenção durante toda aquela noite. E havia sido uma noite feliz, cheia de amor e felicidade no ar, mais ainda com uma magia carregada do Tempo e do Universo ao redor deles sem que eles percebessem. Amigos e amores reunidos em uma grande família para aquele grande Natal.

Foi a última vez em que eles todos estavam juntos e felizes antes de tudo desmoronar.

 

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25 de Dezembro de 1993, Hogwarts.


Sophie abriu os olhos devagar e cheia de preguiça. Estava frio, porém ela se sentia bastante quente graças a Aslan que estava deitado em baixo dela, com suas enormes patas ao seu redor, a protegendo do frio. Sophie suspirou e olhou ao redor, tomando noção que estava começando a acordar.

Nas camas ao lados estavam Teresa, Harriet, Hermione, Gina e Luna. Noite passada elas haviam decidido passar a noite em um só dormitório para que não ficassem sozinhas.

Sophie suspirou novamente e fechou os olhos, virando a cabeça para mais próximo da juba de Aslan, e então abriu novamente os olhos quando sentiu uma luz bater em seu rosto. Bem ali, pela janela ela via o dia começando a surgir, com a neve caindo e o céu totalmente branco. E foi olhando para a janela que ela percebeu que dia era aquele.

Era Natal. O que significava...

— David... – sussurrou ela e então se sentiu mais desperta. – David!

Ela cutucou Aslan que soltou vários resmungos e enfim acordou, olhando irritado para ela como o enorme gato que era, queria apenas dormir mas Sophie tinha outras idéias em mente.

— Feliz Natal, querido – desejou ela beijando o focinho enorme do felino. – Vamos me deixa levantar, uma carta me espera.

Ela sorriu com o revirar de olhos que recebeu do leão. Aslan soltou ela e Sophie se levantou, correndo para o banheiro para as higienes da manhã e então correndo para fora do quarto com Aslan logo atrás dela. Descendo as escadas, ela foi direto para a árvore de Natal que havia ali no canto. Se sentou no chão e começou a procurar pelo o que queria, e quando enfim encontrou, soltou um gritinho alegre.

O embrulho era claramente um livro, o terceiro e último livro da saga do Um Anel, e ela já estava mais que animada para ler e continuar aquela aventura com os amigos hobbits, elfos, anões, magos e homens daquela história fantástica. Estava pronta para voltar para a Terra-Média.

Sobre o embrulho do livro haviam duas cartas. Em suas frentes estavam apenas escrito “Carta Um” e “Carta Dois”. Era a primeira vez que recebia duas cartas ao mesmo tempo de David e isso a deixou mais curiosa do que nunca. Seguindo a ordem, ela pagou a primeira carta e abriu, já se sentindo feliz e quente mesmo com o friozinho ao redor.

“Minha melhor amiga Sophie,

Aqui estou eu, em mais uma carta para você, minha adorada amiga. Espero que você esteja tendo um Natal incrível, na verdade espero que a sua vida esteja sendo incrível, é o que eu mais desejo quando penso em você, Sophie, que você esteja tendo uma vida fantástica.

Eu, bem, eu admito não estar passando por bons momentos, acho. Vamos dizer que neste ano, minha vida de aventuras teve uma pequena complicada. Fiz o possível para evitar mas no fim acabei perdendo de qualquer maneira, e mesmo com criaturas e pessoas me dizendo que eu não poderia saber, ou que não posso salvar todo mundo... Isso ainda está me consumindo.

Mesmo agora não sei como estou tendo forças para estar escrevendo essa carta. Veja bem, por mais que eu queira acreditar que você está aí, que você se importa com o que escrevo para você, que mesmo lê... Ainda existem dúvidas em meu coração, em minha mente. Me pego pensando se você não é apenas uma fantasia que criei apenas para me animar, me pego pensando se você mesmo se importa...

Mas então eu escuto essa música no fundo da minha mente – principalmente no Natal, fica mais alto no Natal – e então eu retorno à acreditar que sim. Você é real, você está ai e... Você se importa, não é?”

— David – choramingou Sophie sentindo o coração doer em pensar seu amigo acreditando que ela não se importava. Ela colocou a mão na corrente que ele deu à ela anos atrás, acariciando. – É claro que eu me importo! Como não poderia?

Aslan ronronou ao lado dela.

— Eu queria que tivesse uma forma de saber onde ele está, Aslan – disse Sophie miserável. – Eu mandaria tantas cartas para ele, cada uma garantindo o quão importante ele é para mim.

Aslan ronronou novamente e deitou a cabeça no colo dela. Sophie retornou à ler a carta.

“Então, me levando à acreditar que você está aí e você se importa com o que estou lhe escrevendo, irei lhe contar as partes boas que passei neste ano!

Para início de conversa, tenho orgulho em lhe informar que eu finalmente tenho uma casa! Isso mesmo, Sophie Potter! Eu tenho uma casa própria! Fica em um bairro trouxa adorável, e ela é a casa mais linda que existe no mundo. Para provar o meu ponto, ela é a única casa azul em meio à varias casas cinzas e brancas. E com ajuda de um pouco de magia, ela é maior por dentro! Há!

Eu tenho tudo naquela casa! Quartos, cozinha, banheiros, BIBLIOTEQUINHA! SOPHIE EU TENHO UMA BIBLIOTEQUINHA!! Eu espero um dia poder te mostrar! Eu tenho certeza que você iria adorar!

A maioria dos meus vizinhos são chatos mas alguns outros são incríveis. Os meus favoritos é a Donna e o avô dela, Wilfred! Wilfred adora as estrelas, gosta de as observar a noite, sempre que estou em casa eu me junto com ele. É como um avô que nunca tive, na verdade. Ele é fantástico e muito inteligente! E tão mente aberta! Sinceramente quero um dia contar para ele que sou um bruxo. Já Donna é como uma irmã, chata e maravilhosa. Vive fazendo piadas sobre mim e querendo me levar ao redor. Sem contar que meus ouvidos são alvos das fofocas que ela sempre parece ter.

Eu adoro ela, realmente. Minha casa e meus vizinhos favoritos! Partes altas do meu ano, se quer saber.

Mas não é só porque eu tenho uma casa que isso significa que eu parei de viajar.  Au contraire, mon ami! Eu continuo me aventurando para todos os lugares possíveis, do Norte ao Sul, Oeste à Leste, voltas e voltas, encontrando criaturas incríveis, pessoas fantásticas, lugares magníficos. Estive no Brasil recentemente na verdade, encontrei um caso interessante na verdade acontecendo por lá... Mas irei deixar para te contar pessoalmente sobre, se não está carta ficará maior que qualquer outra.

Eu não quero falar por aqui sobre o que foi perdido este ano, é um assunto delicado e... doloroso que prefiro falar em uma conversa pessoalmente do que em um monólogo por carta. Mas saiba que estou bem... Ou vou ficar bem. Eu só preciso... Preciso continuar correndo, Sophie, porque se eu parar então dói e eu não gosto quando dói.

De qualquer forma, como você tem estado? Este ano está te tratando bem? Eu realmente espero que sim, se não eu terei de ter uma conversinha com o ano por te machucar. Nada deve te machucar, Sophie. Se te machucar então você me conta e eu vou cuidar de você. Ninguém mexe com a minha melhor amiga e saí impune.

Espero que Aslan esteja bem também. O tanto que sinto falta desse leão, não tem como descrever.

Agora, como você deve ter percebido eu te enviei duas cartas. Essa que estou escrevendo é a normal de cada Natal. A segunda carta é sobre algo maior. É mais um convite, na verdade. Mas irei deixar para falar sobre nessa segunda carta.

Com isso, termino essa minha carta aqui, Sophie. Por mais uma vez eu lhe desejo um Natal maravilhoso e dias fantásticos pela frente porque você merece. Sinto sua falta todos os dias. Espero um dia te encontrar. E obrigado por... Bem, por estar aí.

Até outro dia, Sophie.

Carinhosamente,
David A. T. L.

PS: Boa aventura na Terra-Média.”

Sophie segurava sua corrente com força no final da carta. Ela estava sorrindo e segurando as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos. Doía tanto para ela saber que David estava passando por algo difícil e precisando dela e ela não podendo o alcançar.

— Oh meu amigo – sussurrou ela triste. – Se eu pudesse já estaria voando até você.

Se acalmando primeiro, ela levou a corrente até os lábios dando um leve beijo, desejando para qualquer divindade que a estivesse escutando para cuidar daquele homem aventureiro. Com um suspiro, ela pegou a segunda carta, já se sentindo um pouco animada com o tal convite.

“Olá Sophie! Quanto tempo, nem parece que você acabou de ler uma carta minha!”

— Deus, ele é ridículo – riu Sophie revirando os olhos.

“Bem como dito na carta anterior, isso aqui é mais um convite para um grande evento que está para acontecer nesta noite de ano novo. Mas primeiro de tudo, deixe-me lhe explicar um pouco sobre o assunto.

Acho que já devo ter mencionado que me encontrei com centauros... Ou talvez não... De qualquer forma, eu me encontrei com muitos centauros durante minhas viagens. Mas acima de tudo, me encontrei com o mais sábio e velho centauro que existe, ele é como o líder de todos. Seu nome é Sólon e ele é, sem palavras na verdade. Me ensinou muito e me fez entender quem eu sou durante todo o caminho que tenho percorrido desde que saí de Hogwarts.

Ele vive na Floresta Gliocas – apesar do nome gaélico escocês, essa enorme floresta é na Nova Zelândia –, junto com outros centauros de sua linhagem e título e sangue. Eu estou aqui atualmente, e passei muitos dias convivendo com eles e por essa floresta. Vou apenas dizer que eu carrego um nome diferente do meu de nascença, um nome que estou aprendendo à carregar e entender.

De qualquer forma, vivendo com eles e os conhecendo, fui capaz de aprender coisas que nem Hogwarts ou qualquer outra escola de magia poderia me ensinar. E eu vou adorar falar sobre cada um desses ensinamentos com você pessoalmente mas vou focar aqui sobre o que tem haver com o evento.

Aqui vai:

No início de tudo, bilhares e bilhares de anos antes do nosso amado Planeta Terra ou qualquer outro mundo existir, tudo era escuridão e vazio. Não havia música, não havia vida, morte ou luz. Não havia Tempo. E tudo era silencioso. Mas então, o Universo nasceu, e seu choro era a primeira canção cantada, tão magnífica, que nenhuma outra foi capaz de superá-la. Em uma melodia que trazia vida, morte, tristeza, felicidade, que trazia tudo e nada, e de uma maneira misteriosa trazia também histórias de uma criação prestes a ser nascida.

E através do choro cantado do Universo, toda a escuridão e o vazio foram desaparecendo para o limbo; e com uma explosão vinda da mente, da alma e do coração do Infinito, ele se fez presente em uma forma etérea que nunca teria fim, seria eterna. As luzes de seus olhos se tornaram as milhares estrelas ao seu redor, os fios de sua mente viraram cascatas de luzes estrelares das mais belas cores que seguiriam por milhas e milhas por todo o espaço, iluminando cada canto que antes era escuro. Oh, era simplesmente maravilhoso.

Mas, por mais maravilhoso que fosse, ainda estava faltando algo. O Universo havia nascido e havia crescido como um estalar de dedos, e já era velho até aquele momento onde tudo a sua volta brilhava. Mas ainda sim, o silêncio só sumia quando ele cantava, e quando ele parava, voltava. Ele estava solitário, ele tinhas tantas criações belas e ninguém para mostrá-las.

Ele precisava, ele queria uma companheira. Ele queria o que ainda faltava ao seu redor: Vida. Vida em seu infinito esplendor, consciente e bela. Mas não apenas vida, pois o Universo, sendo o Senhor do Infinito, sabia que nem todos poderiam aguentar a eternidade vivida. A Morte, também era necessária. E assim ele, em uma canção vinda de sua alma e coração os fez surgir. A Vida e a Morte em suas formas de Sol e Lua, e os dois eram, e sempre seriam como o maior equilíbrio de toda a criação.

E uma única vez, o dia e a noite se uniram e desta união, ela surgiu.

Dourada e poderosa, calma e caótica, suave e bruta, lenta mas ainda sim, rápida. O Tempo, enfim nasceu. E desde do segundo em que ela estava presente, o Universo estava encantado com tanta beleza, tanto mistério, tanta vida e morte através dela. Mas acima de tudo, o que mais encantou o Universo era que o Tempo era capaz de ver tudo que era, que é, e que viria a ser ou poderia ser. Algo que até aquele momento, ele era o único com tal capacidade. O Tempo via tudo, assim como ele.

Com isso, o Universo cantou para o Tempo. Uma música vinda de todo o seu infinito ser e quando o Tempo lhe respondeu, cantando junto à ele em uma melodia carregada de tudo e nada, carregando a essência da Vida e Morte, só havia um resultado para sair dali.

Criações. Seres de patas, de pés, que falavam ou rosnavam, que gritavam e rugiam. Os mundos, outrora vazios, estavam cheios de criaturas que no futuro teriam nomes e sobrenomes, seriam conhecidos como animais, como seres humanos. As raças dos bilhões de anos através do fim do mundo, era como eles seriam conhecidos no futuro distante.

Veja bem, Sophie, é uma crença. Assim como acreditar em Deus, Buda, Brahma, Ganesha, Rá-Atum e por ai vai. Mas aqui, nessa crença eles acreditam que todos esses deuses que acabei de falar e até os que eu não falei, eles existem e tudo bem acreditar neles, porem são filhos, criações assim como nós, criações daqueles que fazem parte de nosso conhecimento mesmo antes de aprendermos a falar. O Universo e o Tempo.

Sinceramente quanto mais aprendo você toda essa ideia eu me sinto mais seguro sobre ela, é como... Me faz ver sentido na vida, na perda, na dor, em tudo. Mas enfim, isso podemos conversar em outra hora.

Agora o evento que vai acontecer na noite de ano novo, assim que o relógio bater meia noite e se tornar primeiro de janeiro, é relacionado ao Tempo, com o decorrer dos anos passados, o Tempo também ficou conhecido como Lobo Mau. Sólon não é apenas o líder dos centauros, ele é a criatura mais próxima do Universo e do Tempo que qualquer outro que já conheci – apesar dele dizer que existem dois mais próximos do que ele. Sólon foi avisado que na noite de ano novo, o Tempo irá passar, como uma estrela cadente (só que não tão rápida) por todo o Universo, vai passar pelo nosso céu.

Parece loucura eu sei, mas é verdade. O próprio Tempo estará passando e iremos vê-lo. Os centauros dizem que significa que momentos importantes estão para acontecer, que a história está chegando ao fim. Não digo o fim do mundo mas, o fim de algo, da canção que estamos vivendo sobre.

Se você quiser ver este evento muito raro – realmente muito raro, a última vez que isso aconteceu foi a mil anos atrás, e essa é a segunda vez a acontecer na história –, eu pedi para Sólon avisar aos centauros de Hogwarts para esperarem por você. Leve amigos se quiser, ah se puder levar o Hagrid também... Acho que é o tipo de coisa que ele pode gostar.

Enfim, é isso Sophie. Este é o convite, agora é totalmente sua escolha ir ver ou não. Se caso tiver dúvidas ou coisa do tipo, os centauros de Hogwarts poderão responder o que você perguntar. Apesar de serem rudes, com a permissão de Sólon eles ficam calmos.

Até mais, minha amiga.”

— Uau – sussurrou Sophie dobrando a carta e olhando para Aslan. – Isso é... Uau.

— O que é uau?

Sophie pulou do chão rolando para o lado devido ao susto que tomou ao escutar a voz de Castiel bem ao lado dela. Olhando para ele, viu que o garoto estava rindo baixo.

— Na moral, Cas – disse Sophie irritada. – Vamos deixar de ser amigos?

— Não – respondeu Castiel tranquilo. – Agora o que é uau? Observo que David lhe enviou cartas de Natal. Ele normalmente não manda só uma?

— Sim – respondeu Sophie com um suspiro, voltando a se sentar ao lado de Castiel. – Essa aqui – levantou a carta um – é a normal, sabe, dele dizendo sobre as aventuras e o que tem feito. E essa aqui – levantou a carta dois. – É um convite.

— Um convite? Para que? – perguntou Castiel estreitando os olhos e deixando a cabeça cair para o lado como fazia quando confuso ou curioso.

— Veja você mesmo – disse Sophie. – Não sei explicar ainda o que ele me escreveu. – entregou a carta dois para Castiel que não esperou duas vezes antes de começar a ler.

Enquanto Castiel lia a carta Sophie estava perdida em pensamentos sobre o assunto. Era algo totalmente louco mas ao mesmo tempo, para ela, fazia mais sentido que qualquer outra coisa sobre religião que ela já havia lido ou ouvido falar sobre. Algo dentro dela dizia o quão certo era, e mais ainda, algo estava praticamente gritando para ela ir ver o Tempo, Lobo Mau, passar pelo mundo e sentir o significado por trás disso. Ela piscou e olhou para os presentes em baixo da árvore, sorrindo ao ver a vassoura escondida no fundo.

Sirius havia contado para ela sobre o presente que ele havia comprado para Harry. Depois ela teria que correr até Remus e pedir para ele dizer que havia sido ele a dar a vassoura de presente.

— Isso é incrível – disse Castiel ao terminar de ler a carta. – Estamos indo certo?

— Você quer ir comigo?

— Claro que eu quero, não faça perguntas bestas – respondeu o Collins. – Tenho certeza que o pessoal vai querer também. Isso aqui é algo único, Sophie! Temos que ver!

— Eu sei – concordou Sophie sorrindo enquanto abria o embrulho do presente de David. – Uma parte minha está praticamente vibrando com toda essa ideia.

— É realmente uma religião – disse Castiel voltando a ler a carta. – E ela consegue respeitar as outras que existem. Cara... Eu amo isso. Vai contar para o resto do grupo sobre isso hoje?

Sophie mordeu o lábio inferior e olhou para a janela, o céu estava bem mais claro agora, e totalmente branco com a neve caindo.

— Vou deixar para amanhã – respondeu ela. – Vamos aproveitar o Natal e amanhã falo com o resto sobre isso tudo.

— Você manda, querida – respondeu Castiel entregando a carta para ela. – Vamos logos acordar os outros, quero abrir os meus presentes. E não to afim de esperar Patrick Jane dormir até quatro da tarde.

 

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Havia sido uma troca de presentes longa mas bastante animada. Sophie estava dando uma atenção especial para Harry durante todo aquele tempo pois ela sabia que ele ainda com os sentimentos confusos e cheios de raiva e tristeza pelo o que descobriu sobre Sirius.

Um dia depois da ida a Hogsmeade, Harry contou para ela sobre o que ouviu do Ministro da Magia no Três Vassouras – ela não questionou como ele conseguiu ir para Hogsmeade pois sabia que tinha dedo dos gêmeos e Harriet nisso. Por um momento ela pensou que ele estaria bravo com ela mas não, foi bem ao contrário. Ele se sentou ao lado dela no sofá da sala comunal da Grifinória, apenas eles e disse que queria ficar abraçado com ela.

E ela passou horas abraçada com ele. Entendendo o quão difícil estava sendo e até confuso ter que lidar com tantas informações sendo jogadas em seu rosto sem nem mesmo uma preparação. Ela mesmo se sentia culpada por estar escondendo sobre Sirius dele e de Remus, mas ela sentia que ainda não deveria falar sobre. Mas também sentia que não duraria mais muito tempo sobre aquele segredo. O novo ano estava chegando e logo Sirius iria fazer algo para pegar Peter, e ela tinha que estar pronta para quando esse momento chegasse.

De qualquer forma, mais tarde ela e Remus conversaram e concordaram em ficar de olho em Harry, apenas para garantir que ele não tentasse algo terrivelmente estupido. Francamente já bastava Sirius, ela não precisava ter de lidar com Harry também.

Quando o último presente foi trocado – no caso foi Dean entregando botas de cowboy para Patrick pois por alguma razão ambos tinham algum tipo de fetiche por coisas de velho oeste –, Sophie abriu um largo sorriso e puxou a vassoura do fundo da árvore.

— Isso é uma vassoura? – perguntou Rony com os olhos arregalados.

— Nossa, temos um Sherlock Holmes aqui – comentou Sam exasperado.

— Oh, Sophie, não precisava me comprar uma vassoura mas obrigado mesmo assim – disse Castiel já esticando a mão para pegar a vassoura.

— Como se você fosse trocar o seu Lincoln C. 78 bege, você ama aquela vassoura tanto quanto eu amo a Löwin e o Dean o Impala 67 – retrucou Sophie rindo. – Não é nem meu isso aqui, é do Remus para... Você Harry.

A forma como os olhos do jovem Potter se arregalaram fez o coração de Sophie se sentir quente e feliz por ele. Ela entregou para ele e o mesmo ficou olhando para o embrulho como se só isso bastasse.

— É nessa hora que você abre, Harry – disse Patrick sorrindo bem humorado, em seus pés já estavam as botas de cowboy.

Harry acenou com a cabeça várias vezes e então começou a rasgar o embrulho, assim revelando uma linda Firebolt tão preta quanto a Impala de Dean. Todos na sala – menos Sophie – fizeram sons de surpresa ao observarem a vassoura que havia acabado de ser lançada. Os olhos de Harry estavam brilhando.

— Meu padrinho é simplesmente incrível! – exclamou o Potter animado. – Será que podemos testar ela agora? 

— Calminha aí, furacão – retrucou Erik se levantando e puxando Charles com ele. –, vamos tomar café da manhã primeiro e então você saí por ai voando.

— Podemos voar juntos – disse Dean também se levantando, o chapéu de cowboy que Patrick havia lhe dado já estava orgulhosamente em sua cabeça.
 
— Eu topo – disse Castiel sorrindo.

— Certo, certo – comentou Rony. – Comer primeiro, ver vocês voando depois. To morrendo de fome.

— Amado, quando é que você não está morrendo de fome? – perguntou Gabriel em tom de ironia.

— Quando estou comendo – retrucou Rony saindo da sala comunal.

— Ele tá ficando atrevido, né? – questionou Gabriel.

 

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Após eles tomarem café, Sophie informou que iria atrás de Remus para que ele passasse o dia de Natal com eles e não sozinho.

— Eu vou com você – disse Harry sorrindo. – Quero agradecer ele pela vassoura.

— Nãooo – disse Sophie longo demais e se encolhendo internamente por novamente não saber mentir. – Vai com os outros, se prepara para voar, sim? Eu queria falar com ele sobre uma coisa também então... Sabe... Né... Eu... Falar...

Castiel, Dean, Erik, Patrick e Teresa olhando para a Potter com uma mistura de pena e exasperação por ser tão atrapalhada em uma mentira simples. Mas Harry, sangue Potter que era, não viu nada de errado.

— Tá bom então, vejo vocês lá fora – e saiu.

Sophie soltou um longo suspiro de alívio olhando para os próprios amigos.

— Na moral – começou Patrick. –, eu não vou nem comentar dessa vez. – e saiu.

— A lerdeza nos seus sangues deveria ser estudada – disse Dean também saindo.

— Eu sei, acredite, eu sei – disse Sophie balançando a cabeça. – De qualquer forma, vejo vocês lá fora.

E com isso foi para a sala de Remus. Aslan havia ficado com o grupo e Baguera que mesmo já tendo crescido bastante, ainda insistia em subir nas costas do leão.

— Feliz Natal, meu abençoado lobisomem! – cantarolou Sophie ao entrar na sala de Remus e indo abraçá-lo. Ele riu e a abraçou de volta.

— Feliz Natal, moça – respondeu beijando os cabelos de Sophie. – Gostou do meu presente?

— Eu amei! – respondeu Sophie sorrindo.

Remus havia dado para ela um kit de uma coleção de livros, presente que fez os olhos de Sophie brilharem de animação.

— E Harry também adorou o dele. Os dois que você deu – cantarolou Sophie sorrindo e vendo Remus parecer confuso.

— Dois?

A ruiva contou sobre o presente que Harry havia recebido de Sirius, de maneira que Remus não desconfiasse sobre os encontros dela com o outro padrinho. E explicou que havia dito para Harry que havia sido ele mesmo que havia dado a Firebolt de presente.

— Eu realmente não quero saber como ele conseguiu comprar essas vassouras – comentou Remus em um suspiro. – Mas está bem, eu entendi. Devo dizer que fui eu que comprei-as. Certo. E como Harry está hoje?

— Depois da Firebolt, a única coisa que se passa naquela cabeça é voar com ela – respondeu Sophie. – Motivo pelo qual eu vim também, vamos lá fora com a gente. Harry, Cas, Dean e eu vamos voar um pouco.

Naquele momento Harry entrou.

— Eu to ansioso e vocês estão demorando demais! – disse ele dando pequenos pulos. – Quero voar! Ah! Remus, obrigado pela vassoura! É simplesmente fantástico! Tenho que admitir que me surpreende você me dar justo uma vassoura quando você odeia que jogamos quadribol.

— Esse sou eu, cheio de mistérios – respondeu Remus fazendo Sophie rir. – E não precisa agradecer, Harry. Você merece. – diz bagunçando os cabelos do mais novo.

— Enfim, quando eu saí de lá, Bichento estava querendo comer Perebas novamente. E Rony e Mione começaram a brigar – comentou Harry. – Provavelmente irão ficar emburrados um com o outro até a ceia.

— Nada de novo sob o sol – disse Sophie sorrindo. – Bem, então vamos voar um pouco?

— Só se for agora! – respondeu Harry sorrindo. – Remus, vem com a gente?

Remus sorriu para as duas encrencas de afilhados e concordou.

— Logo sigo vocês. – respondeu o lupino dando uma leve piscada para os dois que partiram animados.

Suspirando, ele foi até o guarda-roupa e pegou um casaco para se cobrir do frio que estava tendo quando uma coruja preta entrou pela janela, com uma carta no bico. Franziu a testa e pegou a carta do bico da coruja, deu um petisco para a mesma que saiu voando. Abriu a carta e dentro dela, um pequeno colar caiu no chão. Se agachou e o pegou, era da cor prata, e tinha um formato de uma enorme pata pendurado nela. Olhou para a carta na outra mão e nela leu:

“Não me esqueci de você. Nunca me esqueci de você. Logo estaremos juntos. Do crepúsculo à alvorada. – Padfoot”

 

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Sophie e Harry estavam com suas devidas vassouras quando chegando ao lado de fora para se encontrar com o restante dos amigos. Lá, Dean e Castiel estavam com suas vassouras. O Lincoln C. 78 de Castiel tinha um formato mais diferente que as dos outros mas era lindo da cor bege e com a palha bem feita e lisa.

— Prontos para o show? – perguntou Castiel piscando para os outros e montando em cima da vassoura.

Sophie, Harry e Dean fizeram o mesmo. Toda atenção dos amigos estavam neles. Eles contaram até três e então estavam voando.

Sem surpresa a Löwin era a mais rápida, seguida pela Firebolt, Impala e por fim o Lincoln porem a velocidade delas realmente não importava naquele momento, mas sim o que aqueles em cima das vassouras conseguiam fazer enquanto voavam.

Era uma mistura ver os quatro voando.  Sophie estava em total equilíbrio não só com a própria vassoura mas com o tempo também, Dean através de manobras um tanto perigosas de se fazer, conseguia realizá-las muito bem e sem medo algum de se machucar no processo. Castiel voava com mais cuidado porém não menos livre que os outros, com manobras inteligentes e totalmente avontade com o céu. E Harry voava como alguém muito feliz em apenas estar ali e fazer o que sabia fazer.

De certa forma, era refrescante assisti-los voando.

Quando desceram, os amigos e agora Remus também, estavam com as bocas abertas e os olhos arregalados.

— Não – disse Remus. – De jeito nenhum, mudei de ideia. Chega de quadribol para vocês.

— Remus você é engraçado – disse Dean rindo e Sophie logo o seguindo.

Eles passaram o tempo ainda lá fora voando mais um pouco, e deixando os amigos voarem em suas vassouras também. Sophie estava bastante orgulhosa e impressionada ao ver como Gina voava bem, e sabia que ela seria uma ótima artilheira quando entrasse para os testes.

Após isso eles passaram a tarde na sala comunal da Lufa-Lufa conversando e brincando um com outro.

À hora do almoço todos foram para o Salão Principal e descobriram que as mesas das casas tinham sido encostadas nas paredes outra vez e que uma única mesa fora posta para vinte e quatro pessoas no meio do salão. Os professores Dumbledore, Minerva, Snape, Sprout e Flitwick estavam sentados à mesa, bem como Filch, o zelador, que tirara o avental marrom de uso diário e estava enfatiotado com uma casaca muito velha de aspecto mofado. Hagrid também estava ali, ao lado da professora Sprout. E por fim havia Remus e o grupo.

— Feliz Natal! – desejou Dumbledore quando o grupo se aproximaram da mesa. – Como éramos tão poucos, me pareceu uma tolice usar as mesas das casas... Sentem-se, sentem-se!

O grupo se sentou tudo junto e Sophie, justamente em frente ao diretor que sorriu alegre para ela.

— Balas de estalo! – disse Dumbledore entusiasmado, oferecendo a ponta de um tubo prateado a Snape, que o pegou com relutância e puxou. Com um estampido, a bala se rompeu e surgiu um grande chapéu cônico de bruxo encimado por um urubu empalhado.

Sophie que já estava com um suco de abóbora em sua boca, se engasgou em meio a risada que subiu pela garganta. Dean, Castiel, Gabriel e Teresa riram. Harry, Rony, Sam e Mione se encararam ao lembrar-sem do momento com o bicho-papão e sorriram, Erik e Remus esconderam o sorriso, Remus abaixando a cabeça, e Erik escondendo o rosto no pescoço de Charles que sorriu carinhosamente para a atitude, acariciando o cabelo do alemão. Fred, Jorge, Harriet e Patrick abriram largos sorrisos e bateram palmas.

A boca de Snape comprimiu e ele empurrou o chapéu na direção de Dumbledore que fez questão de trocar o próprio para por o chapéu de urubu.

— Está deslumbrante, senhor! – disse Sophie para o diretor que riu.

— Podem avançar! – convidou ele aos presentes, sorrindo para todos.

Quando Harry estava se servindo de batatas assadas, as portas do salão se abriram. Era a Profª Sibila Trelawney, deslizando em direção à mesa como se andasse sobre rodas. Tinha posto um vestido verde de paetês em homenagem à ocasião, o que a fazia parecer mais que nunca uma libélula enorme e cintilante.

— Sibila, mas que surpresa agradável! – saudou-a Dumbledore, levantando-se.

— Estive consultando a minha bola de cristal, diretor – disse a professora com a voz mais etérea e distante do mundo –, e para meu espanto, me vi abandonando o meu almoço solitário para vir me reunir a vocês. Quem sou eu para recusar uma inspiração do destino? Na mesma hora me apressei a deixar minha torre e peço que me perdoem o atraso...

— É claro – disse Dumbledore com os olhos cintilantes. – Deixe-me apanhar uma cadeira para você...

E, dizendo isso, usou a varinha para trazer, pelo ar, uma cadeira que girou alguns segundos e pousou com um baque entre os professores Snape e Minerva. E Sophie não pode deixar de sorrir ao ver Minerva fazer uma careta.

Ela se sentou e Minerva enfiou uma grande colher na terrina mais próxima.

— Tripas, Sibila?

E para isso, Sophie realmente riu. Aquele almoço seria divertido.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Mais tarde, quando todos estavam reunidos na sala comunal da Grifinória, Sophie foi até o dormitório colocou o terceiro livro do “Senhor dos Anéis” na mesinha ao lado da sua cama e sorriu com carinho.

— Estou aqui e me importo, David – disse ela baixinho. – Me importo muito.

E então pegou uma caixa, onde estava o presente de Sirius. E dizendo para todos que iria fazer uma visita rápida para Dumbledore, ela saiu em direção a Casa dos Gritos onde encontrou Sirius deitado na cama lendo um livro que ela havia deixado para ele.

Quando o moreno a viu, abriu um enorme sorriso.

— Feliz Natal, Sophie – disse ele se levantando. – Vi que Harry gostou bastante do meu presente...

— Ele está completamente apaixonado, vai dormir agarrado naquela vassoura – brincou ela rindo. – Mas ei, agora é a minha vez de lhe dar seu presente.

Sem fazer nenhum suspense, entregou a pequena caixa para o padrinho que abriu sem demora. Um sorriso carinhoso e o brilho nos olhos não foi perdido por Sophie quando Sirius viu o que era o presente. Era um quadro, com a foto dela, Remus e Harry juntos sorrindo e fazendo caretas.

— Feliz Natal, Sirius. – disse ela sorrindo com carinho para Sirius que tinha os olhos brilhando de lágrimas contidas.


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