TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 6
Capítulo 6 — Familiares Desconhecidos




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O segundo ano de Sophie havia sido tão divertido quanto o primeiro. Voltar para aquela escola, ao lado seus três fiéis amigos e pronta para se inscrever no time de quadribol de sua casa, Sophie estava mais que feliz em voltar.

E esse sentimento só cresceu quando avistou Aslan esperando por ela no Grande Salão – ela ficou bastante tempo abraçada com ele antes de se sentar na mesa da Grifinória ao lado de Fred e Jorge –, e também quando ela e o rapaz de olhos castanhos se olharam pela primeira vez naquele novo ano através das mesas. Seu cabelo estava mais curto e extremamente bagunçado para todos os lados, mas quando se viram, seu sorriso gentil e feliz era o mesmo, assim como seus brilhantes olhos castanhos que Sophie tinha certeza que poderia iluminar toda uma noite. Era uma alegria saber, através daquele olhar, que eles continuariam os mesmos.

Mesmo ver os professores – menos Snape –, havia lhe dado uma sensação de que estava em casa. Mais principalmente quando viu Dumbledore e seu sorriso extremamente gentil. Era, de fato, muito bom voltar para Hogwarts.

Assim, o tempo veio e foi. As lições estavam em maior número do que antes, Fred e Jorge se encontravam muito mais bagunceiros do que o primeiro e já começavam a fazer pegadinhas pelo castelo enquanto ela e Harriet tentavam os impedir. Isto é, até os gêmeos conseguirem arrastar a Lovegood com eles para as brincadeiras, deixando Sophie pedindo paciência para o universo.

Mas, Sophie tinha certeza que o ponto alto daquele ano foi os pequenos bilhetes que ela e o rapaz de olhos castanhos trocavam. Aos poucos, haviam deixado de fazer apenas perguntas, e começaram a comentar sobre os professores – Snape sendo o foco de zombaria deles –, sobre livros que eles haviam lido em comum e que gostariam de ler – ele indicou firmemente os livros do escritor J.R.R. Tolkien, e Sophie prometeu a si mesma que pediria para Remus –. Todo dia, haveria um bilhete esperando por eles dentro da mochila.

— Vocês dois são uma graça, mas ainda acho que deveriam conversar usando a boca. – Jorge comentou uma noite, após ver ela lendo um bilhete.

Jorge havia sido o único a notar esse relacionamento com o aluno da Lufa-Lufa. Sophie não conseguia entender como Fred e Harriet não perceberam sobre. Mas, estava feliz por isso, afinal, do jeito que Harriet era, ela acabaria indo falar com o rapaz de olhos castanhos, e Sophie ainda tinha medo de uma aproximação estragar tudo. Era puro demais para ela, aquilo que viviam.

— Um dia... – ela respondeu para Jorge enquanto guardava o bilhete. – Por enquanto, deixo ser o que é.

E assim foi.

“Parabéns por ter conseguido entrar no time de quadribol! Estou muito feliz, e tenho certeza que você será incrível! Não vejo a hora para te ver voar! – D.A.T.L.”

“Estou tão nervosa com o meu primeiro jogo contra sua casa! Meu pai era um incrível artilheiro... Espero ser tão boa quanto ele. Obrigada, D. – S.L.P.”

“Há! Você foi maravilhosa! Normalmente é sempre o Carlinhos que ganha mais atenção nos jogos, mas você, Sophie, você foi o centro desse jogo! Era como olhar uma fênix. Espetacular. – D.A.T.L.”

“Você soube sobre o que o Snape falou do aluno da Corvinal? Charles Francis? Eu juro que quero azarar aquele monstro! Tentei procurar pelo garoto mas não encontrei em lugar algum. – S.L.P.”

“Conversei com o próprio Dumbledore sobre isso, ele disse que teria uma conversa muito séria com aquele narigudo. Também não encontrei o pobre garoto em lugar algum... Espero que ele esteja bem. – D.A.T.L.”

“Você já sabe o que vai ser? Quando sair daqui? – S.L.P.”

“Não tenho certeza. São tantas possibilidades, e eu não quero me prender em apenas uma. Eu quero ser livre, Sophie. Um explorador, magizoologista, historiador... Posso ser todos eles e mais. – D.A.T.L.”

“Você é fantástico. Absolutamente fantástico, D. – S.L.P.”

“Tenha um incrivel feliz natal, Sophie. Espero te ver daqui a alguns dias. – D.A.T.L.”

“D! Obrigada pela corrente! Eu nunca irei tirar ela! É tão linda! Me desculpe por não ter te comprado nenhum presente, mas prometo que no próximo natal eu vou te dar um tão lindo quanto este. Obrigada! – S.L.P.”

“Ver você usando meu presente me deixa feliz... É o meu modo de fazer você lembrar de mim. – D.A.T.L.”

“Parabéns pela Taça das Casas! Eu realmente amo perder para a Lufa-Lufa! De qualquer forma, te vejo daqui a alguns meses, sim? Vou sentir sua falta! – S.L.P.”

“Eu vou sentir muito a sua falta, Sophie. Você é uma parte brilhante nessa escola, lembre-se disso, sim? E... obrigado... Por tudo. Até um dia. – David.”

Sophie suspirou enquanto assistia Hogwarts se afastar. De volta para Londres, e para longe de seu leão e o rapaz... David. O nome dele era David. Ela sorriu, e tocou a corrente em volta de seu pescoço, onde tinha pendurado um pingente de um sol e um leão ao redor dele. Era tão lindo, que ela sempre se sentia feliz em olhar.

Ela se lembrou da noite passada, os olhares que eles trocaram. David tinha um olhar um tanto triste para ela, que a preocupou. Mas então ele lhe abria um de seus sorrisos característicos e ela se sentiria mais segura.

E ela já estava animada para o próximo ano em Hogwarts. Ela estava decidida a se aproximar mais de David, e ela faria isso assim que se encontrassem na próxima vez.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


— VOCÊ O QUE?!

Sophie estremeceu com o grito do padrinho. Sinceramente, ela sabia que a reação dele seria exagerada quando soubesse que ela havia entrado no time de quadribol – por isso que enrolou até o segundo ano acabar para contar á ele –, mas se soubesse que o anuncio o deixaria tão pálido e estérico então... Bem, ela enrolaria mais tempo para contar.

— Remus... – ela começou mas o bruxo mais velho não permitiu ela terminar.

— Por que raios você faria isso?! – ele perguntou enquanto passava as mãos pelo cabelo. – É tão perigoso! E é ridículo! Voar atrás de uma bola! Deus! Isso é culpa do Sirius!

— Remus...

— Mesmo estando longe ele ainda consegue complicar mais a minha vida! – ele agora andava de um lado para o outro. – E eu culpo seu pai também! Isso é coisa dele! Onde quer que esteja, deve estar rindo da minha cara! Oh Deus, os jogos! Contra a Sonserina é sempre uma guerra!

Sophie suspirou e saiu da sala enquanto o padrinho continuava falando sem nem perceber que ela saiu. Foi até a cozinha, abriu o armário onde escondia os chocolates dele – se não ele comeria tudo em um dia! –, e voltou para a sala. Sem dizer nada, abriu o chocolate, e segurou o sorriso quando ele parou de tagarelar sobre morte ao quadribol e se virou para ela ao sentir o cheiro do chocolate. Ela ofereceu e ele pegou que nem uma criança recebendo o doce favorito e começou a se lambuzar.

— Melhor? – Sophie perguntou sorrindo.

— Uhum.

Ela revirou os olhos.

— Ótimo, agora entenda que, foi uma decisão totalmente minha entrar para o time. Claro, pensei muito no meu pai enquanto fazia, mas era algo que eu sempre quis. – ela disse calma enquanto o padrinho continuava comendo e a observando atentamente. – E eu sou boa, Moony. Realmente sou!

Remus sorriu carinhosamente para ela, e Sophie mordeu o lábio para segurar a gargalhada que subiu em sua garganta ao ver o estado dos dentes dele, cobertos de chocolate.

— É claro que você é, moça. – ele disse com um suspiro. – Sei que estou sendo exagerado, mas é que eu me preocupo muito com você...

— Eu sei. E eu me preocupo muito com você também. – ela retrucou sorrindo para ele. – Se isso ajuda, Fred e Jorge estão no time também. Como batedores e são incríveis. Eles não deixariam nada acontecer comigo. E, um amigo ainda disse que eu pareço uma fênix voando. Isso é algo bom?

— É perfeito.

Eles sorriram um para o outro e então se abraçaram apertado. Ela não trocaria aquela relação deles por nada no mundo. Uma relação onde cuidavam um do outro, cheia de carinho e brincadeiras. Uma relação de amor entre um pai e uma filha. Não eram do mesmo sangue, mas compartilhavam uma união que nunca seria quebrada.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

— MEUS FÃS EU CHEGUEEEI!

 

 

Sophie e Remus riram com a entrada dramática de Harriet da lareira. Ela sorriu para eles, lhes dando uma piscadela enquanto saía da lareira com o malão. O cabelo dela, assim como as vestes, estava todo sujo de poeira mas ela nem mesmo ligava, já puxando Sophie para um abraço apertado.

 

 

— É uma sorte a mãe de Sirius não ter ouvido sua entrada. – comentou a Potter observando a amiga cumprimentar o padrinho. – E vem cá, você não pensou em avisar que viria?

 

 

— Eu mandei uma carta. – respondeu a loira.

 

 

— Quando? Nenhuma carta chegou aqui.

 

 

— Mandei hoje.

 

 

— Harriet, não é assim que funciona. – Sophie comentou rindo. – Você chegou primeiro que sua carta!

 

 

— Mas, o que importa é a intenção. Eu enviei, só vai chegar um pouco atrasada. – Harriet disse sorrindo e dando de ombros. – Os gêmeos tão vindo também.

 

 

Sophie olhou exasperada para a amiga e depois se voltou para Remus que parecia estar se divertindo com a situação.

 

 

— Está vendo o que eu tenho que aguentar? – perguntou para o padrinho.

 

 

— Você os adora mesmo assim. – retrucou ele dando de ombros. – Vamos lá, Harriet, você pode ficar no quarto ao lado do de Sophie.

 

 

Não muito tempo depois, foi os gêmeos a chegarem e estes fizeram mais barulho que a Lovegood e conseguiram acordar o quadro da mãe de Sirius.

 

 

Seus amigos sabiam da condição de Remus como lobisomem. Tanto Molly como Arthur confiavam que ele jamais faria mal aos filhos, assim como Xenofílio Lovegood.

 

 

Os dias que se seguiram com eles juntos no Largo foram cheios e divertidos. Toda semana Remus os levaria para algum lugar divertido, todas as noites eles ficavam os quatro amigos ficavam acordados até tarde ou fazendo lição ou apenas contando história de terror.

 

 

Então o dia seguinte da lua-cheia surgiu. Assim que Sophie acordou, passou silenciosamente pelo corredor para não acordar os amigos e foi até o quarto de Remus que já se encontrava deitado na cama com uma calça de moletom larga e o corpo cheio de cicatrizes velhas e novas. A Potter rapidamente pegou água quente e um pano e começou a passar pelas novas feridas que sangravam por todo o corpo do licantropo. E o coração da menina doeu quando viu três enormes cicatrizes cobrindo o rosto do padrinho, sagravam muito e sujava o rosto todo dele de vermelho. 


— Remus... – ela suspirou triste. – Ele parece estar ficando mais violento.

— Sim. – respondeu ele fracamente. – Eu vou ficar bem, moça.

— Você sempre fica. – ela sorriu cheia de carinho por ele enquanto com o máximo de cuidado passava o pano pelo rosto. – Por que ele está tão violento?

— Lobos, quando escolhem um companheiro, são extremamente protetores deles e possessivos, quase não ficam muito tempo longe deles. – ele começou a explicar baixo. – No meu sexto ano, meu lado lobo escolheu alguém como companheiro. E...

— ... E ele não está por perto. – Sophie terminou calma. – Está sentindo falta.

— Sim. – Remus fechou os olhos. – Você já sabe quem é, não é?

— A carta que Sirius nos mandou naquele Natal foi bem clara, sim. – disse ela sorrindo. – Sabe que eu te aceito, certo? Não importa quem você ame, homem ou mulher, eu sempre vou te apoiar.

— Assim como eu vou apoiar você, moça. – ele disse levantando a mão e batendo fracamente o dedo indicador no nariz dela. – Mesmo que você saia pegando todo mundo como seu pai, eu ainda vou te aceitar.

Eles sorriram um para o outro e então Sophie voltou a limpar os ferimentos. Ambos sentiam que ficariam bem.

O tempo passou, os quatro jovens já haviam comprado os materiais para o terceiro ano de Hogwarts que estava se aproximando. Todas suas lições de casa já haviam sido feitas, e eles aproveitavam os dias para relaxarem – e para prepararem loucuras para fazer na escola, no caso dos gêmeos –.

Foi faltando quinze dias para o primeiro de Setembro que Sophie percebeu. Eles todos estavam sentados na sala, Remus e Harriet jogavam xadrez de bruxo, Fred e Jorge estavam fazendo anotações para Deus sabe o que, e Sophie estava lendo “Sherlock Holmes” de Sir Arthur Conan Doyle quando a ruiva soltou um grito surpreso.

— É esse ano! – exclamou ela alto fazendo todos olharem para ela. – Meu Deus! Eu não estou pronta! Remus, é este ano!

— ... O que é este ano? – ele perguntou confuso.

— Harry! Harry vai entrar este ano em Hogwarts! – ela respondeu agora se levantando e andando de um lado para o outro. – Ele nasceu em mil novecentos e oitenta, o que significa que ele já fez onze anos!

— Isso é legal! – Harriet disse sorrindo mas logo fez careta pelo estado que a Potter se encontrava. – Não é?

— Não, bem, sim! É incrível mas... Eu não posso contar para ele quem sou. Eu vou ter que agir como se ele não fosse nada meu. – disse a Potter triste e se sentando ao lado do padrinho que passou o braço pelo ombro dela. – Como posso fazer isso?

— Vai ficar tudo bem, Sophie. – Fred disse suavemente. – Estaremos com você, vamos te ajudar com isso.

— É isso ai! – Jorge concordou firmemente com o irmão. – Você vai ver ruiva, vai ser fácil.

— Sem contar que você vai ter várias lições para se preocupar, quase não vai ter tempo para pensar sobre isso. – Harriet disse.

— Vai dar tudo certo, moça. – Remus disse dando um beijo nos cabelos dela. – Tenho certeza que não vai ser por muito tempo.

Sophie pareceu se acalmar por alguns segundos até voltar a pular do sofá.

— Mas, e se ele ficar sozinho na cabine do trem? Não quero que ele fique sozinho no primeiro dia! – disse ela voltando a andar de um lado para o outro.

— Esqueçam, ela vai ficar o dia inteiro desse jeito até se acalmar. – resmungou o Lupin se voltando para o jogo de xadrez. – E devolve a minha peça Harriet Lovegood.

Ele estava errado. Sophie ficou naquele estado durante a semana inteira.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Enfim, 1° de Setembro havia chegado. Remus e Sophie já estavam vestidos com vestes trouxas assim como os outros amigos. Harriet iria com eles de ônibus trouxa, enquanto Fred e Jorge, que não tinham dinheiro trouxa como os outros, voltaram para a casa deles. Eles se encontrariam na entrada da estação de King’s Cross.

 

 

Uma hora depois, já estavam todos juntos novamente. A Sra. Weasley estava totalmente eufórica por conta de seu filho, Rony, que iria entrar para o primeiro ano em Hogwarts. Mas, logo ficou irritada com o tanto de trouxas em volta na estação. Estava particularmente cheio naquele dia.

 

 

— É a mesma coisa todo o ano, cheio de trouxas, é claro! – dizia a Sra. Weasley após ter sido empurrada por um trouxa que corria para pegar o trem. – Finalmente, a plataforma é por ali!

 

 

Logo, eles pararam em frente a parede que os levaria para a plataforma 9¾. Nenhum deles percebiam o garoto que os seguia timidamente, os observando com atenção.


— Muito bem, Percy, você primeiro.

E assim o Weasley mais velho partiu andando calmamente para a parede, e a atravessando sem nenhum trouxa notar.

— Harriet, sua vez. – Remus disse para a loira.

Harriet atravessou a parede correndo. A Sra. Weasley se voltou para Fred e Jorge.

— Fred, pode ir. – disse ela sorrindo para o Weasley.

— Ele não é o Fred, eu que sou! – Jorge exclamou fazendo cara de bravo.

— Francamente mulher você ainda diz que é nossa mãe. – disse Fred negando com a cabeça.

Sophie e Remus sorriram um para o outro enquanto observavam os irmãos enganarem a mãe.

— Oh, desculpe Jorge. – ela disse com um suspiro.

Fred andou até ficar de frente para a parede quando olhou para a mãe com um sorriso traquina no rosto.

— Estava brincando, eu sou o Fred. – e assim saiu correndo para a parede com Jorge o seguindo.

— Esses dois! – rosnou a Sra. Weasley.

Sophie já estava se preparando para atravessar a parede quando uma voz tímida os chamou.

— Com licença...

Sophie se virou e observou um garotinho magricela de cabelos pretos arrepiados e olhos esverdeados por trás de óculos redondos se aproximar de Remus e Molly. A Weasley sorriu carinhosamente para o garoto enquanto Remus parecia terrivelmente pálido e com os olhos arregalados. Sophie franziu a testa.

— Pode me explicar como... Como... – ele apontou para a passagem e Sophie sorriu.

— Atravessar a passagem? – ela perguntou e o garoto concordou. – Vem aqui, você pode ir na minha frente.

Ele se aproximou mais e se posicionou em sua frente. Sophie, foi ao lado dele e explicou de forma calma.

— É bem simples, basta ir andando até a parede e você vai passar por ela. Você pode ir correndo se estiver nervoso.

O garoto concordou e respirou fundo.

— Estarei bem atrás de você.

Ele olhou para ela e Sophie sentiu como se conhecesse aqueles olhos extremamente verdes e cheios de gentileza. Ele concordou novamente e se voltou para a parede, e então começou a correr e Sophie estava logo atrás dele. Assim que ela passou, ela o viu olhando totalmente encantado para a estação, um sorriso maravilhado no rosto e seus olhos brilhavam de alegria.

— É incrível né? – ela perguntou sorrindo para ele.

Ele olhou para ela ainda encantado com tudo.

— Estou descobrindo que eu adoro magia. – ele disse sorrindo.

— Vamos lá, vou te ajudar a despachar seu malão.

Ela o levou até onde os malões ficariam, deixou o dela e o dele lá.

— Eu tenho que ir agora, preciso encontrar meus amigos e outra pessoa, você pode encontrar um lugar para você? – ela perguntou.

— Sim, muito obrigado pela ajuda! – ele disse sorrindo para ela.

— Não foi nada. Boa sorte.

E assim eles se separaram para cada lado. Sophie olhou para todos os lados procurando não apenas onde seus amigos estariam mas também seu irmão, quando percebeu, ela não fazia a mínima ideia de como o irmão se parecia. Ela não se lembrava nem como ele era quando bebê, como raios saberia a aparência dele?

— Só vou vê-lo em Hogwarts... – ela resmungou enquanto ia até onde avistou os amigos.

Eles entraram no trem e logo encontraram uma cabine livre. Sophie foi até a janela e a abriu, chamando a atenção de Remus que foi até ela. A Sra. Weasley havia ido para outra janela onde provavelmente estava Rony.

— Percebi que não sei como ele é para reconhecê-lo. – ela disse quando o padrinho chegou onde ela estava. – Você está melhor? Parecia pálido um tempo atrás.

— Ah, sim, sim estou. – ele concordou balançando a cabeça várias vezes. – Você... Ajudou aquele garoto?

— Ajudei a despachar o malão mas então me afastei para encontrar meu irmão... Até me lembrar que não sei como o rosto dele é. – terminou a última parte fazendo beicinho.

— Você vai saber quando ele for selecionado para uma das casas. – Harriet disse calma. – Relaxe.

— Mais fácil dizer.

Remus revirou os olhos e bateu o dedo indicador no nariz dela.

— Se organiza, Sophie Evans. – disse ele carinhosamente. – Vocês quatro se cuidem. – então se voltou para os gêmeos. – Fred e Jorge nada de explodirem o banheiro desta vez! 

— Nós nunca explodimos o banheiro! – falou Fred colocando a mão no peito fingindo estar chocado.

— Mas é uma boa ideia! Obrigado Moony! – disse Jorge sorrindo. 

— Nem pensem nisso! – Sophie disse olhando feio para os dois que tinham largos sorrisos no rosto.

— No que? – Fred perguntou de forma inocente para ela.

Ela o ignorou em favor de se despedir do padrinho.

— Te amo, por favor se cuide sim? – ela pediu tocando levemente as cicatrizes no rosto dele. – Precisar de mim é só chamar e eu virei voando.

— Eu bem sei. – resmungou o Lupin. – Eu também te amo, moça. Boa sorte lá, e continue sendo fantástica.

— Pode deixar.

— E vocês três fiquem de olho nela, ela é bem filha do pai dela e isso não é um elogio. – Remus disse rindo. – Tenham uma boa viagem.

— Obrigado, Moony! – Jorge agradeceu.

— E pode deixar, ela está no nosso radar sempre. – Fred disse sorrindo para Sophie.

— Eu nunca vou me livrar de vocês, vou? – Sophie perguntou fazendo careta.

— Ruiva, não lamentamos nem um pouco em lhe informar... – começou Fred.

— ...Que no momento em que nos apresentamos, nos tornamos seus amigos eternos. – terminou Jorge.

— Agora aguenta, leoa. – Harriet disse rindo.

Sophie revirou os olhos.

— Tchau, Remus! – disseram os gêmeos e Harriet voltando os rostos para dentro da cabine.

— Tchau. – ele se voltou para Sophie. – Te vejo daqui a alguns meses.

— Não se eu te ver primeiro. – ela retrucou com carinho. – Tchau, Moon.

— Tchau, moça.

O trem então começou a andar mas Sophie só voltou o rosto para dentro da cabine quando Remus sumiu de sua vista.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


Já estava tarde, seus amigos haviam pegado no sono durante o caminho e ela havia ficado acordada olhando a paisagem pela janela enquanto acariciava o pingente que David havia lhe dado. Pelo menos o pensamento dele e a ideia de que naquele ano finalmente falaria cara a cara com ele, fazia ela se acalmar em relação a ter o irmão na escola. Olhou para o pingente, e acariciou o leão que estava ao redor do sol, se lembrando também de seu próprio leão que estava esperando por ela. Ela não via a hora de ver Aslan, a saudade que sentia dele era enorme.

Suspirou e pôs a mão no bolso, tirando de lá a última nota que David havia lhe escrito.

“Eu vou sentir muito a sua falta, Sophie. Você é uma parte brilhante nessa escola, lembre-se disso, sim? E... obrigado... Por tudo. Até um dia. – David.”

Ela não tinha percebido antes, mas aquela nota parecia carregar um sentimento de tristeza, e isso fez o peito dela doer um pouco. Se lembrando dos últimos olhares que eles trocaram, onde ele parecia triste algumas vezes, ela nunca se perguntou em que ano ele estava, e tinha medo de pensar que o último ano dele poderia ter sido o segundo ano dela. Não. Ela balançou a cabeça tirando aquele pensamento da cabeça. Ele nem mesmo parecia ser tão velho como os alunos do sétimo ano. Ele estaria lá e ela iria conversar com ele.

Guardando o bilhete de volta ao bolso, Sophie resolveu andar um pouco pelo trem, não apenas para mexer as pernas mas para ver se encontrava o irmão, mesmo não sabendo como seria a aparência dele, talvez ela descobrisse quando o visse. Saiu da cabine em silêncio para não acordar os três e segurou o riso ao ver a cabeça de Fred caída no ombro do irmão e babando toda a roupa dele.

Ela foi andando, olhando discretamente para algumas cabines, e até conversando com alguns colegas, encontrou com Olívio Wood que agora além de goleiro, era também o capitão do time da Grifinória, ele a segurou falando sobre os jogos durante um tempo terrivelmente longo até Harry Edward ter tido dó dela e a puxar para longe do garoto. Agradecendo o amigo, Sophie continuou andando até ver três garotos parados em frente a porta de uma das cabines. Um dos garotos, mais baixo que os outros dois brutamontes do seu lado e também mais bonito, loiro com o rosto pálido estendia a mão para quem quer que estivesse dentro da cabine, mas aparentemente, a pessoa para quem ele estendeu a mão não havia apertado, e o deixou envergonhado e nervoso.

Sophie se aproximou mais e viu quem era o garoto que estava dentro da cabine, o mesmo garoto que ela ajudara. Mas não estava só, Rony, irmão de Fred e Jorge estava com ele. Assim que percebeu que o uma briga estava para começar, ela resolveu intervir.

— Tá tudo bem por aqui? – ela perguntou, mais olhando para o garoto e Rony do que os outros três.

— Sophie! – exclamou o Weasley.

— Nem entrou em Hogwarts e já estão arrumando briga, francamente vocês garotos precisam se controlar. – ela comentou revirando os olhos.

— Ele que começou. – Rony apontou para o loiro.

— Não sabe se defender sozinho, Weasley? – o garoto loiro perguntou com a voz cheia de zombaria.

— Certo, já não gosto muito de você. – Sophie resmungou para o loiro. – Quem você é?

— Draco Malfoy. – disse o garoto de forma orgulhosa.

De todas as famílias...

— Lamento por você. – ela disse para Draco que murchou o peito. – Agora, por que você está aqui incomodando quem tá quieto?

— Eu queria conhecer o famoso Potter. – respondeu Malfoy de forma mal humorada.

Sophie sentiu todo o coração acelerar e o estômago se revirar ao escutar a resposta do garoto. Ele só podia estar falando de um Potter, afinal, ninguém, além dos amigos e Remus sabia que ela era uma Potter. Sem contar que ele também disse famoso. E Sophie era tudo, menos famosa. 

— Quem? – ela perguntou ouvindo com força a batida de seu coração acelerado.

— Harry Potter. – e então Draco apontou para o garoto que ela havia ajudado.

Oh, ela iria matar Remus Jonathan Lupin.


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