TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 57
Capítulo 57 — Duas Decisões Tomadas para o Caminho a Seguir




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803380/chapter/57

 

01 de Abril de 1977, Hogwarts.


James estava sentado no sofá da sala comunal da Grifinória de frente para para a lareira, já era noite, e muitos dos alunos já haviam ido dormir. Mas ele ainda estava ali, e não estava sozinho. Deitada sobre seu peito, sua garota maravilhosa estava, com um livro em mãos e lendo em voz alta para ele, enquanto ele próprio lhe acariciava os cabelos.

Ainda parecia um sonho para ele, ter Lily Evans em seus braços depois de tanto tempo sendo completamente encantado e apaixonado por ela. Aqui estavam eles, juntos. Ele sorriu suavemente para o topo da cabeça dela e deu um leve beijo ali, antes de se voltar para janela, olhando para o céu com preocupação.

Por mais que ele adorasse escutar Lily lendo aquelas histórias incríveis para ele, naquele momento, sua mente estava focada em outra coisa. Logo uma lua cheia surgiria e iluminaria o céu e seu amigo mais querido se transformaria em um lobisomem. E por mais que Sirius tenha lhe garantido que ele ficaria com Remus naquela noite, algo em seu instinto estava dizendo o contrário.

— James? – ele ouviu a voz suave de Lily o chamando baixinho, e se virou para ela. – O que foi?

— Eu não sei... – sussurrou ele perdido em pensamentos. – É só... Preocupado com Remus, acho...

Lily olhou para ele com gentileza antes de se sentar, e puxar ele para mais perto de si, acariciando seus cabelos bagunçados.

— Você sabe que eu não me importaria se você fosse ficar com ele hoje, não sabe? – ela perguntou baixinho, olhando para os olhos dele. – Na verdade me deixaria aliviada sabendo que você estaria com ele. 

James suspirou, cheio de encanto e amor por aquela garota maravilhosa. Ele colocou as mãos nos dois lados de seu rosto e juntou seus lábios em um beijo gentil e carinhoso, tentando ao máximo transmitir o quanto estava agradecido por ela ter lhe dado essa chance, ter dado a eles dois juntos uma chance.

Ele estava prestes a dizer que iria ficar com Remus quando a porta da sala comunal foi aberta e para maior preocupação de James, Sirius entrou com um largo sorriso no rosto.

— O que você tá fazendo aqui? – ele perguntou, se afastando de Lily que estava tão confusa quanto ele.

Sirius por sua vez não parecia nada preocupado. Na verdade parecia bastante feliz.

— Quem é o cara? – ele perguntou rindo. – Eu te digo quem é o cara! Eu sou o cara! Ha!

As sirenes de perigo na mente de James estavam crescendo cada vez mais.

— Do que você está falando, Sirius? – perguntou Lily num tom bravo. – Por que você está aqui? Você disse que ficaria com Remus hoje!

E então Sirius começou a rir como se Lily tivesse acabado de contar a melhor piada de sua vida. James se levantou, sua confusão estava sumindo, no lugar apenas raiva e preocupação continuavam a crescer.

— Vamos dizer que o Moony vai ter uma companhia bem melhor hoje – disse ele ainda dando risadinhas. – Aquele ranhoso vai ver o que acontece por ficar se metendo em assuntos que não são da conta dele.

James arregalou os olhos em puro choque. Só havia uma pessoa a quem eles chamavam de “ranhoso”. Mas Sirius não teria mandado ele para onde Remus iria se transformar... Seria... Seria praticamente um assassinato. Com o coração trovejando no peito James partiu pra cima de Sirius, pegando ele pelo colarinho das vestes e batendo suas costas contra a parede. Oh ele estava irritado, raivoso até.

— Quem você mandou até o Remus, Black? – ele perguntou com a voz baixa num sussurro cheio de ameaça e raiva.

— Qual é, James, isso doeu cara! – retrucou Sirius olhando confuso e irritado para ele. – Por que você está assim...

— QUEM FOI?

— Snape! Quem mais seria seu idiota?! – retrucou Sirius tentando empurrar James para longe, mas o Potter era mais forte.

— James...

James se virou para Lily e viu que ela olhava cheia de preocupação para a janela, temeroso, ele também olhou. A lua cheia estava surgindo, brilhando a noite cada vez mais. James largou Sirius, se sentindo congelado no lugar sem saber o que fazer.

— Qual é, eu achei que você acharia engraçado – continuou Sirius. – Aquele idiota é praticamente um comensal...

— James precisamos fazer alguma coisa! – disse Lily se levantando, ignorando completamente Sirius.

James piscou várias vezes e saindo do estupor que havia entrado, concordou com ela, e com a voz grave disse:

— Querida, vá até Dumbledore o mais rápido que você puder, conte tudo para ele – pediu ele e Lily, sua garota incrível não perdeu tempo, correndo fora da sala comunal.

— Tem que... – Sirius começou a dizer mas James tornou a empurrar ele na parede.

— Presta bem atenção, se Snape morrer por conta dessa sua... Sua... Eu nem sei o que foi isso tudo! Mas se morrer, a culpa é inteira sua e você é um assassino. – disse James e viu Sirius arregalar os olhos em choque. – Ele pode ser um comensal, mas você acaba de se igualar a ele.

E com isso dito, James correu o mais rápido que podia. Pulando os degraus da escadaria e derrapando nas paredes, ele usava toda a força e agilidade que havia adquirido graças ao Quadribol e as corridas matinais que fazia. Com o coração martelando no peito, ele saiu do castelo, enfim, a lua estava cada vez mais a mostra, saindo de trás das nuvens.

Não muito longe ele já avistava a árvore e isso aumentou mais ainda sua força de vontade para correr o mais rápido que podia. Tirando a varinha do bolso com graça e agilidade, já mais próximo da árvore, ele a imobizou e escorregou para dentro do buraco.

— SNAPE VOCÊ PRECISA SAIR DAQUI! – ele ouviu a voz de Remus gritando, angustiado e claramente sentindo dor.

James se levantou e partiu para o andar de cima da casa.

— Todos vão saber o que você é, Lupin – dizia Snape, sua voz ficando mais clara quanto mais James chegava perto. – Uma aberração!

James chegou na porta do quarto que estava fechado e com tudo jogou o corpo contra a porta, a abrindo com um estrondo alto. Remus estava encolhido num canto, claramente começando se transformar.

— Potter – rosnou Snape – O que você...

Antes que o idiota pudesse terminar a pergunta, James partiu para cima dele e sem pensar em mais nada lhe deu um soco forte fazendo com que Snape caísse desacordado.

— Isso foi por chamar meu amigo de aberração – rosnou ele e então se abaixou para pegar o corpo desacordado de Snape, o jogando sobre o ombro. – E também porque eu sabia que você não saíria daqui de boa fé.

— James... – grunhiu Remus se contorcendo no canto do quarto, seu rosto virado em dor e raiva. – James, sai...

— Eu vou voltar para você – garantiu James olhando triste para o amigo.

Então ele partiu correndo para fora da casa. Quando saiu do buraco da árvore, ele escutou um uivo cortar o ar, dando o aviso de que o lobo havia emergido na luz da consciência de Remus. Ele continuou correndo, e sentiu alívio ao ver de longe Dumbledore, Lily, Hannah e Peter correndo até ele.

Quando próximo do diretor, ele entregou o corpo de Snape para ele e puxou Peter pela mão.

— Temos que ir, ele vai precisar da gente – disse James para o outro amigo que concordou de prontidão. James se virou para Dumbledore que o olhava com atenção. – Por favor, senhor... Não podemos deixá-lo sozinho...

— Vá – concordou Dumbledore suavemente. – Mas tome cuidado.

James e Peter concordaram. Antes deles partirem, suas respectivas namoradas se jogaram neles, lhes dando abraços apertados e lhes desejando “boa sorte”. E então, logo eles estavam correndo para a árvore.

— James – chamou Peter enquanto corriam. –, o Sirius ele...

— Falaremos sobre isso depois, Petey – disse James ainda se sentindo confuso sobre como lidar com o que Sirius havia feito. – Nossa prioridade é o Remus, agora.

Peter concordou parecendo preocupado. Antes deles entrarem, os dois se transformaram em cervo e rato e partiram para cuidar do lobo que naquela noite estava mais irado do que nunca.

Enquanto isso, na sala comunal da Grifinória, Sirius estava sentado na poltrona ao lado da janela com vergonha de seus atos e com vergonha de olhar na cara de seus amigos na manhã seguinte. Principalmente olhar para o rosto decepcionado de Remus.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


01 de Outubro de 1993, Hogwarts.

Um mês desde que Sophie havia encontrado Sirius havia se passado. E apesar dela ainda não saber o que fazer com a situação que se encontrava, e não gostar de ainda estar mentindo para Remus e Erik, ela não podia negar estava feliz em ter o segundo padrinho próximo. Apesar de tudo, era bom conversar com ele, contar cada parte da infância dela que ele perdeu, contar sobre como Harry era, e o que eles já haviam feito juntos.

— Eu ainda não consigo acreditar que você lutou contra Voldemort e ainda acertou um feitiço nele, e Harry matou o rei das cobras – disse Sirius sorrindo, olhando encantado para a afilhada sentada ao seu lado. – Isso é... Deus, nem sei. Incrível.

— Loucura, é o que é – retrucou Sophie rindo e balançando a cabeça. – No final percebi que foi mais um ato levado pela emoção dos eventos do que tudo. Gina havia sido pega e Aslan... Era muito para ser deixado.

Sirius sorriu suavemente para ela sem mostrar os dentes, e gentilmente acariciou os cabelos de Sophie, colocando atrás do ouvido.

— E por isso foi incrível. – disse Sirius. – James e Lily estariam orgulhosos. Lily tendo um ataque, mas ainda sim orgulhosa. – brincou rindo baixo, e então olhando para longe, como se perdendo em pensamento. – Mas essa era uma característica muito forte em James. Ele tentaria salvar mesmo quem ele não gostava.

Sophie sorriu, sentindo o coração se apertar de carinho e saudade em pensar em pensar em seu pai.

— Mas e Remus nessa história toda? – perguntou Sirius com a testa franzida. – Ele ficou sabendo...

— Como se eu pudesse esconder alguma coisa dele sem que ele desconfie. – resmungou Sophie. – Tenho quase certeza que ele sabe que estou escondendo algo. Nunca fui boa em mentir mesmo.

— Isso é culpa da sua mãe, eu te garanto – disse Sirius. – Toda vez que ela tentava mentir era um desastre.

— Por isso eu venho tentado não mentir mais. Apesar da vida claramente querer o contrário – comentou Sophie. – Mas para quem eu nem tento mais mentir é o Erik. Ele já considera um insulto.

— Seu irmão de alma, certo? – perguntou Sirius.

Sophie concordou. Olhou para o padrinho e viu que ele estava parecendo pensativo novamente. Desde da primeira vez que ela mencionou Erik, e sobre ele ser o irmão de alma dela, ele havia ficado estranho sobre o assunto. E toda vez a partir de então. Ela não entendia bem o motivo, mas algo que lhe dizia que tinha haver com sua própria experiência vívida tendo um irmão de alma e convivido com outros que também tinham.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


A temporada de quadribol se aproximava e Olívio Wood, capitão do time da Grifinória, convocou uma reunião para uma manhã de quinta-feira com a finalidade de discutirem as táticas que adotariam na nova temporada. Sophie que havia acordado mais cedo que o normal naquele dia, havia decidido ir tomar um rápido café da manhã e se dirigir para onde seria a reunião no campo.

Chegando lá, não foi nenhuma surpresa para ela encontrar apenas Olívio andando de um lado para o outro claramente preocupado com o jogo esse ano. Ela não podia culpar o coitado, desde que se tornou capitão não havia ganhado nenhuma vez, e aquele era seu sétimo e último ano. Era realmente sua última chance de conseguir a taça da vitória para a Grifinória.

— Eu não vou ficar aqui vendo você andando para lá e para cá – disse Sophie pegando a mão dele e o levando para se sentar ao seu lado no banco. – Respira e se acalma.

— Você não pode me culpar por estar tão preocupado – disse Olívio miserável. – Se não ganharmos...

— Eu prometo a você, Olívio Wood, que iremos ganhar – disse Sophie acariciando a mão dele para ajudá-lo a se acalmar. – Mas você precisa manter a calma. Se você não manter a calma então o time se desespera.

Olívio olhou para ela e sorriu, virando a palma da mão para entrelaçar as mãos juntas – Sophie não pode notar que a mão dela era bem maior que a dela, e um sentimento de não ser a mão certa tomou sobre ela, mas ela ignorou.

— Você tem razão – disse Olívio, sua voz agora não tendo mais o tom de desespero. – Eu preciso me acalmar e vamos ganhar essa.

— É assim que se fala, capitão – disse Sophie orgulhosa e batendo o ombro contra o dele de leve.

Eles ficaram um tempo em silêncio ainda segurando a mão um do outro até Olívio perguntar:

— Como você está indo esse ano? Com os N.O.M.S?

Sophie suspirou e deitou a cabeça no ombro dele, já cansada só de ouvir “N.O.M.S”.

— Ainda não enlouqueci, então vamos encarar isso como um bom sinal – disse ela e ouviu Olívio rir, o que a fez sorrir. – Apesar que, se você que é mais desesperado que todos conseguiu sobreviver ao quinto ano, então eu posso conseguir também.

Olívio bufou bem humorado.

— Isso é um pensamento realmente encorajador que você tem ai – brincou ele. – De qualquer forma... Eu... Bem, eu queria saber se você gostaria de ir comigo para Hogsmeade, nesse Halloween...

Sophie sentiu as bochechas ficarem quentes por estar corando. Ela levantou a cabeça e olhou para Olívio, ele estava coçando a parte de trás do pescoço e parecia sem jeito.

— Quero dizer... Eu sei que você saiu de um relacionamento com o Fred que pelo o que eu ouvi não foi lá um mar de rosas, né – continuou ele e Sophie sorriu concordando. – E eu não to querendo te forçar a nada ou entrar em um relacionamento... Mas... Bem, é meu último ano e apesar de ter muitas memórias boas nessa escola, eu sei que nenhuma se compararia em ter um momento ao seu lado, apenas nós dois. – terminou Olívio sorrindo.

O sorriso de Sophie se tornou maior, apesar de ainda estar corando. Ela se aproximou dele e lhe deu um beijo em sua bochecha.

— Só por ter pedido sem uma plateia ao meu redor, você já ganhou pontos, capitão – disse ela ainda sorrindo. – Acho que... Eu adoraria ter algumas aventuras ao seu lado antes do fim deste ano, Olívio.

O sorriso no rosto de Olívio se tornou infinitamente maior, parecia que ele tinha acabado de ganhar a copa daquele ano, e isso fez Sophie se sentir especial aos seus olhos. Ela estava começando a entender o que Charles havia dito no último ano sobre “atração”.

— Então você vai comigo para Hogsmeade nesse Halloween? – perguntou ele puxando a mão e acariciando.

— Seria a primeira viagem para lá deste ano né? – ela perguntou e ele concordou. – Desculpa, Olive, nas primeiras viagens já se tornou tradição eu ir com meu grupo. Mas podemos ir juntos na próxima?

— É um encontro, Sophie Potter! – concordou Olívio e então ele lhe deu um beijo na testa. – Estarei esperando animado.

Não muito depois daquela conversa – a qual quando terminou eles ficaram sentados juntos, com a cabeça de Sophie deitada no ombro dele –, o restante do time finalmente havia chegado. Ela não era cega de não perceber os sorrisos de Kátia e Angelina, o olhar maroto de Jorge, a confusão na de Harry, e o olhar incomodado de Fred. Mas elas os ignorou, feliz demais com a ideia de um encontro com Olívio no futuro.

— Esta é a nossa última chance, minha última chance, de ganhar a Taça de Quadribol – disse andando para lá e para cá diante dos colegas. – Vou-me embora no fim deste ano. Nunca mais terei outra oportunidade.
“Grifinória não ganha a taça há sete anos. Tudo bem, tivemos o maior azar do mundo, acidentes, depois o cancelamento do torneio no ano passado...”, Olívio engoliu em seco como se aquela lembrança ainda lhe desse um nó na garganta. “Mas também sabemos que temos o time – melhor – mais irado – da escola”, disse ele, dando um soco na palma da mão, o velho brilho obsessivo nos olhos.
“Temos três artilheiros da melhor qualidade.”

Olívio apontou para Sophie, Angelina Johnson e Kátia Bell. As três piscaram para ele.

— Temos dois batedores imbatíveis.

— Pode parar, Olívio, você está encabulando a gente – disseram Jorge e Fred juntos, fingindo corar.

— E temos um apanhador que até hoje nunca deixou de nos levar à vitória nas partidas que jogamos! – falou Olívio em tom retumbante, encarando Harry com uma espécie de orgulho ardoroso. – E temos a mim – acrescentou, pensando melhor.

— Não poderia existir capitão e goleiro melhor – disse Sophie e Olívio piscou para ela.

— Nós também achamos você muito bom, Olívio – disse Jorge.

— Um goleiro do caramba! – disse Fred.

— A questão é – continuou Olívio retomando a caminhada – que a Taça de Quadribol devia ter tido o nome do nosso time gravado, nesses dois últimos anos. Desde que Harry se juntou a nós, achei que a taça já estava no papo. Mas não ganhamos, e este ano é a última chance que teremos de finalmente ver o nosso nome na taça...

Olívio falou tão desolado que até Fred e Jorge o olharam com simpatia.

— Olívio, este ano é o nosso ano – animou-o Fred.

— Vamos conseguir, Olívio! – disse Angelina.

— Sem a menor dúvida – confirmou Harry.

— Te fiz uma promessa, e pretendo vê-la cumprida – disse Sophie confiante.

Cheio de determinação, o time começou os treinos, três noites por semana. O tempo estava ficando mais frio e mais úmido, as noites mais escuras, mas não havia lama nem vento nem chuva que pudesse empanar a visão maravilhosa de Harry e Sophie de finalmente ganhar a enorme Taça de Quadribol de prata.

— Se continuar assim, é capaz que chover no dia do jogo – comentou Harry para Sophie enquanto andavam juntos voltando para o dormitório com os outros jogadores na frente deles.

— Com chuva ou não, vamos ganhar esse jogo, irmãozinho – disse Sophie sorrindo para o Potter mais novo que concordou.

— Sim. Nós iremos – disse batendo na mão de Sophie.

Eles estavam molhados e com as botas cheias de lama quando finalmente chegaram na sala comunal. Harry se jogou na cadeira que ficava ao lado da janela, em frente ao pequeno sofá que tinha ali, onde Hermione e Rony estavam sentados. Sophie se sentou no chão ao lado do irmão.

— Todos estão falando sobre a visita para Hogsmeade que está chegando – comentou Rony e Harry suspirou.

— Harry tenho certeza que poderá ir na próxima visita – disse Hermione esperançosa para o amigo. – Com certeza terão pego Black até lá... quer dizer, ele já foi avistado uma vez....

Sophie olhou para o chão e Harry olhou para a janela.

— Bem que Harry poderia ir escondido – comentou Rony olhando para Sophie como se esperando que a ruiva concordasse. – Quer dizer, Black não seria louco de fazer alguma coisa em Hogsmeade.

— Rony! – exclamou Hermione. – Ele não pode sair...

— Ele não pode ser o único do terceiro ano que vai ficar aqui! – reclamou Rony para Hermione. – Qual é, pergunte para professora McGonagall para deixar...

— Ela não vai – disse Sophie levantando a cabeça e olhando para Rony e Mione. – É a McGonagall gente. Com Black ou sem Black, ela obedece a lei. E a lei diz que o adulto responsável pelo aluno menor de idade deve autorizar sua ida, caso o contrário, ele não deve ir.

— Isso é injusto! Todos sabemos que Remus é mais parente do Harry do que aqueles tios dele. – continuou reclamando Rony mais irritado. – Dumbledore deveria considerar isso!

Sophie franziu o cenho. Rony tinha razão, Dumbledore deveria considerar isso mas ele não considerou. Por que?

— Não seja burro, Rony! Dumbledore só não considerou porque o Ministério da Magia está em cima de Hogwarts. Você acha mesmo que o Ministro da Magia não está observando o Harry e tomando precauções para que Harry não vá para Hogsmeade?

“Ah. Isso faz sentido.”

— Hermione tem razão Rony. Infelizmente. – disse Sophie olhando para Rony e depois voltando a atenção para o irmão. – Desculpa, Harry.

— O que? A culpa não é sua Soph. Eu to legal, sério gente, não estou me importando muito com isso. – mentiu o Potter mais novo.

Ele queria muito ir para Hogsmeade, mas ele não queria ver os amigos olhando para ele com pena e muito menos queria que a irmã se culpasse. Afinal, não era culpa dela, e sim dos piores tios que ele poderia ter.

Hermione ia dizer alguma coisa mas Bichento resolveu pular em seu colo naquele momento. Trazia uma enorme aranha morta na boca.

— Ele tem que comer isso na nossa frente, mesmo? – perguntou Rony enojado.

Mentalmente os dois Potter contaram até dez para o Weasley e a Granger iniciarem uma nova briga.

— Bichento inteligente, você apanhou a aranha sozinho? – perguntou Hermione sorrindo para o gato e acariciando seus pelos.

Bichento mastigou a aranha vagarosamente, olhos amarelos fixados insolentemente em Rony.

— Vê se pelo menos segura ele aí, Perebas está dormindo no meu bolso – disse Rony irritado e cruzando os braços.

Sophie olhou para o Rony ao ouvir o nome “Perebas”. Mas ela não foi a única que foi pega por aquele nome, aparentemente foi como se uma sirene tivesse ascendido em Bichento pois o gato deu um pulo na direção do bolso de Rony.

— AI! TIRA ESSE BICHO DE MIM! – gritou Rony se levantando e empurrando Bichento para longe.

Nesse momento Perebas pulou do bolso de Rony e saiu em disparada, e o gato saiu atrás.

— ALGUÉM SEGURE ESSA COISA! – gritou Rony pulando no chão tentando pegar Bichento mas não conseguindo.

— RONY NÃO O MACHUQUE! – gritou Hermione.

Harry continuou sentado assistindo aquela bagunça mas Sophie se levantou com bastante velocidade e ao invés de pegar o gato, ela conseguiu pegar o rato que quando viu ela se aproximando, correu em sua direção. Sophie pegou Perebas com cuidado e o jogou em seu próprio bolso.

— Obrigado, Sophie – agradeceu Rony ofegante e então se virou para Hermione lívido. – Segura esse gato longe dele!

— Bichento não entende que isso é errado, Rony! – exclamou Hermione irritada mas com a voz tremendo. – É o instinto dele. Gatos comem ratos.

— Isso não é desculpa, Mione – disse Sophie, com o coração martelando forte no peito. – Perebas é o bichinho de estimação de Rony e você está vendo como Bichento quer caçar ele. Vocês dois precisam resolver isso antes que o gato coma o rato. Enquanto isso...

Ela parou, não tendo certeza se diria a ideia que havia tido. Ela ficaria com Perebas... E então, ela não saberia o que fazer a seguir. Suspirando, ela balançou a cabeça.

— Enquanto isso, mantenham os dois bichos longe um do outro.

Sem esperar por uma resposta dos dois, Sophie passou por Harry lhe desejando boa noite e correu para o dormitório. Chegando lá, encontrou Aslan dormindo na cama e sorriu, mas seu sorriso sumiu ao se sentar no tapete ao lado da cama e tirar Perabas do bolso. O rato realmente parecia magro e mais cinza, quase como se estivesse em seus últimos dias de vida. Quando Perebas olhou nos olhos dela, foram os olhos de Peter que ela viu e Sophie suspirou, enfim ela tinha tomado uma decisão sobre o assunto todo.

— Eu não vou deixar ele te pegar. – disse ela séria. – Não sei o que fazer, como fazer, contar, não contar. Não sei. Mas isso eu tenho certeza: eu não vou deixar ele te pegar.

Ela estava falando de Sirius. Mas ela sabia que Peter entendia aquilo como ela falando de Bichento.

— Acho... Que preciso do Erik para me ajudar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.