TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 58
Capítulo 58 — Halloween em Hogsmeade e o Ataque em Hogwarts




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803380/chapter/58

 

02 de Outubro de 1976, Hogwarts.


— Então Snape não vai contar para ninguém sobre... – Remus suspirou mas não terminou a frase. 

— Dumbledore conversou com ele. Me prometeu que Snape não contaria nada e pararia de se intrometer nos seus assuntos. – respondeu James que estava sentado do lado esquerdo da cama do Lupin na Ala Hospitalar. Lily estava ao seu lado. E no lado direito estava Peter com Hannah. – Vai ficar tudo bem, Moon.

Remus concordou e respirou fundo enquanto olhava para o teto. Ele ainda se sentia cançado da última noite, por conta de Snape ter estado lá quando o lobo começava a ter consciência, ele se tornou mais raivoso e terrivelmente perigoso. Felizmente não machucou James e Peter em suas formas e de cervo e rato, mas machucou muito ele próprio.

Mas bem, Snape não teria estado lá se não fosse por Sirius. E se Remus fosse sincero, era a traição que mais estava doendo.

— O que Sirius estava pensando? – perguntou Peter após tantos minutos de silêncio. – Ele podia ter matado alguém nessa brincadeira toda! E Remus que levaria a culpa!

— Eu não sei o que ele estava pensando – disse Lily com a testa franzida. – Mas estou feliz que não levou ao fim que ele queria que levasse.

— Vocês acham que Sirius queria Snape morto? – perguntou Hannah parecendo horrorizada e preocupada. – Mas, por que?

— Ele disse que Snape é um comensal... Acho que ele pensou que estava fazendo a coisa certa para o nosso lado... Ou... Eu não sei – disse James com um suspiro. – Mas eu conheço ele o suficiente para saber que ele vai vir te visitar hoje, Remus.

— Não quero vê-lo. – disse Remus com a voz grave. – Ele me usou como uma arma. Eu não quero ter por perto alguém que me usa como uma arma.

James abriu a boca para dizer algo mas Lily colocou a mão no braço do namorado antes que tivesse a chance.

— Podem nos deixar a sós? – ela perguntou olhando para os outros três sentados ali.

Peter e Hannah concordaram prontamente. Peter se lavantou e se abaixou na onde Remus estava deitado e lhe deu um beijo na testa.

— Volto para te trazer chocolate – disse o Pettigrew piscando para ele, e Remus sorriu.

Enquanto saíam, James fez a mesma ação que Peter, dando um beijo na testa do garoto lobo.

— Não desista dele tão fácil, por favor – pediu o Potter e saiu.

Lily se sentou mais próxima da cama de Remus e lhe segurou a mão, acariciando as pequenas cicatrizes que tinham ali.

— Lembra o que eu dizia quando James ficava me importunando no quarto e quinto ano sobre sair com ele para um encontro? – perguntou Lily baixinho.

Remus revirou os olhos mas respondeu mesmo assim.

— Nem nos seus sonhos, Potter. – respondeu ele. – Apesar que a minha favorita era: Nem que a vaca tussa, praga.

Lily riu baixo.

— Esse era meu favorito também – concordou Lily. – E ainda assim aqui estou. Namorada dele.

— O que isso tem haver com minha situação com Sirius? – perguntou Remus com a testa franzida.

— Você, melhor do que ninguém sabe o quanto James já fez suas brincadeiras sem graças, que no final acabaram com alguém machucado, fisica ou emocionalmente – disse Lily e Remus concordou, se lembrando das várias vezes que ele devia ter impedido aquelas brincadeiras mas não impediu. – E ainda sim, houve uma mudança. Ainda sim, eu dei uma chance.

— Mas James nunca te usou como uma arma, Lils.

— Não. São casos com diferenças, claro. O seu sendo até mais grave que todos os meus. – concordou Lily. – Mas ainda sim, quantas vezes Sirius esteve ali para você? Quantas vezes ele foi o primeiro a te proteger?

Remus fechou os olhos e respirou fundo. Nem ele sabia responder aquela pergunta, afinal, foram inúmeras as vezes que Sirius cuidou, proteger e esteve ali por ele. Assim como James e Peter.

— Não deixe que um erro acabe com o que vocês dois tem, essa amizade, esse carinho... Esse amor, Remus. – Remus olhou para ela triste. – Brigue com ele, fale o quanto ele te magoou, xingue a árvore genealógica dele inteira! Mas não desista dele. Afinal, ele é o Sirius, está em seu DNA fazer uma burrice sempre que tiver a chance. Mas um erro ou vários não diz tudo sobre aquela pessoa, só que ela é cheia de falhas e que precisa de um pouco de ajuda.

Remus suspirou e olhou para a melhor amiga, lhe deu um leve sorriso e virou a mão para segurar a mão dela melhor.

— Nunca imaginei que veria o dia em que você defenderia Sirius Black. – disse ele e riu ao ver a careta da ruiva.

— Remus, não estraga o momento! – exclamou ela num tom bravo.

Remus riu. Se passou um tempo em silêncio, ambos perdidos na presença um do outro e em pensamentos quando ele perguntou baixinho:

— O que eu faço?

Lily sorriu, se levantou e lhe deu um beijo gentil na testa antes de responder:

— Siga o seu coração, querido.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


20 de Outubro de 1993, Hogwarts.

— Então você está me dizendo que seu outro padrinho está em Hogwarts querendo vingança contra o homem que traiu seus pais que está em forma de rato vivendo com os Weasley a anos – disse Erik passando a mão no rosto lentamente enquanto processava tudo que sua irmã de alma havia lhe dito. – É isso ou eu pulei alguma coisa?

— É isso – concordou Sophie com a cabeça escondida no pescoço do alemão.

Era uma tarde de quarta, eles estavam sem aula por ter sido cancelada e Sophie decidiu – sendo aquele um dos poucos momentos que os dois poderiam ter um tempo sozinhos – falar com ele sobre os acontecimentos desde do início do ano letivo. Eles estavam no único lugar que ninguém entraria naquele momento, o dormitório dos meninos da Sonserina.

Eles ficaram deitados bem próximos um do outro enquanto Sophie contava tudo para Erik e pedia ajuda dele para o que fazer a seguir.

— Não podia ser um assunto mais fácil, podia? – perguntou Erik com um suspiro agora acariciando os cabelos de Sophie.

— Desculpa – sussurrou ela baixinho, sua voz claramen cansada.

— Não se desculpe, Meine Löwin Seele – retrucou Erik suavemente. – Não é sua culpa, aparentemente a vida gosta de lhe dar novos desafios a cada ano, para você e para Harry – brincou ele e Sophie sorriu. – O que realmente eu posso te ajudar com essa situação?

— Nem eu sei exatamente se quer saber – disse se afastando e olhando para o teto. – Como eu te disse, Sirius está totalmente mudado, cheio de camadas, uma mais diferente que a outra mas cada uma delas quebrada. Mas esse lado, essa vontade de querer a morte de Peter... Isso realmente me assusta, Erik. É horrível.

— Eu pensei que... Bem, sendo ele o homem que traiu seus pais, você não viria um grande problema com esse desejo de Sirius... – comentou Erik com a testa franzida.

Sophie suspirou.

— Peter Pettigrew – ela começou. – foi um garoto, um homem muito bom. Um homem que tinha tantos sonhos quanto nossos pais, quanto todos da guerra... E foi o primeiro a perder tudo.

— Hannah – disse Erik lembrando-se caso conversa de Remus, dele falando da mulher que Peter pediria em casamento.

— Mas por algum motivo, eu tinha um lugar importante em seu coração, tão importante que foi ele que deu a ideia para minha mãe me deixar com Remus antes do fim... Por algum motivo, ainda existia espaço no coração de Peter para me amar o suficiente ao ponto de me manter segura, de manter Voldemort longe de mim e não lhe contar sobre minha existência. – disse Sophie sentindo lágrimas subirem aos olhos.

— Você está dizendo que ele...

— Ele salvou minha vida. Ele foi o responsável pelas mortes dos meus pais, ao mesmo tempo que é o responsável por eu estar viva hoje. Anos atrás eu não sabia como me sentir sobre isso... Mas hoje em dia... Eu o perdoei, Erik. Em meu coração, eu não carrego nada a não ser tristeza e lamento por Peter – disse ela com um suspiro trêmulo. – E eu não sei porque, talvez o desejo do Universo ou por causa do jovem e inocente Peter que existia dentro dele antes do fim... Mas é isso. Peter Pettigrew era um bom homem e hoje ele é cinza.

Erik concordou de repente totalmente tomado de gratidão por aquele homem. Afinal, ele teria vivido toda a sua vida com um enorme vazio dentro de si se não fosse por ele.

— E Sirius também – disse o alemão para ela. – O que não é surpresa já que metade de sua vida agora foi passada em Azkaban.

Sophie concordou.

— E Remus nessa história toda?

— Não posso contar para ele. Ainda não pelo menos – respondeu Sophie. – Eu não sei como ele reagiria sobre Peter e a última coisa que quero agora é ter mais uma preocupação dele se juntando com Sirius nessa vingança.

— Mas ele já suspeita que você está estranha – comentou Erik.

— É claro que sim, ele é esperto o meu Moony – disse Sophie num tom orgulhoso. – Mas por enquanto prefiro deixar ele apenas suspeitando do que sabendo. Mesmo que seja difícil para mim.

Erik franziu a testa, seus olhos focados no teto enquanto pensava em como ajudar a ruiva ao seu lado com aquele fardo.

— Não podemos deixar Sirius matar Peter então – disse ele calmamente. – Mas... Não podemos deixar Peter sair realmente impune, podemos?

— Não. – concordou Sophie triste. – Por mais triste que seja, era para Peter ter pego os anos em Azkaban. Por mais que tenha me salvado, ele também foi o responsável da morte dos meus pais e a prisão de Sirius. Mais um motivo pelo qual Sirius não pode matá-lo... Morto, ele leva a verdade com ele...

— Vivo inocenta Sirius. – terminou Erik. – Mas como faremos ele entender isso? Devo começar a ir com você nesses encontros com ele?

— Deixe-me falar com ele sobre contar para você primeiro, fazer ele entender que eu não poderia esconder as coisas se você – respondeu Sophie. – Então veremos o que fazer a seguir.

— Juntos.

Sophie sorriu para ele e voltou a abraçar seu corpo, escondendo o rosto no pescoço dele.

— Obrigada, Erik.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


O clima na aula de Transfiguração ainda estava tenso por conta da briga de Rony e Mione sobre Perabas e Bichento. Os insistiam em não falar um com o outro. Gabriel havia tomado – obviamente – o lado de Hermione, já tanto Sam quanto Harry haviam tomado o lado neutro da situação ambos não querendo se meter em mais aquela briga.

Sem contar que ele próprio tinha mais em que pensar do que aguentar os amigos brigando. Como pedir para a professora deixar ele ir para Hogsmeade. Harry estava pensando seriamente sobre dizer à professora sobre o passeio para o vilarejo quando a sineta tocou anunciando o fim da aula, mas foi ela quem levantou o assunto de Hogsmeade primeiro.

— Um momento, por favor! – pediu quando a turma se preparava para sair – Como vocês todos fazem parte da minha Casa, deverão entregar os formulários de autorização para ir à Hogsmeade a mim, antes do Dia das Bruxas. Sem formulário não há visita, por isso não se esqueçam.

Neville levantou a mão.

— Por favor, professora, eu... Eu acho que perdi...

— Sua avó mandou o seu diretamente a mim, Longbottom – disse Minerva. – Parece que ela achou mais seguro. Bem, é só isso, podem ir.

— Pergunta para ela, Harry! – disse Rony dando um leve empurrão no Potter.

— Mas você ouviu o que Sophie disse...

— Mas talvez podemos ter sorte... – disse Samuel parecendo ansioso – Quer dizer, Sophie vai estar lá...

Hermione ficou em silêncio e então:

— Quem sabe... talvez você devesse tentar...

Harry suspirou e foi até a Professora.

— Que foi, Potter?

Harry inspirou profundamente.

— Professora, minha tia e meu tio... Hum... Se esqueceram de assinar a minha autorização.

A Profª Minerva olhou-o por cima dos óculos quadrados e não disse nada.

— Então... Hum... A senhora acha que haveria algum problema... Quero dizer, que estaria Ok se eu... Se eu fosse a Hogsmeade?

Minerva baixou os olhos e começou a mexer nos papéis em cima da escrivaninha.

— Receio que não, Potter. Você ouviu o que eu disse. Não tem formulário, não tem visita ao povoado. Essa é a regra.

— Mas, professora, minha tia e meu tio... A senhora sabe, eles são trouxas, não entendem realmente para que servem... Os formulários de Hogwarts e outras coisas daqui. E Sophie vai estar lá... Minha família é ela... – explicou Harry, enquanto Rony e Gabriel o animava a prosseguir com vigorosos acenos de cabeça. – Se a senhora disser que eu posso ir...

— Mas eu não vou dizer – falou a professora se levantando e arrumando os papéis na gaveta. – O formulário diz claramente que o pai ou guardião precisa dar permissão. – Minerva se virou para olhá-lo, com uma estranha expressão no rosto. Seria pena? – Sinto muito, Potter, mas esta é a minha palavra final. É melhor você se apressar ou vai se atrasar para a próxima aula.

Harry suspirou e com um concordar derrotado saiu da sala com os amigos ao lado.

— Bem.. pelo menos tem a festa do dia das bruxas... você sabe que é sempre boa.. – Rony tentou consolar o amigo.

— E tem bastante doces... – Hermione também tentou.

— E brincadeiras – continuou Gabriel.

— E estaremos aqui com você. – terminou Sam.

Harry sorriu para eles realmente agradecido por suas amizades.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Faltavam cinco dias para a primeira viagem a Hogsmeade daquele ano, o grupo aproveitava aquelas últimas semanas de ainda sol no lado de fora do castelo, próximos ao lago. Cada um deles fazendo alguma coisa enquanto conversavam: Sophie estava deitada na barriga de Aslan, relendo “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” para ter os acontecimentos daquele livro frescos em sua memória para quando Natal chegasse e o último livro fosse lhe dado de presente por David; Erik estava jogando Xadrez de Bruxo com Patrick – para sua surpresa o lufano estava ganhando –; Fred e Jorge estavam mostrando para Harriet suas ideias; e Teresa e Dean estavam competindo quem fazia mais flexões com Charles e Castiel em suas costas.

— Como você pode ser tão forte? – perguntou Sophie dando uma pausa na leitura e olhando para amiga.

— Eu treino quando vou para Chicago nas férias – respondeu Teresa calmamente, apesar de sua voz carregar um tom cançado. – Tenho que me manter bem informa para quando for aurora.

— E para me proteger também – cantarolou Patrick sorrindo.

Teresa revirou os olhos mas não discordou, o que fez a Potter sorrir.

— O que vamos fazer nessa primeira viagem para Hogsmeade este ano? – perguntou Castiel em cima das costas de Dean. – Quero dizer, temos que fazer valer a pena já que vai ser uma das poucas folgas que teremos de todas essas lições este ano.

— Mas o que poderíamos fazer? – perguntou Charles das costas de Teresa. – O máximo de loucura para se fazer por lá seria tomar Firewhisky...

— O que nenhum de nós iremos fazer por termos apenas quinze anos – disse Erik não tirando os olhos do tabuleiro.

— O que Erik não vai nos deixar fazer por ser o pai do rolê – traduziu Dean rindo sem fôlego. – De qualquer forma, tenho certeza que vamos arrumar algo legal para fazer por lá esse ano.

Sophie sorriu já animada com expectativa para um dia inteiro de diversão com seu grupo. E um pouco ansiosa pois sabia que logo depois da primeira viagem para Hogsmeade, seu encontro com Olívio estaria mais próximo.

— E Harry, Sophie? – perguntou Patrick pegando uma peça do xadrez e decidindo onde colocá-lo. – Ele realmente não vai poder ir?

— Infelizmente não – respondeu Sophie com um suspiro. – Ele tenta não mostrar o quão chateado está com isso mas até um cego consegue ver. Mas não há nada que eu, ou Remus possamos fazer.

— A gente podia arrumar um jeito de fazer ele ir – comentou Fred. – Digo, não nesse primeiro passeio de Halloween já que a McGonagall tá de olho, mas nos próximos seria fácil...

— Eu concordo – disse Jorge sorrindo. – Leoa, nos dê sua permissão e arrumaremos um jeito de mandar seu irmão para a próxima viagem com segurança.

Sophie olhou para os brilhos identificos nos olhos dos gêmeos com a testa franzida. Ela confiava nos dois completamente, mas ela não sabia se seria uma boa ideia dar a liberdade de Hogsmeade para Harry naquele ano. Dando uma rápida olhada para Erik, viu que ele estava com o rosto neutro focado no tabuleiro, o que ela entendeu sendo deixando que ela tomasse a decisão sozinha sobre aquela ideia.

Por fim, ela decidiu que seu irmão caçula merecia um pouco de diversão também e com isso concordou com a cabeça fazendo os gêmeos abrirem largos e animados sorrisos.

— Ha! Cheque-mate! – exclamou Patrick  batendo as mãos enquanto Dean e Teresa caíam de cara no chão finalmente cansados.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Na manhã de Halloween, Harry acordou com os colegas e desceu para tomar café, sentindo-se totalmente arrasado, embora se esforçasse ao máximo para agir normalmente.

— Vamos lhe trazer um monte de doces da Dedosdemel – prometeu Hermione, sentindo uma pena desesperada do amigo.

— Eu não sou de guardar doces para dar para os outros, Harry – dias Gabriel. – Mas vou abrir uma excessão para você.

— Obrigado, mas não precisam se preocupar comigo. Eu vou ficar bem. – disse Harry observando a irmã e seu grupo entrando juntos no grande salão. – Remus vai estar aqui também, acho que irei passar a tarde com ele.

— Eu acho que é uma ótima ideia, Harry – disse Hermione parecendo mais aliviada.

Não muito tempo depois, todos do grupo estavam reunidos na mesa, cada um deles estavam bem arrumados num estilo carecteristico do Halloween. Não fantasiados, mas claramente elegantes num estilo assustador.

— Bom dia, criaturas – disse Castiel com um largo sorriso. – Prontos para um dia cheio de sustos?

— Como assim? – perguntou Rony já demonstrando medo.

— Halloween em Hogsmeade, meu caro irmãozinho – cantarolou Fred animado. – Para tudo que é lado naquela vila hoje vai ter alguém para te assustar.

— O que?! – exclamou Rony agora pálido. – Por que não disse isso antes?!

— Você não perguntou, ué – retrucou Jorge dando de ombros.

— Relaxa, Rony, não vai ser tão ruim – tranquilizou Charles batendo de leve nas costas do garoto.

Harry sussurrou para Gabriel lhe contar cada detalhe dos sustos que Rony fosse levar e então Olívio Wood se aproximou deles parando logo atrás de Sophie, colocando suas mãos em ambos os ombros dela.

— Ei pessoal – cumprimentou ele para todos ao redor e então olhou para o rosto se Sophie que estava virado para cima olhando para ele em troca – Ei, você.

— Ei, você – disse ela de volta num tom suave e retribuindo o sorriso para o garoto.

— Vim dar uma passada aqui e convidar vocês pra festinha que vai ter no período da tarde no “Blaidd Ddrwg” de Halloween, a maioria do quinto, sexto e sétimo ano estarão lá – disse Olívio sorrindo para todos e dando um leve aperto nos ombros da Potter que abriu agora um sorriso maroto.

— Que bom que entrei no quinto ano este ano, não – comentou ela para o capitão que riu e abaixou o rosto mais próximo do dela.

— Não é apenas a minha sorte, Sophie? – retrucou ele piscando para ela e então se indireitou olhando novamente para os outros. – Vejo vocês lá?

— Com certeza, não perderia por nada! – disse Dean já bastante animado com a ideia de uma festa. – Hoje quero esquecer de tudo.

— Assim que se fala – disse Olívio rindo. – Até mais tarde então. – e com um último olhar para Sophie, ele saiu.

Sophie ainda estava olhando ele se afastar quando Castiel cantarolou:

— Para quem não sabia nada de relacionamentos uns meses atrás, até que hoje em dia você está de parabéns.

Sophie se voltou para os amigos que olhavam para ela com os olhos brilhando e expectativas claras. Mesmo Harry estava com a sobrancelha esquerda levantada na direção dela.

— Quié? – perguntou ela sem entender porque todos estavam olhando tanto para ela.

— Desde quando isso tá acontecendo? – perguntou Jorge maroto.

— Acontecendo o que?

— Você e o nosso capitão.

— Desde que eles se encontraram no trem este ano – comentou Dean balançando as sobrancelhas na direção da ruiva.

— E você não me falou nada?! – questionou Harriet parecendo realmente traída.

— Acho que ela só está percebendo que “algo” está acontecendo agora – comentou Charles para apaziguar a Lovegood.

E continuou assim durante um minuto inteiro de todo o seu grupo falando sobre ela e Olívio como se ela não estivesse bem ali na frente deles. Os únicos que não falaram nada foi Erik e Harry que estavam começando a se afastar um pouco dela ao perceberem que ela já estava perdendo a paciência.

— Vocês já se beija...

— Certo! É o suficiente! Todo mundo com o dedo nos lábios! – exclamou a Potter com sua paciência já desaparecida. Ela colocou o dedo indicador na frente dos lábios e olhou irritada para cada um dos amigos.

Todos eles começaram, lentamente, a imitar a ação dela. Ela olhou para Harry e Erik que eram os únicos que não havia feito o que ela disse pra fazer, e levantou a sobrancelha direita para os dois. Ambos reviraram os olhos e por fim fizeram o que ela queria.

— Ótimo, obrigada – disse ela com a voz o mais calma que podia. – Prestem bem atenção, dessa vez não vai ser como no último ano. Eu sei o que estou fazendo, e eu quero estar fazendo isso. Dito isso eu não quero nenhum de vocês se intrometendo no que quer que eu e Olívio nos tornemos, a não ser que eu peça ajuda. – continuou ela olhando bem séria para cada um deles. – Fui clara?

— Como um cristal – concordou Patrick sorrindo.

— É, família, nossa garota cresceu – comentou Dean parecendo realmente orgulhoso. – Daqui a pouco vai estar pegando Hogwarts inteira.

— Não exagera – riu Sophie achando a ideia absurda.

Todos voltaram a conversar normalmente depois disso, Sophie estava quieta comendo e pensando na festa que iria quando Harry puxou gentilmente a roupa dela. Ela se virou para ele.

— Estou feliz por você – sussurrou ele sorrindo.

Ela sorriu carinhosamente para ele e lhe bagunçou os cabelos.

— Obrigada irmãozinho. Prometo te trazer tudo e mais um pouco de Hogsmeade – disse Sophie baixo para ele. – Você não vai estar completamente sozinho aqui, Aslan vai ficar e Remus também.

— Sim, eu realmente estava planejando passar o dia com o Moon – concordou Harry. – Acho que não vai se importar, né?

— Ele vai ficar encantado, Harry – disse Sophie.

— Vai se divertir por mim? – perguntou o garoto.

— Como se não houvesse amanhã. – respondeu ela piscando para ele.

— E vocês? – tornou a perguntar Harry para os amigos sentados em frente à ele. – Vão se divertir por mim?

Todos concordaram e isso pareceu agradá-lo.

Quando deu hora de ir, Harry acompanhou todos até o saguão da escola, onde Filch, o zelador, estava postado à porta de entrada, verificando se os nomes constavam de uma longa lista, examinando cada rosto cheio de desconfiança, e certificando-se de que ninguém que não devia ir estivesse saindo escondido da escola.

— Vai ficar na escola, Potter? – gritou Malfoy, que estava na fila com Crabbe e Goyle. – Medinho de passar pelos dementadores?

Sophie que estava passando pelo sonserino na hora olhou feio para ele e lhe deu um baita tapa na nuca fazendo o loiro resmungar mas calar a boca sobre o fato de Harry ficar.

Quando todos já haviam ido, ele saiu andando com Aslan – Baguera estava como sempre nas costas do felino – ao lado. Andou devagar e quando chegou na porta da sala do padrinho, bateu.

— Harry? – perguntou Remus abrindo um sorriso. – O que faz... ah.. passeio para Hogsmeade. Certo.

Harry concordou coçando o cabelo.

— Estive pensando se tudo bem se eu passar o dia com você...

— Claro que sim!, vamos, entre. Estive esperando a entrega de um grindylow para nossa próxima aula e uma companhia seria legal – respondeu Remus sorrindo e dando espaço para o garoto entrar.

— Um o que?

Ele entrou na sala. A um canto havia uma enorme caixa de água. Um bicho de cor verde-bile e chifrinhos pontiagudos comprimia a cara contra o vidro, fazendo caretas e agitando os dedos longos e afilados.

— Demônio aquático – explicou Remus, examinando o grindylow pensativamente. – Não deve nos dar muito trabalho, não depois dos kappas. O truque é deixar as mãos deles sem ação. Reparou nos dedos anormalmente compridos? Fortes mas muito quebradiços.

O grindylow arreganhou os dentes verdes e em seguida se enterrou num emaranhado de ervas a um canto.

— Aceita uma xícara de chá? – ofereceu Remus procurando a chaleira. – Eu estava mesmo pensando em preparar uma.

— Tudo bem – aceitou Harry sorrindo e acariciando a juba de Aslan.

Remus deu alguns golpes de varinha na chaleira e na mesma hora saiu do bico uma baforada de vapor quente.

— Receio que só tenha chá em saquinhos... Mas eu diria que você já bebeu chá em folhas demais, não? – comentou o padrinho sorrundo para o garoto com os olhos brilhando.

— Quem fofocou? – resmungou Harry emburrado.

— A Profª McGonagall me contou – respondeu Remus rindo baixo e passando a Harry uma caneca lascada cheia de chá. – Você não está preocupado, está?

— Não. Na verdade eu ia contar para você mas... você está cheio de aulas para dar e preparar provas... sem contar que Sophie já me assegurou que não preciso me preocupar com isso. Sinistro e agouros de morte sejam o que for.

— E ela está certa – concordou Remus – E Harry, não precisa deixar de me dizer algo só porque acha que vai me atrapalhar, posso não ser seu padrinho oficial mas... eu estou aqui. Para você e para sua irmã.

Por um instante Harry pensou em dizer para Remus sobre o cão na rua Magnólia mas sua linha de pensamentos foi esquecida quando houve batidas na porta.

— Entre.

A porta se abriu e Snape entrou. Trazia um cálice ligeiramente fumegante e parou, apertando os olhos negros, ao ver Harry.

— Ah, Severus – exclamou Lupin sorridente. – Muito obrigado. Podia deixar aí na mesa para mim?

Snape pousou o cálice fumegante, os olhos indo de Harry para Lupin.

— Eu estava mostrando a Harry o meu grindylow— continuou Remus em tom agradável, indicando o tanque de água.

— Fascinante – comentou Snape sem sequer olhar para o tanque. – Você devia beber isso logo, Lupin.

— É, é, vou beber.

— Fiz um caldeirão cheio – continuou Snape. – Se precisar de mais...

— Provavelmente eu deveria tomar mais um pouco amanhã. Muito obrigado, Severus.

— De nada – disse o colega, mas havia uma expressão em seus olhos que não agradou a Harry. O professor se retirou de costas para a porta, sem sorrir, vigilante.

Harry olhou para o cálice desconfiado.

— É a poção que você comentou? Sobre ajudar com seu lado lobisomem? – perguntou Harry para Remus que já pegava o cálice para beber.

— Sim. Severus foi bem gentil fazendo um estoque cheio para mim – respondeu Remus bebendo e fazendo careta. – Tem um gosto horrível mas vale a pena.

— Tem certeza que Snape é confiável para isso? Quer dizer... você sabe que ele quer esse cargo a muito tempo – comentou Harry preocupado para Remus e olhando desconfiado para a taça.

Remus riu baixo e bagunçou os cabelos do garoto.

— Eu te garanto Harry, Snape não está tentando me envenenar – disse Remus rindo – Por que não vamos dar uma volta? Parece um dia agradável para isso.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Todos do grupo estavam aproveitando para fazerem as compras, nos Zonkos, Dedos de Mel, e em todas as outras lojas que existia no vilarejo. Como havia sido comentado mais cedo, a cada virada de esquina, alguém pulava das sombras para assustá-los, mas eles também conseguiam arrancar alguns sustos dos alunos mais novos.

Dean tinha dado um susto tão bem dado em Rony que o Weasley mais novo pulou mais alto que qualquer criatura saltitante dando um grito agudo e saindo correndo para o mais longe que podia ir. Mais tarde, Gabriel disse para Harry que só encontraram Rony em cima de uma árvore e demorou uns bons dez minutos para fazê-lo descer de lá.

Agora Sophie estava andando com Castiel, Teresa e Patrick um pouco atrás dos outros. Erik e Charles estavam mais a frente conversando sozinhos para a alegria de todos – principalmente Sophie –, e Harriet, Fred, Jorge e Dean estavam no meio.

— Eu sei que você disse pra gente não bisbilhotar nem nada, mas estou realmente curioso – começou Castiel de forma genuína. – Como está indo entre você e Wood?

— Ainda é cedo para dizer, amigo – respondeu Sophie. – Foi uns dias atrás que ele me pediu para sair com ele, aqui em Hogsmeade. Eu recusei porque a primeira visita é sempre nossa mas disse que na próxima estaria tudo bem.

— Você vê um namoro acontecendo? – perguntou Teresa. – Digo, ele está no último ano, certo? Então ano que vem...

— A gente sabe – disse Sophie. – Não acho que nenhum de nós dois estamos pensando em um namoro propriamente dito. É mais... Momentos carinhosos? Não sei bem...

— Um caso – comentou Patrick. – Não é um namoro, mas ainda sim tem um certo comprometimento entre vocês dois. Nada sério, apenas temporário e dependendo de como vai ser, com um bom final.

— É, eu concordo com esse pensamento – disse Sophie sorrindo. – De qualquer forma, estou bastante animada para como isso vai ser.

— Vou querer todos os detalhes cabeludos – cantarolou Castiel e Sophie gargalhou, abraçando o amigo de lado.

— E aqueles dois, em família? – perguntou Patrick apontando para Erik e Charles. – Quando será que nosso alemão chama pra sair?

— Se querem saber estou mais apostando no Charles do que no Erik, viu – comentou Teresa.

— Isso seria uma virada linda na situação – disse Castiel.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Harry e Remus andavam pela ponte que levava para a cabana do Hagrid, ambos estavam em silêncio, observando a paisagem e a beleza que o lugar tinha. Harry parou e olhou para um pássaro que voava, dando rodopios.

— No que você está pensando? – perguntou Remus parando ao lado do garoto.

— Naquela aula... do bicho-papão – comentou Harry. – Como eu disse... primeiro eu pensei em Voldemort naquele dia mas, depois, eu lembrei do dementador e eu lembrei do grito... da minha mãe – continuou Harry olhando para o céu. – E agora eu não posso deixar de pensar que esse grito ocorreu nesse mesmo dia, anos atrás.

Remus olhou para ele com simpatia. Ele entendia o sentimento, assim como Sophie também entenderia. Tanto ele quanto ela tinham problemas com aquela data. Mesmo eles mantendo as sombras afastadas sobre o trinta e um de Outubro, sempre haveria uma pequena parte que continuaria triste sobre aquele dia e seus acontecimentos passados.

— Sabe Harry, no momento em que eu te vi... Na primeira vez em que eu olhei para você, eu te reconheci. Não só por se parecer com James, mas também foram os olhos. Os olhos de Lily – disse Remus olhando para aqueles mesmos olhos. – Eu vi o mesmo brilho que eu via nela, o mesmo olhar. Até hoje eu vejo. Agora, nesse momento.
“Sua mãe era uma mulher maravilhosa, Harry. Ardente e cheia de vida e amor. O Universo não poderia ter me dado uma irmã de alma melhor, se quer saber. Minha irmãzinha, era o que ela era. Ela me ajudou em tantos momentos, me fez ter clareza sobre tantos... Sentimentos, pensamentos, tudo. Ela me manteve forte em momentos que achei que não existia mais esperança.
“Ela tinha o dom de ver a beleza nos outros, mesmo e talvez principalmente quando a pessoa não conseguia enxergar isso em si mesma. E ela mesmo era tão linda. Oh, o coração de James não teve uma chance para negar. Se apaixonou por ela assim” estalou os dedos sorrindo “, rapidinho.
“Já o seu pai... Você e ele são iguais em algumas partes, não como Sophie, mas é. Na verdade acho que vocês dois tem um equilíbrio perfeito entre Lily e James em vocês. Mas o talento de entrar em problemas? Ha. Isso é algo que tanto você quanto sua irmã pegaram tudo.”

Harry riu com o padrinho. Ele gostava quando Remus contava sobre seus pais.

— E quando eu pensei que acabaria nessa história sozinho – continuou Remus engolindo em seco. –, ela me deixou Sophie. Se não fosse aquela garotinha perfeita que eu tanto amo... Eu não sei onde estaria, Harry. Não sei como eu seria. – ele deu um sorriso aguado para o afilhado. – E agora eu também tenho você.

— E eu não vou para lugar nenhum – garantiu Harry pegando a mão dele.

Remus puxou ele para mais perto, lhe dando um abraço pelos ombros. Os olhos agora olhando para o céu, vendo o mesmo passarinho solitário encontrando outros passarinhos e voando com eles.

— Somos o que somos, Harry. E somos tudo que temos. – disse Remus se lembrando com clareza quando James disse aquilo para ele pela primeira vez. – E assim como eu, com o tempo você vai percer o quanto está mais perto deles do que pensa.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Erik estava conversando com Charles a bastante tempo sobre vários assuntos enquanto eles andavam pelo vilarejo. E particularmente estava sendo um momento realmente incrível para o alemão, finalmente sendo capaz de ter uma conversa normal e relaxada com o Francis sem que ele próprio não estivesse rígido demais ou sem saber o que dizer.

Eles estavam agora seguindo caminho para o Blaidd Ddrwg onde haveria a festa que Olívio os havia chamado. Era um bar bastante conhecido mais pelos jovens do que pelos adultos, todos os alunos do quinto ano para cima faziam grandes festas ali quando em datas comemorativas em Hogsmeade. Tudo estava tranquila até Charles parar de forma abrupta, fazendo Erik parar também o olhando com preocupação.

— Charles, o que foi?

Charles parecia estar se preparando para algo realmente sério. Suas bochechas estavam vermelhas e ele respirando e inspirando várias vezes, claramente tomando coragem para dizer algo. E isso deixou Erik um pouco mais apreensivo.

— Eu... Eu... Eu, bem eu, preciso fazer isso agora antes que eu perca a coragem – disse Charles com a voz um tanto tremula. – Eu... Eu vou parar de falar “eu” porque estou parecendo um idiota só falando “eu”.

— Certo...

— Certo... – concordou Charles e tornou a respirar fundo antes de continuar: – Erik... Você...

— Charles! Erik! Vamos logo, vamos chegar atrasados! – gritou Dean um pouco mais a frente, Sophie e Castiel ao lado dele.

Erik se encolheu um pouco ao ver o olhar irritado de Charles na direção de Dean.

— Pode me dar um minuto?! – questionou o Francis e então se voltou para Erik, ele estava uma mistura de pálido e corado. Estava deixando o Lehnsherr realmente preocupado. – Erik...

— O que foi, Charls? – gritou Castiel. – Tá doente?

— Aconteceu alguma coisa? – perguntou Sophie também.

— Ei, vamos logo, a festa já tá rolando – disse Patrick se aproximando também com Teresa ao seu lado.

Erik se encolheu mais ao ver Charles ficar agora vermelho de raiva e claramente perder a paciência.

— Um rapaz não pode propor alguém para um encontro?! – gritou Charles na direção dos outros.

O silêncio carregado de surpresa que se seguiu seria lembrado por todos durante anos. Erik estava com os olhos arregalados para o garoto em sua frente, o restante dos amigos estavam com as bocas abertas e os olhos igualmente arregalados também.

— AI QUE LINDO! – exclamaram tanto Castiel quanto Sophie ao mesmo tempo após o silêncio surpreso, ambos se jogando um no outro em um abraço enquanto pulavam.

Charles então pareceu se tocar do que havia dito e se virou para Erik que ainda estava o olhando em choque.

— Erm... Se você quiser... Eu... Bem... Eu realmente gosto de você, te acho tão incrível e eu... Bem... – o Francis parecia estar se encolhendo perante o silêncio continuo de Erik. – Eu entendo se você não quiser... Tá tudo bem...

E finalmente, Erik percebendo que seu silêncio só estava piorando a situação, ele se aproximou e pegou a mão de Charles com carinho e cuidado. E sorrindo – um sorriso suave sem mostrar seus muitos dentes – ele disse:

— Eu adoraria ir em um encontro com você, pequeno Francis – disse o Lehnsherr finalmente.

E o brilho nos olhos do outro garoto, e o sorriso largo e esperançoso que veio a seguir não tinham preços para Erik.

— Mesmo?

— Uhum – concordou o alemão. – Acontece que eu também gosto muito de você.

Enquanto eles estavam naquele momento, a distância os amigos ainda estavam parados olhando para eles com sorrisos largos no rosto. Sophie mordendo o próprio dedo para não gritar mais de felicidade pelos dois.

— Vocês vão ficar aí nos olhando? – perguntou Erik olhando para o restante do grupo.

— Sim.

— É claro que sim – resmungou o Lehnsherr mas então tornou a olhar para Charles sorrindo. – Conversamos mais tarde? Sobre... Bem, nós?

— Eu adoraria! – concordou Charles feliz.

E Erik igualmente feliz e ainda segurando a mão do moreno, se abaixou lhe dando um beijo em sua bochecha. Quase como uma promessa para o futuro. E então juntos eles seguiram os amigos e Erik se segurou muito para não rir de Teresa e Patrick com as mãos nas bocas de Sophie e Castiel para que eles não gritassem.

— Vamos lá? – perguntou Charles como se nada tivesse acabado de acontecer.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Sophie saiu do meio dos vários alunos que estavam dançando para descansar um pouco, indo para o canto do bar. Era a primeira vez dela lá dentro e tinha que dizer que estava apaixonada pelo local, as cores azuis e dourados em meio a um laranja brilhante deixava o lugar simplesmente cheio de vida. O bar era enorme cheio de comida e bebidas e no outro canto próximo a entrada havia uma escada que levava para o andar de cima onde havia as mesas para comer tranquilamente e conversar em grupo.

Assim que ela e os amigos entraram no Blaidd Ddrwg, eles já se viram levados pela dança. Pulando e cantando e no meio da muvuca, a Potter perdeu eles de vista. Mas realmente não importava no momento, ela estava tendo um momento incrível. Estava até aquele momento dançando com uma aluna lufana, Charley, um garota muito linda de cabelos castanhos encaracolados, e um aluno corvino Rafael, um dos mais lindos que ela já tinha conhecido, com um cabelo longo até os ombros bem bagunçados e olhos azuis.

Mas agora, ela estava descansando num canto contra a parede mas com um largo sorriso no rosto.

— Tendo o momento da sua vida? – perguntou uma voz logo ao lado dela.

Sophie sorriu e se virou para Olívio que estava encostado na parede também de maneira casual e segurando dois copos de bebida, um estendido para ela.

— Bem, olá para você, lindo – disse ela sorrindo e se aproximando dele, pegando a bebida. – O que é isso?

— Cerveja de amora – respondeu Olívio colocando a mão vazia na cintura da ruiva. – É muito bom e não é alcoólico. Só pra refrescar.

— É disso que eu preciso – brincou Sophie bebendo a cerveja e gemendo com o sabor. – Como eu nunca experimentei isso?! É delicioso!

— Receita da casa – comentou Olívio bebendo também. – Eles tem uma quantidade absurda de ótimas bebidas aqui.

— Esse bar é incrível, vou vir aqui toda vez – disse Sophie encantando e colocando o braço que não estava com o copo em volta no pescoço de Olívio, sua mão acariciando os cabelos da nuca dele.

— E é um ótimo lugar para o encontro também – cantatolou Olívio se aproximando mais dela. – No andar de cima, eles tem uma vista incrível das colinas da vila.

— Hum, que interessante de saber – comentou Sophie. – Acho que eu gostaria de vir em um encontro com alguém... – sussurrou ela, ficando na ponta dos pés e agora passando a unha pela nuca do rapaz.

— E eu tenho o pretendente perfeito para você – sussurrou Olívio, sua voz agora rouca.

Eles colocaram os copos que seguravam em bancos que tinha ali perto e no mesmo instante, Olívio a virou em seu ombro e abaixou a cabeça para beijá-la. Ela respondeu imediatamente, seus dois braços agora juntos subindo para circundar seu pescoço. O cheiro de suor era forte entre eles, de Sophie pela dança que teve e de Olívio pelo calor que sentia. Ele deslizou a língua por seus lábios, devorando o gemido suave que ela fez, e aprofundando o beijo mais ainda. Seus braços ao redor dela deram um abraço mais forte, a puxando para mais próximo dele enquanto Sophie com as mãos passava por seu cabelo curto e fazendo uma pequena bagunça ali. Quando ela deu um leve puxão ali, o gemido que veio de Olívio a deixou mais animada.

Quando se separaram estavam com falta de ar e com os corações batendo forte em seus peitos. Mas não demorou muito para Olívio tornar a voltar sua boca para a ruiva, dessa vez dando leves beijos molhados em seus lábios e em seguida dando mais descendo pelo pescoço. Entre lambidas e mordidas. Sophie se sentia muito, muito feliz.

— Eu garanto a você, Sophie – sussurrou Olívio. – Eu sempre vou me lembrar deste momento. – e antes que q Potter pudesse responder, ele a estava beijando novamente nos lábios, com fome e carinho.

Eles podiam ter ficado daquele jeito durante horas se não fosse pela interrupção de Castiel e Charles aparecendo juntos num estado bastante animado.

— SOPHIE!! – gritou Castiel dando pulinhos.

Sophie e Olívio se separaram rapidamente, ambos bastante vermelhos mas sem nenhuma expressão de culpa em seus rostos.

— Uuuuh eles estavam se beijando – cantarolou Charles dando risadinhas.

Sophie revirou os olhos.

— O que vocês querem, encrencas? – perguntou Sophie querendo muito voltar para a nova brincadeira que havia descoberto com Olívio.

— Oloco família – disse Castiel com a voz arrastada. – A gente vem aqui te apresentar ao néctar dos deuses e é assim que você nos trata? Magoei.

— Que néctar dos deuses? A cerveja de amora? – perguntou Sophie curiosa e ao mesmo tempo sorrindo ao sentir Olívio abraçar a cintura dela por trás enquanto colocava o queixo no ombro dela.

— Nãoooo mas essa ai é muito boa também – disse Charles sorrindo e então empurrou Castiel. – Dá pra ela!

— É claro que eu dou pra ela, eu dou tudo pra ela – disse Castiel piscando para a Potter que riu e então esticou um copo enorme com uma bebida até a boca. – Aqui. Beba. Sinta. Viva. E enlouqueça!

Sophie pegou a bebida cautelosa, olhou para Olívio e viu que ele tinha um brilho divertido nos olhos e estava sorrindo. Voltando para a bebida, ela cheirou e sentiu os olhos queimarem. Aquilo com certeza tinha álcool. Mas ela detectou o cheiro de mel, limão e... abacaxi?

— Firewhisky – sussurrou Olívio para ela.

Sophie arregalou os olhos e olhou para os dois amigos que esperavam ela beber com grande expectativa.

— Vocês beberam Firewhisky?! – exclamou ela surpresa, principalmente com Charles. Os dois deram risadinhas. – O Erik sabe? – mais risadinhas. – Vou entender isso como um não. Quantas vocês beberam?

— Ooh minha princesa é pra você beber, não nos interrogar – resmungou Charles revirando os olhos. – Vai logo, você vai amar!

Sophie riu chocada para o comportamento daquele que era o mais tímido e quieto do grupo. Ela olhou para Olívio novamente e ele deu de ombros com um sorriso.

— É o momento da sua vida, não é mesmo? – ele perguntou.

Sophie sorriu e então, após respirar fundo, ela virou a bebida naquele enorme copo direto para sua garganta. A queimação que seguiu todo o caminho até o seu estômago, mesmo lá parecia que havia um fogo morno aceso, não machucando, era bem agradável na verdade. Mas foi o gosto que fez Sophie gemer alto de prazer, pois com aquele fogo morno gostoso queimando seu corpo mais aquele gosto que estranhamente era delicioso, era como beber o próprio paraíso.

— Eu disse que ela ia gostar, família! – exclamou Castiel rindo e pulando. – Vou pegar mais! Hoje é um dia para se enlouquecer!

E com isso saiu correndo de volta para o bar sendo seguido por Charles que também dava pequenos pulinhos e ria.

A verdade é que tinha bastante naquele copo que Sophie havia virado e por ser a primeira vez que bebia algo alcoólico, ela já estava se sentindo mais feliz que o normal, como se estivesse em um sonho bastante alegre. Ela como se tudo ao seu redor fosse colorido e feliz, tudo parecia mágico e ela sentia que podia fazer qualquer coisa. E quando sentiu os braços de Olívio ao seu redor, ela abriu um largo sorriso maroto e se virou na direção dele e lhe deu o beijo de sua vida. O capitão riu em meio ao beijo e pegou no colo, a levando de volta para a pista de dança. E lá eles dançaram, juntos, com outros alunos, com Castiel e Charles que continuaram bebendo Firewhisky e Sophie os acompanhando na bebida também. Não muito depois, Dean, Harriet, Jorge e Patrick se juntaram a eles, dançando e bebendo.

De fato era um momento para se lembrar. Um dos grandes momentos de suas vidas.

E mais tarde, quando já haviam alunos voltando para o castelo pois a noite estava caindo, Erik descobriu o que eles estavam bebendo, e todos eles partiram correndo para longe da festa, correndo pelo ar livre e gritando cheios de alegria e vida.

Mas claro, antes de correr, Sophie deu um último beijo em Olívio como uma promessa para o encontro no futuro.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Enfim quando eles estavam de volta em Hogwarts, não era nenhuma surpresa que Sophie, Castiel, Charles, Dean, Harriet, Jorge e Patrick estavam tendo as piores dores de cabeça de uma vida inteira e não apenas isso como também estavam colocando tudo que haviam comido e bebido na festa para dentro de baldes em seus colos. E tudo se tornava pior por conta dos alunos no Salão Principal que não paravam de conversar muito ALTO.

Erik os olhava com reprovação, obviamente. Já Teresa fingia que não ouvia Patrick choramingando para ela e Fred falava alto bem perto do ouvido do irmão que estava quase dando um soco em seu nariz.

Porém, apesar de tudo, eles mantiveram suas palavras. E trouxeram vários doces e algumas coisas legais para Harry.

— Isso é realmente incrível, obrigado gente – disse Harry realmente agradecido com tudo que lhe foi dado.

— Tudo por você, docinho – disse Gabriel batendo levemente na bochecha do Potter.

— É... Tudo... Por... Urgh! – Sophie tornou a enfiar o rosto dentro do balde botando tudo pra fora.

Harry, Rony, Gabriel, Hermione e Samuel olharam para cada um ali que estava com o rosto enfiado no balde.

— O que aconteceu com vocês? – perguntou Hermione por fim.

— Bem – começou Patrick com a voz ainda meio zonza. – o Harry aqui – apontou para Harry – nos pediu para a gente se divertir por ele, certo?

— Sim?

— A gente levou isso muito a sério. – disse Dean com a voz grossa e o rosto um tanto inchado e sério, mas parecia mais zonzo que os outros. – Muito mesmo.

— Francamente estou surpreso como ainda estão vivos depois de terem caído naquela ladeira da Casa dos Gritos – resmungou Erik balançando a cabeça. – Foi um atrás do outro caindo e caindo.

— Eu me senti uma bola – choramingou Charles. – Rolando... E rolando... E rolando... E rolando... E rolando... E rolando...

— A gente já entendeu, Charles – disse Samuel.

— Mas o que os levou a ficarem assim? – perguntou Rony enquanto comia um dos doces trazidos.

Sophie olhou para os lados, e então bem séria fez um gesto com a mão para os quatro se aproximarem mais dela e dos outros. Os quatro se debruçaram sobre a mesa e Castiel disse com a voz mais rouca que o normal e claramente sem paciência:

— Não faça perguntas estúpidas.

E os quatro garotos voltaram para seus lugares olhando para os outros com caretas.

— Eles beberam demais – respondeu Teresa por fim. – Estão bêbados.

— Vocês beberam bebidas alcoólicas?! – exclamou Hermione bem alto. – Mas os alunos de quinze anos não podem...

— Mione não grita, estamos do seu lado, meu anjo – choramingou Harriet olhando para a garota mas logo voltando a cabeça para dentro do balde.

— Pela primeira vez eu fui o responsável nessa história toda – comentou Fred rindo. – E foi mais engraçado vê-los.

— Verdade – concordou Teresa rindo junto. – Principalmente quando Sophie, Charles e Castiel começaram a correr atrás de um cachorro enorme e preto gritando que iriam adotar o pobre animal.

— A cada dia é a minha sanidade indo embora nessa história toda – comentou Erik baixinho. Ele era o único além de Sophie que sabia quem realmente era aquele cachorrão preto.

— É isso né, família – comentou Sophie. – Se não for pra deixar minha marca em Hogsmeade então eu nem vou – e riu mas logo parou pela dor de cabeça. – Ai. Doeu.

— É exatamente isso – concordou Castiel. – Temos que deixar marcas em tudo. Assim como essa que o Olívio deixou no seu pescoço.

Sophie corou forte enquanto o restante dos amigos deram gargalhadas. A ruiva bateu no braço do Collins que a puxou para um abraço.

Um tempo depois, a festa no Salão Principal enfim havia começado e todos já estavam se divertindo. A comida já estava na mesa, Aslan brincava com todos os alunos, Remus estava sorridente na mesa dos professores conversando com a Profª Sprout.

A festa terminou com um espetáculo apresentado pelos fantasmas de Hogwarts. Eles saltavam de repente das paredes e dos tampos das mesas e voavam em formação; Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, fez grande sucesso com uma encenação de sua própria decapitação incompleta. E o Barão Sangrenta com certeza surpreendeu todos cantando uma ópera terrivelmente assustadora.

Mais tarde, todos partiram para a sala comunal da Grifinória que naquele ano seria onde abrigaria a festa de Halloween. Todos os alunos das casas estavam indo para lá.

O grupo estavam animados para continuar festejando, seguiam o caminho tranquilamente mas quando chegaram ao corredor que terminava no retrato da Mulher Gorda,

— Por que ninguém está entrando? – perguntou Rony, curioso.

Harry espiou por cima das cabeças à sua frente. Aparentemente o retrato estava fechado.

— Me deixem passar – ouviu-se a voz de Percy, que passou cheio deimportância e eficiência pelo ajuntamento. – Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor-chefe...

Castiel olhou irritado para o Weasley mais velho.

— Se o Percy abrir a boca dele para falar mais alguma coisa, que seja um mísero "OI" eu juro que eu vou quebrar toda a calma que existe em mim. – disse o Collins para os amigos.

Patrick olhou para ele com a testa franzida.

— Mas não existe calma em você – disse o loiro.

— Exatamente o meu ponto.

E então foi baixando um silêncio sobre os alunos a começar pelos que estavam na frente, dando a impressão de que uma friagem se espalhava pelo corredor. Eles ouviram Percy dizer, numa voz repentinamente alta e esganiçada:

— Alguém vai chamar o Prof. Dumbledore. Depressa.

Sophie ficou curiosa assim comos os amigos, Erik e Dean que eram os mais altos ficaram surpresos com o que viram.

— O que? – perguntou Charles, que estava com Baguera em seu colo, olhando para Erik. – Querido, o que você viu?

Sophie que estava perdendo a paciência e ficando cada vez mais ansiosa, e não querendo mais esperar, olhou para Aslan e acenou para ele. Seu leão sendo inteligente como era, entendeu o que ela queria e na mesma hora deu um enorme rugido fazendo com que todos os alunos na frente se afastassem. Sophie junto com o grupo se aproximaram e ficaram surpresos com o que estavam em sua frente.

— Sophie o que pensa que está fazendo? Eu sou o monitor-chefe...

— Agora não, Percy – disse Sophie sem dar atenção para Percy, passando direto por ele e se aproximando do quadro.

Aslan rosnou para o Weasley que logo se afastou com medo.

Sophie tocou no quadro sentindo um medo se instalar em seu corpo. A Mulher Gorda não estava ali.

— Sophie... o que você acha que aconteceu? – perguntou Erik baixinho para ela.

— Tenho medo de saber a resposta – murmurou Sophie ainda olhando para o quadro.

— Sophie o que aconteceu? – perguntou Denny, um aluno da Grifinória do segundo ano.

— Cadê a Mulher-Gorda? – perguntou Gina também olhando para Sophie.

— Ela sofreu um ataque? – outro aluno perguntou.

— Gente, eu não sei mas tenho certeza que vai ficar tudo bem. Fiquem calmos – ela sorriu para eles tentando passar um pouco de calma para eles, mesmo não sentindo nenhuma. – Alguém já foi chamar o Dumbledore? – perguntou.

— Estou aqui, Sophie – falou Dumbledore se aproximando junto com outros professores.

O diretor passou imponente pelos alunos e se aproximou de Sophie. Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio e viu os professores McGonagall, Remus e Snape que vinham apressados ao seu encontro.

— Precisamos encontrá-la – disse Dumbledore – Profª McGonagall, por favor localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.

— Vai precisar de sorte! – disse uma voz gargalhante.

Era Pirraça, o poltergeist, sobrevoando professores e alunos, encantado, como sempre, à vista de desastres e preocupações.

— Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? – perguntou Dumbledore calmamente e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco. Ele não se atrevia a atormentar o diretor. Em vez disso, adotou uma voz untuosa que não era nada melhor do que a sua gargalhada escandalosa.

— Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está horrorosa. Eu a vi correndo por uma paisagem no quarto andar, Sr. Diretor, se escondendo entre as árvores. Chorando de cortar o coração – informou ele, satisfeito. – Coitada. – acrescentou em tom pouco convincente.

— Ela disse quem foi que fez isso? – perguntou Dumbledore em voz baixa.

Neste instante Sophie se voltou para Rony, e sem querer ninguém percebesse perguntou em voz bem baixa para o garoto:

— Perebas está com você?

Rony olhou confuso para ela, e ela não podia culpá-lo, afinal, a Mulher Gorda foi atacada e aqui estava ela perguntando sobre o rato. Mas felizmente Rony não perguntou, apenas concordou e puxou o rato do bolso.

— Posso? – ela perguntou.

— Ele gosta mais de você mesmo – disse Rony dando de ombros e entregando para Sophie.

Pettigrew logo se aconchegou na mão de Sophie que agora respirava mais aliviada. Ela colocou ele em seu próprio bolso e voltou a prestar atenção na conversa em frente.

— Ah, disse, Sr. Diretor – respondeu Pirraça com ar de quem carrega uma grande bomba nos braços. – Ele ficou furioso porque ela não quis deixá-lo entrar, entende – Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas. – Tem um gênio danado, esse tal de Sirius Black.

Remus arregalou os olhos enquanto Sophie fechava os dela.

— Sirius? – sussurrou ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.