TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 53
Capítulo 53 — Apenas o Primeiro Dia · pt. I




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05 de Dezembro de 1981, Sala do Dumbledore em Hogwarts.

Albus Dumbledore estava sentado em sua mesa, escrevendo suas anotações sobre aquele ano terrível quando Fineus em seu quadro o avisou, em seu tom rude que Remus Lupin estava vindo usando a rede de flú. E não estaria sozinho. O diretor suspirou e levantou a cabeça, na direção do andar de cima.

— David, meu rapaz? – chamou ele gentilmente por seu afilhado.

Não demorou muito, e a cabeça de cabelos castanhos bagunçados e olhos de chocolates derretidos surgiu no parapeito, o olhando com curiosidade.

— Juro que não estava lendo nada proibido – disse o garoto antes que Dumbledore disse algo.

Dumbledore levantou a sobrancelha esquerda na direção do rapaz, e este teve pelo menos a vergonha de corar.

— Irei ignorar essas informação por enquanto – disse o diretor calmamente. – Vou receber visitas em alguns minutos, conversaremos sobre assuntos sérios e eu gostaria que você não... Chame a atenção enquanto isso.

O rapaz de seis anos deixou a cabeça cair para o lado, tentando entender o que Dumbledore queria dizer com a chamar atenção quando seus olhos arregalaram em realização.

— Você quer dizer não quebrar nada, padrinho? – perguntou David com orgulho.

— Exato.

David abriu um largo sorriso e acenou com a cabeça concordando várias vezes animado.

— Pode deixar! Não vou quebrar nada dessa vez! – para se provar o contrário de sua afirmação, David abriu os braços de maneira exagerada e sua mão bateu com força num vaso próximo e o mesmo caiu no chão, fazendo um grande barulho.

David arregalou os olhos, olhando entre o vaso quebrado e o padrinho que agora negava com a cabeça enquanto segurava a risada pelas palhaçadas do afilhado.

— Eu... Vou... Me aquietar – disse o garoto timidamente dando passos para trás, sumindo de vista.

Dumbledore suspirou com uma risada baixa enquanto acariciava a própria barba.

— Esse garoto vai ser um perigo no futuro – sussurrou ele baixinho e voltou a escrever as anotações enquanto esperava por Remus.

Nem muito tempo depois, o último dos Marotos estava em seu escritório e segura em seus braços estava Sophie Potter que olhava tudo em volta com os lindos olhos arregalados em curiosidade e em seus próprios bracinhos estava um leãozinho de pelúcia.

— Remus, meu querido amigo – saudou Dumbledore se levantando e indo até o outro bruxo. – Fico feliz em vê-lo.

Remus sorriu, um sorriso que não chegou ao seus olhos, um sorriso triste e cansado.

— Bom te ver, senhor – disse o Lupin. – Desculpe ter demorado para vir até você... Eu... – ele parou e fechou os olhos. – A dor só diminuiu nos últimos dias.

Dumbledore o olhou com compaixão, entendendo que a dor que ele falava não era só a dor do luto, era a dor da traição feita por um amigo querido, a dor de perder outro para uma prisão, e mais que tudo, perder a outra parte de sua alma. O diretor bateu suavemente na bochecha de Remus e se voltou para Sophie que o olhava tímida, e não pode evitar em sorrir para aquela linda figura, tão parecida com sua mãe mas com os olhos de seu pai.

— Olá, Sophie – disse ele suavemente. – Como tem estado?

Sophie abaixou os olhos e trouxe o leãozinho para mais perto de si em um abraço apertado.

— Saudades da mamãe e papai. – sussurrou ela e Remus a olhou com tristeza, lhe dando um beijo nos cabelos.

Dumbledore concordou e acenou com a mão para o sofá que havia no canto da sala, e junto com Remus se sentaram em silêncio. Com um movimento de sua varinha, ele fez três xícaras – mais uma no quarto de David – de chocolate e biscoitos. Remus colocou Sophie para se sentar no meio entre eles, pegou uma xícara entregando para a garota que colocou o leãozinho no colo e segurou com as duas mãos; e então pegou uma si próprio. Assim como Dumbledore.

— Obrigado – agradeceu Remus com um suspiro ao tomar um pouco. – Como tem estado?

— Terminando de preparar algumas coisas... E finalizar outras. – respondeu Dumbledore calmamente. – Agora que acabou, volto a ser apenas o diretor dessa escola.

Remus concordou e tornou a olhar para a própria xícara.

— Harry? – perguntou baixinho.

— Seguro, com os tios. – respondeu Dumbledore. – Petúnia Dursley sabe de tudo e... Vai manter o garoto seguro enquanto, bem, enquanto Sirius estiver preso.

— Certo. – disse Remus passando a mão no rosto.

Estava claro como o dia para Dumbledore o quão cansado e até mesmo um tanto perdido Remus ainda estava, por isso ele estava deixando que o jovem bruxo liderasse aquela conversa, e com cuidado e paciência, Dumbledore responderia o que ele precisasse saber.

O diretor então sentiu suas vestes serem puxadas e olhando para baixo viu Sophie olhando novamente para ele com curiosidade.

— Posso anda pela sua sala? – perguntou ela baixinho.

Dumbledore sorriu.

— Minha sala, Sophie Potter, é a sua sala. Fique a vontade – disse ele suavemente.

A jovem ruiva sorriu e colocando a xícara de volta na mesa, segurando o seu leãozinho começou a andar pela sala olhando para cada bugiganga que existia ali. Remus agora olhava para ela, em seus olhos havia apenas puro carinho e amor para a criança que aliviava sua dor mais do que jamais saberia.

— Ela tem tido muitos pesadelos – comentou ele baixinho. – Acorda sempre chamando por James...

— Entendo – disse Dumbledore. E ele realmente entendia, afinal, seu próprio afilhado passou por isso.

— Eu não sei se ela vai se recuperar, Dumbledore – disse Remus tão baixo que o diretor quase não o escutou. – Ela está tão... Eu não sei o que fazer.

— Ela vai se recuperar. – disse Dumbledore sem dúvidas em seu tom de voz. – Vai demorar um pouco, mas ela vai. Claro, haverá seqüelas, traumas. Mas por todo esse horror que ela sofreu agora, quando ela for crescendo seu subconsciente vai bloquear essas memórias como defesa. Ela não vai se lembrar da morte dos pais, pode mesmo começar a acreditar que eles apenas saíram para uma viagem. Se esquecer do passado para aguentar. Vai ser dela, se ela vai querer continuar correndo dessa dor... Ou aceitá-la.

Dumbledore não pode evitar em pensar em David ao dizer tudo isso. Seu querido garoto, forte e poderoso bruxo que um dia seria quando crescesse... Dumbledore sabia, que mesmo sendo assim, David Lungbarrow iria pelo caminho covarde, correndo da dor o máximo que pudesse.

Remus suspirou e concordou, acreditando nas palavras ditas. E rezando para que sua afilhada fosse forte para o que viesse em seu futuro. Tornou a focar seus olhos na xícara. Já, Dumbledore olhou para Sophie e levantou a sobrancelha esquerda ao ver a jovem garota olhando para cima e dando pequenas risadinhas.

Curioso ele olhou na mesma direção, que no caso era o parapeito do andar de cima, mas não viu ninguém. Olhou com atenção e suspirou baixinho enquanto balançava a cabeça ao ver os cabelos bagunçados de seu próprio afilhado saindo de seu esconderijo, onde estava se escondendo de sua visão.

Voltou a olhar para Sophie que ainda olhava para cima sorrindo, e quando a garota tornou a rir baixinho e até fazer caretas engraçadas, Dumbledore sorriu. Deixe que seja aquele garoto atrapalhado e sonhador a animar um pouco a vida de Sophie naquele momento.

— Pettigrew? – Remus tornou a perguntar, olhando para ele.

— Ainda desaparecido, Remus – respondeu Dumbledore calmo. – Infelizmente, meu amigo, creio que ficará assim por um longo tempo. O Ministério tem plena certeza que foi Sirius que assassinou aqueles trouxas e que ainda era leal a Voldemort. E a crença de que Peter esteja morto se espalha também.

— Se eu o encontrar... – sussurrou Remus cheio de raiva. – Eu mesmo o mato. Sem pensar duas vezes.

Dumbledore colocou uma mão leve no ombro do jovem bruxo.

— E que bem isso lhe faria, meu amigo? – perguntou o diretor. – Matar o homem que foi um dos seus melhores amigos por vingança apenas te destruiria mais. Romperia sua alma mais ainda. Lembre-se também que Peter sofreu nessa guerra.

Remus choramingou e colocou as duas mãos no rosto, seus ombros tremiam enquanto respirava. Dumbledore deu tempo para ele se acalmar e após uns minutos, Remus tirou as mãos do rosto, seus olhos estavam vermelhos assim como suas bochechas.

— O que acontece agora? – ele perguntou por fim. – Agora que tudo acabou...

E aqui era o momento em que Dumbledore quebraria o coração daquele homem um pouco mais. Com a verdade que acreditava e sentia ser sobre o futuro que vinha pela frente. A verdade de que Voldemort não estava morto.

— Gostaria dizer que agora você e Sophie seguem suas vidas tranquilamente – começou Dumbledore devagar. – Mas isso seria mentira.

Remus olhou para ele com os olhos arregalados, entre medo e confusão.

— O que?

— Sophie não deve ser reconhecida pelo sobrenome Potter, pelo menos por enquanto, Remus – disse Dumbledore calmamente. – Apresente ele para os outros como Sophie Lupin, sua filha.

— Mas... – ele estava com a testa franzida agora. – Por que?

— Quando Peter Pettigrew informou da localização dos Potter, quando ele falou para Voldemort sobre Lily, sobre James e sobre Harry... Ele, propositalmente deixou o nome da Sophie de fora. – explicou Dumbledore. – Através da minha fonte, sei que Voldemort nunca soube da existência da Sophie. O que me agrada.

— Peter não... Não disse nada sobre ela? – perguntou com a voz carregada de alívio.

— Não. Se ele tivesse dito, Remus, acredito que Sophie não teria tido a mesma sorte que Harry. De certa forma... O amor de Peter por Sophie, salvou a vida dela. – disse Dumbledore.

— Mas... Por que esconder o nome da Sophie? Voldemort está morto...

Dumbledore fechou os olhos e ficou em silêncio, preferido que Remus percebesse a verdade do que dizê-la. Dar voz aquele fato de que o bruxo que destruiu tanto, ainda estava vivo enquanto tantos bons estavam mortos, era um pesadelo para qualquer um. Mesmo para ele.

— Não... Dumbledore... Não. Ele morreu. – a voz de Remus estava entre firmeza e dúvida. – Ele tem que ter. Porque se ele... Diz que ele morreu.

Dumbledore abriu os olhos e olhou triste para o rapaz que perdeu quase tudo.

— Eu sinto muito.

Remus fechou os olhos, colocando a mão acima do coração e respirando fundo. Dumbledore, para lhe dar privacidade, tornou a olhar para Sophie e viu que ela estava escondendo o rosto atrás do leãozinho e depois aparecendo fazendo careta ou sorrindo na direção onde Dumbledore sabia que David estava. O diretor sorriu, sentindo muito carinho por aquela garota.

— Como? – veio a voz rouca de Remus ao seu lado.

— Eu não sei como. Mas sei que ele vai voltar. – respondeu o diretor. – Que demore anos, que ele seja esquecido, mas ele vai voltar.

— Tanta luta... Tantas... Tantas mortes e no final... O pior continua vencendo. – disse Remus cheio de amargura.

— Penso diferente. – disse o diretor ainda olhando para Sophie. – Existem dois pólos, Remus. O bem e o mal, todos nós carregamos os dois dentro de nós. Mas os dois sempre existem, os dois são infinitos. Porém, apenas se permitimos, o mal continua vivo. O Tempo nos da as escolhas, escolhemos e seguimos. No final, aquele mal pode se tornar bem, assim como bem pode se tornar mal.
“O fato de Voldemort ter sobrevivido não significa que o mal venceu. Afinal, Sophie Potter está viva e com você. Harry sobreviveu a um feitiço da morte. O último de sua linhagem cresce cada dia mais forte e maravilhoso. Entre muitas outras maravilhas. Veja por esse lado, meu amigo. Voldemort ainda estar vivo é pequeno, comparado com o quanto ainda existe, o quanto ainda está para ser contado nessa história que o Tempo está criando.”

Remus ficou com a testa franzida pensando no que foi lhe dito até enfim concordar.

— Então, devo esconder o sobrenome da Sophie para garantir a segurança dela contra Voldemort...

— Seria sábio, sim.

— Certo, irei fazer isso. Mais alguma coisa? – perguntou o lupino.

— Não, isso é o necessário para você saber meu amigo.

Quando Remus estava saindo com Sophie em seu colo pela rede de flú, a jovem ainda estava sorrindo para o andar de cima. Quando eles se foram, Dumbledore se virou para David que estava parado no parapeito com o sorriso mais largo que o diretor já havia visto desde da morte de seus pais.

— David? – chamou ele.

O garoto olhou para ele e seus olhos brilhavam.

— Eu tenho uma melhor amiga.

 

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01 de Setembro de 1993, Sala do Dumbledore.

— Sabe, eu deveria ficar sem falar com você durante esse ano todo por ter dado a ideia de me colocar para ficar com os Dursley. – foi a primeira coisa que Sophie disse para Dumbledore ao entrar no escritório do mesmo.

— Acredite, minha amiga, se eu soubesse que você transformaria uma mulher em um balão não teria mandado. – respondeu Dumbledore sorrindo para a garota que já se sentava em frente á ele. – O que achou da nova senha?

— Limão Alfa? – perguntou Sophie e o diretor concordou. – Eu francamente não quero saber da onde você tirou essa ideia.

Dumbledore riu suavemente e Sophie sorriu com carinho para ele.

— Como está Sophie? – perguntou Dumbledore colocando os braços na mesa. – Remus me contou sobre os Dementadores.

Sophie revirou os olhos fingindo estar bem humorada.

— A tia das fofocas, vai ser como eu vou chamar ele – comentou Sophie. – Sinceramente, senhor eu estou bem. Genuinamente feliz por estar de volta.

Dumbledore olhou sabiamente para ela.

— Posso confiar que não está fugindo de seus sentimentos? – tornou a perguntar.

Sophie sorriu, esticou as mãos e segurou as dele.

— Eu senti dor, a mesma dor que senti quando Voldemort me atacou com Cruciatus. Mas já passou, a dor voltou a ser um eco, e eu aceito ela como uma parte minha. – disse Sophie sorrindo. – Te garanto que não estou fugindo do que sinto.

Dumbledore segurou a mão da Potter em troca.

— Estou feliz e orgulhoso por isso. – ao dizer isso, voltou a se encostar na cadeira.

— E o senhor, como você passou suas férias?

— Admito que não parei muito nessas férias. Muitas coisas chamam por minha atenção, coisas que não posso deixar para horas tardias – respondeu Dumbledore suspirando. – Mas estou bem. Estou até ansioso para o que este ano nos trará.

— Assim como eu. – concordou Sophie acariciando a juba de Aslan que estava ao seu lado. – Apesar que os dementadores cortam um pouco a graça. Me preocupo com Aslan, não gosto da ideia deles perto do meu gato.

— E não deveria gostar mesmo. Sugiro que você mantenha Aslan ao seu lado este ano, e poucas saídas para a Floresta Proibida para ele também – disse o diretor olhando para o leão que fez sons de resmungo. – Fawkes também não gosta nada dessas criaturas.

Sophie levantou a sobrancelha para o amigo.

— Acredito que Aslan e Fawkes não sejam os únicos que não gostam da visita dos dementadores – comentou ela  e sorriu de lado ao ver o diretor soltar um resmungo baixo. – Sei muito bem o quanto você os despreza. Na verdade, acho que todo o mundo sabe.

— São criaturas odiosas. Só os aceitei porque não quero que Cornélio mande aurores para cá. Seria mais difícil para Sirius entrar aqui despercebido – disse Dumbledore. – E Harry? Como ele ficou após o ataque?

Sophie fez uma careta triste ao seu lembrar o que seu irmãozinho havia escutado ao ataque dos dementadores.

— Harry ficou bastante abalado. – disse Sophie. – Ele... Bem, enquanto eu sentia a dor da maldição cruciatus, Harry ouviu a voz da nossa mãe gritando. Provavelmente, obviamente na verdade, da noite em que ela morreu.

Dumbledore concordou com a cabeça pesaroso.

— Acredito que não seria isso que Harry gostaria de ouvir pela primeira vez relacionado a linda voz dela. – continuou Sophie, pela primeira vez em tempos escutando com clareza a voz de Lily em sua memória.

— Ninguém gostaria. – disse Dumbledore. – Os dementadores vão ficar em cima dele e de você com violência, Sophie. Esteja preparada para isso.

Sophie concordou e então se lembrou dos comprimidos dados por Draco Malfoy. Com a testa franzida ela tirou a cápsula do bolso, olhando para ela por um momento antes de mostrar para Dumbledore.

— Pode me confirmar se... São verdadeiros? – perguntou ela para o amigo ao entregar a cápsula em sua mão. – São para...

— Diminuir os efeitos dos dementadores. – completou Dumbledore. – Criado no Japão, valem uma fortuna e são extremamentes raros de conseguir. Quem lhe deu?

— São realmente verdadeiros? – perguntou ela mais surpresa.

— Te garanto que sim, minha amiga. – respondeu ele devolvendo para ela.

Sophie olhou para aquele objeto sem saber como se sentir ao ver que eram autênticos. Draco não havia mentido.

— Draco Malfoy me deu. – respondeu ela a pergunta feita. – Minutos atrás antes de eu chegar aqui no seu escritório. Ele me parou e disse que ouviu quando eu gritei e sobre eu ter desmaiado. Disse a mãe dele pediu para Lúcio comprar esses comprimidos.

— Ah.

Sophie olhou para o diretor que carregava um brilho em seus olhos, aquele brilho de alguém que conhecia algo que era óbvio de se ver mas apenas ele estava vendo.

— O que esse “ah” significa? – perguntou ela.

— Significa “ah” – respondeu o diretor sorrindo.

— Senhor...

— Use o remédio com moderação, você vai? Fique o mais longe que conseguir dos dementadores. – cortou Dumbledore gentilmente antes dela continuar e Sophie apenas bufou. – Agora, um outro assunto que eu gostaria de lhe conversar é sobre as aulas. Eu gostaria de pedir que você focasse mais nos estudos e deixasse de assistir as aulas do seu irmão. Eu entendo os seus motivos para assistir, mas sinto que você deva começar a soltar, minha amiga. E com os N.O.M.S chegando, acredito que os professores irão passar muitas lições. No próximo ano se quiser, poderá voltar a assistir as aulas de Harry.

Sophie suspirou, ela sabia que em algum momento não faria mais sentido ela continuar assistindo as aulas em que Harry participava. Em algum momento, ela realmente teria que começar a soltar aos poucos aquele medo, deixar ir.

— Tem razão – disse ela sorrindo fraco. – Eu, eu acho que já está na hora de entender que ele não vai sumir. Não se preocupe, senhor, irei focar nos N.O.M.S.

Dumbledore sorriu.

— Fico feliz.

— Oh, o senhor tem alguma notícia de Sirius, a propósito? – perguntou ela ansiosa. – Algum sinal dele já ter chegado?

— Não. Mas, para falar a verdade, você está com mais novidades sobre Sirius do que eu – cantarolou Dumbledore sorrindo para a ruiva que ficou confusa.

— Eu?

— Na noite em que você e seu irmão juntos com os senhores Francis e Lehnsherr mais a senhorita Lovegood saíram da Rua dos Alfineiros, antes de chamarem pelo Nôitibus. – Dumbledore sorria. – Não me surpreende você não tê-lo reconhecido, afinal, a última vez que você o viu em forma de cachorro foi quando você tinha três anos de idade.

Sophie arregalou os olhos em realização, sua boca estava aberta também, totalmente chocada.

— Eu sabia! Eu sabia que era ele! Mas então ele foi embora e eu... Deus! – exclamou Sophie rindo ainda surpresa. – Ele não fez nada também, só ficou me olhando... não latiu ou se aproximou mais... ele só... me encarou.

— Acho que você pode imaginar o porque dele ter te olhado. A última vez que ele te viu, você era uma criancinha e Harry apenas um bebê – disse Dumbledore ainda sorrindo. – Acho que ele deve ter ficado bastante surpreso ao ver vocês.

— Queria tanto que ele tivesse se aproximado mais.. – murmurou a Potter tristemente e fazendo o diretor rir baixo.

— Ah minha querida amiga, você ainda terá muito tempo com Sirius. Aguente mais um pouco e logo vocês serão uma família feliz. Você verá. – disse Dumbledore pegando a mão da ruiva com carinho novamente.

Sophie concordou, apertando a mão do velho bruxo em troca.

— Já está tarde, é melhor você ir. Amanhã novas aulas lhe esperam – disse o diretor sorrindo e se levantando. – Irei te acompanhar até a escadaria.

— Quão cavalheiro – brincou Sophie. – Mas realmente não precisa...

— Eu insisto – dito isso, Sophie soube que nada poderia mudar o diretor de ideia.

E assim, ambos saíram da sala, acompanhados por Aslan, em direção a escadaria. Assim que eles viraram a esquina da sala do diretor, Percy Weasley surgiu.

— Sophie!, o que você pensa... ah... diretor... – Percy parou de falar assim notou que Dumbledore estava com ela, e Sophie achou que o Weasley iria fazer uma reverência.

— Olá, Sr. Weasley – cumprimentou Dumbledore calmamente. – Está fazendo a patrulha pelo Castelo, acredito?

— Sim, sim senhor – concordou Percy. – Eu e a monitora chefe.

— Fico feliz – disse Dumbledore. – Mas não fiquem até tarde. 

— Claro, meu senhor! – Sophie olhou estranho para Percy após ele dizer “meu senhor” como um elfo doméstico. – Sophie o que você está fazendo fora da cama? – Percy voltou-se para Sophie que revirou os olhos ao perceber que ele estava apenas se mostrando para Dumbledore.

— Ah, isso é por minha culpa. Eu peguei o costume de sempre tomar um chá e conversar com Sophie depois das festas – disse Dumbledore passando o braço nos ombros de Sophie que sorriu para ele. – É uma ótima companhia.

— O senhor também não é uma má companhia para se ter – brincou a ruiva piscando para o diretor. Quando voltou-se para Percy, viu que ele os observava enciumado.

— Bem, vamos continuar. Como disse antes, amanhã será um dia agitado, boa noite sr. Weasley. – com isso, Dumbledore voltou a andar com Sophie ao seu lado.

Assim que ambos chegaram na escadaria, Sophie olhou para o diretor e cruzou os braços.

— O senhor sabia que Percy iria aparecer. – disse Sophie suspeita.

— Tinha minhas suspeitas, sim. – respondeu o bruxo mais velho. – Agora vá, direto para a cama mocinha.

Sophie revirou os olhos e sorrindo começou a subir as escadas.

— Boa noite, senhor!

 

— Boa noite, Sophie.     
   
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Quando Harry, Rony e Hermione entraram no Salão Principal para tomar café, na manhã seguinte, a primeira coisa que viram foi Draco Malfoy, que parecia estar entretendo um grande grupo de alunos com uma história muito engraçada.

Quando os três passaram, Malfoy fez uma imitação ridícula de um desmaio que provocou grandes gargalhadas.

— Não ligue para ele. – disse Hermione, que vinha logo atrás de Harry. – Não dê bola para ele, não vale a pena...

— Ei, Potter! – chamou esganiçada Pansy Parkinson, uma garota da Sonserina com cara de buldogue. – Potter! Os dementadores estão chegando, Potter! Uuuuuuuuuuuuuu!

— Ei, Parkinson! – gritou Castiel que estava de pé na mesa da Grifinória. – Parkinson! O departamento de criaturas assustadoras está chegando. Vieram te buscar. Uuuuuuuuuuuuuuu!

Os alunos que não achavam nada engraçado Harry e Sophie terem desmaiado por quase dos dementadores caiu na gargalhada. Pansy ficou vermelha e olhou feio para Castiel que sorriu debochad o para a garota.

— 100 pontos para a Lufa-Lufa! – disse Sophie batendo palmas.

Harry, Rony e Hermione se sentaram ao lado de Gabriel e Samuel que lhes entregaram os papéis com os novos horários.

— Nossos novos horários de aula – explicou Sam. – Para de olhar para o Malfoy, e presta atenção Harry.

— Ele vai ficar fingindo desmaio a semana toda, não to com paciência para isso – comentou Harry em resmungo.

— Se você continuar dando atenção para ele, então sim ele vai continuar com isso – retrucou Gabriel revirando os olhos.

— Se você quer um motivo para se animar e aguentar as palhaçadas daquele tonto, então fique sabendo que o primeiro jogo dessa temporada de Quadribol vai ser contra a Sonserina – disse Jorge. – Faça ele cair da vassoura.

— Jorge – repreendeu Erik olhando para o ruivo.

— Ah, certo... Não faça ele cair da vassoura de uma altura muito fatal – disse Jorge sorrindo para Erik que revirou os olhos.

A única vez em que Harry e Draco tinham se enfrentado em uma partida de Quadribol, Draco decididamente tinha levado a pior. Sentindo-se um pouquinho mais animado, Harry se serviu de salsichas e tomates fritos.

Enquanto isso Mione e Sam examinavam seu novo horário.

— Ah, que ótimo, estamos começando matérias novas hoje. – comentou satisfeita.

— Hermione... – disse Rony, franzindo a testa ao olhar por cima do ombro da amiga. – Bagunçaram o seu horário. Veja só: dez aulas por dia. Não existe tempo para tudo isso.

Hermione deu de ombros enquanto Sam revirava os olhos.

— Eu me arranjo. Já combinei tudo com a Profª Minerva.

— Mas olha aqui – continuou Rony, rindo-se. –, está vendo hoje de manhã? Nove horas, Adivinhação. E embaixo, nove horas, Estudo dos Trouxas. E.. – O menino se curvou para olhar o horário, mais de perto, incrédulo. –, olha, embaixo tem Aritmancia, nove hora. Quero dizer, eu sei que você é boa, Mione, mas ninguém é tão bom assim. Como é que você vai poder assistir a três aulas ao mesmo tempo?

— Não seja bobo – retrucou Hermione com rispidez. – É claro que não vou assistir a três aulas ao mesmo tempo.

— Bom, então...

— Passe a geléia. – pediu Hermione.

— Mas...

Harry já virou o corpo para ignorar os dois caso começassem a brigar e assim fizeram Sam e Gabriel.

— Harry, esse ano não irei assistir suas aulas – informou Sophie ignorando o começo de uma nova briga de Rony e Hermione. – Por conta dos N.O.M'S, minha atenção precisa estar totalmente focada nos ensinos deste ano.

— Eu entendo Soph, não se preocupe. Eu consigo me virar. – disse Harry sorrindo com carinho para a irmã.

— É claro que consegue! Você é um Potter, não um Dursley por aqueles lados – retrucou a garota orgulhosa. – Charles, querido, me passe a manteiga de maçã, por favor.

O Francis colocou Baguera, que estava em seu colo, em cima da mesa e entregou a manteiga para a Potter. Nesse tempo o filhote já havia começado a andar por toda a mesa comendo de tudo um pouco.

— Qual é a primeira aula de vocês agora? – perguntou Sam, ignorando as vozes alteradas da Hermione e do Rony, assim como todos.

— Grifinória e Corvinal com Defesa Contra as Artes das Trevas. – respondeu Teresa enquanto arrumava um lanche para Patrick. – Sonserina e Lufa-Lufa com Herbogia.

Nesse instante Hagrid entrou no Salão Principal. Estava usando o casaco de pele de toupeira e distraidamente balançava um gambá na mão enorme.

— Olá! Como estão? – perguntou ele, ansioso, parando a caminho da mesa dos professores. – Vocês vão assistir à primeira aula da minha vida! Estou acordado desde das cinco horas aprontando tudo... espero que dê certo...

— Querido, é claro que vai dar certo – disse Castiel tocando no braço enorme do novo professor. – Você vai ver, no final do dia, todos estarão falando o quão incrível você foi.

— Cas tem razão, Hagrid – disse Harriet. – Estou super animada.

— Seja magnífico, meu amigo – disse Sophie com carinho para ele.

Hagrid sorriu emocionado, seus olhos já cheios de lágrimas. Então riu baixo.

— Engraçado você dizer isso, Sophie – disse Hagrid com um suspiro em meio a risada. – Eu mandei uma carta para o jovem David sobre ser o novo professor e sua resposta chegou ontem, após me contar sobre tantas coisas incríveis ele finalizou dizendo para eu ser magnífico... – então continuou seu caminho para a mesa dos professores. – Você teria adorado ele, Sophie! Um grande homem ele é, assim como seu padrinho! Um grande homem!

— David... – sussurrou Sophie surpresa. – Acham que... – ela se virou para os amigos que olhavam para ela tão surpresos quanto. – É o mesmo meu David?

— São cinquenta a cinquenta de chances – disse Patrick. – Só o futuro vai nos responder isso.

Sophie concordou, mordendo o lábio inferior e olhando de volta para onde Hagrid estava sentado. Algo nela dizia que, apesar de parecer impossível, o David que Hagrid havia falado, era o David dela, e isso deixou ela tão feliz.

Após um tempo, todos eles terminaram o café da manhã e saíram do Salão Principal, seguindo seus caminhos para as devidas aulas.

— Nos vemos depois – disse Erik enquanto puxava Patrick para longe de Teresa, com Dean e Castiel abraçados ao seus lados.

— Se você não prestar atenção na aula eu não vou te fazer mais o lanche que de acordo com você só eu sei fazer – avisou Teresa num tom bravo e todos riram ao ver o loiro lufano fazer biquinho.

— Vocês são adoráveis – comentou Sophie rindo e então se voltou para o irmão e seu pequeno grupo. – Vocês conseguem achar a sala de Adivinhações sozinhos?

— Claro, podem ir. – disse Rony sorrindo. – Mande um oi para Remus por nós.

— Pode deixar. – disse Charles.

— Vem Aslan, você vai me acompanhar agora. Nada de passeios pelos terrenos – disse Sophie acariciando a juba do leão.

Baguera que estava no colo de Charles começou a se agitar e antes que o Francis pudesse segurar o filhote com mais firmeza, o mesmo pulou e caiu nas costas do leão, que fez sons de resmungo mas deixou o pequeno cachorro ficar ali.

— Oh – disse Sophie sorrindo. – Este é o começo de uma linda amizade, meus amigos.

E com isso eles seguiram caminho para a sala de Remus.

— O que será que ele irá passar para nós? – perguntou Teresa.

— Eu não sei mas seja o que for, vai ser muito legal! – comentou Harriet sorrindo. – Já vamos preparando as duplas...

— Charles comigo! – gritou Sophie fazendo Charles rir.

— Que feitiço é esse que você tem? – perguntou Fred olhando para o corvino.

— Acho que os meus olhos azuis – respondeu o Francis piscando para os amigos.

— Será que o Remus deixaria dupla de quatro? – perguntou Harriet. – Ai, sentamos juntas Tess, eu, Sophie e Charls.

Eles chegaram em frente a porta da sala de aula.

— Veremos isso agora – disse Jorge e então entrou se jogando de joelhos no meio da sala de forma dramática e gritando: – MOONY VOCÊ ACEITA DUPLA DE QUATRO?

Remus fez careta para o garoto negando com a cabeça com exasperação.

— Você tem sorte pela sala estar vazia se não eu te expulsava. – comentou Remus encostado em uma das mesas. – Espera... dupla de quatro?!

Sophie riu e abraçou o padrinho com força.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— Bem, vamos andando. Adivinhação é no alto da Torre Norte. Vamos levar uns dez minutos para chegar lá... – disse Rony.

E de fato, a viagem pelo castelo até a Torre Norte fora longa. Dois anos em Hogwarts e não tinham ensinado aos meninos tudo sobre o lugar, e nunca tinham ido a Torre Norte para início de conversa.

— Tem... que... ter... um atalho... – ofegava Rony ao subirem a sétima longa escada e chegarem a um patamar desconhecido, onde não havia nada exceto um grande quadro de um campo relvado pendurado na parede de pedra.

— Acho que é por aqui. – disse Hermione, espiando o corredor vazio à direita.

— Não pode ser – discordou Sam. – Aí é sul, olha, dá para ver um pedacinho de lado pela janela. Devíamos ter aceitado a ajuda de Sophie...

— Por que você disse que sabia onde ficava esse raio de sala quando você claramente não sabia?! – questionou Gabriel irritado para Rony que fez careta.

Harry parou para examinar o quadro. Um gordo pônei cinza malhado pisou lentamente na relva e começou a pastar sem muito entusiasmo. Harry estava acostumado aos personagens dos quadros de Hogwarts andarem e até saírem pela moldura para visitar uns aos outros, mas sempre gostava de apreciar esse movimento. No instante seguinte, um cavaleiro baixo e atarracado, vestindo armadura, entrou retinindo pelo quadro à procura do seu pônei.

Pelas manchas de grama nas joelheiras metálicas, ele acabara de cair do cavalo.

— Ah-ah! – berrou o cavaleiro, vendo os cinco. – Quem são esses vilões que invadem as minhas terras!? Porventura vieram zombar de minha queda? Desembainhem as espadas, seus velhacos, seus cães!

Os meninos observavam, espantados, o cavaleiro nanico puxar a espada da bainha e começar a brandi-la com violência, saltando para aqui e para ali enraivecido. Mas a espada era demasiado comprida para ele; um golpe particularmente exagerado desequilibrou-o e ele caiu de cara na grama.

— O senhor está bem? – perguntou Sam, aproximando-se do quadro.

— Afaste-se, fanfarrão desprezível! Para trás, patife!

O cavaleiro retornou a espada e usou-a para se reerguer, mas a lâmina penetrou fundo na terra e, embora ele puxasse com toda a força, não conseguiu retirá-la. Finalmente, teve que se largar outra vez no chão e levantar a viseira para enxugar o rosto coberto de suor.

— Escuta aqui – disse Harry, se aproveitando da exaustão do cavaleiro. –, estamos procurando a Torre Norte. O senhor conhece o caminho, não?

— Uma expedição! – a raiva do cavaleiro pareceu sumir instantaneamente. Levantou-se retinindo a armadura e gritou: – Sigam-me, caros amigos, alcançaremos o nosso objetivo ou pereceremos corajosamente na peleja!

Ele deu mais um puxão inútil na espada, tentou, mas não conseguiu montar o gordo pônei e gritou:

— A pé, então, dignos senhores e gentil senhora! Avante! Avante!

E saiu correndo, a armadura fazendo grande estrépito, passou pelo lado esquerdo na moldura e desapareceu de vista. Os cinco se olharam por um breve momento antes de partirem correrendo atrás dele.

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— Bom dia, como dito ontem pelo diretor Dumbledore, sou o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas este ano. Muitos aqui, já me conhecem por eu ser o padrinho de Sophie e sempre fazer uma visitinha para controlar essa peste. – informou Remus fazendo todos os alunos do quinto ano rirem e Sophie revirar os olhos.

A Potter se virou para ver se Aslan estava quieto na sala e viu que o leão já dormia tranquilamente com Baguera também dormindo em suas costas.

— Bem, por eu ser o padrinho de Sophie, então eu sei o que vocês aprenderam e o que não aprenderam durante os quatro anos em Hogwarts. E eu sei que não aprenderam nada no ano passado. – dito isso Remus viu que muitos alunos concordaram com ele. – Pois bem, este ano vocês começam os N.O.M.S. Isso é algo importante e para que possam passar com notas boas, ensinarei o básico que já deviam ter aprendido ano passado. Feitiços de defesas, contra-ataques, algumas azarações; teremos aulas onde apenas conversaremos também, sobre feitiços eles sendo proibidos ou não. Entre outros assuntos que irão surgindo com o tempo de dúvidas que vocês carregam. Dumbledore me deu a autorização de conversar com vocês sobre as três maldições imperdoáveis já que provavelmente irá cair no teste dos N.O.M.S. Alguma pergunta?

Vários alunos levantaram a mão e Sophie sentiu um enorme orgulho inchando em seu peito.

— Você... sr...

— Rafael Veríssimo – respondeu um aluno da Corvinal, conhecido por ser o mais inteligente do quinto ano inteiro. Seus olhos eram azuis e seu cabelo era longo até quase os ombros bem bagunçado também. – Eu gostaria de saber se iremos aprender a como se defender dos dementadores.

— Sim, Rafael, iremos. Além de também cair no testa, é algo que vocês claramente irão precisar este ano. Eu ensinaria os outros anos mais novos também, mas infelizmente este é um feitiço muito avançado para eles. Então será um feitiço apenas para os quinto, sexto e sétimo anos. – respondeu Remus cruzando os braços. – Mais alguma? Sim, Srta. Lisbon?

— Iremos aprender algum feitiço hoje, professor? – perguntou Teresa.

— Sim, eu já devia começar a ensinar o feitiço do Patrono mas deixarei ele para depois. Hoje, iremos aprender um feitiço de proteção em área. Acredito que a maioria aqui já ouviu falar do feitiço Cave Inimicum?

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— Sejam fortes! O pior ainda está por vir! – berrou o cavaleiro e os cinco o viram reaparecer diante de um grupo assustado de mulheres vestindo enáguas de crinolina, cujo quadro fora pendurado na parede de uma estreita escada circular.

Os cinco ofegavam ruidosamente, haviam corrido atrás do cavaleiro sem parar e agora subiam os estreitos degraus em caracol, sentindo-se cada vez mais tontos, até que finalmente ouviram o murmúrio de vozes no alto e perceberam que tinham chegado à sala de aula.

— Há! Adeus! – gritou o cavaleiro, enfiando de repente a cabeça no quadro de uns monges de aspecto sinistro. – Adeus, meus camaradas de armas! Se um dia precisarem de um coração nobre de um homem forte, podem chamar o Sir Cadogan!

— Claro... se um dia precisarmos de um maluco – resmungou Rony enquanto Sir Cadogan ia sumindo de vista.

Os garotos subiram os últimos degraus e chegaram a um minúsculo patamar, onde a maioria dos colegas já estava reunida. Não havia portas no patamar, mas Rony cutucou os amigos indicando-lhes o teto, onde havia um alçapão circular com uma placa de latão.

Sibila Trelawney, Professora de Adivinhação — leu Harry. – E como é que esperam que a gente chegue lá em cima?

Como se respondesse sua pergunta, o alçapão se abriu inesperadamente e uma escada prateada desceu aos seus pés. Todos se calaram.

— Primeiro você – disse Gabriel sorrindo para o Potter.

Harry revirou os olhos e começou a subir a escada. Chegou à sala de aula mais esquisita que já vira. Na realidade, sequer parecia uma sala de aula, e, sim, um cruzamento de sótão com salão de chá antigo. Havia, no mínimo, vinte mesinhas circulares juntas ali, rodeadas por cadeiras forradas de chintz e pequenos pufes estufados. O ambiente era iluminado por uma fraca luz avermelhada; as cortinas das janelas estavam fechadas e os vários abajures, cobertos com xales vermelhos-escuros. O calor sufocava e a lareira acesa sob um console cheio de objetos desprendia um perfume denso, enjoativo e doce ao aquecer uma grande chaleira de cobre. As prateleiras em torno das paredes circulares estavam cheias de penas empoeiradas, tocos de velas, baralhos de cartas em tiras, intocáveis bolas de cristal e uma imensa coleção de xícaras de chá.

Sam, Rony e Gabriel espiaram por cima do ombro de Harry enquanto os colegas se reuniam à volta deles, todos falando aos cochichos.

— E onde está a professora? – perguntou Rony.

Uma voz saiu subitamente das sombras, uma voz suave, meio etérea.

— Sejam bem-vindos. Que bom ver vocês no mundo físico, finalmente.

A impressão imediata de Harry foi a de estar vendo um enorme inseto cintilante. A Profª Sibila Trelawney saiu das sombras e, à luz da lareira, os garotos viram que era muito magra; uns óculos imensos aumentavam seus olhos várias vezes e ela vestia um xale diáfano, salpicado de lantejoulas. Em volta do pescoço fino, usava inumeras correntes e colares de contas, e seus braços e mãos estavam cobertos de pulseiras e anéis.

— Adorável, finalmente estamos na parte sombria de Hogwarts – comentou Gabriel.

 

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— Tenho que dizer, o desempenho de vocês está ótimo! – exclamou Remus sorrindo para os alunos que estavam em pé com as varinhas nas mãos e pareciam bastante animados. – Cada um de vocês souberam lançar o feitiço corretamente, estou até orgulhoso. – nisso ele olhou para Sophie que piscou para ele. – Muito bem, agora quero saber de vocês, o que vocês querem aprender?

— Professor, eu tenho uma curiosidade para aprender sobre o feitiço “Estupefaça” – comentou uma aluna da Grifinória, Gabriela Catzo.

 — Ah sim, são dois feitiços que apesar dos aurores não os usarem muito, é bastante útil em muitas citações de perigo. Assim como o “Estupore” – disse Remus colocando a mão na barba que começava a crescer. – Apesar de não muito usados, são dois feitiços que todos os aurores tem a obrigação de saber. Acredito que muitos aqui querem seguir essa carreira?

A resposta veio em forma de várias mãos levantadas. Incluindo a de Teresa que tinha os olhos brilhando só com a simples ideia.

— Bem, então acho que ainda temos bastante tempo para aprender estes dois feitiços. Preparem as varinhas e vamos praticar! – disse Remus animado batendo as mãos.

 

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— Muito bem turma, agora quero que vocês formem pares. Apanhem uma xícara de chá na prateleira e tragam-na aqui para eu encher. Depois se sentem e bebam, bebam até restar somente a borra. Sacudam a xícara três vezes com a mão esquerda, depois virem-na, de borda para baixo, no pires, esperem até cair a última gota de chá e entreguem-na ao seu par para ele ler. Vocês vão interpretar os desenhos formados, comparando-os com os das páginas cinco e seis de Esclarecendo o Futuro. Vou andar pela sala para ajudar e ensinar cada par. Ah, e querido – a professora Trelawney segurou o braço de Neville quando ele fez menção de se levantar. –, depois que você quebrar a primeira xícara, por favor, escolha uma com desenhos azuis, gosto muito das de desenhos rosa.

E não deu outra, Neville mal chegara à prateleira de xícaras quando se ouviu um tilintar de porcelana que se quebrava. A professora deslizou até ele levando uma pá e uma escova e disse:

— Uma das azuis, então, querido, se não se importa... Obrigada...

Depois que Harry, Rony, Gabriel e Sam levaram as xícaras para encher, voltaram à mesa e tentaram beber rapidamente o chá pelando. Sacudiram a borra conforme a professora mandara, depois viraram as xícaras e as trocaram entre si.

— Certo – disse Rony depois de abrirem os livros nas páginas cinco e seis. – Que é que você vê na minha?

— Um monte de borra marrom – disse Harry. A fumaça intensamente perfumada da sala o estava deixando sonolento e burro.

— Abram suas mentes, meus querido, e deixem os olhos verem além do que é mundano! – gritou Profª Sibila na penumbra.

— Ela ta me dando medo – sussurrou Gabriel para eles. – E isso vindo de mim quer dizer alguma coisa.

Harry e Rony sorriram, e o Potter tentou se concentrar.

— Certo... você tem... uma espécie de cruz torta.. – ele consultou o livro Esclarecendo o Futuro com a testa franzida, coisa que ele e Sophie faziam quando sentiam-se idiotas. – Isto significa que você vai ter sofrimentos e provocações... sinto muito Rony... Mas veja só, tem uma coisa estranha aqui que podia ser o sol... é o sol? não sei... talvez seja... e vejamos, significa “grande felicidade”... então pelo que eu vejo, você vai sofrer mas depois será muito feliz. Parabéns.

Samuel estava com os olhos fechados se segurando para não rir, enquanto Rony e Gabriel já estavam vermelhos de tanto rir depois que Harry terminou. E Harry estava sorrindo, claramente não levando nada daquela aula a sério.

— Você precisa mandar examinar essa sua visão interior – disse Rony se recompondo e Harry teve que cobrir a boca para não rir depois da olhada que a professora deu para eles. – Minha vez... – Rony examinou a xícara de Harry. – Tem uma pelota que lembra um chapéu-coco. Vai ver você vai trabalhar no Ministério da Magia...

Rony girou a xícara para cima.

— Mas desse outro lado as folhas parecem mais uma bolota de carvalho... que será isso? – o garoto então consultou o livro. – Uma sorte inesperada, ganhos de ouro. Que ótimo, você pode me emprestar algum... To sempre precisando. E tem outra coisa aqui – ele tornou a girar a xícara. –, parece um animal... é, se isso fosse um nariz, podia parecer o do Snape... não, hum... ah!, já sei! Já ouviu falar do macaco-narigudo?

Dessa vez nem Sam conseguiu segurar o riso, ele, Harry e Gabriel estavam rindo muito, e isso chamou a atenção da professora para eles.

— Deixe-me ver isso, querido. - Disse ela em tom de censura a Rony, aproximando-se num ímpeto e tirando a xícara de Harry da mão do colega.

Todos se calaram para observar.

A professora examinou a xícara, e girou-a no sentido anti-horário.

— O falcão... meu querido, você tem um inimigo mortal.

— Mas todos sabem disso – comentou Hermione num cochicho audível. A professora encarou-a. – Verdade, todos sabem – repetiu a garota. – Todos sabem da inimizade entre Harry e Você-Sabe-Quem.

— De onde você surgiu, criatura? – questionou Gabriel olhando surpreso para a garota.

Já Harry, Sam e Rony a olharam com uma mescla de surpresa e admiração. Nunca tinham ouvido Hermione falar com uma professora daquele jeito. Sibila preferiu não responder. Tornou a abaixar seus enormes olhos para a xícara de Harry e continuou a girá-la.

— O bastão... um ataque. Ai, ai, ai, não é uma xícara feliz...

— Achei que isso era um chapéu-coco. – comentou Rony desapontado.

— O crânio... perigo em seu caminho, querido...

Todos observavam observavam a professora, hipnotizados e admirados. Menos Harry, Gabriel, Hermione e Samuel. A professora, deu um último giro na xícara, ofegou e soltou um berro.

Ouviu-se uma nova onda de porcelanas que partiam tilintando; Neville destruíra sua segunda xícara. A professora afundou em uma cadeira vazia, a mão faiscante de anéis ao peito e aos olhos fechados.

— Meu pobre garoto... meu pobre menino... não... é mais caridoso não dizer... não me pergunte...

— Nem é dramática, essa ai – sussurrou Gabriel para Hermione que concordou.

— Que foi professora? – perguntou Dino Thomas na mesma hora.

Todos tinham se levantado e aos poucos se amontoaram em torno da mesa de Harry, aproximando-se da cadeira de Sibila para dar uma boa olhada na xícara do garoto.

— Meu querido – Os olhos da professora se abriram teatralmente. –, você tem o Sinistro.

— Desculpe, eu sinto que devia saber o que é isso mas... o que?— perguntou Harry confuso.

Ele havia percebido que não era o único que não entendera; Dino sacudiu os ombros para ele e Lilá Brown fez cara de intrigada, mas quase todos os outros levaram a mão à boca horrorizados.

— O Sinistro, meu querido, o Sinistro! – exclamou a professora, que parecia chocada com o fato de Harry não ter entendido. – O cão gigantesco e espectral que assombra cemitérios! Meu querido menino, é um mau agouro, o pior de todos, agouro de morte.

Harry sentiu o estômago afundar. Lembrou-se de ter visto um cão na capa de um livro na Floreios e Borrões e depois do cão nas sombras da rua Magnólia... Lilá levou as mãos a boca também. Todos tinham os olhos fixos em Harry, todos exceto Gabriel, Sam e Hermione, que se levantara e procurava chegar às costas da cadeira da professora.

— Não acho que isso pareça um Sinistro – disse ela com firmeza. – Nem um pouco. Francamente, Harry, se Sophie estivesse aqui ela estaria rindo.

Sam e Gabriel bufaram uma risada. A Profª Sibila mirou a menina atentamente e com crescente desagrado.

— Desculpe-me dizer isso, minha querida, mas não percebo muita aura ao seu redor. Pouquíssima receptividade às ressonâncias do futuro.

Simas Finnegan inclinou a cabeça de um lado para o outro.

— Parece um Sinistro se a gente fizer assim – disse com os olhos quase fechados. –, mas parece muito mais um burro quando a gente olha de outro ângulo. – disse ele inclinando para a esquerda.

— Ainda fico com a visão do Rony de ser um macaco-narigudo – disse Gabriel dando de ombros.

Harry já estava sem paciência.

— Quando vão terminar de resolver se eu vou morrer ou não? – perguntou Harry, surpreendendo até a si mesmo. Agora parecia que ninguém queria olhar para ele.

— Acho que vamos encerrar a aula por hoje. – disse a professora no tom mais etéreo possível. – E... por favor, guardem suas coisas.

Em silêncio a classe devolveu as xícaras à professora, guardou os livros e fechou as mochilas. Até mesmo Rony evitava o olhar de Harry.

— Até que tornemos a nos encontrar – disse Sibila com uma voz fraca. –, que a sorte lhes seja favorável. Ah, e querido – disse apontando para Neville. –, você vai se atrasar da próxima vez, portante trate de trabalhar muito para recuperar o tempo perdido.

Harry, Sam, Rony, Hermione e Gabriel desceram a escada da Profª Sibila e a escada em caracol em silêncio, e seguiram para a aula de Transfiguração, da Profª Minerva.

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•

— Você foi fantástico, Moony! – exclamou Sophie sorrindo para o padrinho que corou na hora. – A melhor aula de Defesa Contra as Artes das Trevas que nós já tivemos, e digo isso como aluna.

— É verdade! Todo mundo vai comentar, você foi brilhante, Remus! – concordou Charles sorrindo.

— Obrigado, significa muito ouvir isso. Admito que estava bastante nervoso mas... Até que eu tenho jeito pra isso. – disse Remus dando de ombros com um sorriso cheio de orgulho de si mesmo.

— Querem saber, vou sair com uma placa escrito: Remus Lupin, melhor professor de Defesa Contra as Artes das Trevas! – informou Fred alegre. –Topa, Jorge?

— Junto com você até o fim, irmãozinho – disse Jorge animado.

— Certo, limites vocês dois – disse Remus apontando para os gêmeos.

— Você vai ser maravilhoso este ano, Remus – concordou Teresa sorrindo. – Com você sei que vamos aprender mais do que nunca. 

— Obrigado, a todos. Agora é melhor vocês irem para as suas próximas aulas – disse o professor. – Nada de atrasos.

Todos concordaram e começaram a sair quando Sophie se virou.

— Tudo bem eu deixar o Aslan ficar com você? Não quero ele lá fora, sozinho. Sabe, por conta dos dementadores. – disse Sophie olhando para o leão que estava deitado preguiçoso ainda no chão. Baguera não estava mais no seu colo e sim dormindo no meio de seus braços.

— Claro que sim, não se preocupe. – concordou Remus. – Vou cuidar dele.

— Vou deixar Baguera com ele também, duvido alguém tentar alguma coisa com o Baguera com o Aslan sendo todo protetor dele assim – comentou Charles sorrindo com carinho para os dois animais.

Assim, os seis partiram para a próxima aula.

— Hum... – murmurou Sophie olhando o horário de aulas. – Trato das Criaturas Mágicas com os sonserinos, lufanos e corvinos. A turma toda reunida. Gosto assim.

— Os outros vão ficar loucos de curiosidade para assistir a aula do Remus depois que contarmos para ele como foi fantástico. – comentou Harriet rindo. – Quem vai fazer mais escândalo? Patrick, Castiel ou Dean?

— Castiel. – todos responderam em uníssono e riram. – Sempre confiem no Castiel para fazer mais escândalo em tudo.

— E ele diz que não vai enlouquecer esse ano... Ha! Piada. – comentou Jorge.

— É até capaz dele morder a bunda de alguém... – comentou Fred rindo. – Mas ai já seria um nível de loucura preocupante.

— Ah, Sophie – começou Teresa. – Dumbledore te contou alguma novidade sobre seu outro padrinho?

Sophie arregalou os olhos, se lembrando do que o diretor havia lhe informado na noite passada.

— Eu esqueci de falar para vocês! Quando nos encontrarmos com os outros eu digo para vocês. – informou Sophie.

 

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Ao chegar na sala da Profª Minerva, Harry escolheu um lugar no fundo da sala, sentindo-se como se estivesse sentado sob um holofote; o resto da classe não parou de lhe lançar olhares furtivos, como se ele estivesse prestes a cair morto a qualquer momento. Ele mal conseguiu ouvir o que a professora dizia sobre Animagos (bruxos que podiam se transformar à em animais), e sequer estava olhando quando ela própria se transformou, diante dos olhos deles, em um gato malhado com marcas de óculos em torno dos olhos.

— Francamente, o que foi que aconteceu com os senhores hoje? – perguntou Profª Minerva, voltando a ser ela mesma, com um estalinho, e encarando a classe toda. – Não que faça diferença, mas é a primeira vez que a minha transformação não arranca aplausos de uma turma.

Todas as cabeças tornaram a se virar para Harry, mas ninguém falou. Então Hermione, que estava sentada ao lado de Sam, ergueu a mão.

— Com licença, professora, acabamos de ter a nossa primeira aula de Adivinhação, estivemos lendo folhas de chá e...

— Ah, naturalmente – comentou Minerva, fechando a cara de repente. – Não precisa dizer mais nada, Srta. Granger. Me diga, qual dos senhores irá morrer este ano?

Todos olharam para ela.

— Eu. – respondeu, por fim, Harry.

— Entendo – disse a Profª Minerva, fixando os olhos em Harry. – Então, Potter, é melhor saber que Sibila Trelawney tem predito a morte de um aluno por ano desde que chegou a esta escola. Nenhum deles morreu ainda. Ver agouros de morte é a maneira com que ela gosta de dar boas-vindas a uma nova classe. Não fosse o fato que eu nunca falo mal de meus colegas...

A professora se calou, mas todos viram que suas narinas tinham embranquecidos de cólera. Ela continuou, mais calma:

— A Adivinhação é um dos ramos mais imprecisos da magia. Não vou ocultar dos senhores que tenho pouca paciência com esse assunto. Os verdadeiros videntes são muito raros e a Profª Trelawney...

Ela parou uma segunda vez, e em seguida disse, num tom despido de emoção:

— Para mim o senhor parece estar gozando de excelente saúde, Potter, por isso me desculpe, mas não vou dispensá-lo do dever de casa, hoje. Mas fique descansado, se o senhor morrer, não precisa entregá-lo.

Hermione e Sam riram com gosto. Harry se sentiu um pouco melhor. Era mais difícil sentir medo de folhas de chá longe daquela sala fracamente iluminada por luzes vermelhas, que recendia ao perfume atordoante da Profª Sibila. Ainda assim, nem todos ficaram convencidos. Rony continuava com a expressão preocupada e Lilá cochichou:

— Mas e a xícara de Neville?


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