TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 46
Capítulo 46 — Surpresas




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Remus abriu os olhos devagar, ainda sentindo a preguiça da manhã em todo o seu corpo. Esticando os braços, e flexionando o corpo ele se espreguiçou, satisfeito por não estar mais sentindo dor da última transformação daquela semana. Se afundou mais em seu travesseiro, e ouviu com atenção a movimentação da casa.

 

 

Do andar de baixo ele conseguia ouvir as vozes de sua afilhada Sophie Potter, uma das melhores amigas dela Harriet Lovegood, e Charles Francis e Erik Lehnsherr, ambos os garotos que não eram apenas os melhores amigos de Sophie como também eram os filhos dos falecidos melhores amigos de Remus, Brian Francis e Richard Lehnsherr.


Ah, e Erik também era irmão de alma de Sophie.

Remus conseguia ouvir os quatro jovens bem, e também podia sentir o cheiro de café da manhã que provavelmente Erik estava fazendo sozinho. O garoto é tão bom cozinheiro quanto Richard era, ao contrário de Charles que conseguia ser tão desastrado quanto Brian era dentro de uma cozinha. E Sophie só sabia fazer um omelete que nem omelete era. E Harriet... Bem, ele não confiava nela dentro da cozinha nem mesmo se ela fosse a rainha.

Ele já estava pronto para se levantar quando a porta foi aberta.

— Deus lhes dê a paz, alegres lobisomens! – cantou Sophie ao entrar no quarto. – Vamos lá, velho lobo! Hora de levantar e cantar com os pássaros.

Remus revirou os olhos e sorriu, olhando para onde Sophie estava parada olhando para ele com um largo sorriso em seu rosto.

— Eu sou um lobisomem. – disse ele olhando para ela.

— Eu sei...

— Eu como pássaros.

Sophie bufou, cruzando os braços.

— Certo, primeiro – ela apontou para ele. –, isso foi rude. E segundo, já conversamos que você é fofo demais pra isso.

— Eu tenho que fazer um papel de alfa aqui, moça – disse Remus rindo. – Não posso deixar os outros pensarem que sou um lobo molenga.

— Ah, certo – concordou Sophie revirando os olhos e caindo deitada em cima dele. – Muito bem, então, lobo alfa, você é uma criatura má e perigosa que mata pássaros.

— Assim é melhor. – ele suspirou e puxou ela para um abraço enquanto fechava os olhos. Ele sentiu ela o abraçar de volta, deitando a cabeça em seu peito.

— Lobos alfas são fofinhos assim? – Remus sorriu para a pergunta.

— Apenas com as crias. – respondeu ele calmamente.

— Falando em crias, quando vamos buscar a cria mais jovem?

— Na próxima semana – respondeu ele, abrindo os olhos. – Quais sãos as novidades dessa manhã?

— Estávamos comentando que o príncipe William vai entrar este ano. – comentou Sophie pegando a mão de Remus e brincando com os dedos dele. – E estávamos nos perguntando para que casa ele vai.

— Hum... – cantaralou Remus pensativo. – Eu sei que a nossa rainha era da Sonserina, a princesa Di era da Grifinória e o príncipe Charles era da Corvinal...

Sophie levantou a cabeça e olhou surpresa para o padrinho.

— Você sabe bastante sobre a família real. – disse ela com a sobrancelha esquerda levantada.

— Eu culpo as revistas de fofocas que a Molly me faz ler quando vou para a Toca. – respondeu Remus dando de ombros. – Enfim, a família real é bem eclética quando se trata das casas. – começou a se levantar.

— Toda a linhagem é de bruxos? – Sophie perguntou se levantando também.

— Ah sim, eles são os primeiros da lista do Sagrado Vinte e Oito. – comentou Remus se espreguiçando. – Apenas famílias sem interferência não bruxa no sangue fazem parte dessa lista. Verdadeiros puro sangue.

— Eu já ouvi um pouco sobre essa lista... Você conhece famílias que fazem parte dela? – perguntou Sophie curiosa.

— Bem – Remus parou o caminho para o banheiro e olhou pensativo para a afilhada. – Os Francis, os Prewett, Weasley, Malfoy, Black, Longbottom, Marko... Crouch. Acho que são esses que cheguei a conhecer... Ah! Teve os Noble e os Lungbarrow!

— Noble e Lungbarrow? – Sophie perguntou confusa. – Nunca ouvi esses sobrenomes...

— Eles eram de uma família de grande importância, próximos da família real até. – disse Remus e então deu um suspiro. – Tiveram um destino terrível. Conheci os integrantes mais novos das duas famílias na Ordem da Fênix, Logan Lungbarrow e Marion Noble, eles se casaram cedo, assim como tiveram um filho cedo. O único filho... Acho que ele se chamava Diego...

— O que aconteceu com eles? – Sophie perguntou baixinho, notando que Remus havia ficado com o semblante triste.

— Eles... – Remus parou e balançou a cabeça. – Morreram. Até onde eu sei, não sobrou nenhum Noble e Lungbarrow vivos depois da guerra. E isso quer dizer alguma coisa pois os dois eram uma família poderosa, se o filho tivesse sobrevivido, não tenho dúvidas que ele seria um bruxo de alto nome e poder.

Sophie se sentiu triste pelo fim daquelas duas famílias e pelo garoto que não teve tempo para aproveitar a vida. Mais uma vez ela não pode deixar de agradecer silenciosamente por Pettigrew, pois ela tinha certeza que se estivesse na casa quando Voldemort atacou, ela não teria tido a mesma sorte que Harry.

— Mas chega de lembrar desse passado, sim? – Sophie olhou para Remus que a olhava cheio de entendimento em seus olhos. Ela concordou. – Vou me arrumar e já desço.

Sophie concordou e com um último sorriso, saiu do quarto. Remus por sua vez passou a mão no rosto, infelizmente estava relembrando do destino terrível que os Noble e os Lungbarrow havia passado juntos. Nenhuma família deveria ter morrido daquela forma, principalmente no Natal.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— Só estou dizendo – Erik revirou os olhos com a continuação de Harriet. –, se você me deixar eu posso fazer uma ótima panqueca.

— Harriet eu não vou deixar você chegar perto desse fogão nem que a própria rainha ordene. – resmungou Erik, e sorriu curto ao escutar a risada baixa de Charles.

Ele olhou para trás, e sorriu para o garoto e então se voltou para o café da manhã que estava preparando. Francamente ele tinha que admitir que estava feliz. Passar as férias longe de sua mãe o deixou nervoso no início mas  logo nos primeiros dias ele já se sentia confortável, mais com as pessoas ao redor do que com o lugar em si.

Remus era como seus dois tios, Michael e Stephen Lehnsherr. Alguém sério, responsável e que levava as opiniões dos mais jovens em consideração, e também era divertido. Erik se deu bem com ele desde do início quando se conhecerem na escola após o incidente com o balaço no quadribol. E o fato dele contar sobre como seu pai, Richard Lehnsherr, era, já fazia ele gostar do Lupin mais ainda.

E o fato dele contar sobre Brian Francis e Charles ficar feliz também fazia o Lehnsherr gostar mais de Remus.

Harriet Lovegood também era uma companhia divertida de se ter por perto. Apesar das vezes em que ela insistia em fazer algo que claramente poderia ou explodir a casa ou ela se perder para algum lugar, fazendo Erik realmente se preocupar em saber como ela ainda estava viva.

Mas os que mais se destacavam para ele, eram Sophie e Charles. De fato, ter os dois por perto fazia muito bem para ele. Primeiro era Sophie, a quem ele tinha uma ligação que ia além do sangue, sua irmã de alma. Não foi surpresa que ele e ela se aproximaram mais durante aqueles poucos dias de férias.

E então teve Charles. E este era um assunto que nem mesmo dentro de sua mente ele conseguia descrever qual era os seus sentimentos em relação ao Francis. Ele gostava dele, sentia vontade de proteger – assim como Sophie também parecia sentir –, e queria poder passar mais tempo ao lado dele, para conversar e conhecê-lo melhor. Mas por algum motivo, Erik se tornava uma pessoa terrivelmente tímida e desajeitada na hora de conversar com ele.

Mas bem... Todo assunto relacionado a sentimento ele era desajeitado.

Mas o fato era, Erik estava muito feliz. Ele cresceu com a lembrança da morte do pai em suas costas mesmo sem nem mesmo ter memória daquela noite, cresceu cuidando da mãe que foi pega numa depressão sem fim e ele, uma criança teve que ser forte por ela. Mesmo com os tios Thomas e Stephen, estando por perto, ele ainda teve que crescer rápido demais.

E naquele momento, estando com os amigos em uma casa diferente e sem lembranças tristes de seu falecido pai, Erik estava experimentando o que era ser jovem.

— O Erik deixou você chegar perto do fogão, Harriet?

Erik saiu de seus pensamentos com a voz divertida de Sophie, e olhou para o lado esquerdo onde uma Harriet agora se encontrava com uma frigideira nas mãos, pronta para ligar o fogo. Ele levantou a sobrancelha direita para ela.

— Eu deixei, Harriet? – ele perguntou.

A loira desanimou e se afastou do fogão, ainda segurando a frigideira como se estivesse esperando por ele mudar de ideia. O que não iria acontecer.

— O Remus vai descer logo. – comentou Sophie se sentando ao lado de Charles. – A propósito ele me deu uma pequena aula sobre a família real. E a nossa rainha foi da Sonserina, a mãe do príncipe William era da Grifinória e o pai dele era da Corvinal.

Charles franziu a testa.

— Como ele sabe tanto sobre a família real?

— Diz ele que é por culpa da Sra. Weasley que faz ele ler as revistas de fofoca bruxas – respondeu Sophia sorrindo. – Mas eu tenho minhas suspeitas.

— Falando em Weasley, como será que eles estão no Egito? – perguntou Harriet animada. – Deve ser tão legal lá.

— Os gêmeos devem estar dando mais trabalho que o normal – comentou Erik fazendo os outros darem risadinhas.

— Fred prometeu tentar prender o Percy dentro de uma das pirâmides. – disse Sophie sorrindo. – Com sorte ele consegue.

— Tiveram notícia dos outros do grupo? – Charles perguntou enquanto deitava a cabeça nos braços que descansavam na mesa.

— Dean foi com a família visitar os parentes no Kansas – respondeu Sophie. – Castiel foi visitar os irmãos mais velhos com o pai e o Gabriel.

— Patrick disse que ia passar as férias com o pai – comentou Harriet. – E a Tess foi visitar os irmãos mais novos nos Estados.

— Não sabia que a Tess tinha irmãos mais novos – disse Charles surpreso.

— Ah sim, são três. – respondeu Sophie pensativa. – O mais velho depois da Tess é o Stan, ai tem o Tom e o James. Eles vivem com os avós desde... – ela parou. – Eu não sei se devo contar... É pessoal dela.

— Então não conte. – disse Charles – Deixe que ela nos fale quando for a hora. – se levantou. – Eu vou pegar o jornal.

Não muito tempo depois que ele saiu, Remus entrou.

— Bom dia – ele cumprimentou. – Essa cozinha está cheirando melhor do que quando sou eu fazendo o café da manhã. Você é um ótimo chefe, Erik.

— Eu sei, Remus – respondeu Erik orgulhoso.

Sophie bufou.

— Tenho certeza que sou melhor. – comentou ela cruzando os braços.

Erik riu de escárnio.

— Tenho certeza que não.

— O que foi essa risadinha ridícula? – perguntou Sophie franzindo os olhos para o alemão que a olhava todo arrogante. – Fique você sabendo que tudo que você faz eu posso fazer bem melhor.

Nesse momento Charles entrou carregando o Profeta Diário e parou na porta observando a cena. Harriet estava rindo, Remus estava com a mão no rosto balançando a cabeça e Sophie e Erik estavam se olhando entre arrogância e irônia.

— Gente...

— E eu posso fazer melhor que você é capaz de fazer ao tentar me imitar. – retrucou o Lehnsherr.

Sophie riu irônica.

— Gente... – Charles tentou novamente.

— E eu vou refazer melhor que você novamente...

— Eu só elogiei – murmurou Remus cansado. – Só elogiei o cheiro da comida...

— Potter, entenda não tem como você fazer nada melhor do que eu porque eu já faço o melhor. – retrucou Erik ainda arrogante.

— Gente... – Charles estava perdendo a paciência. E isso queria dizer alguma coisa.

— Continue mentindo para si mesmo, Lehnsherr. Eu...

— SIRIUS BLACK FUGIU DE AZKABAN!

Silêncio. Todos olharam para Charles, cada um ali com os olhos arregalados de surpresa.

— Caramba, Charls não precisava ir tão longe para fazer a gente parar – disse Sophie coçando a nuca sem jeito.

— Verdade. – concordou Remus sorrindo.

Charles piscou várias vezes antes de suspirar cansado.

— Não foi uma maneira de fazer vocês calarem a boca... Na verdade foi, mas é verdade! – ele disse colocando o jornal aberto na mesa. – Sirius fugiu de Azkaban.

No mesmo todos estavam praticamente em cima do jornal. Sophie e Remus na frente de todos, olhando cheios de choque para a primeira página do Profeta Diário onde encontrava a matéria:

 

FUGA DE AZKABAN

 

 

O Ministério da Magia anunciou à noite passada a notícia que vai chocar a comunidade bruxa de uma fuga de um prisioneiro de altíssima periculosidade do presídio de Azkaban.

 

 

Em entrevista aos repórteres do Profeta Diário, o ministro da Magia, Cornélio Fudge, confirmou a fuga de Sirius Black, preso há 12 anos na fortaleza de Azkaban pelo assassinato bárbaro se 12 trouxas e um bruxo, Peter Pettigrew. O primeiro-ministro dos trouxas já se encontra informado da natureza perigosa e inconstante do fugitivo Black.

 

 

“Estamos fazendo todo o possível para recapturar Black”, disse o ministro, Cornelius Fudge, nesta manhã “, e imploramos à comunidade mágica que mantenha a calma”.

 

 

Fudge foi duramente criticado por alguns membros da Confederação Internacional de Magos por informar o Primeiro Ministro Trouxa da crise.

 

 

“Bem, realmente, eu tive que, você não sabe”, disse um Fudge irritado. “Black é louco. Ele é um perigo para quem cruza com ele, mágica ou trouxa. Tenho a garantia do primeiro-ministro de que ele não vai dar uma palavra da verdadeira identidade de Black a ninguém. E vamos ser sinceros, quem acreditaria se ele fez?”

 

 

Ninguém jamais escapou de Azkaban, quando questionado como Black conseguiu escapar, essa foi sua resposta:

 

 

“Francamente, como eu posso saber?! Ele é um bruxo totalmente envolvido com as artes das trevas e que era de total confiança de Você-Sabe–Quem. Provavel que utilizou um dos truques que aprendeu com seu mestre.”

 

 

Enquanto os trouxas foram informados de que Black está carregando uma arma (um tipo de varinha de metal que os trouxas usam para se matar), a comunidade mágica vive com medo de um massacre como o de doze anos atrás, quando Black assassinou treze pessoas com uma único maldição.

 

 

CONHEÇA MAIS O INFAME ASSASSINO

 

 

Sirius Orion Black III nasceu na abastada família Black, conhecida especialmente por ser envolvida com artes das trevas. Uma decepção para uma família tradicionalmente Sonserina, Black foi escolhido para a casa Grifinoria em seus anos de Hogwarts. Tido por fontes seguras que estudaram com ele como um aluno indisciplinado, apesar de inteligente, era também conhecido como um rapaz libertino em sua juventude.

 

 

Publicamente se colocando contra os ideias de sua família, se alinhou como um espião de Você-Sabe-Quem nas fileiras dos aurores. Tido como o braço direito Daquele-Que-Não-Se-Deve-Nomear, Black perdeu tudo na noite em que o jovem Harry Potter (13) destruiu Você-Sabe-Quem no ataque a Godric's Hollow...

 

 

Para mais detalhes, páginas 7 e 11.

 

 

Por Rita Skeeter.


— Como... Como ele fugiu?! – exclamou Sophie chocada para todos ao redor.

— Seja como for, ele está está de parabéns – disse Erik também surpreso. – Tem que ser muito louco e muito inteligente para conseguir fugir.

— Ou muito louco e desesperado. – sussurrou Remus com a testa franzida. – Eu conheço ele como a palma da minha mão. Eu sei que ele é inteligente... Mas ele não é esse Q de inteligente. Não... Isso é desespero.

— A questão é saber o que o levou ao desespero da fuga.

Todos pularam de susto com a nova voz ouvida e se viraram de abrupto para trás. Ali parado na batente da porta se encontrava Albus Dumbledore.

— SANTA VACA JENNIFER! – gritou Harriet assustada.

Todos tiraram os olhos surpresos e assustados da figura repentina do diretor para olhar para Harriet que estava com a mão no peito e os olhos azuis arregalados.

— Quem é Jennifer? – perguntou Charles confuso.

— Eu não sei, só falei qualquer nome que apareceu na minha cabeça pelo susto! – respondeu Harriet se abanando com a mão. – E o foco não sou eu! Da onde ele saiu?

— Da lareira, Srta. Lovegood. – respondeu Dumbledore bem humorado. – Peço perdão pelo susto.

Harriet acenou com a mão.

— Tá perdoado, tá perdoado.

— O que faz aqui, diretor? – perguntou Remus por fim.

Dumbledore se afastou da porta calmamente, e ficou no meio de Sophie e Remus, olhando para a matéria do jornal.

— Bem, este é o primeiro assunto que me trás aqui – respondeu o diretor. – Como você bem disse, Remus, eu também vejo a fuga de Sirius mais como um ato desesperado do que de esperteza. Mas antes de continuarmos, gostaria de dizer que é um prazer ver que vocês três estão finalmente juntos – apontou para Sophie, Erik e Charles. – E é sempre um bom presságio vê-la também, Srta. Lovegood.

— Obrigada, senhor – disse Harriet agora com um largo sorriso. – O senhor também tem seus encantos quando não me mata do coração.

— Por que não se senta, senhor? – pediu Erik educado. – Terminei o café a pouco, gostaria de um chá e pão com ovos mexidos?

— Eu aceito um chá, se não for incômodo. – pediu Dumbledore gentilmente e se sentando. Se virou para Remus que se sentou do outro lado dele. – Como está, jovem amigo?

— Eu estava bem, acabado de me recuperar completamente da última noite de lobo – respondeu Remus e apontou para o jornal. – Mas depois dessa notícia...

— O que o senhor pensa sobre, professor? – perguntou Sophie que estava sentada do outro lado de Dumbledore.

— Bem, claramente foi um motivo bem sério e preocupante que o fez tomar uma atitude tão drástica – respondeu Dumbledore. – Eu estava presente quando Cornélio informou para o Profeta Diário e os conselheiros chefes sobre a fuga de Sirius. E uma coisa que me foi informada e que vai ser investigada foi algo que Sirius ficou se repetindo na última visita que Cornélio fez a ele.

— Que seria? – perguntou Charles.

— Sirius ficou repetindo várias vezes “Ele está em Hogwarts” – respondeu Dumbledore. – E de acordo com Cornélio, ele dizia isso com bastante raiva.

— “Ele”? Ele quem?

— Gostaria de saber – respondeu o diretor. – Cornélio já tem a certeza de que Sirius estava falando sobre Harry...

— O que significa que ele acha que Sirius fugiu para matar Harry – disse Erik voltando para a mesa com o chá do diretor e um prato de omelete para Remus. – Seu chá, professor. E seu omelete, Remus.

— Seu omelete sempre é diferente do meu – comentou Sophie baixinho com a testa franzida.

— Isso é porque o que você faz é ovos mexidos, Sophie. – respondeu Erik baixinho também.

— Obrigado, meu caro rapaz. – agradeceu Dumbledore tomando o chá. – Suave do jeito que eu gosto.

— Está delicioso, Erik, obrigado – agradeceu Remus também.

— Erik aqui é material de marido perfeito, professor – brincou Harriet batendo no braço do alemão.

Dumbledore riu.

— Uma boa obervação, Srta. Lovegood – disse ele sorrindo. – Enfim, ele está certo. Cornélio tem a total certeza de que Sirius está atrás de Harry.

— E o que faremos então? – perguntou Charles para todos. – Quero dizer, claramente não tem chance do Ministério deixar o Harry sair da casa em que está vivendo agora para visitar os amigos...

— Devemos contar para ele? – perguntou Harriet. – Contar a Harry sobre quem Sirius de fato é?

— Não seria sábio. – disse Dumbledore bebendo mais o chá.

Sophie franziu os olhos na direção do velho amigo.

— O que o senhor quer dizer em não contar a Harry?

— Essas não foram exatamente as minhas palavras.

— Senhor...

— O que eu quis dizer com “não seria sábio”, é o que é. – disse Dumbledore simplesmente fazendo Sophie revirar os olhos.

— Desculpe senhor, mas creio que não entendi. – disse Charles com a testa franzida.

— Essa é a intenção dele, Charles. – resmungou Sophie fazendo o diretor sorrir para ela.

— Meu caro Charles, veja bem. Harry é um jovem impulsivo. – começou o diretor calmo. – Assim como o pai e até mesmo como Sophie, ele também sente muita vontade de querer ajudar os outros, mesmo não sabendo se essa ajuda é bem vinda e se ela pode ajudar ou atrapalhar.

— Esse foi o seu jeito fofo de dizer que a gente se intromete no que não se deve ser intrometido? – perguntou Sophie e Erik que estava atrás dela na cadeira tampou a boca dela com a mão.

— É feio atrapalhar, tenha modos – disse ele. – Continue, senhor.

— Obrigado, Erik – agradeceu Dumbledore bem humorado e ignorado a encarada que a Potter estava lhe dando. – O que você acha que aconteceria se ele soubesse que o padrinho dele está sendo acusado injustamente pelo Ministério da Magia por um crime que ele não cometeu?

— Tentaria ajudar, Sirius – respondeu Charles concordando. – E como não sabemos o motivo da fuga dele, e Harry está marcado pelo Ministério, essa ajuda poderia acabar sendo um atrapalho para o que quer seja o motivo de Sirius.

— Exatamente. – concordou Dumbledore.

— Poderíamos tentar conversar com o Harry e... – Sophie parou ao ver como todos estavam olhando para ela. – Certo, certo, já entendi, não adiantaria de nada.

— É tudo uma questão de ajudar Sirius, Sophie – disse Dumbledore. – Para qual for o que ele planeja.

— Mas de qualquer forma, o que faremos? – perguntou Harriet. – Em algum momento Harry vai descobrir sobre Sirius.

— Sim ele vai – Dumbledore concordou – E será vocês quatro que irão contar para ele sobre o terrível, Sirius Black. O que me leva ao meu segundo, que seria o primeiro se Sirius não tivesse fugido, motivo de minha visita. – se virou para Remus. – Vim aqui com uma proposta para você, caro amigo.

— E que proposta seria essa?

— Bem, depois do incidente com o último professor de Defesa Contra as Artes das Trevas – olhou para Sophie que fez a melhor cara de inocente – Eu estou procurando por um novo professor, e uma vez andando pelos corredores de Hogwarts, eu ouvi três jovens comentando sobre como você, meu caro Remus, seria um ótimo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Então, aqui estou eu querendo provar que o que eu ouvi é verdadeiro.

Os quatro jovens ali abriram enormes sorrisos, todos alegres – Sophie sendo a mais de todas – enquanto Remus olhava incrédulo para o diretor.

— Eu? – ele perguntou, os olhos arregalados. – Você quer que eu seja o novo professor?

— Seria uma honra, sim. – concordou Dumbledore.

Remus colocou uma mão na boca, seus olhos castanhos arregalados ainda surpresos com aquela proposta de emprego. Ele então olhou para os jovens ali, Charles e Harriet estavam o ápice da animação com a ideia, Erik carregava o mesmo olhar que Richard dava para ele quando ele superava alguma coisa e Sophie... Só podia ser descrito como alegria e orgulhosa.

— Você acha que eu seria um bom professor? – perguntou ele para ela.

— O melhor de todos. – disse Sophie com sinceridade.

Olhando para os outros três adolescentes ali, eles acenavam com a cabeça em concordância.

— Mas e o problema com o lado lupino de Remus? – perguntou Erik para Dumbledore. – As noites de lua estão se tornando cada vez mais intensas pelo o que você me disse. – falou olhando para o Lupin que concordou.

— Bem, a Casa dos Gritos continua no mesmo lugar em que foi construída para o Remus criança, está perfeita para ter o Remus adulto também. – respondeu Dumbledore. – E fico feliz em contar que uma poção criada por Dâmocles Belby que suaviza a irracionalidade do lobisomem foi testada e teve sucesso. Se você aceitar a proposta, garanto que Severus garantirá que seja feita em muitas doses para você.

— Isso é uma ótima notícia, diretor! – exclamou Harriet feliz.

— Diga a Snape que eu agradeço. – disse Remus sorrindo. – Eu vou aceitar... Serei o novo professor.

Os sorrisos que ele recebeu de todos ali era toda a prova que ele tinha pra ter certeza que fez a escolha certa.

— Diretor, se me permite perguntar, o que o senhor quis dizer com... nós quatro iremos contar para o Harry sobre Sirius? – perguntou Charles.

— Bem, eu terei que levar Remus para Hogwarts para resolvermos algumas coisas sobre o trabalho, preparações de aulas, etc. E vocês quatro não poderão ir, claro. Então, uma visita de alguns dias para Harry claramente está em ordem. – respondeu Dumbledore sorrindo.

Sophie concordou e então parou de forma abrupta.

— Espera... De alguns dias?

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— EU NÃO QUERO!

Erik, Charles e Harriet assistiam como Sophie se debatia nos braços de Remus tentando fugir dele para entrar no quarto dela quase de forma desesperada enquanto Remus tentava manter o rosto longe das mãos dela.

— Eu sou sua afilhada! Sua filha! Você não pode fazer isso comigo! Você tem que me proteger e não me mandar para o inferno!

— Você está sendo dramática, pequena leoa... – tentou dizer Remus mas claramente foi a coisa errada.

— AGORA EU SOU “PEQUENA LEOA” – gritou ela.

Dumbledore antes de ir embora havia dado a notícia que Sophie teria que passar boa parte das férias com os tios enquanto Remus ficava em Hogwarts e claramente a Potter não havia ficado nem um pouco feliz com a notícia, nem mesmo havia se acalmado quando os amigos disseram que iriam passar com ela na casa dos Dursley. E agora, Remus tentava a todo custo impedir que a afilhada não se trancasse no quarto porque ele sabia que se ela se trancasse no quarto, nem Deus iria tirar ela de lá.

— Serão apenas alguns dias...

— O INFERNO QUE SERÃO APENAS ALGUNS DIAS – ela continuou gritando. – O resto desse mês mais boa parte do mês de Agosto! O meu mês, Moony! Você vai me deixar naquele inferno no meu mês!

— Vai passar rápido, querida – continuou Remus conseguindo afastar ela da porta do quarto. – Você nem vai notar...

— Bilbo Bolseiro também achou que podia lidar com Smaug – dizia Sophie o rosto vermelho de raiva. – E adivinha só... Ele não soube lidar com o dragão!

— Não fez nem sentido – murmurou Charles para Erik que suspirou.

— Sophie – finalmente a Potter havia parado e o lupino fez ela olhar para ele. – Por favor, se vocês não forem então eu não serei professor – ele disse fazendo uma cara de gato que caiu da vassoura.

— Não faça essa cara na minha presença – resmungou ela. – O que aconteceu com o lobo alfa malvado? E tira essa cara! Não vai funcionar!

Se a cara dela fosse alguma indicação, o rosto de gatinho fofo estava funcionando sim.

— Não vai funcionar... Não... Palhaçada. – resmungou ela fazendo bico. – Eu vou. Mas se eu morrer, Remus Jonathan Lupin você nem ouse em ir no meu enterro. – e saiu.

— É assustador que o pai dela era bem mais dramático. – comentou Remus com suspiro enquanto os outros três jovens olhavam surpresos para ele. – Sim, eu também não sei como sobrevivi.

Dois dias depois de toda aquela luta, as malas estavam feitas e eles estavam prontos para sair para a casa nas duas dos Alfeneiros.

— Bem, se todos estão prontos... Vamos embora! – disse Remus sorrindo com os braços abertos.

Sophie franziu os olhos para ele, ainda bastante irritada.

— É muita cara de pau você sorrir desse jeito enquanto nos leva para o inferno. – resmungou ela passando por ele e saindo de mãos dadas com Harriet e Charles.

— Tem como você parar de falar que estou te levando para o inferno? Estou começando a me sentir culpado. – disse Remus mas Sophie já havia saído. – Está vendo, Erik? Vê o que eu tenho que aguentar? – perguntou ele olhando para Erik que deu um leve sorriso.

— Como se você não gostasse. – retrucou o alemão também saindo.

Remus riu e concordou com a cabeça.

— Eu amo, é verdade.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Harry estava deitado na cama olhando para o teto. Estava entediado e sem ninguém para conversar. Seu melhor amigo, Rony Weasley estava viajando para o Egito e sua melhor amiga, Hermione Granger estava em uma viagem para a França.

E para piorar, Sophie, sua irmã mais velha, e Remus, seu padrinho não oficial, ainda não haviam enviado uma carta avisando quando iria buscá-lo da casa dos Dursley. Ele sentia falta dos dois. E estava louco de vontade de ir embora daquela casa horrivel para ficar com a família.

Os pensamentos de Harry foram cortados quando ouviu a campainha soar pela casa. Ainda entediado e curioso, Harry se levantou e olhou pela janela e seu coração se alegrou de mil maneiras possíveis ao ver o padrinho Remus, a irmã Sophie e os melhores amigos dela, Erik Lehnsherr, Charles Francis e Harriet Lovegood.

Com uma nova animação por todo o corpo – tão animado que não viu as malas que a irmã e os amigos levavam consigo –, Harry correu para fora do quarto e desceu a escada rapidamente quase caindo. Ao chegar na sala, viu tio Válter e a tia Petunia paralisados em frente a porta. E Harry sorriu mais largo ainda ao ouvir a voz da irmã dizer:

— Olá amados titios, eu voltei!


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