TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 45
Capítulo 45 — A Fuga do Inocente




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De todos os amigos, Sirius Black sempre foi o mais louco. Que tinha as piores ideias que de algumas forma davam certo no final. Ele sempre foi o que pulava primeiro, sempre o que se arriscaria sem pensar nas consequências, riria na cara do perigo sem pensar nos danos que isso poderia lhe causar. 

Esse era ele, toda vez, todo dia. E por isso, ele não estava surpreso – e futuramente ninguém ficaria surpreso ao ouvir – com aquela ideia de fuga. Francamente ele estava até surpreso por não ter pensado nela mais cedo, em seus primeiros anos. Mas parando para pensar... Era uma ideia desesperada, de um homem desesperado de preocupação. Então fazia sentido aquela ideia ter surgido nem mesmo uma semana depois de ter descoberto que Pettigrew estava próximo de seus amigos.

E lá estava ele. Sentia a adrenalina correndo por suas veias e o coração batendo rápido e forte no peito, parecia que iria sair pela garganta a qualquer momento, e talvez saísse em algum momento. Ele sabia que ninguém havia conseguido fugir de Azkaban, e ele sabia que as tentativas para isso foram milhares.

 Mas como dito, ele era um homem desesperado e preocupado... E talvez um pouco mais louco do que já era normalmente antes de ser preso. E acima de tudo, as únicas coisas que o motivavam naquele momento, a continuar aquele plano além do insano eram Sophie, Harry e Remus. Apenas eles. Era por eles que ele fugiria, era por eles que ele vingaria a morte de Lily e James. E a si mesmo.

E agora, em sua forma animaga de um enorme cachorro preto, ele se encontrava olhando para a porta de sua cela. Ele já podia sentir os dementadores se aproximando com sua horrível refeição. Tentou se acalmar, respirou e inspirou, sabendo que aquele momento era o mais crucial de sua vida. Sua chance. Fechou os olhos e tentou se lembrar do rosto de Remus sorrindo para ele, tentou se lembrar do rostinho de Sophie de três anos, e até mesmo do bebê Harry. Mas o máximo que conseguiu foram imagens embaçadas, distantes como um eco. Ele abriu os olhos, e nesse momento a porta foi aberta.

Dois enormes dementadores, entraram na cela. Sirius se encolheu, prendendo a respiração e de forma rápida e silenciosa ele saiu pela porta por baixo dos monstros. Olhou para os lados e ficou com medo, havia vários dementadores naquele lugar. Nos cantos, nos lados, em tudo. Os gritos dos prisioneiros estavam mais altos fora de sua cela, os choros, murmúrios, risadas enlouquecidas... Era desesperador, ele se sentia horrorizado com toda aquela visão cinza e escura e sons infernais.

— EU VOU MATAR TODOS ELES!

— ME DEIXEM SAIR! ME DEIXEM SAIR! SOCORRO!

— ELE VAI VOLTAR! LORDE VOLDEMORT VAI VOLTAR!

— HAHAHAHAHAHA! EU ESTOU MORTO!

Sirius continuou andando silenciosamenre porém rápido, seu coração tornou a bater de maneira rápida e desesperada, e pela primeira vez em doze anos desde da morte de James e Lily, ele se sentiu aterrorizado de verdade.

Tomando todo o cuidado para nenhum dementador o ver, ele passou como um fantasma, virando para a esquerda e pela direita sem saber exatamente para onde estava indo. Aquele lugar era um labirinto infernal, e ele sentia que havia andado por horas. Estava começando a ficar sem esperança – uma esperança que quase não existia –, quando finalmente viu. A saída.

Era um enorme arco feito de tijolos pretos, que pareciam sair lodo preto sem fim. Na verdade, todas as parades daquele lugar estavam cheias de lodo preto que escorriam pelo chão, era podre e fétido. Por esse enorme arco, Sirius tinha certeza que seu coração havia parado na garganta, vários dementadores saiam e entravam, incontáveis, sem fim.

E ele sabia. Ali ele devia correr, o mais rápido que podia, sem pensar nas consequências, sem olhar para trás. Ali era para ser o ponto sem retorno.

Ele pensou no que estava no lado de fora. Em Sophie, Harry e Remus. As únicas três pessoas que faziam ele continuar vivo, continuar são... Continuar tendo esperança naquele lugar vazio. Era por eles. Ele estava fazendo aquilo pela única família que lhe restou. A família que ele precisava voltar. O seu lar.

Sentindo uma nova força surgindo em seu coração, Sirius Orion Black correu por meio de milhares de dementadores e passou por todos eles, por um momento era tudo escuridão, mais vazio que nunca, e tão frio que parecia a morte e então... a luz de um dia nublado e chuvoso apareceu, e sua força se tornou maior, sua coragem e ousadia pareceram acordar e ele continuou correndo com mais velocidade, sem olhar para trás e só parou quando chegou na beirada da ilha. Olhou para atrás e viu vários dementadores voando á cima de Azkaban e depois olhou para baixo da beira.

O mar. Só havia isso, mar por longos e longos quilômetros. Não havia ilha por perto, não havia mais nada por perto. Era apenas mar e Azkaban.

E era isso. Ele morreria. Não havia outra resposta. Seria impossível atravessar aquele mar para chegar em Londres. Mas esse seria o pensamento de outra pessoa, pois naquele momento, Sirius tinha apenas sua mente focada em três pessoas. E por essas três pessoas ele cometeria o impossível para se tornar possível.

E assim, Sirius deu uns passos para trás e correu, fechou os olhos e deu um único salto, caindo para o mar.


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