TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF
Sophie abriu os olhos com um suspiro. Olhou em volta e não se surpreendeu em estar novamente naquela praia branca onde o sol e a lua compartilhavam o céu ao mesmo tempo. Se sentou e esticou os braços, fechando os olhos ela sentia um eco de dor bem longe dela, um eco da dor que havia sentido após ter recebido a Maldição Cruciatus de Riddle.
Respirou fundo, abriu os olhos e abriu um largo sorriso ao estar cara a cara com o rosto de um leão de olhos castanhos chocolate.
— Você é um perigo para si mesma. – disse Alec parecendo irritado.
— Eu tenho quase certeza que Remus me disse algo assim em algum momento. – comentou Sophie ainda sorrindo. – Olá, Alec.
— Olá, garota preciosa. – retornou ele juntando o fucinho com o nariz dela, num gesto cheio de ternura. – Está sentindo alguma dor? Fiz o possível para pelo menos aqui você estar anestesiada.
Sophie concordou e passou a mão acima do peito esquerdo, se ela prestasse atenção ela podia sentir o eco da dor percorrendo todo o corpo dela e tinha certeza que a alma também.
— É apenas um eco aqui. – ela respondeu, olhando para Alec. – Nada que me machuque.
— Fiz um bom trabalho então. Mas já aviso que... A dor vai retornar mais forte quando acordar, esteja preparada para isso. Eu tentei reduzi-la o máximo que pude para que seja pelo menos suportável... Mas você vai carregar ela pelo resto da sua vida assim como o ferimento que Frodo recebe do Rei Bruxo de Angmar na Torre do Vento. – explicou Alec parecendo realmente triste e até desapontado consigo mesmo por não ter conseguido tirar toda a dor dela.
Sophie sorriu com carinho para ele e lhe passou a mão na juba, acariciando os pelos do mesmo jeito que Aslan adora que ela faça.
— Eu tenho certeza que você fez mais do que qualquer outro bruxo. – sussurrou Sophie para ele. – Obrigada, Alec.
— Sempre aqui, valente coração.
Sophie piscou para ele e então tornou a olhar em volta.
— Então... Eu morri de novo? – perguntou ela preocupada.
— Não dessa vez. Mas foi por pouco.
— Você disse algo parecido da última vez. – brincou Sophie.
Alec bufou e cutucou ela com a enorme pata de leão.
— Sou um ser humano, Sophie Potter, as vezes cometo pequenos erros. – resmungou ele. – Enfim, desta vez falo a verdade. Você não chegou a morrer. Assim que você recebeu a maldição, eu fui rápido em te colocar em um coma. Com isso pude trabalhar em diminuir a dor e proteger sua mente.
— Proteger minha mente? Espera... Você esteve presente comigo desde do momento em que entrei na Câmara, não é? A tempestade que eu sentia...
— Sim. Era eu te alertando a se preparar e a não confiar em Riddle. – concordou Alec. – Quando Harry não estava olhando, Voldemort tentou invadir sua mente. Obviamente ele estava esperando encontrar algo mas eu o expulsei antes que fosse capaz. – respondeu Alec calmamente.
Sophie franziu a testa ao saber daquilo. Ela se lembrava do que Riddle havia dito para ela, sobre a atração e sobre a arte das trevas existir nela. Ela não sabia o que aquilo podia significar mas não podia negar o medo que se instalava em seu coração. Era a segunda vez que ela via Voldemort estar tão interessado nela. No final do terceiro ano, ele havia dito que ela era o futuro e agora aquilo.
— Ele está interessado em você porque você é forte, Sophie. – disse Alec de repente, seus olhos cheios de compreensão. – Você é como uma estrela. Brilha e brilha, e Voldemort viu isso. A força de uma estrela é algo poderoso e ele sabe disso.
— Ele disse que existe trevas em mim. – sussurrou Sophie, olhando para as próprias mãos.
— Sophie, olha para mim. – ordenou Alec, sua voz escocesa grave e forte. Ela olhou, e viu como os olhos dele estavam sérios e brilhavam em puro ouro. – Não existe, e nunca vai existir trevas em você, não importa o que aconteça. Seu coração é puro demais, querida. Entendeu?
Sophie pode apenas concordar lentamente. Alec suspirou e levantou a pata, colocando-a abaixo do queixo dela de forma terna, e a olhou mais perto nos olhos.
— Confie em mim, está bem?
— Sempre. – foi a única resposta que surgiu para aquela pergunta, e na mente e alma dela, e mais forte, em seu coração, ela sabia que era a única que existiria quando se trataria em confiar naquela pessoa. – Você é o mesmo Alec que eu vi no Natal, não é? O que estava triste...
Alec abaixou a pata.
— Sim, eu sou. – concordou ele. – O meu eu passado de... – levantou a cabeça parecendo estar tentando se lembrar. –... Quatro anos atrás do meu presente e quatro anos no futuro do seu presente.
— Eu não entendo... Por que aparecer para mim com sua forma humana sem mostrar o rosto e agora aparecer para mim como um leão? – perguntou Sophie confusa.
— Bom, primeiro de tudo, eu nunca fui atrás de você naquele Natal, Sophie. Não fui eu que fez a conexão. Foi você, garota preciosa. – Alec sorriu e piscou para ela. – O seu eu daquele meu presente não podia estar comigo no Natal, mas você nunca me deixou sozinho no Natal desde do dia em que nos conhecemos de certa forma. Então, o seu subconsciente veio até mim.
Sophie respirou fundo ao entender o que aquilo significava.
— Atemporal. – ela sussurrou cheia de admiração. – Existe no passado, existe no presente e no futuro. Para todas as versões minha e sua.
— Sim. – concordou Alec cheio de paixão. – Para nunca ficarmos sozinhos. Naquele Natal, eu estava sozinho e não tinha como você do meu presente estar comigo, e em uma explicação rápida, todo o subconsciente humano está conectado com o passado e o futuro que aquela pessoa viveu e vai viver. E como o nosso subconsciente está conectado...
— O meu subconsciente me levou até você para não ficar sozinho. – terminou Sophie entendendo. – Isso é... Uau.
— Nem me fale – brincou Alec rindo. – Você tinha que ter me visto quando entendi isso. Fiquei todo emocionado.
Sophie sorriu e revirou os olhos. Então olhou para o leão ao seu lado, a felicidade estava radiando dele, e seus olhos brilhavam em pura alegria. Totalmente o contrário do Alec do Natal que mesmo não podendo ver o rosto dele, ela o sentia triste.
— Você está feliz. – ela afirmou sorrindo.
— Estou. Sophie Potter você não sabe o quão feliz eu estou. – disse ele com um suspiro.
— Eu voltei para você, então?
— Voltou.
— Eu disse que voltaria. – Sophie disse orgulhosa de si mesma. – E onde estou?
— Estava comigo a pouco mas teve que levantar porque o Robin acordou morrendo de fome e aquele garoto po... – Alec parou abruptamente, com os olhos arregalados.
Sophie abriu um largo sorriso pois finalmente Alec havia soltado algo sobre o futuro dela. Um nome.
— Robin? – ela perguntou ainda sorrindo. – Quem é Robin?
— Hum? Quem?
— Robin, você falou que eu fui dar comida para este Robin...
— Não, não falei.
— Falou sim.
— Eu não faço a menor ideia de quem você está falando, Sophie Potter. – disse Alec parecendo emburrado e então começou a resmungar baixinho: – Bean Sassy. Is e sin a tha a ’dèanamh pòsadh boireannach cho tuigseach. E o pior e muito melhor é que tha e dìreach a ’toirt orm barrachd is barrachd a ghràdh dhut.
Sophie não entendia o que ele estava dizendo mas reconhecia o jeito.
— Isso é gaélico escocês, não é?
— Já chega de ser esperta, Sophie! – resmungou Alec em um rosnado que fez a Potter rir.
— Esta bem, esta bem. Não irei insistir no futuro. Irei me contentar em saber que voltei para você e que existe um garoto chamado Robin na história. – comentou ela bem humorada.
Alec bufou.
— Você vai esquecer de qualquer jeito. Quando nos encontrarmos pessoalmente, isso tudo que viveu em sua mente comigo será como um sonho que você não consegue se lembrar quando acorda. – disse Alec voltando a ficar bem humorado.
Desta vez, foi Sophie que bufou e revirou os olhos, e então olhou para o leão com a testa franzida.
— Eu não vou te ver de novo, vou? Digo... Você do futuro...
— Não. – concordou Alec sorrindo carinhoaamente para ela. – Os outros eus que você viu, o homem alto que nunca mostra o rosto é o meu passado de um ano que está conectado com os anos noventa e dois e início de noventa e três. E agora o resto do seu ano está conectado com o próximo daquele meu eu passado... Onde você e eu estamos juntos novamente.
— Quatro anos do meu futuro e quatro anos do seu passado. – disse Sophie baixinho. – Eu terei dezoito anos... Devo me preparar, Alec? Para... O que seja que acontecer?
Ela viu Alec fechar os olhos parecendo novamente triste.
— Sophie, eu adoraria te contar tudo para você mudar o futuro, mas... Eu não posso. Viraria um paradoxo, o próprio Tempo sangraria e tentaria corrigir o que foi feito e isso poderia ser catastrófico de uma maneira assustadora. – disse Alec olhando seriamente nos olhos dela. – E eu não posso perder o que eu tenho hoje em dia. É... É valioso demais.
Sophie concordou e abaixou a cabeça, já não sabia mais o que pensar.
— Mas posso te contar uma coisa – continuou Alec e Sophie levantou a cabeça, para vê-lo sorrir. – Aproveite cada segundo que viver em Hogwarts, minha garota preciosa. Seja livre para chorar, para se apaixonar, rir e brincar. Seja brilhante. E eu prometo para você, que quando nos encontrarmos nós iremos correr por vários caminhos e vai ser... Fantástico.
Sophie abriu um largo sorriso para ele e então o abraçou apertado.
— Alguns milhares de quilômetros é apenas um pouco de espaço. – sussurrou Alec. – Espaço e tempo.
Sophie o apertou com mais força naquele abraço, fechou os olhos, querendo manter ele por mais tempo. Não queria que ele fosse embora para sempre.
— Valente coração – continuou Alec, sua voz transbordando carinho. –, não é para sempre. Eu vou voltar para você... Você só não vai se lembrar. – riu. – E mais, você pode não mais me ver em sua mente mas prometo que sempre que precisar, você vai me sentir. E quando estiver perigo, um raio vai cair e manter a escuridão longe de você.
Sophie sorriu e se afastou dele, apenas para olhá-lo mais um pouco.
— Obrigada, Alec. – ela disse sincera. – Por tudo que você fez por mim este ano e... Pelo que fará nos próximos.
Ele juntou o fucinho com o dela.
— Eu que agradeço, garota preciosa. – disse ele. – Meu sol e estrela do amanhã... É hora de você voltar.
Ela concordou e se afastou, sentindo os olhos cheios de lágrimas mas ainda sorrindo para ele.
— Alguma música enquanto eu volto para o mundo real?
Alec riu e concordou, e então suavemente, cheio de carinho e ternura e calma cantou:
— Eu tentei fugir, não queria ver... Mas o nosso amor é o que me faz viver. Há um mundo assim, feito só pra nós — ele levantou a pata e começou a cenar para ela, sorrindo cheio de carinho. – E eu quero que o mundo inteiro ouça agora a nossa voz... Eu sei como o nosso amor, onde quer que eu vá, meu lar, é quando estou contigo. Eu vou, seja onde for, só para te encontrar e te abraçar... Com o nosso amor... Eu vou com o nosso... Amor.
Ela chorava quando fechou os olhos e caiu de volta na areia as últimas palavras que escutou daquela voz escocesa:
— Até um dia, Sophie.
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— Ela está acordando. – foi a primeira coisa que Sophie escutou ainda com os olhos fechados. Era a voz do Erik.
Ela abriu os olhos devagar, e então sentiu. Era como uma queimação, ardendo por todo seu corpo, coração e alma. Doía, e ainda assim ela sabia que deveria estar doendo mil vezes mais do que naquele momento. Ela respirou fundo e com dificuldade.
— Acalme-se – era a voz de Remus próximo do ouvido dela. –, respire devagar, pequena leoa.
E assim ela o fez, mas ainda doía.
— Ainda dói. – ela ouviu Erik dizer. – Arde muito.
Ela acenou confirmando, com os olhos ardendo de lágrimas.
— Sinta essa dor, Sophie. Aceite-a. – era a voz de Dumbledore, gentil e calma. – Só você pode fazê-la diminuir.
Ela tornou a fechar os olhos e respirou fundo novamente e sentiu a dor atravessar por todo o corpo, e devagar foi aceitando que iria sentir ela para o resto de sua vida, como Alec havia lhe informado. E quando ela abriu os olhos novamente, era quase o mesmo eco que havia sentido na praia.
Com um suspiro ela enfim olhou ao redor, vendo que era o quarto do afilhado de Dumbledore onde se encontrava. E tinha uma cama grudada na dela, e ali estava Aslan deitado e dormindo tranquilamente. Sophie sorriu. Ela olhou ao redor novamente com mais atenção, Remus estava sentado no canto da cama em que ela estava e Erik estava no outro canto da cama de Aslan. Dumbledore e McGonagall estavam de pé na porta. O Sr. e Sra. Weasley estavam sentados em uma cadeira, Gina estando no colo da mãe. E por fim, Harry e Rony estavam de pé ao lado de Remus.
— Oi. – ela disse com a voz rouca.
— Olá, querida – disse a Sra. Weasley com a voz emotiva. – Como se sente?
Sophie sorriu para ela.
— Estou muito bem – ela olhou para Gina. –, principalmente em ver minha Weasley favorita bem.
— Sophie – choramingou Gina, e então saiu do colo da mãe para se aproximar dela. Pegou na mão da ruiva mais velha. – Me desculpa, Sophie. Por favor eu juro que...
— Ei, ei – Sophie sentou um pouco, apertando a mão da jovem. – Você não precisa pedir desculpas. Está tudo bem, não foi sua culpa. Se acalma.
Gina concordou, ainda um tanto chorosa.
— Como você está se sentindo, hum? – perguntou a Potter preocupada. – Sua mente, você completamente... Como se sente?
— Estranha. – sussurrou a Weasley. – Eu não sei.
— Vamos cuidar disso, eu prometo. – Sophie disse seriamente olhando nos olhos dela.
Gina concordou e voltou a se sentar no colo de Molly que abraçou apertado a filha. Sophie olhou para os outros na sala.
— Então – ela começou tentando parecer como tudo estivesse bem. –, por quanto estou dormindo?
— Três horas. – respondeu Erik. Porque era óbvio que seria ele a saber quanto tempo.
— Eu não morri dessa vez, morri? – ela tinha que perguntar, apenas para ter certeza.
— Não. – respondeu seu irmão de alma novamente.
— Bom, bom – ela abriu um pequeno sorriso, o qual apenas Dumbledore lhe respondeu. – O que já foi dito enquanto eu dormia?
— Falamos até onde encontramos a Câmara. – respondeu Rony.
Sophie concordou e McGonagall falou pela primeira vez:
— Atropelando umas cem regras do nosso regulamento. – olhou brava para Sophie, Harry e Rony. – E agora eu gostaria muito de saber como vocês saíram de lá com vida, por favor.
— Ah... O Harry conta. – respondeu Sophie cansada.
E assim foi. Harry, com a voz já rouca, contou então sobre a chegada providencial de Fawkes e do Chapéu Seletor com a espada dentro. Contou de como havia fugido do basilisco enquanto Sophie lutava contra Riddle mas, nesse ponto, lhe faltaram palavras. E Sophie continuou por ele, contando de forma rápida e sem demonstrar muito. Principalmente a parte em que recebeu a maldição.
Harry então continuou, falando sobre a luta de Aslan contra o Basilisco – e Sophie sorria orgulhosa olhando para o leão adormecido –, e de como ele enfiou a espada dentro da boca da enorme cobra, salvando Aslan de um golpe fatal. E por fim, contou sobre a Fawkes curando o ferimento que ele havia sofrido da cobra.
Até ali, ele evitara mencionar o diário de Riddle – ou Gina. E Sophie sabia que seu pequeno irmão estava com medo dea garota ser expulsa por tudo que havia feito enquanto estava possuída por Voldemort. Felizmente, Dumbledore ajudou nessa questão:
— O que me interessa mais – disse ele com brandura. – é como foi que Lorde Voldemort conseguiu enfeitiçar Gina, quando as minhas fontes me informaram que no momento ele está escondido nas florestas da Albânia.
Sophie sorriu para o diretor largo enquanto Harry suspirava de alívio.
— Q-que foi que disse? – perguntou o Sr. Weasley com a voz aturdida. – Você-Sabe-Quem? En-enfeitiçou Gina? Mas Gina não... Gina não esteve... Esteve?
— Com esse diário – respondeu Harry depressa, apanhando-o na mesa e mostrando-o a Dumbledore.
— Riddle escreveu nele quando tinha dezesseis anos. – continuou Sophie se sentando firme na cama agora.
Remus, que ainda estava em silêncio, estendeu a mão para ela e ela pegou. Segurando com força, deu um sorriso tranquilo para o padrinho.
Dumbledore recebeu o diário de Harry e examinou-o com atenção, por cima do nariz comprido e torto, as páginas queimadas e encharcadas.
— Genial. – disse baixinho. – É claro, ele foi provavelmente o aluno mais brilhante que Hogwarts já teve. – E se virou para os pais de Gina, que pareciam inteiramente perplexos. – Muito pouca gente sabe que Lorde Voldemort um dia se chamou Tom Riddle. Eu fui seu professor há cinqüenta anos, em Hogwarts. Ele desapareceu depois que terminou a escola... Viajou por toda parte... “Aprofundou-se nas Artes das Trevas, associou-se com os piores elementos do nosso povo, passou por tantas transformações mágicas e perigosas que, quando reapareceu como Lorde Voldemort, quase não dava para reconhecê-lo. Muito pouca gente ligou Lorde Voldemort ao garoto inteligente e bonito que, no passado, fora monitor-chefe aqui.
— Mas, Gina? – perguntou a Sra. Weasley. – Que é que a nossa Gina tem a ver com... Com... Ele?
— O d-diário dele! – soluçou Gina. – An-dei escrevendo no diário, e ele andou me respondendo o ano todo...
— Gina! – exclamou o Sr. Weasley, espantado. – Será que não lhe ensinei nada? Que foi que sempre lhe disse? Nunca confie em nada que é capaz de pensar se você não pode ver onde fica o seu cérebro. Por que não mostrou o diário a mim ou a sua mãe? Um objeto suspeito desses, estava obviamente carregado de Artes das Trevas...
— Eu n-não sabia. – soluçou Guia. – Encontrei o diário junto com os livros que mamãe comprou para mim. P-pensei que alguém o deixara ali e se esquecera dele...
— A Srta. Weasley devia ir imediatamente para a ala hospitalar. – Dumbledore interrompeu-a com firmeza. – Ela passou por uma terrível provação. Não haverá castigo. Bruxos mais velhos e mais sensatos que ela já foram enganados por Lorde Voldemort. – ele abriu espaço na porta. – Repouso e talvez uma boa xícara de chocolate fumegante. Sempre acho que isto me reanima – acrescentou ele, piscando bondosamente para a garota. – Os senhores encontrarão Madame Pomfrey ainda acordada. Está administrando suco de mandrágoras, imagino que as vítimas do basilisco irão acordar a qualquer momento.
— Então Mione e Charls estão bem! – exclamou Rony, animado.
— Não houve danos permanente. – concordou Dumbledore sorrindo.
E assim, o Sr. e a Sra. Weasley, juntos de Gina saíram para a Ala Hospitalar.
Sophie suspirou e olhou para os que ficaram.
— Vocês... Se importam em me deixar sozinha por uns minutos? – ela perguntou sorrindo de lado.
— Claro, minha amiga, tire um tempo para descansar um pouco mais. – concordou Dumbledore se aproximando dela e acariciando os cabelos ruivos. – Você passou por uma enorme provação hoje, e foi mais forte e corajosa que muitos bruxos mais velhos que já conheci. Estou orgulhoso.
— Todos estamos. – disse Remus sorrindo com carinho para ela.
Dumbledore se afastou e Remus se aproximou dando um beijo na testa dela antes de sair também. McGonagall acenou e seguiu, e assim fora Harry e Rony após acenarem timidamente para ela.
— Você é um perigo para si mesma. – disse Erik após dar um beijo no topo da cabeça dela.
Sophie riu baixo.
— Foi me dito. – disse piscando para o alemão antes dele sair.
E assim, ela estava sozinha no quarto. Sentada na cama, com as costas encostada na cabeceira. Ela suspirou e olhou triste para Aslan que ainda dormia. Ela podia ver que a pata dele estava enfaixada, assim como todo o meio do enorme corpo dele.
— Você não sabe como me deixa feliz te ver vivo, Aslan. – ela sussurrou emocionada, se lembrando o que havia sentido quando soube de sua captura. – Abra os olhos para mim, querido. Por favor.
E como sempre, seu leão atendeu seu pedido. Ele abriu os olhos, suas íris de mel olhavam para ela brilhando, e então ele parecia estar sorrindo para ela. E Sophie sorriu de volta, não se importando com as lágrimas que caiam.
— Você pode não me assustar assim novamente? – ela perguntou, passando a mão em um carinho na juba dele.
Aslan ronronou e tornou a fechar os olhos. E Sophie suspirou novamente, secando as lágrimas, ela fechou os olhos e tentando ignorar o eco da dor que sentia por conta da maldição, ela se lembrou da conversa com Alec e se sentiu triste, com saudade e emocionada. Ela não iria ver ele por... Ela não podia saber quanto tempo. E quando finalmente o conhecesse... Ela se esqueceria. E era impossível para ela não se sentir triste por isso. Ele mal se foi, e ela já estava cheia de saudade dele.
— Eu não quero esquecer. – ela sussurrou abrindo os olhos, sua vista estava borrada pelas lágrimas novamente derramadas.
“— Eu disse que voltaria. – Sophie disse orgulhosa de si mesma. – E onde estou?
— Estava comigo a pouco mas teve que levantar porque o Robin acordou morrendo de fome e aquele garoto po...”
Sophie secou os olhos rapidamente e olhou para a mesinha ao lado da cama, onde sua varinha se encontrava. Ela pegou e um tanto tremula, fez com que um pedaço de pergaminho, pena e tinta aparecessem. Então, lentamente e ainda tremula, ela escreveu:
“Robin”
— Pelo menos isso. – ela sussurrou. – Um pouco de esperança para o futuro.
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