TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 42
Capítulo 42 — O Presente contra a Lembrança do Passado




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Harry e Sophie se viram parados no fim de uma câmara muito comprida e mal iluminada. Altas colunas de pedra entrelaçadas com cobras em relevo sustentavam um teto que se perdia na escuridão, projetando longas sombras negras na luz estranha e esverdeada que iluminava o lugar.

— Tenho que dizer – começou a Potter ruiva olhando em volta impressionada. – Salazar Slytherin tinha um estilo muito bom.

Harry concordou também olhando em volta.

— Mas não vamos dizer isso aos sonserinos, eles ficaram exibidos – disse Harry olhando para as colunas.

Sophie sorriu de lado, mas logo tornou a ficar séria quando sentiu um arrepio. E assim como Harry, o pensamento de que o Basilisco poderia aparecer a qualquer momento fizeram os dois ficarem mais perto um do outro. Eles puxaram as varinhas e avançaram devagar e em silêncio por entre as colunas serpentinas. Cada passo cauteloso ecoava alto nas paredes sombreadas. Harry manteve os olhos semicerrados, pronto para fechá-los depressa ao menor sinal de movimento e Sophie olhava tudo pelo canto do olho. As órbitas ocas das cobras de pedra pareciam segui-los. Mais de uma vez, com aperto nos estômagos, os irmãos pensaram ter surpreendido algumas delas se mexendo.

Então, quando emparelhou com o último par de colunas, uma estátua alta como a própria Câmara apareceu contra a parede do fundo.

Eles tiveram que esticar o pescoço para ver o rosto gigantesco lá no alto. Era antigo e simiesco, com uma barba longa e rala que caía quase até a barra das vestes esvoaçantes de um bruxo de pedra, onde havia dois pés cinzentos enormes apoiados no chão liso da Câmara. Harry olhou para Sophie e viu que a mesma parecia tão surpresa quanto ele.

— Salazar Slytherin – ela disse com reverência e então, fez uma careta. – Isso é bem narcisista, viu. E olha que nós dois somos de uma casa onde narcisismo é nosso nome do meio!

Harry sorriu e balançou a cabeça, só Sophie Potter para pensar em quão narcisista era Slytherin naquele momento tenso. Ele então olhou para para baixo da estátua e sentiu o estômago revirar.

— Gina? – ele sussurrou.

E de fato, lá estava ela entre os pés, de bruços, jazia um pequeno vulto de cabelos flamejantes vestido de negro. Sophie congelou, olhando assustada para aquele pequeno corpo ali encolhida no chão. Harry por sua vez saiu correndo até o corpo da Weasley.

Gina!— murmurou Harry, correndo para ela e se ajoelhando. – Gina... Não esteja morta... Por favor, não esteja morta... – Ele largou a varinha de lado, segurou Gina pelos ombros e virou-a.

Seu rosto estava branco e frio como o mármore, mas tinha os olhos fechados, portanto não estava petrificada. Harry sentiu o coração se apertar.

— Sophie... Sophie ela não está respirando. – disse alto o Potter já sentindo o desespero subir por todo o corpo.

Sophie que havia andado até onde eles estavam sem nem mesmo perceber, ainda olhava preocupada e com medo para o corpo de Gina. Ela se ajoelhou ao lado do irmão, guardou a varinha no bolso e puxou o corpo da Weasley para si, colocando o rosto da jovem entre suas cochas e estômago. Olhou para o rosto pálido dela com atenção.

— Não, não ela não pode estar morta. Vamos Gina, acorda – ela tirou gentilmente os cabelos da garota do rosto enquanto falava. – Vamos, leozinha, vamos porque se você... Você é a minha esperança de que Aslan ainda esteja vivo. Acorda...

— Ela não vai acordar. – disse uma voz indulgente.

Harry se sobressaltou e se virou ainda de joelhos. Já Sophie apenas virou o rosto e colocou a mão de forma discreta no bolso onde a varinha se encontrava enquanto observava o garoto ali parado.

Era um garoto alto, de cabelos negros, os observava encostado à coluna mais próxima. Tinha os contornos estranhamente borrados, como se eles o estivessem vendo através de uma janela embaçada. Mas não havia como Harry se enganar...

— Tom... Tom Riddle?!

Riddle confirmou com a cabeça, sem tirar os olhos do rosto de Harry. Sophie franziu a testa, olhando do irmão para o garoto Riddle.

— O mesmo Tom Riddle que recebeu aqueles troféus? – perguntou a Potter confusa.

— O único, Sophie Potter. – respondeu o garoto agora olhando para Sophie, e seus olhos pareceram brilhar por um momento.

— Que é que você quer dizer com “ela não vai acordar”? – perguntou Harry de repente e desesperado. Riddle tornou a olhar para ele. – Ela não está...?

— Ainda está viva. – respondeu Riddle. – Mas por um fio.

Os dois irmãos olharam preocupados para Gina. Harry segurou a mão da garota, e Sophie tornou a olhar para Riddle que os observava com interesse.

Tom Riddle estivera em Hogwarts cinqüenta anos atrás, e contudo achava-se ali parado, envolto por uma luz estranha e enevoada, com o que parecia para Sophie, dezesseis anos de idade.

— O que você é? – perguntou a ruiva por fim. – Um fantasma?

— Uma lembrança. – respondeu Tom com suavidade. – Conservada em um diário durante cinqüenta anos.

E apontou para o chão perto dos enormes pés da estátua. Caído ali encontrava-se o pequeno livro preto que eles encontraram no banheiro da Murta Que Geme. E tanto Sophie quanto Harry se perguntaram como aquele diário havia chegado ali. Mas a pergunta sumiu de suas mentes por preocupações mais importantes.

— Temos que sair daqui. – disse Harry para a irmã e para Riddle. – Ela precisa ir para Ala Hospitalar.

— Eu tenho que encontrar o Aslan. – retrucou Sophie com pesar. – Se Gina ainda está viva...

Harry concordou firmemente e olhou para Riddle.

— Tom, você tem que nos ajudar. – ele pediu, enquanto Sophie se levantava. Harry colocou a cabeça de Gina nas coxas dele. – Tem um basilisco por aqui... E tem um leão tambem... Você chegou a ver este leão?

Sophie franziu a testa olhando para o corpo de Gina. Ela estava sentindo uma tempestade de avisos soando no fundo de sua mente e a cada segundo ela se sentia menos segura com a presença daquela lembrança de Tom Riddle ali. Ela já não gostava dele depois do que Dumbledore havia lhe dito, que ele havia sido o garoto a ter dito que Hagrid era o herdeiro de Slytherin e causando a expulsão do mesmo. E agora, a tempestade estava aumentando.

— Bem, sobre o Basilisco, ele só vira se for chamado. – disse Riddle a voz dele bem próxima das costas de Sophie que se arrepiou. – E o leão... A última vez que vi ele estava brincando de gato e canário com a grande cobra.

Sophie se virou ao mesmo tempo que Harry olhou para cima. Riddle estava bem na frente da Potter mais velha, seu rosto bem próximo do dela, olhando para ela com aqueles olhos frios com bastante atenção e interesse. Sophie sentiu como se ele estivesse tentando resolver um quebra cabeça.

— Devolve a minha varinha, Tom. – disse Harry de repente fazendo Sophie sair do transe que havia entrado com a aproximação de Riddle.

A tempestade estava ficando furiosa. Ela sentia.

Olhou para baixo e viu que realmente a varinha de Harry estava agora na mão do garoto mais velho. Sem pensar, ela pegou a própria varinha também.

— Não vai precisar dela. – respondeu Riddle para Harry sorrindo, e então voltando o olhar para Sophie. – Você me deixa curioso... vocês dois na verdade. Eu esperava que ele fosse quem manteria minha atenção, mas você me faz ter calafrios em minha mente.

— Deve ser porque eu sou a Potter mais legal – brincou Sophie sem nenhum pingo de diversão na voz. – E você também está me deixando curiosa. Sobre várias coisas.

— Olhem aqui, estamos perdendo tempo! Temos que sair daqui! – disse Harry perdendo a paciência. Podemos conversar depois...

— Vamos conversar agora. – retrucou Riddle, ainda sorrindo, e guardando a varinha no bolso. – Afinal, esperei muito para conversar com você, Harry Potter, cara a cara. E agora, admito estar louco para conversar com você Sophie Potter.

Sophie levantou a sobrancelha direita para ele e Harry rosnou irritado.

— Olhe aqui.. – começou Harry mas Sophie o impediu de continuar.

— Harry. Deixe que ele fale. – disse ela calma e ainda com a varinha em mão. – Afinal, parece que esteve esperando por esse momento a muito tempo.

— Sem dúvida, esperei. – concordou Riddle.

— Mas antes – disse Sophie franzindo os olhos –, gostaria de saber, porque estou sentindo que ter sido Gina a estar aqui não foi algo aleatório de acontecer, por que ela? E por que o meu leão?

O sorriso frio de Riddle se alargou.

— Bem, sobre o leão, foi porque aparentemente o Basilisco vê ele como um grande inimigo. – respondeu o garoto. – Agora, sobre a garota... Bom, essa é uma pergunta interessante. – continuou ele em tom agradável. – É uma história bastante comprida. Suponho que a razão de Gina Weasley estar assim é porque abriu o coração e contou todos os seus segredos para um estranho invisível.

— Do que é que você está falando? – perguntou Harry.

— Do diário. Do meu diário. A pequena Gina anda escrevendo nele há meses, me contou suas tristes preocupações e mágoas, como os irmãos implicavam  com ela, como teve que vir para a escola com vestes e livros de segunda mão, como... – Os olhos de Riddle brilharam –, como achava que o bom, o famoso, o importante Harry Potter jamais iria gostar dela...
 
Todo o tempo que falava, os olhos de Riddle não desgrudavam do rosto de Harry e Sophie. Havia neles uma expressão quase faminta.

— Romance de criança. – disse Sophie dando de ombros, ainda séria olhando para Tom, e se mantendo em frente de Harry e o corpo de Gina.

— Exatamente. É muito chato ter que ouvir os probleminhas bobos de uma garota de onze anos. Mas fui paciente. Respondi. Fui simpático, gentil. Gina simplesmente me adorou. “Ninguém nunca me compreendeu como você; Tom... É uma alegria ter este diário para fazer confidências... É como ter um amigo portátil que se leva para todo lado no bolso...”

Riddle deu uma risada aguda e fria que não combinava com ele. Fez os cabelos na nuca de Harry se arrepiarem, e a tempestade na mente de Sophie piorar.

— Ainda que seja eu a dizer, Sophie e Harry, sempre fui capaz de encantar as pessoas de quem precisei. Então Gina me revelou sua alma, e por acaso essa alma era exatamente o que eu queria... Fui ficando cada vez mais forte com a dieta dos seus medos mais arraigados e segredos mais íntimos. Fiquei poderoso, muito mais poderoso do que a pequena Srta. Weasley. Suficientemente poderoso para começar a alimentá-la com alguns dos meus segredos, e começar a instilar nela um pouco da minha alma...

Sophie fechou os olhos com raiva e tristeza com a realização daquilo tudo.

— Você estava possuindo ela. – disse a Potter mais velha com pesar.

— Sophie Potter você é tão esperta! – exclamou Riddle sorrindo para a garota e lhe batendo palmas. – Não me admira que Dumbledore goste tanto de você! E eu também.

— Do que vocês estão falando? – perguntou Harry confuso.

— Você ainda não adivinhou, Harry? – perguntou Riddle baixinho num tom cheio de zombaria. – Gina Weasley abriu a Câmara Secreta. Ela estrangulou os galos da escola e escreveu mensagens ameaçadoras nas paredes. Ela açulou a serpente de Slytherin contra quatro sangues-ruins, o puro sangue traidor e a gata daquela aberração do Filch.

— Não. – sussurrou Harry negando com a cabeça chocado.

— Sim – confirmou Riddle calmamente. – É claro que ela não sabia o que estava fazendo no início. Era muito divertido. Eu gostaria que você tivesse visto as anotações que a garota fez no diário depois... Ficaram muito mais interessantes... “Querido Tom” – recitou ele, observando a expressão horrorizada de Harry. – “Acho que estou perdendo a memória. Tem penas de galos nas minhas vestes e não sei como foram parar lá. Querido Tom, não me lembro do que fiz na noite das Bruxas, mas um gato foi atacado e a frente da minha roupa está suja de tinta. Querido Tom, Percy me diz o tempo todo que estou pálida e que estou diferente do que era. Acho que ele suspeita de mim... Benjamin fica me olhando assustado como se eu fosse cair a qualquer momento... Houve outro ataque hoje e não sei onde é que eu estava. Tom, que é que eu vou fazer? Acho que estou ficando maluca... Acho que sou a pessoa que está atacando todo mundo, Tom!”
 
Os punhos de Harry se fecharam, as unhas se enterraram nas palmas das mãos. Sophie por sua vez continuou tentando manter a calma como Dumbledore havia lhe ensinado.

— Imagino que ela tenha percebido a verdade... – disse Sophie tentando manter a calma.

— Ah sim... levou muito tempo para a burrinha da Gina parar de confiar no diário. – continuou Riddle. – Mas ela finalmente desconfiou e tentou jogá-lo fora. E foi aí que você entrou, Harry. Você o encontrou e eu não poderia ter me sentido mais satisfeito. De todas as pessoas que podiam tê-lo apanhado, foi você, exatamente a pessoa que eu estava mais ansioso para conhecer! E então, é claro, me levou para sua adorada e bela irmã.

— E para que você queria nos conhecer? – perguntou Harry. A raiva corria pelas veias dele, e precisou de muito esforço para manter a voz firme.

— Bem, veja, Gina me contou tudo sobre vocês, Harry. Toda a sua história fascinante. – Os olhos de Riddle percorreram a cicatriz em forma de raio na testa de Harry e sua expressão se tornou mais voraz. – E sobre suas aventuras no seu primeiro e terceiro ano. Senti que precisava descobrir mais a respeito de vocês, conversar com você Harry, conhecer você, se pudesse. Sim... Minha curiosidade com Sophie veio depois. Então, de início para o mais novo decidi lhe mostrar a minha famosa captura daquele bobalhão do Hagrid para ganhar sua confiança...

— Hagrid é nosso amigo! – disse Harry, a voz trêmula. – E foi você que o incriminou, não foi? Pensei que você tivesse se enganado, mas...

Riddle deu aquela risada aguda outra vez.

— Foi a minha palavra contra a de Hagrid, Harry. Bem, você pode imaginar o que pareceu ao velho Armando Dippet. De um lado, Tom Riddle, pobre, mas brilhante, órfão, mas muito corajoso, monitor, aluno modelo... Do outro lado, o trapalhão do Hagrid, que vivia se metendo em encrencas, tentava criar filhotes de lobisomens debaixo da cama, fugia para a Floresta Proibida para brigar com trasgos... Mas admito que até eu mesmo fiquei surpreso que o plano tivesse funcionado tão bem. Achei que alguém devia perceber que Hagrid não poderia ser o herdeiro de Slytherin. Eu gastara cinco anos inteiros para descobrir tudo que podia sobre a Câmara Secreta e encontrar a entrada... Como se Hagrid tivesse cabeça, ou poder para tanto! Só o professor de Transfiguração, Dumbledore, pareceu pensar que Hagrid era inocente. E convenceu Dippet a conservar Hagrid aqui e treiná-lo para guarda-caça. E, acho que ele talvez tivesse adivinhado... Dumbledore nunca pareceu gostar de mim tanto quanto os outros professores...

— Então vejo que ele não se enganou com você. – disse Sophie abrindo um sorriso maroto. – Esse é o meu velho.

Riddle pareceu bastante irritado com aquilo, mas logo sua expressão ficou indiferente.

— Bem, não há dúvida de que ele ficou me vigiando de maneira incômoda depois que Hagrid foi expulso. – disse Riddle indiferente. – Percebi que não seria seguro tornar a abrir a Câmara enquanto ainda estivesse na escola. Mas não ia desperdiçar os longos anos que passei procurando por ela. Resolvi deixar aqui um diário, preservando o meu eu de dezesseis anos em suas páginas, de modo que um dia, com sorte, eu pudesse conduzir alguém pelas minhas pegadas e terminar a nobre tarefa de Salazar Slytherin.

— A gente precisava conversar sobre a palavra nobre, Riddle. – comentou Sophie num tom irônico.

— Bem, você não a terminou. – disse Harry em tom de vitória. – Desta vez ninguém morreu, nem mesmo a gata. Dentro de algumas horas a Poção de Mandrágoras estará pronta e todos que foram petrificados voltarão à normalidade outra vez..

— Acho que esqueci de contar – falou Riddle em voz baixa e fria. –, que matar sangue ruins não me interessa mais. Há muitos meses agora, meu novo alvo tem sido... Vocês.

Sophie se indireitou, de cabeça erguida em toda a sua altura, ainda baixa que Riddle mas firme. E Harry olhou com a testa frenzida para o garoto.
 
— Imagine a raiva que tive quando na vez seguinte que alguém abriu o meu diário, era a Gina que estava me escrevendo e não você. Ela o viu com o diário, sabe, e entrou em pânico. E se você descobrisse como usá-lo, e eu repetisse todos os segredos dela para você? E se, o que seria pior, eu contasse a você quem tinha andado estrangulando os galos? Então a boba da pirralha esperou o seu dormitório ficar deserto e roubou o diário. Mas eu sabia o que precisava fazer. Tinha ficado claro para mim que vocês dois estavam na pista do herdeiro de Slytherin. Por tudo que Gina tinha me contado, eu sabia que vocês não mediriam esforços para solucionar o mistério, principalmente se um dos seus melhores amigos fosse atacado. E Gina tinha me contado que a escola inteira estava alvoroçada porque você, Harry, sabia falar a língua das cobras... Enfim, fiz Gina escrever o bilhete de adeus na parede, tanto o dela quanto o do leão para Sophie saber, e descer aqui para esperar. Ela resistiu, chorou e ficou muito chateada. Mas não resta nela muita vida... Ela transferiu muita força para o diário, para mim. O suficiente para eu poder finalmente deixar aquelas páginas... Estive esperando vocês aparecerem desde que chegamos aqui. Sabia que vocês viriam. Tenho muitas perguntas a lhes fazer, Harry Potter e Sophie Potter.

— Por exemplo? – disse Harry com rispidez, os punhos ainda fechados.

— Bem – disse Riddle, dando um sorriso agradável. – Como foi que você um garoto magricela, sem nenhum talento mágico excepcional, conseguiu derrotar o maior bruxo de todos os tempos? Como foi que você escapou apenas com uma cicatriz, enquanto os poderes do Lorde Voldemort foram destruídos?

Surgia agora em seus olhos vorazes um brilho estranho e avermelhado.

— E você – olhou para Sophie, e agora falou num sussurro sibilado. –, por que eu sinto isso tão forte entre você e eu? Essa atração percorrendo toda o meu ser? Eu sou do passado e você é de um futuro muito distante... Então como você pode estar conectada com o poderoso Lorde Voldemort?!

— Eu não sei o que você está falando... – sussurrou Sophie confusa.

— Que lhe interessa como escapei? – perguntou Harry abruptamente. – Voldemort foi depois do seu tempo...

Riddle olhou nos olhos de Sophie por mais um segundos antes de se afastar lentamente e olhar para Harry.

— Voldemort é o meu passado, meu presente e meu futuro. – disse ele tirando a varinha de Harry do bolso, ele escreveu no ar três palavras cintilantes:

TOM SERVOLEO RIDDLE

Em seguida, agitou a varinha uma vez e
as letras do seu nome se rearrumaram:

EIS LORDE VOLDEMORT

 — Entendeu? Era um nome que eu já estava usando em Hogwarts, só para os meus amigos mais íntimos, é claro. Você acha que eu ia usar o nome nojento do meu pai trouxa para sempre? Eu, em cujas veias corre o sangue do próprio Salazar Slytherin, pelo lado de minha mãe? Eu, conservar o nome de um trouxa sujo e comum, que me abandonou mesmo antes de eu nascer, só porque descobriu que minha mãe era bruxa? Não, irmãos, criei para mim um nome novo, um nome que eu sabia que os bruxos de todo o mundo um dia teriam medo de pronunciar, quando eu me tornasse o maior bruxo do mundo.

O cérebro de Harry parecia ter esguiçado. Chocado, ele fixava Riddle, o garoto órfão que crescera para assassinar seus pais e tantos outros... 

— Não é. – disse Sophie de repente sorrindo.

— Não é o quê? – perguntou Riddle com rispidez.

— Não é o maior bruxo do mundo. – disse Sophie, abrindo um sorriso maior. – Desculpe desapontá-lo Tom, mas eu conheço muitos bruxos mil vezes maiores que você. De família trouxas e puras, eles dão mil contra você seu garoto patético! E mais, você é apenas uma sombra comparado o quanto as pessoas falam sobre Albus Dumbledore! Agora este sim, é um grande bruxo, e todos dizem isso. Mesmo quando você era poderoso, você não se atreveu a tentar dominar Hogwarts, não é? Dumbledore viu através de você quando freqüentou a escola e ainda o amedronta hoje, onde quer que você se esconda... Afinal, não é atoa que fez tanto esforço para afastá-lo.

O sorriso desaparecera da cara de Riddle, substituído por um olhar muito sinistro.

— Exatamente, Dumbledore foi afastado do castelo meramente pela minha lembrança. – sibilou ele se aproximando mais do rosto da Potter.
 
— Ele não está tão afastado quanto você poderia pensar! – retorquiu Harry. Falava sem pensar, querendo apavorar Riddle ainda mais, e desejando que o que dizia fosse verdade...

Riddle abriu a boca, mas congelou.

Ouviram uma música vinda de algum lugar. Riddle se virou para percorrer com os olhos a câmara vazia. A música se tornava cada vez mais alta. Era misteriosa, de dar arrepios, sobrenatural; fez os cabelos de Harry ficarem em pé e o seu coração parecer inchar até dobrar de tamanho. E Sophie fechou os olhos respirando fundo aquela canção do animal que ela já conhecia bem.

Então a música atingiu tal volume que ela a sentiu vibrar dentro do peito, e chamas irromperam no alto da coluna mais próxima.

Então Fawkes apareceu, cantando aquela música esquisita para a abóbada do teto. Com sua cauda dourada e faiscante, comprida como a de um pavio e garras douradas e reluzentes que seguravam um embrulho esfarrapado.

Um segundo depois, o pássaro voava direto para Harry. Deixou cair a seus pés o embrulho que carregava e depois pousou no ombro de Sophie que sorriu para a fênix. Harry ergueu os olhos e viu que tinha um bico dourado, longo e afiado e olhos redondos e escuros.

O pássaro parou de cantar. Sentou-se imóvel e cálido junto à bochecha de Sophie, olhando com firmeza para Riddle.

— É uma fênix... – disse Riddle, encarando-o de volta com um olhar astuto.

— Fawkes. – disse Harry sorrindo.

— Olá, sua ave velha. – cumprimentou Sophie passando a mão pelas penas de Fawkes que lhe deu um aperto gentil no ombro.

— E isso - Disse Riddle, agora examinando o embrulho esfarrapado que Fawkes deixara cair –, seria o velho Chapéu Seletor..

E era. Remendado, esfiapado, sujo, o chapéu jazia imóvel aos pés de Harry.

Riddle começou a rir outra vez. Riu tanto que a Câmara ecoou com o seu riso, como se dez Riddles estivessem rindo ao mesmo tempo...

— Isto é o que Dumbledore manda aos seus defensores! Um pássaro canoro e um velho chapéu! Vocês se sentem cheios de coragem, Harry e Sophie Potter? Sentem-se seguros agora?
 
Os dois não responderam. Harry olhava para o chapéu confuso, não entendendo qual era a utilidade de Fawkes ou do Chapéu Seletor, e olhou para Sophie que parecia estar tentando entender também.

E com um último aperto no ombro de Sophie, Fawkes voou para longe.
 
— Aos negócios, irmãos Potter. – falou Riddle, ainda com um largo sorriso. – Duas vezes e uma vez, no passado de vocês, ou no meu futuro, nós nos encontramos. E duas vezes e uma vez não consegui matar vocês. Como foi que vocês sobreviveram? Contem-me tudo. Quanto mais tempo falar – acrescentou brandamente – mais tempo continuarão vivos.

Sophie segurou a varinha com mais firmeza, pronta para lutar contra aquele garoto quando Harry falou de repente.

— Ninguém sabe por que você perdeu seus poderes ao me atacar. Nem mesmo eu sei. Mas sei por que você não pôde me matar. Foi porque minha mãe morreu para me salvar. Minha mãe trouxa e comum. – acrescentou, sacudindo-se de raiva reprimida. – Ela impediu você de me matar. E eu vi o seu eu verdadeiro. Vi no ano passado. Você está uma ruína. Mal se mantém vivo. Sophie te detruiu com facilidade sem nem usar magia ano passado! Foi isso que você ganhou com todo o seu poder. Você vive escondido. Você é feio, você é nojento, você é fraco!

Sophie olhou para Harry cheia de orgulho por seu irmãozinho. Seu garoto mais corajoso. Já o rosto de Riddle se contorceu. Então ele deu um horrível sorriso amarelo.

— Então, sua mãe morreu para salvar você. É, isso é um contra-feitiço poderoso. Estou entendendo agora... Afinal de contas você não tem nada especial. Há uma estranha semelhança entre nós. Até você deve ter notado. Nós dois somos mestiços, órfãos, criados por trouxas. Provavelmente, desde o grande Slytherin, somos os dois falantes da língua das cobras a freqüentar Hogwarts. E até nos parecemos fisicamente... Mas no final, foi um simples acaso que salvou você de mim. Era só o que eu queria saber.
 
Harry esperou tenso que Riddle erguesse a varinha. Mas o sorriso enviesado dele voltou a se alargar.
 
— Agora, Harry, enquanto eu e sua irmã conversamos os assuntos dos mais velhos, vou deixar você para brincar com um grande amigo meu. – os olhos de Riddle brilharam. – Quem, vamos até medir nessa brincadeira os poderes de Lorde Voldemort, o herdeiro de Slytherin, com os dois famoso Harry Potter e... As belas armas que Albus Dumbledore lhe ofereceu.

Ele lançou um olhar divertido Chapéu Seletor, em seguida se afastou.

— É melhor começar a correr.

Harry e Sophie se olharam e com pressa a ruiva pegou o garoto pelas vestes e o levantou, empurrando ele para longe.

E Riddle, agora de frente para a estátua de Slytherin, abriu bem a boca e sibilou – mas Harry entendeu o que ele estava dizendo...

Fale comigo, Slytberin, o maior dos Quatro de Hogwarts.

Os dois Potter observaram a boca de Slytherin se abrir e então lentamente e no escuro do buraco, algo começou a rastejar, algo enorme e claramente mortal. Então, a cobra começou a sair e a reação foi instantânea.

— Corre. – Sophie disse olhando para o irmão e com a mão fez ele parar de olhar para a criatura que surgia. – Encontre Aslan pelos canos! Vai!

Harry concordou e correu para longe. Sophie olhou para o chão e a sombra da criatura estava ali, enorme e bem próxima dela, ao fundo Riddle sibilou algo na língua das cobras e pela reação do Basilisco que saiu rastejando para longe dela, era para pegar Harry. Sophie assistiu horrorizada a criatura infernal ir atrás de Harry, era maior do que qualquer outra coisa que ela já tinha visto. Ela não tinha mais vista do irmão pois o Basilisco tampava tudo.

Então ela ouviu novamente o canto da Fawkes e viu a ave surgir novamente, voando na direção da enorme cobra e atacando com suas garras afiadas a cabeça da criatura. O Basilisco então soltou um grito terrível e doloroso e Sophie sorriu de puro alívio ao ver a fênix arrancando os olhos dele.

— NÃO! – gritou Riddle atrás dela.

— Muito bem ave velha. – sussurrou ela aliviada.

Riddle retornou a silibilar a lingua das cobras com raiva e força e a cobra parou de tentar atacar a fênix e voltou a rastejar para um dos canos, onde provavelmente Harry havia corrido por.

Sophie então se virou para Riddle e este olhou para ela, seus olhos brilhavam frios e o sorriso em seu rosto era nojento.

— Enfim, nós dois – ele disse fazendo uma reverência. – quer me dizer agora o motivo dessa atração?

— Eu não faço ideia do que você está falando – rosnou a Potter. – Não existe atração aqui, apenas muita raiva e nojo de você. – ela apontou a varinha para ele. – Agora, onde está o meu leão?

— Um duelo – Riddle sorriu mais. – Vai ser divertido. – ele começou a andar lentamente, e Sophie o observou com cuidado. – Você realmente parece não saber sobre o que eu estou falando, o que é definitivamente estranho, Sophie Potter...

Ele então lançou um feitiço de luz verde na direção de Sophie mas a mesma já estava preparada e desviou do feitiço da morte.

— Rápida – elogiou Riddle com uma reverência rápida. – Continuando, é bem estranho porque... Se eu estiver certo sobre o que isso é, então você deveria estar sentindo também, pelo menos um pouquinho.

— Você fala demais. – resmungou a Potter e então lançou: – Confrigo!

Riddle foi igualmente rápido como ela e desviou do ataque e lançou outra maldição na direção dela, qual ela desviou mas por pouco não havia sido acertada.

— Ainda não aprendeu a lançar o feitiço sem dizer o nome dele, vejo. – comentou Riddle rindo. – Bom, bom, Potter, isso é uma vantagem para o inimigo. Agora, por mais que a magia das trevas exista em você e você poderia ser um grande manancial para mim, decidi que... Você é melhor...

Confundus!— talvez tenha sido por Riddle estar ocupado demais com seu monólogo que ela tenha acertado aquele feitiço nele. E sem perder tempo acertar o próximo: – Estupore!

Riddle caiu com força no chão desacordado. Sophie olhou chocada para o corpo desacordado dele, o próprio Voldemort, e ela havia acabado de apagá-lo. Ela sorriu, orgulhosa de si mesma.

— Sophie!

Ela se virou rapidamente e no fundo do tunel Harry estava parado, vivo e bem. Ela sorriu feliz para ele mas o sentindo de vitória não durou muito.

Crucio!

Em um momento ela estava de pé e no outro ela estava caída no chão, sentindo a pior dor do mundo, como se todos os seus ossos estivessem sendo quebrados, sua pele estivesse sendo queimada, sua cabeça estava se iluminando em chamas, seu coração sendo eletrificado e sua alma sendo ferida além das palavras. O grito rasgou sua garganta como lâminas afiadas até não sair nenhum som de sua voz sofrendo. Ela começou a se debater contra o chão com força seus olhos, quais saiam lágrimas, reviraram e a última coisa ouvida foi um rugido.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Harry assistiu horrorizada aquela cena de sua irmã gritando e se contorcendo sem saber o que fazer, naquele momento o medo tomou conta dele completamente e ele teria ficado ali paralisado se não fosse pelo rugido alto e poderoso que ecoou por toda a Câmara.

Aslan surgiu, com toda sua força e grandeza de um dos canos altos. Seus pelos estavam ensanguentados e sua pata direita parecia machucada, mas ainda sim estava carregando todo o poder que ele parecia sempre ter.

E foi nesse momento que Harry percebeu que Sophie estava parada no chão, desacordada e de onde ele estava, ele não via se ela estava respirando ou não. No mesmo momento que ele começou a correr até ela, Aslan pulou e o Basilisco surgiu indo direto para o leão.

Quando Harry caiu ajoelhado ao lado do corpo da irmã, o leão e a cobra colidiram um com outro com força, foi horrivel e mortal, parecia algo saído de livros de fantasia que tinha na antiga escola trouxa que ele estudava. Aslan arranhava e mordia a cobra com ferocidade, rugindo como um trovão; e a cobra atacava tentando se enrolar e colocar suas presas nele.

Harry olhou assustado para Sophie, e viu que a respiração dela estava diminuindo a cada segundo.

— Aguenta, Sophie – ele sussurrou com medo.

Então ele viu, ali no chão, o chapéu seletor jogado e dentro dele... Uma refulgente espada de prata aparecera dentro do chapéu, o punho cravejado de rubis rutilantes do tamanho de ovos.

Ele olhou novamente para a luta de titãs acontecendo, e tomando a decisão, ele se abaixou dando um beijo rápido na testa de Sophie, se levantou e correu para pegar a espada.

Tendo a espada em mãos, ele correu até a luta. O Basilisco havia atacado Aslan com tudo contra a parede e o leão estava caído quando a cobra partiu para cima pronta para atacar. Harry correu mais rápido, ficando em frente ao corpo de Aslan ele levantou a espada no momento em que a cobra abriu a enorme boca. Ele viu o corpo imenso, as órbitas ensangüentadas, a boca escancarada, grande suficiente para engoli-lo inteiro, cheia de dentes compridos como a sua espada, pontiagudos, faiscantes, venenosos...

Harry pôs todo o seu peso na espada e enfiou-o até a bainha no céu da boca da cobra com um grito de raiva. Mas quando o sangue quente encharcou os braços de Harry, ele sentiu uma dor excruciante logo acima do cotovelo. Uma presa comprida e venenosa estava se enterrando cada vez mais fundo em seu braço e se partiu quando o basilisco tombou para o lado e caiu, estrebuchando no chão.

Harry caiu de joelhos, ofegando de dor e cansaço. Ele olhou para Aslan e viu que o leão o olhava cheio de agradecimento nos olhos. Harry lhe deu um aceno em troca e se voltou para o próprio braço. Agarrou a presa que espalhava veneno pelo seu corpo e arrancou-a do braço. Mas percebeu que era tarde demais. Uma dor terrível se irradiava do ferimento de modo lento e contínuo. Na hora em que deixou cair a presa e viu o próprio sangue empapar suas vestes, sua visão se embaçou. A Câmara se dissolveu num rodamoinho de cores opacas.

Olhou para onde Sophie estava e viu a irmã caída desacordada a poucos metros dele.

— Sophie... – murmurou ele.

Uma nesga de vermelho passou por ele, e Harry ouviu unhas baterem ao seu lado suavemente.

— Fawkes – disse com a voz engrolada. – Você foi fantástico, Fawkes... – Ele sentiu algo caindo em seu colo, abaixo da cabeça da fênix. Era o diário.

— Você está morto, Harry Potter. – disse Riddle com um enorme sorriso no rosto. – Assim como a sua irmã. Você está morto.

Harry voltou a olhar para Sophie novamente, Aslan estava mancando até onde ela estava e quando chegou, caiu ao lado dela. Harry sentiu raiva e tristeza com aquela cena e então, sem pensar, sem raciocinar, como se tivesse pretendido fazer isso o tempo todo, Harry agarrou a presa do basilisco no chão ao lado dele e enterrou-a direto no centro do livro. Ouviu-se um grito longo e cortante. Um rio de tinta jorrou do diário, escorreu pelas mãos de Harry, inundou o chão. Riddle estrebuchava e se contorcia, gritando e se debatendo e então...

Desapareceu. A varinha de Harry caiu no chão com estrépito e em seguida fez-se silêncio. Silêncio, exceto pelo pinga-pinga da tinta que ainda escorria do diário. O veneno do basilisco abrira a fogo um buraco no livro.

Com o corpo inteiro tremendo, Harry se levantou. Andou até onde sua irmã estava e caiu do outro lado dela, onde Aslan não estava, com a cabeça ao lado da dela. Ela estava com os olhos fechado e Harry já não via mais o subir e descer do peito dela, indicando que não estava mais respirando.

Então chegou aos seus ouvidos um gemido fraco lá do fundo da Câmara. Gina estava se mexendo. Ela se sentou e quando olhou para eles, seus olhos se arregalaram e ela correu até eles e se ajoelhou.

— Harry, Sophie, ah, eu tentei lhes contar no café, mas não tive coragem... Fui eu, Harry... Mas... j-juro que não tive intenção... Riddle me obrigou, ele me levou até lá... E... Como foi que você matou aquele... Aquela coisa? Onde está Riddle? A última coisa que me lembro é dele saindo do diário. Por que a Sophie não está acordada?! Ela está bem?! O que aconteceu com ela?! Harry, seu braço??!

— Gina... preste atenção... Preciso que saia daqui. Siga pelo túnel e encontre Rony. – disse Harry devagar mas tentando mostrar segurança. – Vai ficar tudo bem mas você precisa ir atrás do Rony.

— Está... bem. – disse ela assustada e se levantando.

Harry viu a garota sumir pelo túnel e sorriu suavemente. Ele olhou para Aslan e viu que o enorme leão estava desacordado também, com uma pata sobre o corpo de Sophie de forma protetora. Então ele sentiu algo molhado em seu braço ferido, e quando olhou, ali estava Fawkes, derramando lágrimas na ferida.

E se aquilo era morrer, pensou Harry, não é tão mau assim. Até mesmo a dor abandonou-o aos poucos...
 
Mas será que isto era morrer? Em vez de escurecer a Câmara parecia estar voltando a entrar em foco. Harry fez um pequeno movimento com a cabeça e lá estava Fawkes, ainda descansando a cabeça em seu braço. Uma pocinha de lágrimas peroladas brilhava em torno do ferimento - só que não havia ferimento

— Claro... lágrimas de Fênix tem poder curativo! – disse Harry sorrindo cansado. – Obrigado, Fawkes.

Ele estava realmente cansado. Mesmo não sentindo mais dor, ele sentia que iria desmaiar logo. A adrenalina havia ido embora e agora o que lhe restava era... Apenas cansaço e borrão. Ele deu uma última olhada no fim do túnel, onde Gina havia corrido e lá, antes de partir para a escuridão, Harry jurava que havia visto Dumbledore correr até eles.


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