TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 4
Capítulo 4 — Um Mapa, Olhares Significativos e Um Leão




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Sophie demorou para se acostumar a acordar em Hogwarts. Tomar café da manhã com os amigos e os outros alunos, sem Remus por perto, sem o elfo doméstico Monstro andando pelas sombras, e sem os barulhos estranhos que o Largo Grimmauld fazia as vezes.

Mas, por mais que a falta que Remus fazia para ela ainda fosse grande, aos poucos ela apreciava mais viver naquele castelo, ao lado de tantos jovens iguais á ela e também diferentes. Ter os gêmeos Weasley e Harriet era mais que bem vindo também ao seu lado, sempre andavam juntos pelos corredores da escola, quando a Grifinória tinha aulas com os alunos da Corvinal, Sophie e Harriet se sentavam juntas sempre enquanto Fred e Jorge se sentavam atrás dela com comentários espirituosos e divertidos.

Mas, havia outro motivo para sua estadia em Hogwarts estar se tornando mais confortável e fazendo ela se acostumar com a ausência de Remus. Ela ainda não sabia o nome dele, o rapaz com quem ela trocou olhares na cerimônia de seleção, mas, sempre que estavam sentados no grande salão na hora do café, almoço e janta, ela e ele ficariam trocando olhares e sorrisos, muitas vezes ele a fazia rir baixo com algumas mímicas que fazia e ele riria junto com ela.

Particularmente, Sophie não sabia se queria aprender o nome dele. Aquilo que eles faziam, sem se conhecerem ou mesmo conversarem um com o outro, tinha um ar especial. Porque, por algum motivo, eles se davam bem apenas por olhares, apenas sorrindo um para o outro. Havia mesmo vezes, onde ela estaria estudando na biblioteca se sentindo um pouco perdida e querendo a presença de Remus e quando olhava em volta esperando pelo padrinho aparecer, ela o via num outro canto escrevendo e estudando também. Então ele sentiria o olhar dela e era isso, ele olharia para ela também e apenas com aquele olhar gentil e calmante que ele lhe dava, ela se sentiria um pouco menos sozinha e um pouco mais confiante.

Ela sabia que havia algo significativo entre eles, e tinha medo que, ao se aproximar demais, tudo se perderia.

Sophie suspirou e voltou a se concentrar na lição que o professor de poções havia passado. De todas as matérias, Poções era sua menos preferida, e ela tinha certeza que era mais por causa do professor do que a matéria em si. Severus Snape, o professor daquela matéria, era um homem horrível e infantil. Ela já não gostava muito dele por conta das histórias entre ele e seus pais, mas depois de algumas aulas dele, sua razão para não gostar dele se tornou maior.

Ao contrário dos outros professores, Snape tratava todos os alunos – menos os de sua casa, Sonserina –, como se fossem inferiores á ele. Zombava de seus erros nas aulas ao invés de mostrar onde havia errado, fazia piada das aparências de alguns alunos e ainda ignorava quando alguém pedia para ele explicar novamente.

Os alunos de todas as casas – mesmo os da Sonserina –, não gostavam dele. E por isso, Poções se tornava a aula menos produtiva com ele por perto.

E claro, Sophie por ser filha de James e Lily Evans Potter não deixaria aquele homem ser daquele jeito com os alunos com ela por perto. Na segunda semana de aula com Snape, a Potter já não aguentava mais e havia respondido aquele ranhoso, como seu pai o chamava. Retrucou contra ele, e mesmo que ele lhe tirava os pontos nas aulas, ela não se preocupava. Sophie era esperta e boa nas aulas, recuperava os pontos tão rápido quanto os perdia.

— Serão longos anos aqui com aquele ranhoso como professor. – ela comentou baixinho.

Nesse momento a entrada na sala comunal da Grifinória se abriu e os gêmeos juntos com Harriet entraram.

— Eu disse que ela estaria aqui estudando. – Fred disse ao se aproximar e se sentar ao lado da Potter. – Você não se cansa de estudar?

— Não se isso significa ter o final de semana de folga. – a Potter retrucou sorrindo. – Perdi alguma coisa durante o jantar?

— Além da comida – Harriet lhe deu olhar de repreensão. –, nada. Você precisa comer, Sophie Lupin.

— Eu vou na cozinha antes do horário de recolher e como alguma coisa. – Sophie disse sorrindo para a amiga. – Prometo que não vou passar fome.

— Você sabe onde a cozinha fica?! – Jorge exclamou surpreso para a ruiva. – Você nunca nos contou.

— Vocês nunca perguntaram. – retrucou ela revirando os olhos. – Re... Meu pai me ensinou o caminho para chegar lá.

— Cara, seu pai deve ter sido incrível nessa escola. – comentou Fred admirado.

— Sim, sim ele era. – sussurrou Sophie sorrindo carinhosamente para a imagem que surgiu em sua mente de seu pai andando por Hogwarts.

Por fim, Sophie realmente ficou com fome uma hora depois dos amigos se juntarem a ela em sua lição. Então após guardar tudo que tinha feito até aquele momento, ela partiu para o caminho que ficava a cozinha da escola com seus amigos curiosos logo atrás dela. Após passarem pelo quadro da fruteira de prata, eles entraram na cozinha e os três amigos atrás dela exclamaram em surpresa.

O aposento em que entraram era amplo e com um teto alto e grande, tal como o do Salão Principal, repleto de tachos e panelas de latão empilhados ao redor das paredes de pedra, um grande fogão de tijolos no extremo oposto. Era a maior cozinha que ela já tinha visto e sem dúvida a mais bela.

— Oh! Elfos! – Harriet exclamou animada ao ver os pequenos elfos domésticos andando pela cozinha. – Tão fofos!

Sophie concordou sorrindo. Uma elfa se aproximou deles, pequenina com uma roupa amarela suja e olhos grandes verdes vivos.

— Olá, meus senhores! – disse a pequena elfa. – No que Laila pode ajudá-los?

— Laila, oi – Sophie começou gentilmente. –, meu nome é Sophie. E eu pulei o jantar para estudar e agora estou com fome. Você pode encontrar algo para eu comer? Nada muito pesado, por favor.

— Claro minha senhora! – Laila acenou animada. – Por favor, venha com Laila, minha senhora, e seus amigos também, claro meus senhores.

Assim, não muito tempo depois, Laila junto com outro elfo fizeram uma sopa para a Potter. Elas e os amigos se sentaram em uma mesa que ficava no canto direito da cozinha, e enquanto ela comia a sopa, os três comiam os docinhos que os elfos lhe ofereciam.

— Laila, sente-se conosco também? - Sophie pediu sorrindo. – Acredito que não são muitos alunos que passam por aqui, né?

— Alguns encontram sem querer, minha senhora. – respondeu a elfa. – Quem mais nos visita mesmo é o senhor David.

— E quem é esse? Um professor? – Jorge perguntou com a boca meio cheia de bolinho.

— Ah não, meu senhor Jorge, o senhor David é um aluno também. – Laila respondeu abrindo um sorriso. – O senhor David é um moço muito gentil que está sempre nos elogiando e nos abraçando.

— O senhor David é um grande bruxo assim como o diretor Dumbledore. – outro elfo disse de repente.

— Ele parece ser alguém realmente incrível. – disse Harriet encantada.

— Sim, minha senhora Harriet, o senhor David é. – disse outra elfa.

— De que ano vocês são, meus senhores? – Laila perguntou.

— Ah este é o nosso primeiro ano. – disse Sophie ao terminar a sopa. – O meu pai vinha muito para a cozinha quando estudava aqui e ele me ensinou como chegar.

Quanto mais eles conversavam com os elfos, eles perdiam a noção do tempo, e só tomaram conhecimento quando os quatro bocejaram ao mesmo tempo.

— Acho que extrapolamos o horário, gente. – Harriet comentou preguiçosamente. – Quanto tempo estamos aqui?

— Uma hora e meia, minha senhora. – disse o elfo chamado Synk.

— E provavelmente estamos com problemas por conta do horário de recolher. – resmungou Sophie.

— Temos uma passagem por trás da cozinha, leva pelo corredor onde fica a sala do diretor Dumbledore. Quase não passa monitores por lá. – informou Laila. – Vão por aquele caminho, mas tomem cuidado ao chegar na escadaria.

— Você é um anjo, Laila! – Jorge exclamou sorrindo para a elfa que corou.

Sophie estava prestes a agradecer todos os elfos quando um se aproximou correndo.

— Filch está vindo! Vocês precisam ir agora!

Os quatro se entre olharam e sem mais esperar, correram atrás de Laila que os levaria para a passagem por trás da cozinha, ao chegar lá, eles agradeceram a elfa e prometeram sempre dar uma passada por lá quando possível. Com cuidado, porém rápidos, eles partiram pelo corredor até chegarem em uma estátua de uma enorme fênix.

— Laila falou que ninguém passa por aqui. – disse a Potter calma olhando para os lados. – Mas, vamos tomar cuidado, nunca se sabe.

Os três concordaram com ela. Prestes a continuar o caminho, Sophie olhou para o chão e parou. Ali, aos pés da estátua em forma de fênix estava um pergaminho em branco. Ela franziu a testa, ela estava sentindo que aquele pedaço de pergaminho era algo importante e então se abaixou e o pegou, olhando para ele mais de perto.

Uma ideia veio em sua mente mas não poderia ser.

— Remus disse que havia sido confiscado por Filch. – ela murmurou.

Ainda sim, ela não conseguiu evitar pegar a varinha em seu bolso, a varinha que havia sido de seu pai e tocar a ponta naquele pergaminho velho.

— Eu juro solenemente não fazer nada de bom.

O sorriso surgiu enorme em seu rosto quando o pergaminho começou a ganhar linhas de tintas muito finas se espalhando por todo ele. Convergiram, se cruzaram, se abriram como um leque para os quatro cantos do pergaminho e em seguida, no alto, começaram a aflorar palavras, grandes e floreadas, verdes, que diziam:

 

Os senhores, Moony, Wormtail, Padfoot e Prongs, fornecedores de recursos para bruxos malfeitores, tem a honra de apresentar

 

 

O MAPA DO MAROTO

 

 

— Oi papai. – ela murmurou sentindo o peito apertar agora que segurava a jóia de seu pai.

 

 

— Sophie! – Jorge resmungou ficando ao lado dela. – Imagine nossa surpresa quando olhamos pra trás e você tinha sumido! Vamos logo, ou seremos pegos e... O que é isso?

 

 

Sophie, que enquanto o amigo falava, procurou por seus nomes e encontrou, olhou para ele com os olhos brilhando em marotagem.

 

 

— Isso, meu querido amigo, é a nossa passagem tranquila para a sala comunal. – disse ela. – Vamos lá, explico o que é depois.

 

 

Assim, com bastante cuidado e olhando o mapa o tempo inteiro, eles todos chegaram na sala comunal da Grifinória que já estava completamente vazia.

 

 

— Muito bem, agora nos diga o que é isso! – implorou Jorge olhando animado para o mapa na mão dela.

 

 

— Certo, bem, isto é o Mapa do Maroto. – ela começou. – Um mapa que mostra toda Hogwarts e todos os alunos e professores, onde cada um está, e também onde fica as passagens para vários lugares neste castelo.

 

 

— Isso é incrível! – Fred exclamou com os olhos arregalados. – O tanto de coisas que poderíamos fazer com esse mapa!

 

 

— Você conhece quem fez esse mapa? – perguntou Harriet para a amiga.

 

 

— Sim. – Sophie estufou o peito orgulhosa. – Meu pai foi quem teve a ideia do mapa e junto com outros três amigos, eles fizeram ele.

 

 

— Certo, o seu pai é a melhor pessoa deste mundo inteiro. – disse Jorge. – E os amigos dele também, irei até me ajoelhar aos pés deles se um dia os encontrar.

 

 

Sophie riu e voltou a olhar para o mapa com carinho.

 

 

— Ele fica assim mesmo? – perguntou Fred olhando para o mapa também.

 

 

— Não. – respondeu a ruiva. – Quando terminar de usar, devemos dizer: – ela apontou a varinha para o pergaminho. – malfeito feito.

 

 

E assim o mapa foi voltando a ficar branco.

 

 

— Assim qualquer um não vai poder ler. – ela disse sorrindo para os três.

 

 

Após se despedirem, os gêmeos foram para o dormitório dos meninos e Sophie e Harriet para o das meninas. Elas pegaram o colchão extra que ficava no canto do quarto, em silêncio para não acordar as outras meninas e após dizerem "boa noite", elas se deitaram.

 

 

Harriet dormiu assim que a cabeça bateu no travesseiro, mas Sophie ficou acordada ainda segurando o mapa. Seus amigos não haviam visto, mas o nome dela no mapa estava escrito “Sophie Potter”, e não “Lupin”. O que significava que na próxima vez que usassem o mapa, eles veriam seu verdadeiro nome. Mas, não era assim que ela queria que eles descobrissem, ela mesmo queria dizer para eles.

 

 

Aqueles três eram ótimos amigos desde do momento em que pegaram o trem juntos. Ela sentia que eles eram confiáveis e não contariam para ninguém sobre esse segredo. Por isso, ela realmente queria falar para eles.

 

 

Mas, primeiro ela perguntaria para Remus. Amanhã mesmo ela mandaria uma carta para ele explicando toda a situação para o padrinho e se a resposta dele fosse que ela poderia dizer a verdade aos amigos, então ela contaria e explicaria.

 

 

Acenando para o escuro do quarto, ela colocou o mapa de baixo do travesseiro e dormiu sonhando com seu pai e mãe sorrindo para ela.

 

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Foi naquela noite das bruxas de 1989, que Sophie entendeu o porque de não ter se dado bem com nenhum bichinho no Beco Diagonal. O Universo tinha um felino muito melhor e maior esperando por ela, o animal mais fiel e mais protetor que poderia existir para ela.

 

 

Eles estavam todos no Salão Principal, comemorando aquela data, todo o lugar estava bem decorado assim como a comida seguia o tema de forma magnífica. Mais uma vez, Sophie se encontrava olhando para o rapaz de olhos castanhos e rindo baixo das mímicas dele. De vez em quando ela também fazia mímicas zombando de Snape e ele entendia e ria fazendo caretas na direção do professor que nem olhava para eles.

 

 

— Quando você vai falar com ele? – Jorge perguntou ao lado dela após ela ter rido de outra mímica dele.

 

 

— Não sei, por enquanto, ficar assim é divertido. – ela respondeu dando de ombros.

 

 

Jorge, Fred e Harriet já sabiam a verdade sobre o nome dela. Remus havia retornado a carta alguns dias depois dela ter enviado a pergunta e a informação de que havia encontrado o mapa. Ele havia dito que, se ela confiava realmente neles, então ele também confiava e que ela podia contar para os três, mas que eles continuassem mantendo o segredo das outras pessoas.

 

 

Felizmente para ela, os três entenderem quando ela explicou sobre ser irmã do garoto que havia derrotado Voldemort e sobre Dumbledore ter pedido sigilo sobre isso. Claro, eles tiveram várias perguntas para ela, sobre como seria quando Harry fosse estudar em Hogwarts e se ela contaria para o garoto sobre ser irmã dele quando se conhecesse. Ela não soube como responder e eles entenderam. Mas, ela ainda estava esperando que pudesse conversar com Dumbledore sobre o assunto em algum momento antes de Harry entrar na escola.

 

 

— Então, é isso? Vocês vão ficar só se olhando? – perguntou o Weasley fazendo careta. – É assim que os jovens flertam nos dias de hoje?

 

 

— Como isso pode ser flertar, Jorge Weasley? – perguntou Sophie confusa. – E não, isso não é flertar. Isso é duas pessoas rindo por serem idiotas.

 

 

— Se você está dizendo... – ele riu. – Mas ainda acho que você deveria pelo menos saber o nome dele.

 

 

Sophie ficou em silêncio enquanto Jorge voltava a conversar com Lee Jordan junto de Fred. Quando ela olhou de volta para o rapaz de olhos castanhos, os olhos dele olhavam para ela com preocupação. Ela sorriu e balançou a cabeça para ele, querendo dizer para não se preocupar, tentando transmitir o máximo que estava bem pelos olhos. Ele pareceu aceitar pois logo estava lhe enviando outro largo sorriso, qual ela retribuiu.

 

 

Eles teriam continuado naquela brincadeira se as portas do Salão Principal não tivessem sido abertas seguidas por um Filch correndo desesperado pelo corredor.

 

 

— ELE VOLTOU! AQUELA FERA VOLTOU!

 

 

Nesse momento, Sophie percebeu o que vinha logo atrás de Filch em velocidade. Seu coração acelerou ao ver um grande leão, com uma juba bastante linda e majestosa correndo e então pulando em cima do zelador, fazendo com que ele caísse ao chão, ficando de baixo do animal.

 

 

Sophie viu que os alunos do primeiro ano estavam assustados, mas o restante dos outros alunos dos outros anos pareciam calmos e até pareciam se divertir com aquela cena. Ela olhou para o rapaz de olhos castanhos e ele piscou para ela, e foi tudo o que precisava para se acalmar e assistir o que aconteceria a seguir.

 

 

O leão estava com o rosto bastante próximo do de Filch que estava de olhos fechados, e então, sem aviso, uma grande língua saiu da boca do animal e lambeu todo o rosto do zelador. Os alunos deram risadas e Sophie riu também ao ver a cara de nojo no rosto do homem.

 

 

O leão então passou por Filch e seguiu até a mesa dos professores.

 

 

— Carlinhos e Percy nunca nos falou sobre um leão em Hogwarts. – Fred comentou assistindo o leão.

 

 

Sophie não lhe deu atenção, muito focada no que aconteceria a seguir. O enorme leão ficou de pé, colocando as duas patas da frente na mesa e aproximando o rosto de Dumbledore. O diretor, sorrindo, bateu levemente na cabeça do animal, e assim que recebeu o carinho do diretor, ele se afastou da grande mesa e foi até a mesa da Lufa-Lufa. Para a surpresa de Sophie, ele parou em frente do rapaz de olhos castanhos.

 

 

Ele acariciou a juba do leão com bastante carinho e então aproximou o rosto do ouvido do felino, falando algo. Assim que se afastou, o leão também se afastou andando pelo salão, os outros alunos já haviam voltado a conversar e a comer, mas Sophie só conseguia assistir o leão dar a volta na mesa da Grifinória, indo para o lado em que ela estava sentada lentamente.

 

 

Ela olhou novamente para o rapaz e ele apenas sorriu mais largo.

 

 

— Ele está se aproximando da onde estamos. – comentou Jorge animado.

 

 

Quando Sophie se voltou para o leão e arregalou os olhos quando viu ele parado bem na frente dela. Ele era definitivamente maior do que ela, na verdade, ela tinha quase certeza que aquele leão era quase do tamanho de Hagrid de tão enorme que era. Ele estava olhando atentamente para ela, diretamente nos olhos dela com aqueles olhos da cor do mel, e Sophie não conseguia não olhar de volta para ele.

 

 

— Algo está acontecendo. – ela escutou Fred murmurar para Jorge.

 

 

— Acha que ele não gostou dela? – Jorge perguntou baixinho para o irmão.

 

 

Sophie então se lembrou dos bichinhos no Beco Diagonal e engoliu em seco. Sua mente começou a se preocupar quando o inesperado aconteceu. Ela não sabia o que esperar, mas com certeza não era aquilo.

 

 

O leão juntou o fucinho gelado dele com o nariz dela, ainda olhando diretamente em seus olhos, Sophie se sentiu protegida, muito protegida. Era um sentimento tão forte que ela não foi capaz de segurar o suspiro que saiu de seus lábios. O leão então se afastou, e, como se tivesse decidido algo sério, ele empurrou Olívio Wood, o goleiro do time de Quadribol da Grifinória, no chão se sentou ao lado dela.

 

 

Ela escutou os sussurros começarem:

 

 

— O leão gostou da Sophie.

 

 

— Ele nunca fez isso antes.

 

 

— Será que isso significa alguma coisa?

 

 

— Será que ela é parente de Godric Gryffindor? Diziam que ele também tinha um leão.

 

 

Sophie olhou para os gêmeos sem saber o que fazer, mas eles olhavam com admiração para ela. Ela então olhou para o rapaz de olhos castanhos que havia conseguido sorrir mais do que antes, mas dessa vez, seus olhos brilhavam para ela como se tivesse sido ela a colocar a lua e as estrelas no céu.

 

 

Ela olhou novamente para o leão e viu ele encarando uma tigela onde havia várias carnes. Sorrindo um pouco, ela pegou a tigela e colocou na frente dele. O leão olhou para ela e então lhe lambeu a bochecha antes de atacar as carnes.

 

 

Sophie riu e devagar, passou a mão na juba dele, lhe dando carinho enquanto ele comia.

 

 

— Você é lindo. - ela sussurrou.

 

 

Estava tão encantada com o leão ao seu lado que não notou quando todos os alunos pararam de conversar por causa de Dumbledore que havia saído de seu lugar e agora andava até onde ela e o animal estavam. Ela só percebeu a presença dele quando ele se ajoelhou ao lado dela.

 

 

— Parece, que meu convidado de honra te escolheu.

 

 

Sophie olhou surpresa para o diretor que a olhava com um sorriso gentil assim como seus olhos brilhavam em gentileza.

 

 

— E-eu?

 

 

— Sim, minha querida Sophie. – respondeu o diretor suavemente. – Ele nunca se sentou com os outros alunos aqui desde do momento em que chegou.

 

 

Sophie se sentiu mais surpresa ainda com a ideia de que, aquele enorme leão tenha escolhido ela.

 

 

— Mas... Me escolheu para o que? – Sophie perguntou voltando-se para o diretor confusa.

 

 

— Bem, apenas o tempo dira. – respondeu Dumbledore. – Mas, acredito que ele vai querer estar próximo de você de agora em diante. Estou certo? – virou-se para o leão que agora olhava para eles também.

 

 

O leão acentiu para Dumbledore e então olhou para Sophie.

 

 

— Por que eu? – Sophie perguntou para o leão, mesmo sabendo que ele não responderia.

 

 

— Talvez, Srta. Lupin, seja você porque ele sentiu algo em você. – Dumbledore disse sorrindo. – Você é muito especial.

 

 

Sophie sentiu as bochechas esquentarem.

 

 

— Ele tem um nome? – ela perguntou para o diretor.

 

 

— Não. – foi a resposta do diretor. – Fique a vontade para escolher um para ele.

 

 

Sophie voltou a acariciar a juba daquele belo leão, olhando carinhosamente para ele. Ela sorriu ao se lembrar de um livro que Remus havia comprado para ela em que havia um leão, tão incrível quanto este ao seu lado.

 

 

— Aslan. – ela disse olhando para o animal. – O seu nome será Aslan. O que acha?

 

 

Aslan acenou para ela, seus olhos brilhavam.


— É um ótimo nome, minha querida. – Dumbledore disse sorrindo. – Mas, devo lhe lembrar, ele não poderá voltar com você para Londres. Aqui é mais seguro para ele do que uma grande cidade.

Sophie concordou prontamente.

— Obrigada senhor. – ela agradeceu sorrindo para o bruxo.

— Eu que agradeço, Sophie.

Ele piscou marotamente para ela e se levantou, se afastando de volta para a mesa principal. E assim, os outros alunos voltaram a sussurrar sobre o que havia acabado de acontecer. Sophie podia ouvir os gêmeos se gabando dizendo aos outros que ela era amiga deles, tinha quase certeza que Harriet estava fazendo o mesmo. Ela olhou para o rapaz de olhos castanhos que sorria cheio de carinho para ela e ela sorriu de volta para ele, lhe dando um leve aceno de cabeça antes de se voltar para Aslan.

— Quero que saiba, que é uma honra. – ela sussurrou apenas para o leão. – É uma honra você ter me escolhido, Aslan.


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