TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 39
Capítulo 39 — O Ataque Duplo




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“Deixe eu lhe mostrar.”

Harry parou por uma fração de segundo e em seguida escreveu duas letras:

“OK.”

As páginas do diário começaram a virar como se tivessem sido apanhadas por um vendaval e pararam na metade do mês de junho. Boquiaberto, Harry viu que o quadradinho correspondente ao dia treze de junho parecia ter-se transformado numa telinha de televisão.

Com as mãos ligeiramente trêmulas, ele ergueu o livro para encostar o olho na janelinha e antes que entendesse o que estava acontecendo, viu-se inclinando para a frente; a janela foi se alargando, ele sentiu o corpo abandonar a cama e mergulhar de cabeça na abertura da página, num rodamoinho de cores e sombras.

Depois, sentiu o pé bater em chão firme e ficou parado, trêmulo, e as formas borradas à sua volta entraram de repente em foco. Soube imediatamente onde se achava. Essa sala circular com os retratos que cochilavam era o escritório de Dumbledore – mas não era Dumbledore quem se sentava à escrivaninha. Um bruxo mirrado e frágil, careca, exceto por alguns fiapos de cabelos brancos, lia uma carta à luz da vela. Harry nunca vira esse homem antes.

— Sinto muito – disse, trêmulo –, não tive intenção de entrar assim...

Mas o bruxo não ergueu a cabeça.

Continuou a ler, franzindo ligeiramente a testa. Harry se aproximou mais da escrivaninha e gaguejou:

— Hum... vou me retirar, posso?

O bruxo continuou a não lhe dar atenção. Nem parecia tê-lo ouvido. Achando que o bruxo talvez fosse surdo, Harry falou mais alto.

— Sinto muito se o incomodei. Vou-me embora agora – falou quase gritando.

O bruxo dobrou a carta com um suspiro, levantou-se, passou por Harry sem olhá-lo e foi abrir as cortinas da janela. O céu lá fora estava cor de rubi; parecia ser o pôr do sol. O bruxo voltou à escrivaninha, sentou-se e ficou girando os polegares, de olho na porta. Harry correu o olhar pela sala. Não havia Fawkes, a fênix – nem mecanismos barulhentos de prata. Era a Hogwarts que Riddle conhecera, o que significava que este bruxo desconhecido era o diretor em vez de Dumbledore, e que ele, Harry, era pouco mais do que um fantasma, completamente invisível às pessoas de cinquenta anos atrás.

Alguém bateu à porta da sala.

— Entre – disse o velho bruxo com a voz fraca.

Um menino de uns dezesseis anos entrou tirando o chapéu cônico. Um distintivo de monitor brilhava em seu peito. Ele era mais alto do que Harry, mas seus cabelos também eram muito negros.

— Ah, Riddle! – exclamou o diretor.

— O senhor queria me ver, Prof. Dippet – disse o garoto, que parecia nervoso.

— Sente-se – convidou Dippet. – Acabei de ler a carta que você me mandou.

— Ah – disse Riddle, e se sentou apertando as mãos com força.

— Meu caro rapaz – disse Dippet bondosamente. – Não posso deixá-lo permanecer na escola durante o verão. Com certeza você quer ir para a casa passar as férias?

— Não – respondeu Riddle na mesma hora. – Preferia continuar em Hogwarts do que voltar para aquele... aquele...

— Você mora num orfanato de trouxas nas férias, não é? – perguntou Dippet, curioso.

— Moro, sim, senhor – respondeu Riddle, corando ligeiramente.

— Você nasceu trouxa?

— Mestiço. Pai trouxa e mãe bruxa.

— E seus pais...

— Minha mãe morreu logo depois que eu nasci. Me disseram no orfanato que ela só viveu o tempo suficiente para me dar um nome... Tom, em homenagem ao meu pai, Servolo, ao meu avô.

Dippet deu um muxoxo de simpatia.

— O problema é, Tom – suspirou ele –, que talvez pudéssemos tomar providências para acomodá-lo, mas nas atuais circunstâncias...

— O senhor se refere aos ataques? – perguntou Riddle, e o coração de Harry deu um salto, ao que ele se aproximou mais, com medo de perder alguma palavra.

— Precisamente – disse o diretor. – Meu rapaz, você deve entender que seria muito insensato de minha parte permitir que você permaneça no castelo quando terminar o ano letivo. Principalmente à luz da recente tragédia... a morte daquela pobre menininha...Você estará muito mais seguro no seu orfanato. Aliás, o Ministério da Magia está neste momento falando em fechar a escola. Não estamos nem perto de identificar a... hum... fonte de todos esses contratempos...

Os olhos de Riddle se arregalaram.

— Diretor, se a pessoa fosse apanhada, se tudo isso acabasse...

— Que quer dizer? – perguntou Duppet esganiçando a voz e aprumando-se na cadeira. – Riddle, você está me dizendo que sabe alguma coisa sobre esses ataques?

— Não, senhor – respondeu Riddle depressa.

Mas Harry teve certeza de que era o mesmo tipo de “não” que ele próprio dissera a Dumbledore.

Dippet se recostou parecendo ligeiramente desapontado.

— Pode ir, Tom...

Riddle se levantou escorregando para fora da cadeira e saiu acabrunhado da sala. Harry acompanhou-o.

Eles desceram pela escada em caracol e saíram ao lado da gárgula no corredor que escurecia. Riddle parou, e Harry fez o mesmo, observando-o. Era visível que Riddle estava pensando em coisas sérias. Mordia o lábio e franzia a testa. Então, como se tivesse repentinamente chegado a uma decisão, afastou-se depressa, e Harry deslizou silenciosamente atrás dele. Não viram mais ninguém até chegarem ao saguão de entrada, onde um bruxo alto, com barba e longos cabelos acajus que cascateavam pelos seus ombros, chamou Riddle da escadaria de mármore.

— Que é que você está fazendo, andando por aí tão tarde, Tom?

Harry boquiabriu-se ao ver o bruxo. Não era outro se não Dumbledore, cinquenta anos mais novo.

— Tive que ir ver o diretor.

— Então vá logo para a cama – disse Dumbledore, fixando em Riddle exatamente o tipo de olhar penetrante que Harry conhecia tão bem. – É melhor não perambular pelos corredores hoje em dia. Não desde que...

Ele soltou um pesado suspiro, desejou boa noite a Riddle e foi-se embora. Riddle observou-o desaparecer de vista e então, andando depressa, rumou direto para a escada de pedra que levava às masmorras, com Harry nos seus calcanhares.

Mas para desapontamento de Harry, Riddle não o levou nem a um corredor oculto nem a um túnel secreto, mas à mesmíssima masmorra em que Harry tinha aula de Poções com Snape. Os archotes não tinham sido acesos e, quando Riddle empurrou a porta quase fechada, Harry só conseguiu distinguir que ele parara imóvel à porta, vigiando o corredor.

Pareceu a Harry que ficaram ali no mínimo uma hora. Só o que ele via era o vulto de Riddle à porta, espiando pela fresta, esperando como uma estátua. E quando Harry esqueceu a ansiedade e a tensão e começou a desejar voltar ao presente, ouviu alguma coisa do lado de fora da porta.

Alguém estava andando sorrateiramente pelo corredor. Ouviu esse alguém passar pela masmorra em que ele e Riddle estavam escondidos. Riddle, silencioso como uma sombra, esgueirou-se pela porta e seguiu a pessoa, Harry acompanhou-o nas pontas dos pés, esquecido de que ninguém podia ouvi-lo.

Por uns cinco minutos, talvez, os dois seguiram as pegadas, até que Riddle parou subitamente, a cabeça inclinada, atento a novos ruídos. Harry ouviu uma porta se abrir com um rangido, e alguém falar num sussurro rouco.

— Vamos... preciso sair daqui... Vamos logo... para a caixa...

Havia alguma coisa familiar naquela voz...

De um salto Riddle contornou um canto. Harry foi atrás. Via a silhueta escura de um garoto enorme, agachado diante de uma porta aberta, com uma grande caixa ao lado.

— Noite, Rúbeo – disse Riddle rispidamente.

O garoto bateu a porta e se levantou.

— Que é que você está fazendo aqui em baixo, Tom?

Riddle se aproximou.

— Acabou – disse. – Vou ter que entregá-lo, Rúbeo. Estão falando em fechar Hogwarts se os ataques não pararem.

— Que é que...

— Acho que você não teve intenção de matar ninguém. Mas monstros não são bichinhos de estimação. Imagino que você o tenha soltado para fazer exercício e...

— Ele nunca mataria ninguém! – disse o garotão, recuando contra a porta fechada. Atrás dele, Harry podia ouvir uns rumores e uns cliques esquisitos.

— Vamos, Rúbeo – falou Riddle, aproximando-se ainda mais. – Os pais da garota morta estarão aqui amanhã. O mínimo que Hogwarts pode fazer é garantir que a coisa que matou a filha deles seja abatida...

— Não foi ele! – rugiu o garoto, a voz ecoando no corredor escuro. – Ele não faria isso! Nunca!

— Afaste-se – disse Riddle, puxando a varinha.

Seu feitiço iluminou repentinamente o corredor com uma luz flamejante. A porta atrás do garotão se escancarou com tal força que o empurrou contra a parede oposta. E pelo vão saiu uma coisa que fez Harry soltar um grito comprido e penetrante que ninguém ouviu...

Um corpanzil baixo e peludo e um emaranhado de pernas pretas; um brilho de muitos olhos e um par de pinças afiadíssimas – Riddle tornou a erguer a varinha, mas demorou demais. A coisa derrubou-o e fugiu, desembestou pelo corredor e desapareceu de vista. Riddle levantou-se correndo, procurando a coisa; ergueu a varinha, mas o garotão pulou em cima dele, tirou-lhe a varinha e o derrubou de novo no chão gritando:

“NÃÃÃÃÃÃÃO!”

A cena girou, a escuridão foi total; Harry sentiu-se caindo e, com um baque, aterrissou de braços e pernas abertas em sua cama de colunas no dormitório da Grifinória, com o diário de Riddle aberto sobre a barriga.

Antes que tivesse tempo de recuperar o fôlego, a porta do dormitório se abriu e Rony e Mione entraram.

— Ah, é aqui que você está! – disse Rony.

Harry se sentou. Estava suado e trêmulo.

— Que aconteceu? – perguntou Hermione, olhando-o preocupada.

— Foi Hagrid. Hagrid abriu a porta da Câmara Secreta há cinquenta anos. – disse Harry com os olhos arregalados olhando para os amigos e para o diário.

 

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Sophie andou e andou. Ela estava realmente se sentindo mais livre e feliz com a conclusão daquele relacionamento estranho com Fred. E mesmo sabendo que ele poderia estar bravo e provavelmente demoraria a retornar a falar com ela novamente, bem, ela não podia fazer nada a não ser esperar. O Weasley trouxe isso para eles mesmo ao dizer para ela tirar a corrente que David havia lhe dado para colocar uma cópia barata no lugar.

— Acho que estou entendendo as coisas um pouco melhor, Aslan. – disse ela pensativa, nem prestando atenção no caminho que seguia. – Mas ainda estou um tanto confusa.

Realmente não foi uma surpresa ela quando parou em frente a passagem que levaria para a sala de Dumbledore. Ela sentia que uma conversa com o amigo diretor faria muito bem para aquele momento. Suspirando, ela disse a senha e começou a subir a escada caracol, Aslan logo atrás dela.

Ela bateu na porta e esperou nem um minuto antes da resposta:

— Entre.

Ela abriu a porta e entrou, lá ela avistou o diretor sentado atrás de sua mesa tomando chá e um livro deitado sobre a mesa. Ele olhou para ela e abriu um sorriso cheio de gentileza assim como o brilho de seus olhos.

— Atrapalho? – ela perguntou sorrindo para ele também.

— De forma alguma, minha amiga. – ele respondeu acenando para ela se aproximar. – Venha, é um prazer ter companhia em uma noite tão adorável.

E assim ela fez, se sentando de frente para ele. Aslan deitou-se sob seus pés e Dumbledore lhe preparou uma xícara de chá.

— Obrigada. – ela disse ao pegar a xícara lhe oferecida.

— Então – começou o diretor levemente. –, o que lhe trás aqui hoje? Dia dos namorados, você não deveria estar com o seu... namorado?

Sophie parou o ato de beber o chá para encarar o rosto do diretor, e se aquele brilho nos olhos dele fosse alguma indicação então ela já sabia que aquele velho atrevido já sabia que ela não estava mais namorando.

— Como você já sabe?! – ela questionou incrédula para ele.

Dumbledore riu baixinho.

— Dedução, minha cara – ele respondeu. – Nunca coloquei minha fé em seu namoro com Fred Weasley como demonstrei no começo do ano letivo, e já tinha visto o quão desconfortável você estava ao lado dele. E hoje, um dia para se estar ao lado do namorado ou amante, aqui está você.

— Vejo que o livro do Sherlock Holmes que dei neste Natal foi útil. – comentou a Potter sorrindo irônica para o amigo. – De qualquer forma, parabéns está certo. Terminei com ele um tempo atrás. Mas ele que praticamente pediu por isso!

— Acredito em você.

— Esse negócio de namorar também é tão estranho – continuou Sophie fazendo careta. –, pelo menos para mim. Mas... Bem, levando em conta o que Charles me contou, foi estranho por eu não ter sentimentos românticos por Fred.

— Exato.

— Ainda assim – continuou. –, me sinto muito jovem para esse tipo de coisa. Entendo que temos que experimentar para aprender... Mas se eu aprendi alguma coisa nisso tudo é que ainda não estou pronta para experimentar.

Ela então parou e franziu a testa, olhando para o chá, ela disse baixinho o que a estava incomodando de fato:

— Será que algum dia eu vou estar pronta? – ela perguntou olhando para o diretor. – Me sentir atraída por alguém... Me apaixonar por alguém ao ponto de querer ficar ao lado dela o tempo todo? Uma vida com ela?

— Isso te preocupa? – perguntou o diretor gentilmente.

— Um pouco... Sim. – ela concordou. – Como você saber quem é essa pessoa?

— Sophie, minha querida amiga – falou o diretor balançando a cabeça gentilmente. –, só você pode responder essa última pergunta. E só saberá respondê-la quando estiver em frente a essa pessoa. Mas, se me permite, posso lhe contar uma pequena história que realmente aconteceu? Acredito que ira ajudá-la.

— Por favor. – ela concordou com um suspiro.

— Havia este jovem bruxo, um rapaz inteligente, o primeiro de sua classe em Hogwarts eu diria – começou Dumbledore. – Ele tinha muitas idéias sobre muitas coisas, e se sentia poderoso mais que os outros por ser tão inteligente como era. Este rapaz, vamos chamá-lo de Wunfric, este rapaz não tinha muitos amigos em Hogwarts. Era deslocado por ser muito inteligente, boa parte da escola não ia muito com a cara dele por isso e ele próprio não ia com a cara da escola.
“Estranhamente, enquanto os outros alunos preferia Hogwarts, Wunfric preferia as férias. E o motivo por sua preferência, era o seu vizinho, um belo rapaz tão inteligente quanto Wunfric e tão perspicaz e forte também. Vamos chamar este outro rapaz de Gellert.
“Veja, juntos eles eram os dois bruxos mais talentosos daquela época, e por ambos saberem disso, ambos se sentiam poderosos, sentiam que poderiam comandar o mundo. Além de um preconceito terrível que os dois carregavam em seus corações pelos trouxas. Mas veja, enquanto Wunfric tinha um motivo pesaroso em seu coração para tal preconceito, Gellert não tinha nenhum motivo a não ser... O poder.”

“Mas algo começou a se aflorar no peito do jovem Wunfric, a cada tempo em que passava ao lado de Gellert, mais ele se via atraído por ele. Chegou ao ponto em que estar na presença do outro bruxo seria a maior alegria de seu dia e ir para Hogwarts onde estaria longe dele seria como um pesadelo. Mas Wunfric nunca havia se sentido daquela forma antes, não sabia dizer o que era aquilo. Aquela emoção toda vez que via Gellert.”

“Gellert sabia o que era, pois ele sentia o mesmo. Não com tanta intensidade quanto Wunfric, mas sentia atração por ele sim. Sendo assim, você pode imaginar quem foi o primeiro a agir de acordo com o que sentia, não? Sim, Gellert. Gellert deu a ideia do relacionamento, com promessas de um amante sobre um futuro glorioso onde eles dominariam o mundo bruxo e trouxa. E Wunfric, jovem, cheio de raiva em seu coração, idiota, e ingênuo acreditou naquelas palavras.”

“Acontece é que, aquele relacionamento só realmente surgiu, não porquê ambos estavam atraídos pela aparência do outro, ou mesmo pelo coração um do outro. Não tinha nem mesmo nada haver com a amizade que tinham. A verdade era que estavam atraídos pelo poder um do outro, pela maldade e o desejo da dominação. Um mais que o outro. Pois em algum momento na história deles, durante o caminho, Wunfric começou a perceber mais que poder em Gellert enquanto o próprio Gellert só conseguia enxergar a luxúria do poder.”

Dumbledore parou e olhou para a própria carinha que estava deitada na mesa, o brilho em seus olhos estava um tanto apagado naquele momento. Mas ele continuou:

— No fim, aquela relação estava destinada a um final. – disse ele voltando a olhar para Sophie. – Em um momento os dois estavam juntos e no outro cada um partiu para um lado e quando voltaram a se encontrar foi para lutarem um contra o outro em um duelo horrível. A luxúria e ganância de Gellert pelo poder se tornou maior e maior, ele era perigoso, se tornou assassino e cruel. Enquanto Wunfric lamentou o caminho que estava levando ao lado dele e o que isso causou em sua vida foi algo irreversível, a raiva em seu coração se apagou e ele cresceu para aprender os seus erros um por um.
“Mesmo com Wunfric não querendo lutar contra Gellert, ele sabia que era o único capaz, o único que tinha alguma chance de perar o antigo amante, seu antigo romance. E assim aconteceu. E ele venceu, de alguma forma que nunca descobriu, ele foi capaz de acabar com aquela parte da sua vida, o ponto final.”

Sophie suspirou ao fim da história e Dumbledore bebeu mais chá.

— Eles eram muito parecidos. – comentou ela, mordendo a parte inferior dos lábios. – Digo, no começo. Foi isso que eles se apaixonaram por, a similaridade um com o outro, serem iguais.

— Sim. – concordou Dumbledore. – Mas mais do que isso, não havia preocupação real um pelo o outro. Não havia sentimento de proteção um pelo outro, de querer ajudar e querer mostrar o caminho certo. Como poderia? Ambos só viam o caminho do poder antes de Wunfric sofrer por sua escolha.

— Gellert sabia? – Sophie perguntou. – Sabia que Wunfric estava no meio daquilo apenas porque passou por algo ruim com os trouxas?

— Sabia.

— E ainda sim ele escolheu deixar aquela raiva no coração de Wunfric ficar ao invés de tirá-la dele. – disse Sophie. – Ele nunca realmente amou Wunfric! – exclamou ela irritada.

— E o que te faz dizer isso? – perguntou Dumbledore com a sobrancelha levantada.

— Quando se ama alguém, amizade ou namoro, você não o deixa ser levado pela raiva, não deixa que algo ruim cresça dentro do coração do outro. – disse ela com força. – Para evitar uma guerra você faz de tudo, mesmo que isso signifique deixar aquele que você ama se sentindo traído.

— Está fazendo referência a O Hobbit novamente?

— Sim e eu mantenho o meu ponto aqui! – ela disse cruzando os braços. – Gellert e Wunfric eram iguais no começo e por isso a atração aconteceu, mas foi só eles mudarem, foi Wunfric mudar e ser alguém melhor que Gellert o deixou. Não era amor, ou paixão... Era... Parceria de negócios que se tornou com benefícios.

Dumbledore ficou encarando ela por um tempo e então riu, uma risada genuína e feliz como ela tivesse acabado de contar uma piada bem engraçada.

— Você, Sophie Potter, é maravilhosa. – elogiou o diretor agora com um sorriso largo no rosto. – De fato, você tem razão. Dois jovens e idiotas que não sabiam nada do mundo.

Sophie concordou firmemente mas então parou.

— Mas... Por que você me contou esta história? – ela perguntou curiosa.

Dumbledore levantou a sobrancelha esquerda para ela.

— Wunfric acreditava que o relacionamento com Gellert era o certo por serem iguais e ser algo “seguro”. Te lembra alguém?

— Não eu... – Sophie parou de falar.

“Mas, outra parte dela, acreditava que talvez fosse o certo. Que aquilo era apenas nervosismo da situação e que ela e Fred eram algo seguro para se seguir e que daria certo por sua amizade.”

Ela havia pensado aquilo no dia seguinte ao pedido de namoro de Fred.

“— Você é uma garota crescida, Sophie Potter. – disse ela para o espelho. – O primeiro beijo nunca é bom, nunca, nunca. Você namora ele, ele é um garoto legal. Você só precisa se acostumar com a ideia de namoro. Apenas isso.”

Havia dito aquilo a si mesma após o beijo no banheiro do trem.

“— Mas e se for apenas a estranheza da situação? – Sophie perguntou olhando para eles. – Eu e ele somos amigos desde do primeiro trem, talvez eu esteja apenas me acostumando com isso tudo.

— Sophie... – Teresa começou.

— Não, gente, sério, talvez seja o certo. Quero dizer, ele é seguro para um namoro, eu o conheço... Quem sabe, no final da tudo certo. – ela disse sorrindo fraco.”

— Oh Deus... – ela disse com os olhos arregalados. – Eu sou você!

— Perdão? – perguntou Dumbledore.

— Não... Você não... Wunfric... Claro que o Wunfric, não to querendo dizer que você é o Wunfric só porque o seu nome é Albus Percival Wunfric Brian Dumbledore...

Dumbledore tornou a rir, balançava a cabeça enquanto olhava para ela.

— Não fui muito sútil, fui?

— Não, desculpe. – ela respondeu sorrindo. – De qualquer forma, eu sou Wunfric... Eu fiquei dizendo a mim mesma que era o certo por ele ser seguro por eu conhecê-lo, por sermos parecidos e tudo isso.

— Exato. – concordou Dumbledore. – Eu te contei esta história para você entender o seu erro também. Enquanto Fred decidiu fingir ser cego para o seu desconforto, você se forçou a aceitar algo que sabia não estar certo apenas pelo conforto da situação. Por ele ser alguém que você conhecia e seu igual.

— Entendo agora. – disse Sophie concordando com a cabeça. – Eu ignorei o que estava sentindo novamente, assim como no ano passado com a minha dor.

— Sim. – concordou Dumbledore novamente. – Pare de ter medo dos seus sentimentos, Sophie. Aceite-os por completo, os entenda. Eles são parte de você, eles são o que fazem você ser quem você foi ontem, é agora e será no futuro. E para ser alguém melhor e mais sabia, você precisa se conhecer e não ter medo por isso.
“Se apaixonar por alguém tem haver com o mistério, tem haver com se encantar todo dia por aquela pessoa ao descobrir algo novo dela a cada passo. Era o que eu não sabia na época, e era o que você não sabia até agora.”

— Somos uma bagunça, não somos senhor? – ela perguntou para ele com um sorriso pequeno e tímido.

— Isso nós somos, minha amiga – concordou Dumbledore também sorrindo. – Por isso somos tão legais. – piscou para ela.

Após aquele assunto, eles conversaram sobre livros e passatempos, como bons amigos batendo papo após um longo dia de trabalho.

— É um alívio os ataques terem parado. – comentou Sophie. – Mas ainda sinto que ainda não acabou.

— Assim como eu também sinto, Sophie. – disse Dumbledore. – O meu maior medo em relação a este monstro ainda não aconteceu pelo menos, e isso é um alívio.

— Que seria?

— Até agora as vítimas só foram petrificadas. Ninguém morreu.

E Sophie teve que concordar, aquilo era um alívio.

Enfim, os dois conversaram mais um pouco e então se despediram para a noite. Sophie infinitamente menos confusa sobre a questão romance do que estava quando entrou para falar com Dumbledore.

Ela estava pronta para descansar mas assim que desceu as escadas para o corredor levou um baita susto.

— VOCÊS TERMINARAM!! – gritou Jorge puxando Sophie para um abraço apertado e uma risada alegre solta.

Sophie estava se recuperando do susto quando observou que todos do grupo estavam ali com largos sorrisos no rostos – menos, obviamente, Fred.

— Como vocês...

— A gente viu você deixando os gramados sem o Fred... – disse Castiel apontando para Dean, Charles e Erik.

— E vimos Fred irritado sair de volta para o outro lado do castelo. – continuou Charles.

— Ele foi direto para o dormitório, onde eu, Patrick, Harriet e Teresa estávamos. – continuou Jorge.

— E ele contou o que você falou e sobre o término. – disse Teresa sorrindo. – Então se enfiou embaixo dos edredons da cama e disse que ia dormir.

— Após eu dizer um alto e claro: EU AVISEI para ele – continuou Jorge. –, peguei o mapa e saímos correndo de procurar.

— Encontramos os quatro – Patrick apontou para Charles, Erik, Dean e Castiel. – e estamos te esperando aqui já faz uns minutos.

— É bem, o sonho de vocês se realizou – disse Sophie revirando os olhos para os amigos. – Menos o seu, Harriet.

— Nah – descordou a loira sorrindo. –, Teresa e Castiel me falaram o que eu não estava vendo. E o quão errado era. Estou feliz que acabou. – ela então puxou a Potter para um abraço. – Me desculpe não ter feito nada para ajudar.

— Não precisa pedir desculpa, borboleta – Sophie disse carinhosamente. – Tá tudo bem.

— Finalmente cumpriu a aposta, Potter. – cantarolou Dean maroto. – Tomou juízo.

Sophie deu um soco no braço do Winchester que riu. Assim eles começaram a andar.

— O que ele disse? – Erik perguntou após todos começarem a andar para longe da sala de Dumbledore. – Para causar o fim dessa bobagem?

Sophie olhou para Jorge que também parecia curioso.

— Ele não contou? – ela perguntou.

— Só disse que você não aceitou o presente dele e terminou. – respondeu o Weasley.

Sophie suspirou.

— Ele fez o que você tinha me avisado que ele faria. – disse Sophie por fim. – Ele queria que eu tirasse a corrente que David me deu para colocar a dele no lugar.

Todos começaram a protestar irritado e Jorge negou com a cabeça apenas pela idiotice do irmão.

— Tem que ter coragem, viu – resmungou Castiel irritado. – Porque noção não tem nenhuma!

Sophie sorriu e beijou a bochecha do amigo que era o mais irritado em nome dela.

— De qualquer forma – disse Charles sorrindo para Sophie. –, que bom que você terminou.

— Sim – disse Sophie. – Acham que ele nunca mais vai falar comigo?

— Nah – descordou Jorge. – Não se preocupe, Sophie. Ele vai voltar a falar com você, ele só precisa lamber o ego ferido por um tempo e tudo volta ao normal. Você é importante demais para se perder por algo tão idiota que ele mesmo plantou.

Sophie concordou mais aliviada. Por mais das idiotices de Fred, ela não queria perder a amizade dele. Ela não mentiu quando havia dito que o ruivo era um bom amigo.

— Tenho que dizer, Sophie – disse Patrick. – Você até parece mais confiante.

— Se querem saber, eu me sinto mais confiante mesmo. – concordou Sophie feliz. – Muito mesmo.

 

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Harry, Rony e Mione sempre souberam que Hagrid tinha uma lamentável queda por criaturas grandes e monstruosas. Durante o primeiro ano em Hogwarts, ele tentara criar um dragão em sua casinha de madeira, e levaria muito tempo para os garotos esquecerem o gigantesco cachorro de três cabeças a que ele dera o nome de “Fofo”. E se, quando era criança, Hagrid tivesse ouvido falar que havia um monstro escondido em algum lugar do castelo, Harry tinha certeza de que ele teria feito o possível para dar uma espiada. E provavelmente pensaria que era uma vergonha o monstro ficar preso tanto tempo e que merecia uma oportunidade de esticar as pernas; Harry bem podia imaginar o Hagrid de treze anos tentando pôr uma coleira e uma guia no bicho, mas tinha igualmente certeza de que Hagrid jamais quisera matar alguém.

Chegou a desejar que não tivesse descoberto como trabalhar com o diário de Riddle. Rony e Mione o fizeram repetir várias vezes o que vira, até ele ficar cheio de contar e cheio das conversas compridas e tortuosas que se seguiam à sua historia.

— Riddle pode ter apanhado a pessoa errada. – disse Mione. – Talvez fosse outro o monstro que estava atacando as pessoas...

— Quantos monstros vocês acham que cabem aqui no castelo? – perguntou Rony abobado.

— Sempre soubemos que Hagrid foi expulso. – disse Harry, infeliz. – E os ataques devem ter parado depois que o mandaram embora. Do contrário, Riddle não teria ganho um prêmio.

Rony tentou um ângulo diferente.

— Riddle se parece com o Percy, afinal quem pediu a ele para dedurar o Hagrid?

— Mas o monstro tinha matado alguém, Rony. – lembrou Mione.

— E Riddle ia voltar para um orfanato de trouxas se fechassem Hogwarts. – disse Harry. – Não posso culpá-lo por querer ficar aqui...

— Você encontrou o Hagrid na Travessa do Tranco, não foi, Harry?

— Ele estava comprando um repelente para lesmas carnívoras. – respondeu Harry depressa.

Os três se calaram. Passado muito tempo Mione deu voz à pergunta mais cabeluda num tom hesitante.

— Vocês acham que devemos perguntar ao Hagrid o que aconteceu?

— Ia ser uma visita animada – disse Rony. – “Olá, Hagrid. Conte para a gente, você andou soltando alguma coisa selvagem e peluda no castelo, ultimamente?”

— E Sophie e o restante do grupo? – perguntou Mione olhando para a Potter mais velha que estava andando com Patrick e Aslan.

— Vamos deixar isso só entre nós por enquanto. – disse Harry abaixando a voz. – Não temos certeza se podemos confiar no diário, e Sophie está feliz agora que terminou com Fred. Não quero acabar com o humor dela por causa disso.

E assim, eles resolveram não dizer nada a Hagrid e o restante a não ser que houvesse outro ataque e, como muitos e muitos dias se passaram sem sequer um sussurro da voz invisível para Harry, começaram a alimentar esperanças de que nunca precisariam perguntar a Hagrid os motivos de sua expulsão. Fazia agora quase quatro meses desde que Justino e Nick Quase Sem Cabeça tinham sido petrificados, e quase todo mundo parecia pensar que o atacante, fosse quem fosse, tinha se retirado para sempre. Pirraça finalmente se cansara do seu refrão “Ah, Potter podre”, Ernie Macmillan pediu certo dia a Harry, com muita educação, para lhe passar um balde de sapos saltitantes na aula de Herbologia, e em março várias mandrágoras deram uma festa de arromba na estufa três, o que deixou a Profª Sprout muito feliz.

— Na hora em que começarem a tentar se mudar para os vasos umas das outras então saberemos que estão completamente adultas. – explicou ela a Harry. – Então poderemos ressuscitar aqueles pobrezinhos na ala hospitalar.

Os alunos do segundo ano receberam algo novo em que pensar durante os feriados de Páscoa. Chegara à hora de escolher as matérias para o terceiro ano, um assunto que pelo menos Mione levou muito a sério.

— Pode afetar todo o nosso futuro. – disse a Harry e Rony enquanto examinavam as listas das novas matérias, marcando-as com tiques.

— Matérias do terceiro ano? – perguntou Sophie se sentando ao lado dos três com Erik ao seu lado.

— Sim, estou falando para eles que é muito importante. – disse Mione séria.

— Sim, de fato é uma verdade. – disse Erik para Hermione. – Mas também não precisa escolher todas as matérias.

— Qual você acha as melhores para escolher? – perguntou Hermione para Erik que cruzou os braços.

— Depende, o que você pretende fazer. Eu digo, não pegue Adivinhação de jeito nenhum! – disse Erik irritado, fazendo Sophie rir. – É ridículo! Completamente desnecessário! Tirando isso, todas são ótimas. Aritmancia é a nossa favorita, eu realmente acho que você deva pegar. – Enquanto Erik dizia, Mione ouvia tudo e olhava para Erik com os olhos brilhando.

— Pode desistir de Poções? – perguntou Harry esperançoso.

— Sinto muito, meu irmão, mas você só poderá desistir de Poções ou qualquer outra matéria que escolher quando for para o sexto ano. – disse Sophie sorrindo.

— Se pudesse eu teria descartado Defesa Contra Artes das Trevas. – comentou Rony.

— Mas é muito importante! – exclamou Mione surpresa.

— Com Lockhart dando aula, a matéria deixou de ser importante. – respondeu Rony dando de ombros.

— Ele tem um ponto muito bom, ninguém pode negar. – concordou Erik.

No fim, Hermione acabou de fato escolhendo todas, e Harry escolheu as mesmas matérias novas que Rony, achando que se fosse mal, pelo menos teria o melhor amigo amigo para ajudá-lo.

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O próximo jogo da Grifinória seria contra a Lufa-Lufa. Wood insistia em fazer treinos todas as noites depois do jantar, de modo que Harry, Sophie e os gêmeos mal tivessem tempo para mais nada, exceto o Quadribol e os deveres de casa.

Entretanto, os treinos estavam mais amenos, ou pelo menos estavam mais secos e, na véspera do jogo de sábado, ele e Sophie foram ao dormitório guardar as vassouras, ambos sentindo que as chances da Grifinória para a taça de Quadribol nunca tinham sido maiores. A Potter mais velha desejou boa noite para o irmão e foi cansada para o próprio dormitório.

Mas a animação de Harry para também ter um bom descanso para ir bem no jogo, não durou muito. No alto da escada para o dormitório, ele encontrou Neville Longbottom, que parecia transtornado.

— Harry, não sei quem fez aquilo, acabei de encontrar...

Olhando para Harry amedrontado, Neville abriu a porta.

O conteúdo do malão de Harry estava espalhado por todos os lados. Sua capa estava rasgada no chão. As roupas de cama tinham sido arrancadas, e a gaveta puxada do armário ao lado da cama, e seu conteúdo espalhado em cima do colchão.

Harry aproximou-se da cama, boquiaberto, pisando em cima de umas páginas soltas de Viagens com trasgos. Enquanto ele e Neville rearrumavam a cama, Rony, Dino e Simas entraram. Dino disse um palavrão em voz alta.

— Que aconteceu, Harry?! – exclamou Rony.

— Não faço idéia. – disse Harry.

Rony examinou as vestes de Harry. Todos os bolsos tinham sido revirados.

— lguém andou procurando alguma coisa. – disse o Weasley. – Tem alguma coisa faltando?

Harry começou a apanhar as coisas e a atirá-las para dentro do malão. Somente quando ele atirou o último livro de Lockhart foi que se deu conta do que estava faltando.

— O diário de Riddle desapareceu. – disse em voz baixa a Rony.

— Que?

Harry indicou com a cabeça a porta do dormitório, e Rony o seguiu para fora. Juntos desceram correndo até a sala comunal da Grifinória, quase vazia àquela hora, e se reuniram a Mione, que estava sentada sozinha, lendo um livro chamado Runas Antigas sem Mistérios. A garota ficou perplexa com as notícias.

— Mas... Só outro aluno da Grifinória poderia ter roubado, os únicos que sabem a senha são o pessoal do grupo.

— Eu sei. – disse Harry com um suspiro.

— Devemos contar para Sophie. – disse Mione abaixando a voz. – Ela tem uma influência muito grande entre os alunos da Grifinória, Harry.

— Por mais que eu queira, eu não posso falar para ela. – respondeu Harry deprimido. – Ela não sabe o que o diário faz sendo assim não tem motivo eu me preocupar com algo que não faz absolutamente nada. Eu teria que explicar o que vi.

— E ainda não sabemos se podemos confiar no diário. – disse Rony fazendo com que Harry concordasse com a cabeça.

 

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Sophie acordou na manhã do jogo de quadribol se sentindo pronta para ganhar mais um jogo. Estava animada e confiante, na verdade, desde do término ela se encontrava com aquele sentimento. Além da clara liberdade que sentia também.

Fred estava sem falar com ela, o que não foi uma surpresa. Mas pelo menos ele não era desnecessariamente rude ou algo pior, era apenas tratamento de silêncio e Sophie aceitaria isso tranquilamente enquanto esperava que o amigo voltasse a falar com ela.

Se sentou na cama e olhou para Aslan que não parecia ter dormido. O leão parecia desconfiado, e ficava rosnando baixinho desde da noite passada.

— O que você tem, Aslan? – Sophie perguntou preocupada.

Aslan olhou para ela e com a pata cobriu os próprios olhos antes de voltar a olhar para ela.

— Eu não entendo, querido.

Aslan rosnou baixinho e foi até ela, lhe deu uma longa lambida no rosto antes de se deitar no chão parecendo ainda irritado. Sophie não entendia o que ele tinha, mas ficou preocupada.

 

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O sol radioso e a brisa leve e fresca daquela manhã foi o que tirou um pouco das preocupações dos irmãos Potter.

— Condições perfeitas para o Quadribol. – exclamou Wood, entusiasmado, à mesa da Grifinória, enchendo os pratos dos jogadores com ovos mexidos. – vocês dois – apontou para Sophie e Harry –, mexam-se, vocês precisam de um café da manhã decente.

Harry estivera observando a mesa da Grifinória, cheia de alunos, imaginando se o novo dono do diário de Riddlle estaria ali, bem diante dos seus olhos. E Sophie ainda estava pensando no comportamento de Aslan.

Quando eles saíram do Salão Principal com com o grupo para irem apanhar o equipamento de Quadribol, mais uma preocupação muito séria se somou à suas listas crescentes. Harry tinha acabado de pôr o pé na escadaria de mármore quando ouviu outra vez...

“Matar desta vez... deixe-me cortar... Estraçalhar...”

Ele deu um grito alto e todos saltaram para longe assustados.

— A voz! – disse Harry, espiando por cima do ombro. – Acabei de ouvi-la de novo! Vocês não ouviram?

Todos discordaram assustados, Sophie olhava em volta, seus pensamentos novamente de volta em Aslan, agora preocupada por ter deixado o leão para andar pelos gramados do castelo.

Todos ainda estavam olhando em volta em silêncio esperando para ver se Harry ouvia mais alguma coisa quando Hermione e Charles se encararam com os olhos arregalados.

— Nós somos tão idiotas! – exclamou o Francis para a Granger.

— Como deixamos isso passar?! – retrucou Hermione batendo a mão na testa.

— Deixaram o que passar? – perguntou Teresa confusa.

Os dois negaram com a cabeça e começaram a se afastar.

— A gente tem que ir para a biblioteca! – disseram os dois ainda se afastando. – Vão indo para o jogo a gente encontra vocês lá!

— O que vocês vão fazer na biblioteca agora?! – perguntou Fred.

— Descobrimos algo! – gritou Hermione, enquanto ela e Charles começaram a correr para longe.

— TOMEM CUIDADO! – gritou Castiel e os dois bruxos acenaram com a mão antes de virarem no corredor.

Cada um ali se olhou preocupado.

— Vamos continuar – disse Rony. – O jogo vai começar logo.

 

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Os times entraram em campo sob aplausos estrondosos. Olivio Wood decolou para um vôo de aquecimento em volta das balizas; Madame Hooch lançou as bolas. Os jogadores da Lufa-Lufa, que jogavam de amarelo-canário, estavam amontoados num bolinho, discutindo táticas de última hora.

Harry e Sophie estavam juntos terminando de discutir o plano deles para enganar Castiel durante o jogo quando viram a Profª McGonagall vir decidida em suas direções com um enorme megafone púrpura na mão.

Os Potter já estavam com os olhos arregalados de medo.

— O jogo foi cancelado. – a Profª McGonagall anunciou pelo megafone, dirigindo-se ao estádio.

Ouviram-se vaias e gritos. Olívio Wood, arrasado, pousou e correu para a professora sem desmontar da vassoura.

— Mas, professora! – gritou. – Temos que jogar, a taça, Grifinória...

McGonagall não lhe deu atenção e continuou a falar pelo megafone:

— Todos os alunos devem se dirigir às salas comunais de suas casas, onde os diretores das casas darão maiores informações. O mais rápido que puderem, por favor!

Então, baixou o megafone e chamou pelos dois Potter. Castiel havia se juntado a eles quando a professora começou a fazer o comunicado.

— Sophie, tenha cuidado e vá rápido para a sala do diretor Dumbledore. Ele está esperando por você. – disse a professora com o semblante sério e grave.

Sophie olhou preocupada para Harry e Castiel antes de correr para a sala do diretor. McGonagall voltou-se para Harry.

— Potter, venha comigo. Você pode vir também, Collins.

Harry e Castiel se olharam mais preocupados e seguiram a professora. Enquanto iam, Harry viu Rony e o resto do grupo se separar da multidão que reclamava; correram para os três que já iam a caminho do castelo. Para surpresa de Harry, a professora não fez objeção.

— É, talvez seja melhor vocês virem também.

Alguns alunos que caminhavam perto deles reclamavam do cancelamento do jogo; outros pareciam preocupados. Harry e o grupo acompanharam a Profª McGonagall de volta à escola e subiram a escadaria de mármore. Todos eles ainda estavam completamente confusos.

— Vai ser um pouco chocante para vocês. – disse a Profª McGonagall, num tom surpreendentemente gentil quando se aproximavam da enfermaria. – Houve mais um ataque... Mas desta vez foi um ataque duplo.

As entranhas de Harry deram uma terrível cambalhota. Ele olhou para os rostos dos amigos e cada um ali parecia chegar na terrível conclusão do motivo de estarem indo para a enfermaria. A professora abriu aporta e todos entraram. Madame Pomfrey estava em frente as cortinas que tampavam as camas, e o olhar em seu rosto fez a preocupação de todos aumentar ainda mais.

— Mostre. – pediu McGonagall.

Madame Pomfrey concordou e afastou as cortinas, revelando duas camas uma do lado da outra.

— Hermione!

— Charles!

Nas duas camas estavam os corpos petrificados de Charles e Hermione, os dois estavam deitados absolutamente imóveis, os olhos abertos e vidrados, suas expressões de medo. A mão de Hermione estava segurando o braço de Charles, que estava com o medo braço esticado em frente a garota como se estivesse a protegendo.

 

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— Ataque duplo?! – exclamou Sophie com os olhos arregalados.

Ela havia chegado a sala do diretor aflita e cheia de preocupação que pelo menos foi um pouco aliviada ao ver que Aslan estava na sala deitado abaixo do poleiro de Fawkes. Mas sua preocupação voltou com tudo quando o diretor lhe falou o que havia acontecido.

— Sim... – respondeu Dumbledore parecendo cansado.

— Quem... Quem foram as vítimas dessa vez? – perguntou Sophie com o coração batendo forte. Ela já tinha uma idéia mas não queria acreditar até que fosse confirmado.

Dumbledore olhou triste para ela.

— Hermione Granger e Charles Francis. – respondeu o diretor.

Sophie fechou os olhos com pesar, sentia vontade de chorar. Não queria acreditar que seus dois amigos haviam sido atacados.

— Eu sei o quanto isso é pesaroso para você. – disse Dumbledore devagar. – Mas lembre-se que eles foram petrificados. Ainda estão vivos. – Sophie concordou respirando fundo e se acalmando. – Eu preciso que você preste atenção em mim agora, minha amiga.

Sophie concordou com a cabeça sem dizer nada. Não confiava na própria voz naquele momento.

— Eu preciso que vá até o seu dormitório e fique lá até as sete da noite, depois volte para cá. – explicava o diretor. – Não fale com ninguém. Apenas venha. Minerva irá autorizar a sua passagem para cá. Esse ataque era exatamente o que o Ministério estava esperando e tenho certeza que agora eles vão agir. Hoje a noite.

— E o que eles podem fazer? – perguntou Sophie. – Não sabemos quem é o herdeiro, ou onde a Câmara Secreta está ou o que é o monstro.

— Na cabeça deles, eles sabem quem é o herdeiro. – disse Dumbledore com um suspiro. – Acredito que você já tenha descoberto que a Câmara já foi aberta antes.

— Sim. – concordou ela confusa.

— Muito bem. Eu lhe contei sobre a lenda de Slytherin. – disse Dumbledore calmo. – Agora vou te contar o que aconteceu cinqüenta anos atrás.


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