TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 36
Capítulo 36 — Irmãos de Alma




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Enquanto Harry, Rony e Hermione estavam no banheiro da Murta Que Geme, Sophie e Erik haviam saído com a aprovação de Dumbledore para Hogsmeade juntos para se encontrarem com Remus que estava esperando por eles no Três Vassouras.

— Erik – cumprimentou Remus após receber o abraço forte da afilhada. – Bom te ver.

— Feliz Natal, Sr. Lupin – desejou Erik sorrindo curto para Remus.

Sophie e Remus reviraram os olhos para a polidez do garoto.

— Apenas Remus está bom, rapaz – disse Remus sorrindo. – Sr. Lupin me faz pensar em alguém velho e mal humorado na maior parte do tempo. Oh... Este seria o meu pai.

Sophie e Erik riram.

— Feliz Natal para você também, Erik – desejou o lupino tornando a se sentar na mesa em que estava, os dois bruxos mais jovens fizeram o mesmo se sentando em ambos os lados dele. – Bom, antes de mais nada, tenho um presente para dar.

Remus tirou a corrente do bolso em que o anel com os símbolos do antigo grupo da primeira geração residia.

— Não é o Um Anel – brincou ele fazendo Sophie sorrir largo – mas... Acredito que ele é tão cheio de magia quanto. Só que do lado da luz ao invés das trevas.

Sophie pegou a corrente com curiosidade e colocou o anel na palma da mão, observando os desenhos ao redor dele. Erik estava em seu ombro também observando, e ambos sentiram o quão importante era aquele objeto mesmo não sabendo o que os desenhos significavam ou a história por trás dele.

— Cada um desses desenhos, são os símbolos do meu antigo grupo – explicou Remus ao ver as expressões de curiosidade dos dois. – O cervo e a corça são seus pais, Sophie. O lobo e o cachorro são eu e o Sirius, o rato e a árvore são Peter e Hannah Sanders...

— Quem era Hannah Sanders? – perguntou Sophie já sentindo que sabia a resposta.

— Hannah... Hannah era a mulher a quem Peter pretendia pedir em casamento. – respondeu Remus triste. – O grande amor da vida dele.

Sophie suspirou e olhando para aquele desenho do rato e a árvore lado a lado, ela se lembrou das palavras de Dumbledore em seu primeiro ano:

“— Peter Pettigrew era um homem bom. Muito bom. – Dumbledore disse parecendo triste. – E quando você nasceu, a guerra ainda não o havia quebrado. Ele te adorava, Sophie. Antes dele perder alguém muito importante, ele vivia pegando você no colo e fazendo o máximo para te fazer sorrir. Mesmo depois de ter perdido a pessoa importante, você era a única para quem ele sorriria e queria por perto.”

E ela se sentiu triste por Peter e por Hannah. E em seu coração, ela já começava a sentir que estava perdoando Peter Pettigrew e aceitando que o maior culpado naquela história toda para as vidas tiradas e as traições feitas era apenas e unicamente de Lorde Voldemort e a Guerra.

— Enfim – Remus tossiu um pouco e continuou: –, o tubarão e a espada são seus pais, Erik. Richard sendo o tubarão, ou megalodonte como era chamado, e sua mãe a espada porque...

— Ela praticava esgrima. – disse Erik sorrindo suavemente para o desenho. – Eu sei.

— Sim – Remus sorriu também. – a estrela e os livros são Brian e Sharon, e a varinha e a pena de escrever são Alice e Frank Longbottom.

— Os pais de Neville. – disse Sophie tornando a sorrir. – É lindo.

— Sim, é – concordou Remus olhando cheio de nostalgia para o anel. – Todos nós tínhamos este anel... Fizemos ele em uma noite de Natal como uma promessa de que estaríamos sempre juntos um pelos os outros. E que... Mesmo que se estivéssemos longe, este anel seria a nossa lembrança deles e daquela noite.

— Isto é realmente valioso, então. – comentou Erik.

— Sim – concordou Remus e olhou para Sophie. – E é seu agora. Este era o meu anel, e eu estou dando para você para... Para ele te proteger, para você sempre se lembrar daqueles que já se foram e... Se lembrar de mim quando eu não estiver por perto.

— Remus – Sophie estava negando com a cabeça, totalmente surpresa. – Eu não posso, isso aqui é...

— É meu para eu dar a quem eu quiser. – disse Remus não deixando ela terminar, tirando a corrente da mão dela e gentilmente passando pela cabeça dela para colocar no pescoço. O anel descansou bem ao lado do pingente dado por David. – Lá. Dois presentes valiosos para te manter segura, moça.

Sophie olhou para aqueles dois objetos deitados próximos ao seu coração e realmente se sentiu segura. Os dois objetos mais valiosos e importantes em sua vida e ela nunca os tiraria do pescoço, eles faziam parte dela porque eram partes importantes de sua vida.

— Obrigada, Remus. – ela sussurrou emocionada, voltando a olhar para o padrinho. – Eu nunca vou tirar.

— Eu sei que não. – Remus deu um beijo gentil no topo da cabeça dela.

— Mama sempre usou uma corrente – comentou Erik como se tivesse acabado de ter uma realização. – Nunca vi o que prendia, estava por baixo das roupas. Acho que agora eu sei.

— Ela também usa um anel de prata junto com a aliança dela? – perguntou Remus sorrindo. – Parecida com esta que uso? – levantou a mão onde se encontrava de fato o anel de prata que Sophie sempre viu estar ali.

— Sim. – concordou Erik.

— Foi na mesma noite em que fizemos estes anéis – ele apontou para a correnre. – Só que, estes anéis foram feitos para todos nós. E estes – apontou para o no dedo anelar dele. – feitos para dar ao seu par. No caso, aquele anel no dedo de sua mãe foi dado por Richard. Ele tinha um parecido dado por ela.

— Mamãe e papai também? – Sophie perguntou sorrindo feliz.

— Sim, sim – concordou Remus sorrindo também. –, assim como Peter e Hannah, Alice e Frank, Brian e Sharon.

Sophie levantou a sobrancelha para o padrinho, o sorriso em seu rosto se tornando maroto.

— Então... – ela começou cantarolando. – isso significa que quem te deu este anel foi...

— Tire este sorriso de James Potter do seu rosto, mocinha – retrucou Remus ao invés de responder. – Mantenha a sua língua atrevida atrás de seus dentes.

— Como se isso fosse possível. – ironizou Erik. – Teimosa, lerda e atrevida... Não podia ter pedido uma irmã de alma melhor.

— Também te amo, Erik. – disse Sophie sorrindo para o alemão.

— Não foi isso que eu disse. – cantarolou o Lehnsherr.

— Não. Você disse... – Remus parou olhando para os dois com confusão. – Irmã de alma.

Sophie e Erik sorriram um para o outro e depois se voltaram para Remus.

— E este foi o motivo para o Erik ter vindo aqui comigo – disse Sophie. – Acontece que, algumas semanas atrás, descobrimos que somos Irmãos de Alma.

Agora Remus estava olhando totalmente surpreso para eles.

— Mas... Mas... Os últimos Irmãos de Alma que existiram já... Éramos os últimos. – disse Remus parecendo realmente perdido.

— Penúltimos – disse Erik calmamente. – Pelo o que Dumbledore acredita, eu e Sophie somos os últimos que existe.

Remus ainda estava olhando para eles sem entender, como se não fizesse sentido o que eles estavam falando.

— Vamos explicar do início – disse Erik. – Começamos a perceber que tínhamos algo diferente um pelo o outro quando...

E assim Erik começou a explicar sobre o que ele e Sophie sentiam um pelo o outro desde da primeira vez que se viram, e como sempre parecia ter algo chamando eles para se aproximarem. E como foi crescendo depois que se tornaram amigos. Ele falou sobre sentir a morte de Sophie antes mesmo de ter sentido o pulso dela, assim como também havia sentido ela voltando a viver antes mesmo dela voltar a respirar.

E então juntos, os dois bruxos falaram sobre a experiência que havia sido quando lutaram um contra o outro no treinamento de duelos.

— Tinha tanto poder correndo através do meu sangue – falou Sophie. – Eu podia sentir, assim como eu podia sentir a minha alma e a alma do Erik juntas se tornando cheia de poder e luz.

— Sabíamos o que o outro lançaria antes mesmo do feitiço sair da varinha. – continuou Erik. – No final, quando as nossas varinhas estavam conectadas, era tanta força e coragem que estávamos sentindo. Além da enorme quantidade de luz que podíamos ver.

Pontem de Inferorum Animas.— disse Remus com um suspiro. – A Ponte das Almas.

— Dumbledore disse que você seria a melhor pessoa para falar sobre Irmãos de Alma. – disse Sophie olhando esperançosa para o padrinho.

— Bem – começou Remus respirando fundo, ainda processando o que havia escutado da Potter e do Lehnsherr. – Sim. Mesmo Dumbledore sendo sábio como é, não saberia ser tão preciso quanto eu ou Sirius para falar sobre Irmãos de Alma.

— Nos ajude a entender, então? – perguntou Erik.

— Claro, claro – concordou Remus sorrindo de lado. – Antes... Só para saber, Harry ou Charles demonstraram ter algum irmão de alma também?

— Não. – discordaram os dois. – Existem chances deles terem?

— Bem... Vocês dois são um do outro, e são filhos de bruxos que tinham Irmãos de Alma. – respondeu Remus dando de ombros. – Sophie dos dois lados já que James era de Sirius e Lily... – ele passou a mão sobre o coração, parecendo inconsciente que fazia isso. – era minha. – ele balançou a cabeça e parou de passar a mão sobre o coração. – Enfim, seria bom vocês perguntarem para eles se eles sentem algum tipo de vazio as vezes, assim como imagino vocês devem ter sentido antes de se conhecerem.

Os dois concordaram.

— Muito bem. – Remus bebeu um pouco da cerveja amantegada que havia sido colocada lá na mesa antes de começarem a conversar. – O que vocês precisam saber de início agora é que, um: irmãos de alma só ocorrem com pessoas que não tem nada sanguíneo ligado a outra, e que não sentem nenhum tipo de atração, ou paixão pela outra. E dois: não existe mais de um irmão de alma. É algo que existe apenas entre duas pessoas, sua outra metade da alma, sua outra metade da vida.

Os dois tornaram a concordar com as cabeças, totalmente absorvidos nas palavras de Remus.

— O que vocês sentem um pelo outro vai além de qualquer amizade que tenham – continuou o Lupin. – Muitas vezes pode ser tão forte quanto o que você e o Harry tem, Sophie.

— O que eu e o Harry temos é algo bem forte, Moon. – disse Sophie querendo defender seu relacionamento com o irmão.

— Eu sei disso, moça – disse Remus carinhosamente para ela e batendo o dedo indicador no nariz dela suavemente. – Mas, o que eu quero dizer, é que vai haver momentos em que sem mesmo falarem ou olharem um para o outro, você e Erik vão saber o que o outro está sentindo. Vocês nunca irão brigar um com o outro, sempre vão confiar no outro, mesmo nas situações mais complicadas.
“De todos os outros, vocês vão querer desabafar um com o outro ao invés dos outros. Quando você estiver no seu pior momento apenas algumas palavras boas de seu irmão de alma vão ser suficiente para te trazer para o melhor lado.”

Remus parou de falar e sorriu, como se estivesse se lembrando de algum momento que havia passado com Lily. E Erik se familiarizou com o que ele podiar estar sentindo pela perda da irmã de alma dele, afinal, ele próprio havia sentido o que isso fazia, quando sua outra metade morria.

— Você e Harry de fato tem um relacionamento forte para irmãos de sangue, Sophie. O maior que eu já vi na vida. – disse Remus suavemente para a ruiva. – Mas o relacionamento que você já tem, e vai se tornar maior no futuro com Erik, apenas você vai saber dizer o tamanho da magnitude. Porque como eu lhe disse, ele é sua outra metade. Sua alma e sua vida. E vice-versa. – ele olhou para Erik. – Quando vocês estiverem longe um do outro, e um estiver em perigo, estiver sofrendo, sendo torturado ou morrendo... Não importa onde sua outra metade esteja, milhares de milhas longe, ele vai sentir e vai sofrer com você.

Remus parou para respirar fundo. Sophie e Erik entendiam e respeitavam que ele provavel estava se lembrando de momentos durante a primeira guerra.

— Existem casos – ele continuou. – em que o relacionamento entre os irmãos é mais forte do que o com os irmãos de sangue e até mesmo com o cônjuge. O que foi o caso com Richard e Brian. – Remus olhou para Erik. – Brian morreu primeiro que Richard... Foi... Seu pai não teve nem tempo de protegê-lo, algo que ele jurou sempre fazer no momento em que salvou Brian pela primeira vez de idiotas como os Marko na escola.
“Se tornou uma lema, sabem. Um Lehnsherr sempre protege um Francis. E Richard protegeu, durante toda a infância, adolescência em Hogwarts e quanto adulto na Ordem. Ele protegeu em cada momento. Onde um estava o outro estava ao lado. O que os dois tinham era mais forte que o que James e Sirius tinham, ou eu e Lily.
“E Deus... Quando Brian morreu... Eu pensei que Richard ia morrer logo. Mesmo com Charles ali, carregando a outra metade da alma de Brian, não parecia o suficiente para segurá-lo. Eu e seu pai éramos muito amigos, Erik, e um dia... Dois dias antes dele morrer, ele me contou o que sentia.”

E as lágrimas nos olhos de Remus fizeram o próprio Erik sentir os olhos se encherem de água também.

— Ele disse: “Tudo é cinza, Remus. Eu... Não parece que foi metade da minha vida tirada de mim... Parece que foi toda ela. Tem momentos em que eu não consigo respirar.” – Remus fechou os olhos e após respirar fundo ele continuou: — “Eu olho para o Charles e dói, simplesmente dói. E eu olho para o Erik... Deus o Erik... Ele me traz um pouco de cor, por alguns minutos eu posso ver novamente mas então a dor volta com tanta força que eu corro para o banheiro e vomito. Espero que meu filho me perdoe um dia... Mas... Eu não vou sobreviver a isto.”

Remus passou as duas mãos no rosto e simplesmente parou de falar. Sophie, entendendo que ele precisava de um momento, se virou para Erik e sentiu as próprias lágrimas subirem ao ver o irmão derramando pequenas lágrimas silenciosas pelas bochechas. Ela juntou mais a cadeira dela com a dele, e o puxou para esconder o rosto no pescoço dela, e foi o que ele fez. Ela acariciou os cabelos dele gentilmente, e sentiu o coração doer.

“Que Natal difícil... Aqui no presente, Erik e Remus tristes pelo passado. E no futuro... Alec triste pelo presente. Aparentemente este ano e o ano em que Alec se encontra estão conectados.” pensou ela beijando o topo da cabeça de Erik.

— Desculpe, Erik – disse Remus tirando as mãos do rosto e olhando para o Lehnsherr. – Acho que... Ele queria que eu te contasse isso no futuro.

Erik respirou fundo trêmulo e concordou com a cabeça, se afastando um pouco do pescoço de Sophie e secando os olhos.

— Tudo bem, fico feliz em saber disso... Quero dizer... Não feliz... Mas...

— Eu sei. – disse Remus gentilmente.

— Como ele morreu? – perguntou Erik baixinho. – Não... Não quero saber como aconteceu ou quem... Só...

— Ele morreu salvando as únicas pessoas que ainda estavam o mantendo vivo. – respondeu Remus suavemente. – Você e sua mãe.

Erik respirou fundo novamente e concordou com a cabeça.

— Obrigado, Remus. – disse ele baixo.

— Para aliviar um pouco o clima – começou Remus sorrindo. –, antes de sabermos sobre irmãos de alma, tínhamos total certeza que Richard e Brian seriam ou já eram um casal.

Erik bufou e riu, assim como Sophie que riu encantada.

— Era realmente engraçado porquê eles ficavam “somos apenas amigos” e todos nós ficávamos “aham, sabemos, sabemos.” – Remus riu baixo. – Quando nos foi ensinado sobre os irmãos de alma, eles ficaram nos olhando como “viu só! não somos um casal!”.

Os três riram mais um pouco, e o clima se tornou um pouco mais leve entre a mesa deles.

— E sobre as lutas? – Sophie perguntou. – Obviamente temos bastante vantagem.

— De fato. – concordou Remus. – Vocês vão ser capazes de lutarem contra inimigos com maestria, uma dança a qual só vocês dois sabem o passo e não existe um líder nela. Vocês dois levam a luta para onde vocês querem que ela vá. Antes dos feitiços serem lançados, vocês já vão saber o que o irmão pretende e assim poder complementar com um outro feitiço. É como se ter olhos na parte de trás da cabeça, vocês dificilmente vão ser atingidos. A menos que estejam afastados um do outro durante a luta.

— Isso é bem legal. – comentou Sophie sorrindo e Erik concordou.

— De fato – concordou Remus. – Enfim, acho que isso é o mais necessário para vocês saberem sobre Irmãos de Alma. Com o passar do tempo vocês vão aprendendo mais sobre isso.

— Obrigado, Remus – agradeceu Erik sorrindo pequeno. – Realmente nos ajudou a entender mais sobre isso.

— Fico feliz. – Remus esticou a mão e bagunçou os cabelos de Erik carinhosamente. – Seu pai teria muito orgulho de você, Erik Lehnsherr. Você é muito parecido com ele, não só na aparência como também no jeito de ser.

Sophie olhou orgulhosa para Erik ao vê-lo se sentar com a postura reta, e ela poder perceber o quão forte e magnífico ele era. Com seu rosto sério e mandíbula começando a ter a forma afiada, seus olhos afiados cinzas naquele momento. Ele parecia um daqueles líderes que é uma honra seguir.

— Espero dar muito orgulho para a memória dele. – disse Erik sério.

— E você vai, Erik. Você vai. – disse Remus com um aceno. – Agora, acho que já ta na hora de vocês voltarem para o castelo, não? Tenho certeza que Dumbledore está animado para o banquete de Natal.

— Você podia vir... Não ficar sozinho hoje. – sugeriu Sophie preocupada com ele.

— Não se preocupe, Sophie. Eu vou estar nos Weasley. – disse Remus. – Até parece que Molly me deixaria comemorar sozinho.

E isso acalmou as preocupações de Sophie.

Assim, eles saíram do Três Vassouras e foram andando lentamente até onde a carruagem estava esperando por eles. Enquanto seguiam, Sophie falava para Remus sobre o plano do trio e que naquele momento eles estavam o executando.

— Ele não desistiu, então. – comentou Remus balançando a cabeça. – Francamente não sei porque ele insiste no Malfoy. O garoto deve ser tão medroso quanto o pai. E dúvido muito que tenha inteligência suficiente para algo como a Câmara Secreta. Se bem que... Narcisa Malfoy é uma mulher esperta. Não tanto por ter se casado com Lúcio. Mas ela é esperta.

Enfim, eles chegaram na carruagem e Sophie pediu um momento a sós com o padrinho para Erik que concordou e esperou por ela na carruagem.

— Eu... – Sophie abaixou a cabeça e olhou para o anel, então voltou a olhar para o padrinho que a observava com olhos carinhosos. – Obrigada, Remus. Este presente... Só obrigada.

— Não precisa me agradecer. – disse Remus sorrindo para ela. – Acho importante você tê-lo.

Sophie concordou e ficou em silêncio, franzindo a testa. Remus revirou os olhos com carinho e falou:

— Seja o que for que você está querendo dizer, diga-lo, moça.

— Eu te amo. – ela disse olhando diretamente para o rosto dele. – Você... Mesmo depois que a mamãe morreu... Você foi forte por mim, me fez sorrir, me... Você cuidou de mim. Mesmo sentindo a dor de ter perdido metade da sua alma e da sua vida, você foi forte por mim e eu... – Sophie sentiu os olhos se encherem de água. – Eu te amo muito, Remus. Por tudo que você é e sempre será para mim. Mais que o meu padrinho.

Remus prendeu a respiração ao ouvir as próximas palavras de Sophie.

— Você é o meu pai. – ela disse deixando as lágrimas caírem. – E eu não digo isso o suficiente, mas obrigada.

— Sophie... – ele suspirou e se ajoelhou, abrindo os braços e a deixando cair nele em um abraço apertado. – Eu também te amo, e muito. E se eu ainda estou vivo, é totalmente por você. E eu sei que você já falou sobre eu continuar caso... Bem... Por você, eu faço tudo. Até mesmo continuar vivendo.

Sophie riu baixinho e se afastou dele. Ele deu um beijo na bochecha dela.

— Seus pais estão orgulhosos de você também, assim como eu estou sempre. – ele disse. – E eu acho, que você ainda vai nos orgulhar muito. Principalmente com algumas decisões que você tomar para certas relações. – ele piscou para ela.

Sophie não entendeu o que ele quis dizer mas sorriu concordando mesmo assim.

— Agora você vai, filha – ele sorriu largo. – você tem outro irmão, com menos juízo, para ficar de olho.

Sophie riu e entrou na carruagem, se sentando ao lado de Erik, eles ficaram olhando pela janela para Remus. Ambos estavam sorrindo para o bruxo mais velho.

— Eles devem ter se saído bem – comentou Sophie dando de ombros. – Charles garantiu que a poção estava certa.

— Sim – concordou Erik. – O que poderia acontecer, eles pegarem algum pelo de animal achando que era cabelo humano? – ironizou o alemão fazendo a Potter rir.

— Nah – riram Sophie e Remus. – Teria que ser muito pateta para não perceber a diferença entre pelo de animal e cabelo humano.

 

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— Hermione Jean Granger, como você pode ser tão pateta?! – exclamaram Sophie e Erik ao verem a garota deitada na cama da Ala Hospitalar totalmente com o rosto de uma gata.

Ao fundo, Harry, Rony e o resto do grupo estavam uivando de rir.

— Eu esperava isso dos dois palhaços – disse Sophie apontando para Harry e Rony que estavam caídos no chão rindo junto com Dean e Harriet. – Mas você?!

— Você precisa parar de andar um pouco com os dois – continuou Erik negando com a cabeça. – A burrice deles está te afetando.

Hermione abriu a boca para falar mas se debruçou rapidamente sobre o balde em seu colo e vomitou outra bola de pelo de gato.

— Quanto tempo até a poção da Madame Pomfrey fazer efeito e ela não ter mais essa cara e... Deus o rabo de gato é realmente hilário. – disse Sophie tentando segurar a risada.

— A Madame Pomfrey disse que uma hora. – respondeu Charles também tentando não rir da amiga de biblioteca. – Mas... Ela ainda pode ficar vomitando bola de pelo durante um dia inteiro.

Erik negou novamente com a cabeça, dando um suspiro exasperado. Se voltou para Harry e Rony que estava parando de rir aos poucos.

— Descobriram algo útil pelo menos? – perguntou ele cruzando os braços.

— Sim – respondeu Harry. – Mas, o mais importante e... A prova de que eu estava errado, é que Draco Malfoy não é o Herdeiro de Slytherin.

— Uau. – disse Erik mantendo a cara neutra. – Estou... Chocado. – continuou ele, a cara ainda séria. – Dá pra ver o quão espantado eu estou?

— Dá um tempo pra ele – brincou Sophie dando um empurrão de leve no alemão. Se voltou para Harry que estava mostrando a língua para Erik. – Quão maturo. Conta logo, o que foi que vocês, jovens detetives descobriram?

— Okay – começou Harry. – É o seguinte, começou...


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