TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 35
Capítulo 35 — O Futuro, o Presente e uma Poção




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Sophie olhou em volta, observando a neve caindo ao redor daquela estranha mas familiar praia. O céu era possível de ver o sol e lua habitando juntos no céu e a aurora boreal brilhando em várias cores diferentes seguindo por uma linha que parecia descer e tocar as águas do mar que estavam calmas. 

Ela suspirou, encantada por aquela vista quando viu um homem sentado um pouco mais a frente, próximo da água mas não a ponto da mare tocar seus pés. Ele estava com o queixo encostado nos joelhos e parecia tão triste que Sophie sentiu o próprio coração se apertar. Devagar, ela andou até estar ao lado dele e achou estranho, que ao olhar ao seu rosto, tudo que ela viu era borrão. Não conseguia ver nada de seu rosto, nem seus olhos, sua boca ou seu nariz. Tudo que ela podia ver era o cabelo todo bagunçado em um estilo um tanto artístico de fios para todos os lados.

Mas ela simplesmente não conseguia entender o porquê não conseguia ver o rosto dele com clareza. Era como algumas lembranças que ela tinha de seus pais, tudo borrado.

— Você não pode ver o meu rosto com clareza porque não posso permitir que veja, garota preciosa – disse o homem de repente.

Sua voz era escocesa e suave, um tom gostoso de escutar mas que ainda assim tinha um toque de tristeza escondido por trás. Aquele rosto borrado se virou na direção dela, e mesmo sem enxergar, ela sentiu que ele estava sorrindo.

— Quem é você? – ela perguntou se sentando ao lado dele. – Você tem a mesma voz do homem dos meus últimos sonhos e também... De Alec, o leão do meu futuro.

— Alec, hen? – perguntou o homem. – Bem, você pode me chamar de Alec também, é o meu nome do meio.

— E qual é o seu primeiro nome? – perguntou ela cheia de curiosidade e confusão.

— Sophie Potter, não seja curiosa – retrucou Alec com uma meia risada. – Que sentido faria eu borrar meu próprio rosto para você não me reconhecer e lhe dizer o meu primeiro nome?

— Como vou saber? Todos estes sonhos que tenho tido não tem sentido mais para mim – disse Sophie sorrindo de volta para ele marotamente. – Mas... Isso significa que você é do meu futuro também?

Alec ficou em silêncio, seu rosto ainda virado para o dela, e Sophie pode sentir ele a observando.

— Eu sinto falta do seu sorriso – ele disse de repente, a voz terrivelmente triste fez a garganta de Sophie se fechar. – E sim... Sim eu sou do seu futuro.

— Onde eu estou? – ela perguntou baixinho. – O meu futuro eu... Por que não estou com você?

Alec tornou a olhar para o mar e Sophie pode escutar um suspiro vindo dele.

— Você está muito longe de mim... E eu não posso te alcançar, por mais que eu deseje, por mais que eu queira com todas as forças do meu ser, eu não posso ir até você – ele disse sério. – E isso é tudo que eu vou dizer sobre nossas condições futuras no momento. O Universo me livre de quebrar o tempo porque falei demais.

Sophie concordou e também olhou para o mar, observando as ondas irem e virem suavemente, o som delas tão suaves quanto. Olhou em volta novamente e perguntou:

— Que lugar é este? Onde estou?

— Você está na minha mente, enquanto eu estou nessa praia realmente. – respondeu ele calmo. – Este lugar é... Bem, tem bastante significado. Para mim e... Futuramente para você também.

— E como você me trouxe para cá? Com sua mente, digo...

— Vamos apenas dizer que a sua mente e a minha estão conectadas, garota preciosa – respondeu Alec, sua voz carregando um sorriso. – Particularmente não estou surpreso por você estar aqui neste dia comigo, mesmo sendo sua versão passada sua, seu subconsciente ainda garante que eu não passe está data sozinho.

— O que você quer dizer? Que dia é hoje? – perguntou Sophie franzindo a testa.

— Hoje, garota preciosa, é Natal. – respondeu ele.

— Oh – ela sussurrou. – Feliz Natal, Alec. – e lentamente, ele pegou a mão dele que parecia bem real contra a dela. E bem maior também.

— Feliz Natal, Sophie – retornou ele dando um aperto na mão dela e não a soltando. – Quando comecei a minha aventura, eu... Bem eu era bem sozinho. E e eu já estava planejando aguentar passar o Natal sozinho também, nunca foi realmente uma data para eu comemorar por conta da minha história com este dia. Mas então, sua versão futura, acredito que até mesmo futura da sua versão do meu presente, sua versão futura falou comigo em um sonho, me dando conforto e companhia.
“E desde então, os próximos natais foram os mesmos. Com você me dando conforto. Menos o do ano passado, já que foi o ano em que passamos o Natal juntos. Em que você me deu tudo como promessa. – Sophie viu ele tocando no dedo anelar, e ela tinha quase certeza que era um anel de prata ali. – Claro que na época eu não sabia que era você. Só sei agora porque você do passado veio ao meu pedido de socorro tantas vezes este ano, que eu seria estúpido em ignorar a conexão.”

— Quanto tempo você está sem a sua Sophie? – Sophie perguntou, genuinamente encantada com a conexão que ela e Alec tinham um com o outro ao ponto de passarem pelo tempo para irem de encontro ao outro.

— 6 meses. 180 dias, 4320 horas, 259.200 minutos e 15.552.000 segundos. – respondeu Alec tão rápido e com tanta precisão que Sophie o olhou surpresa. Ele deu de ombros fingindo indiferença. – Mas quem está contando, não é mesmo?

— Aparentemente você. – respondeu ela com simpatia. – Eu sinto muito Alec... Por não estar com você agora... Mesmo não sabendo o que somos um para o outro ou porquê eu te deixei...

— Você não me deixou, Sophie Potter. – retrucou Alec parecendo irritado, mas não com ela. – Eu que... Vamos dizer que você era o Thorin e eu o Bilbo. E eu estava muito distante para te alcançar assim como o Bilbo.

— Eu estou mort...

— Não! – exclamou ele alto fazendo Sophie dar um pulo. – Desculpe. Não, você não está... Isso. Só está muito longe de mim e não é sua culpa por isso.

— Assim como o meu coração diz que também não é sua culpa, Alec. – retrucou ela. – Afinal, não era culpa do Bilbo por ter sido tarde demais. A situação estava além de seu controle.

— Estava mesmo. – sussurrou Alec. – Enfim. Obrigado por estar aqui comigo, garota preciosa. Mesmo não me conhecendo ainda.

— Eu te conheço. – disse Sophie confiante. – Quero dizer... Não muito bem no meu agora... Mas eu te conheço.

— E ninguém jamais me conheceu melhor que você. – disse Alec se aproximando e Sophie fechou os olhos quando sentiu os lábios dele tocando sua testa com carinho. – Era só eu a minha vida inteira... Não tinha mais ninguém...

— Você me tem – sussurrou Sophie sorrindo.

Ela escutou o soluço de Alec e instantaneamente colocou a mão que não segurava a dele em sua bochecha, sentindo as lágrimas molhando suas bochechas.

— Eu vou voltar para você, Alec. Eu te prometo. – ela disse com firmeza, acariciando as bochechas fofas dele. – Eu não vou te deixar, não se eu tiver poder para impedir.

— Valente coração... – ele sussurrou, e juntou a testa com a dela.

Sophie continuou acariciando a bochecha dele até o choro dele se acalmar.

— Oh... Você tem costeletas! – ela exclamou encantada ao sentir os cabelos curtos descendo pela mandíbula afiada dele. – Isso deve te deixar uma graça... Pena que não posso ver... Eu gosto tanto de costeletas...

— Eu não vou te mostrar meu rosto, sua garota atrevida – disse Alec rindo e beliscando levemente o estômago dela que riu.

Eles ficaram juntos em silêncio e assistiram as luzes da aurora boreal tocando o mar, cada um deles pedido nos próprios pensamentos. Suas mãos não se soltaram uma da outra e eles ficaram aproveitando a presença um do outro. Até Sophie sentir um puxão no fundo de sua mente.

— Está na hora de você acordar. – sussurrou Alec, sua voz quieta e triste, fez Sophie querer resistir ao despertar.

— Eu não quero te deixar – ela disse apertando a mão dele mais forte.

— Esta tudo bem, garota preciosa – disse Alec agora colocando a outra mão livre dele na bochecha dela. – Você ainda tem muitas aventuras para viver antes de finalmente nos encontrarmos.

— Quanto tempo até lá? – ela perguntou.

— Termine este seu quarto ano em Hogwarts... E você vai estar um pouco mais próxima de mim. – respondeu Alec dando outro beijo na testa dela. – E eu espero estar chegando mais perto de você aqui no meu presente.

— Eu vou voltar. Eu juro. – ele sussurrou com força e com os olhos fechados.

— E eu acredito em você. – disse Alec sério. – De todas as religiões no mundo, todos os deuses e deusas, anjos e demônios... O próprio o Universo... De todos eles... É você em quem acredito, Sophie Lily Potter. Sempre foi e sempre será, meu valente coração.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Quando Sophie abriu os olhos foi apenas para ver a janela ao lado de sua cama mostrando o dia amanhecendo e a neve caindo. Ela estava de volta ao castelo. Ela respirou fundo e tornou a fechar os olhos segurando as lágrimas que queriam cair de seu rosto.

Quando abriu os olhos novamente foi para dar de cara com Aslan, que a olhava com os olhos de mel cheios de suavidade e amor para ela.

— Feliz Natal, Aslan. – ela sussurrou acariciando a juba do leão que ronronou.

Ela olhou em volta do quarto e viu que Teresa, Harriet – que havia decidido dormir no mesmo dormitório que o delas para não ficar sozinha no da Corvinal –, e Hermione ainda estavam dormindo.

Ela se levantou e silenciosamente foi para o banheiro fazer as próprias higienes antes de sair do dormitório e descer para a sala comunal indo direto para os presentes que estavam de baixo da árvore de Natal. Ela pegou todos que tinham seu nome e os separou ao lado dela no sofá, enquanto Aslan se sentava no outro lado para observa-lá.

O primeiro que ela abriu acabou sendo o da Sra. Weasley, o que era mais um suéter lindo com o rosto dela e o de Aslan juntos se abraçando como um desenho animado. Sophie o vestiu com orgulho, achando aquele suéter o mais lindo de todos que ela havia ganhado da Sra. Weasley.

O próximo acabou sendo o de Remus que era apenas uma carta escrito:

“Moça,

Venha me encontrar em Hogsmeade para receber o seu presente hoje as 15h da tarde.

Seu adulto favorito,
Remus.”

— Todo misterioso ele, não é? – perguntou ela para Aslan que resmungou. – Eu concordo. Para ele querer me dar pessoalmente, deve ser bem importante.

Ela então deixou a carta de lado e foi para o próximo presente, estava embrulhado e tinha a forma de um livro e em cima deste livro, havia uma quarta. E antes mesmo dela abrir a carta, ela já sabia quem havia enviado.

“Minha cara Sophie,

Como prometido, aqui estou em mais uma carta de Natal para lhe informar um pouco de minhas aventuras e ser egoísta o suficiente para acreditar que não fui esquecido e que você espera pelas minhas palavras.

Tenho que dizer que não esperava que muito acontecesse comigo neste um ano que se passou, mas eu estava errado. Muitas coisas aconteceram, eu conheci muito e sinto que cresci mais como pessoa do que nunca poderia estando preso em Hogwarts. Sou de fato, um espírito livre, e todo este mundo ao meu redor, todas as criaturas para eu conhecer só me fazem querer voar e voar durante horas felizes.

Uma vez, você me perguntou o que eu queria ser quando saísse de Hogwarts. E eu lhe disse várias opções. Mas, recentemente, descobri a minha principal função, mas eu quero deixar para lhe contar pessoalmente, tudo bem? Eu quero ver o orgulho em seus olhos quando eu disser.

De qualquer forma, lhe informo que já conheci onde pretendo morar no futuro quando for bem velhinho. A vila bruxa Kasterborous! Oh, Sophie, se você puder conhecer este lugar um dia,  ̶s̶e̶ ̶u̶m̶ ̶d̶i̶a̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶m̶e̶ ̶p̶e̶r̶m̶i̶t̶i̶r̶ ̶t̶e̶ ̶l̶e̶v̶a̶r̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶l̶á̶  eu tenho certeza que você amaria tanto quanto eu já amo! As pessoas são simplesmente maravilhosas e o lugar em si... É como se eu estivesse no Condado! É lindo.

Você não vai acreditar no que vou te contar agora mas estou falando a verdade! Eu ajudei uma fauna a dar a luz ao seu filhotinho! Sim! Foi a experiência mais nojenta e linda que tive a honra de ter até agora com os faunos, as confianças deles para comigo é algo que me deixa sem fôlego e humilhado. O filhotinho nasceu bem e se chama Bastian. Um fauninho incrível que será um faunão maravilhoso um dia.

Como você pode ver, minha amiga, todo dia é uma eventura diferente e ajudando criaturas mágicas diferentes. Espero este ano que vem ser capaz de conhecer Newt Scamander. Sei que ele está no Estados Unidos, e eu estive lá ano passado morando com um amigo muito sem vergonha, Sophie Potter. Estou falando se alguém chamando Jack Harkness chegar perto de você, eu quero que você corra para o outro lado! Ele é alguém incontrolável para tudo que tem duas pernas e tem vida!

E... O que eu estava falando mesmo? Ah, sim! Newt Scamander! Espero encontrar com ele desta vez que eu for para os Estados, tenho tantas perguntas e tanto para falar com ele. De lufano para lufano, sei que iremos nos entender muito bem.

Mas enfim, acho que é isso que tenho para te contar sobre minhas aventuras até agora. Claro que muito mais aconteceu, mas estou guardando para te contar pessoalmente minha amiga!

Aah, antes que eu me esqueça! Como está Aslan? Espero realmente que bem e que ele esteja sendo o leão mais incrível que existe em todo este mundo como eu sempre soube que ele é.

Saiba que tenho falta sua, verdadeiramente. Muitas vezes essas viagens acabam sendo solitárias e muitas vezes me vejo perguntando sobre você e como está indo sua própria aventura. Espero que bem. Eu não disse isso da última vez mas... Eu queria poder te ajudar de alguma forma, Sophie. Mas a única capaz que sou no momento é em lhe dizer que você não está sozinha, essa corrente que eu te dei,  ̶q̶u̶e̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶p̶r̶o̶v̶a̶v̶e̶l̶m̶e̶n̶t̶e̶ ̶j̶á̶ ̶d̶e̶v̶e̶ ̶t̶e̶r̶ ̶t̶i̶r̶a̶d̶o̶  é a única coisa que posso te garantir ser uma parte de mim que lhe entreguei. É como o Mithril que o Thorin dá para o Bilbo. Mais que uma jóia. Algo pra te manter segura e que você se lembre que mesmo longe eu estou com você.

Feliz Natal, Sophie Potter. Seja fantástica, sim? Seja a mulher mais incrível e magnífica que eu também sei que você é. Muito mais que qualquer outra.

Obrigado, por tudo.

Espero que nos vejamos um dia, até lá... Essas cartas são um pouco do homem que estou me tornando para você, e espero que você as leve com carinho.

̶A̶c̶h̶o̶ ̶q̶u̶e̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶é̶ ̶t̶u̶d̶o̶ ̶q̶u̶e̶ ̶e̶u̶ ̶t̶e̶n̶h̶o̶ ̶r̶e̶a̶l̶m̶e̶n̶t̶e̶.̶.̶.̶

Com carinho,
David A. T. L.

PS: Acho que escrevi mais que antes, espero que me perdoe por isto...

PSS: O presente que estou lhe dando é a continuação do Senhor dos Anéis, As Duas Torres. Primeira edição como o primeiro, espero que você esteja gostando tanto quanto eu gostei quando eu li. Espero que esteja tendo uma ótima aventura!”

— Feliz Natal, David. – ela sussurrou ainda olhando para carta cheia de carinho no coração.

— Agora sabemos porque ela não respondeu nenhum de nós! – exclamou a voz alta do Jorge ao lado dela fazendo ela olhar assustada para ele que tinha um largo sorriso no rosto. – Ela estava lendo a carta do amigo favorito dela.

Sophie olhou em volta e viu todos os amigos e o irmão sentados perto cada um já segurando os próprios presentes que ganharam. Cada um deles estava com um sorriso conhecedor nos rostos olhando para ela, menos Fred que estava olhando para o presente que havia recebido da mãe parecendo bravo.

— O que? – ela perguntou confusa.

— Estamos aqui já faz minutos – falou Dean sorrindo largo também. – Te chamamos e tudo.

— Mas você nos ignorou completamente! – continuou Castiel sorrindo. – Totalmente focada na carta, você estava.

— E sorrindo que nem uma pateta na maior parte do tempo. – disse Erik também sorrindo carinhosamente para ela. – Fico feliz que ele tenha cumprido a promessa de te mandar cartas todos os anos.

— Todos nós ficamos – disse Charles também sorrindo para ela. – Significa muito para você, não é?

Sophie passou a mão no pingente que David havia lhe dado de presente de Natal e acariciou enquanto concordava com a pergunta feita.

— Você vai se encontrar com ele novamente, amiga – Harriet disse pegando a mão de Sophie. – Eu sinto isso.

— Obrigada, Harriet.

Assim, eles começaram a trocar presentes ninguém ficando sem naquele grupo. E Sophie teve que segurar o grito alegre quando viu Charles dar uma colar com um pingente de tubarão para Erik que ficou sorrindo encantado ao receber. E no final da troca, com todos morrendo de fome, eles partiram para tomar o café da manhã.

— Vão indo, eu só preciso guardar – ela levantou o segundo livro do Senhor dos Anéis e a carta de David.

Os outros concordaram e ela foi para o dormitório onde lá ela colocou a carta de baixo do travesseiro para ler e reler como havia feito com a primeira carta durante as noites. E o livro colocou na mesinha ao lado da cama. Quando voltou para a sala comunal, apenas Erik estava lá esperando por ela.

— Você podia ter ido, você sabe – disse ela enquanto saiam da sala comunal.

— Preferi te esperar de qualquer maneira. – respondeu o alemão dando de ombros. – Então, você parece feliz.

Sophie largo, ela realmente se sentia feliz por conta da carta, mesmo uma parte dela ainda estando pensando em Alec no futuro.

— Eu realmente estou. – disse ela juntando o braço com o de Erik, e deitando a cabeça no ombro dele enquanto desciam as escadas. – Ei, Remus vai estar em Hogsmeade hoje a tarde para me dar o meu presente, o que acha de vir comigo? Podemos falar com ele sobre sermos irmãos de alma.

— Acho que é uma ideia perfeita, liebling. – respondeu Erik beijando o topo dos cabelos da irmã de alma dele. – Apesar dos ataques... Hoje está sendo o meu melhor Natal.

— Claro que sim – retrucou Sophie sorrindo marota. – Charles te deu um colar muito lindo com o pingente de tubarão, né?

E ela sabia, apenas pelo silêncio do irmão de alma, que ele estava corando. E o sorriso dela se tornou mil vezes maior.

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•

Harry e Rony mal tinham acabado de comer o terceiro prato de pudim de Natal quando Hermione os levou para fora do Salão para finalizar os planos para aquela tarde.

— Ainda precisamos de uns pedacinhos das pessoas em que queremos nos transformar – disse Hermione num tom trivial, como se estivesse mandando os garotos ao supermercado comprar detergente. – E é claro que será melhor se pudermos conseguir alguma coisa de Crabbe e Goyle; eles são os melhores amigos de Malfoy, que contará aos dois qualquer coisa. E também temos que garantir que os verdadeiros Goyle e Crabbe não apareçam de repente enquanto interrogamos Malfoy.
“Já tenho tudo resolvido”, continuou ela calmamente, não dando atenção às caras espantadas de Harry e Rony. E mostrou dois pedaços de bolo de chocolate. “Recheei estes dois com uma simples Poção do Sono. Vocês só precisam se certificar de que Crabbe e Goyle encontrem os bolos. Sabem como são esganados, com certeza vão querer comê-los. Depois que caírem no sono, arranquem uns fios de cabelo deles e escondam os dois num armário de vassouras.”

Harry e Rony se entreolharam, incrédulos.

— Mione, acho que isso não...

— Poderia dar tudo errado...

Mas Hermione tinha um brilho de aço nos olhos, muito semelhante ao que a Profª McGonagall às vezes exibia.

— A poção será inútil sem os fios de cabelo de Crabbe e Goyle – disse a garota com severidade. – Vocês querem investigar Malfoy, não é? Me encheram a paciência para isso mesmo quando a Sophie, o Remus, o Erik, o Dean, todos os outros do grupo deram risadas da teoria de vocês!

— Ah, está bem, está bem – disse Harry. – Mas e você? Vai arrancar o cabelo de quem?

— Já tenho o meu! – disse Hermione, animada, tirando um frasquinho do bolso e mostrando aos dois um único fio de cabelo dentro. – Lembram que a Rosie Green lutou comigo no Clube dos Duelos? Ela deixou o fio de cabelo nas minhas vestes em mim quando caiu em cima de mim na hora da explosão de luz do Erik e da Sophie. E como foi passar o Natal em casa... então só preciso dizer ao pessoal da Sonserina que resolvi voltar.

Quando Hermione saiu apressada para verificar outra vez a Poção Polissuco, Rony se virou para Harry com uma expressão de fim de mundo no rosto.

— Você já ouviu falar de um plano em que tantas coisas pudessem dar errado?

Mas para completa surpresa de Harry e Rony, a primeira etapa da operação transcorreu suavemente, conforme Hermione previra. Eles ficaram rondando o saguão deserto depois do chá de Natal, esperando Crabbe e Goyle que tinham sido deixados sozinhos à mesa da Sonserina, devorando o quarto prato de pão de ló com calda de vinho. Harry equilibrara os bolos de chocolate na ponta do corrimão. Quando viram Crabbe e Goyle saindo do Salão Principal, ele e Rony se esconderam depressa atrás de uma armadura próxima à porta de entrada.

— Como se pode ser tão tapado? – Rony cochichou em êxtase quando Crabbe apontou alegremente os bolos para Goyle e os pegou. Sorrindo, idiotamente, enfiaram os bolos inteiros nas bocas enormes. Por um momento, os dois mastigaram vorazes, com expressões de triunfo no rosto. Depois, sem a menor mudança de expressão, desmontaram de costas no chão.

De longe, a parte mais difícil foi escondê-los no armário do outro lado do saguão. Quando estavam guardados em segurança entre baldes e esfregões, Harry arrancou uns fios do cabelo curto e duro que cobria a testa de Goyle, e Rony arrancou vários fios do cabelo de Crabbe.

Roubaram também os sapatos, porque os seus eram, em comparação, demasiado pequenos. Depois, ainda aturdidos com o que tinham acabado de fazer, correram escada acima para o banheiro da Murta Que Geme.

Mal conseguiam enxergar devido à fumaça que saía do boxe em que Hermione mexia o caldeirão. Puxando as vestes para proteger o rosto, Harry e Rony bateram de leve na porta.

— Mione?

Ouviram um barulho de chave e Hermione apareceu, o rosto brilhando, cheia de ansiedade. Atrás dela ouvia-se o glube-glube da poção viscosa que borbulhava. Havia três cálices preparados sobre a tampa do vaso sanitário.

— Vocês conseguiram? – perguntou Hermione sem fôlego.

Harry mostrou os fios de cabelo de Goyle.

— Ótimo. E eu tirei escondido estas vestes da lavanderia – disse Hermione, mostrando um pequeno saco. – Vocês precisarão de números maiores porque vão ser Crabbe e Goyle.

Os três espiaram dentro do caldeirão. De perto, a poção parecia uma lama escura e espessa que borbulhava devagar.

— Tenho certeza de que fiz tudo direito. E Charles passou aqui mais cedo para me fazer ter certeza que fui bem, então eu fui bem. – disse Hermione, nervosa, relendo a página manchada de Poções muy potentes. – Parece que o livro diz que deve... depois que bebermos a poção, teremos exatamente uma hora antes de voltarmos a ser nós mesmos.

— E agora? – sussurrou Rony.

— Separamos a poção nos três cálices e acrescentamos os cabelos.

Hermione serviu grandes conchas da poção em cada cálice. Depois, com a mão trêmula, sacudiu o fio de cabelo de Rosie Green do frasco para dentro do primeiro cálice. A poção assobiou alto como uma chaleira fervendo e espumou feito louca. Um segundo depois, mudou para a cor verde.

— Grrr, essência de Rosie Green – disse Rony, olhando-a com nojo.

— Ponha os fios na sua, então – disse Hermione.

Harry deixou cair os fios de cabelo de Goyle no cálice do meio, e Rony pôs os de Crabbe no último. Os dois cálices assobiaram e espumaram: o de Goyle mudou para um cáqui cor de piolho, e o de Crabbe para um castanho encardido e escuro.

— Calma aí – disse Harry quando Rony e Hermione estenderam a mão para os cálices. – É melhor não bebermos tudo aqui... Quando nos transformarmos em Crabbe e Goyle não vamos caber no boxe. Vamos esmagar a forma da Rosie.

— Bem pensado – disse Rony, destrancando a porta. – Ficaremos em boxes separados.

Tomando cuidado para não derramar nem uma gota de Poção Polissuco, Harry entrou no boxe do meio.

— Prontos? – perguntou.

— Prontos – responderam as vozes de Rony e Mione.

— Um... dois... e três...


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