TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 34
Capítulo 34 — Para Sempre, Para o Resto de Suas Vidas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803380/chapter/34

Remus respirou fundo com os olhos fechados. Apreciando o doce som do mar e o toque suave da areia sob seus dedos dos pés, enquanto uma brisa um tanto fria batia em seu rosto que já estava começando a ganhar barba.

— Então é aqui que você se encontra. – cantarolou James, e Remus sentiu o amigo se sentar ao seu lado. – Seu cachorro tá te procurando por todos os cantos da casa.

— Eu não sabia que tinha um cachorro. – disse Remus abrindo os olhos e olhando para o amigo que tinha um sorriso ridículo no rosto.

— Claro que tem – retrucou James. – Cabelos pretos e olhos cinzas, idiota que tem as piores piadas ainda por cima.

— Um cachorro falante – Remus riu. – Eu posso ganhar dinheiro com isso.

James riu de volta e então olhou para o mar na frente deles.

— Você está bem, Moony? – perguntou o Potter de repente, seus olhos ainda voltados para o mar. – Tem estado quieto nesses dias.

Remus franziu a testa e voltou a olhar para o mar também. De fato, ele não estava em seu melhor humor nos últimos dias, até meses se fosse para ele ser sincero. Cada dia que se passava, seu último ano em Hogwarts chegava ao fim, e com o fim, se iniciaria a Ordem da Fênix. E ele não era idiota para não sentir medo com aquela ideia, entrar para aquele exército para lutar em uma guerra onde o lado do bem parecia estar perdendo a cada minuto que se passava.

Ele suspirou. Não, ele não estava bem.

— Você não está preocupado? – ele perguntou por fim, olhando para James que se virou para ele. – Digo... Logo iremos sair de Hogwarts, e vamos entrar em algo muito maior que nós mesmos. Não te assusta essa ideia? De lutar nessa guerra?

James ficou sério. E Remus pode observar com clareza o quanto o seu amigo havia crescido. Olhando para ele naquele momento, vendo ele pensar na pergunta de Remus com tanta seriedade e concentração. Naquele momento, seu amigo não parecia nada com o garoto James Potter de anos atrás que vivia fazendo gracinhas com os outros alunos e tomando suspensão a cada uma hora.

Ele parecia um homem.

— Estou. – respondeu James fazendo Remus olhá-lo surpreso. – O que? Vamos não me olhe assim, Moon. Por mais confiante que eu sempre insisto em parecer, o mais seguro e toda essa bobagem... Eu também sou apenas eu. James Potter, não alguém realmente forte ou importante. Apenas eu.

Ele sorriu suavemente e olhou para o mar.

— Eu tenho medo, estou com medo agora se quer saber – continuou ele. – Tenho vocês comigo, meus melhores amigos, e tenho a mulher que eu amo mais que tudo e que desejo ter uma longa vida ao lado dela. Remus, eu tenho tudo agora. Tudo para ser o homem mais feliz do mundo, e acredite, eu sou.

Ele balançou a cabeça e franziu os lábios.

— Eu tenho tudo agora... Mas eu posso perder este tudo em um piscar de olhos. – disse James agora olhando diretamente para o Lupin. – Eu tenho o meu lado ingênuo que acredita que vamos passar por essa guerra ilesos, que tudo vai acabar e estaremos vivos e bem. Mas também tenho o meu lado real. Que sabe, que sente... Que nem todos vão voltar dessa guerra. Talvez todos não voltemos.

Remus olhou para trás, observando a enorme mansão de praia dos Potter. E pelas janelas enormes de vidro, podendo ver seus amigos reunidos dentro da casa rindo e conversando. Todos tão felizes e seguros que Remus não queria nada mais, a não ser congelar o tempo. E ficar naquele momento para sempre.

— É normal ter medo do que vem pela frente, Remus – continuou James. – Principalmente quando este medo tem haver com perder todos aqueles idiotas queridos lá dentro – Remus sorriu, sentindo os olhos arderem por lágrimas contidas. – Mas não podemos viver no futuro, não quando estamos no presente e temos cada um deles com a gente. Quando estamos vivos e ainda somos infinitos.

Remus olhou para o Potter e viu que ele também estava sorrindo e também tinha lágrimas nos olhos, mas estava as deixando cair tranquilamente.

— Somos o que somos, Remus Lupin – disse James com um suspiro trêmulo. – E somos tudo o que temos. Lembre-se disso, sim?

Remus abriu a boca para perguntar o que aquilo significava mas foi impedido pelos gritos de Sirius:

— Olha eles ali! – gritou o Black saindo da casa, o restante dos amigos logo atrás dele. – Tomando friagem!

— Você fala como se fosse alguém responsável, Black – comentou Richard revirando os olhos.

— Eu sou alguém responsável – retrucou Sirius dramaticamente.

— E eu sou um astro do rock – retrucou Peter fazendo os outros rirem enquanto Sirius mostrava o dedo do meio ele. – Olha só, quão maturo.

— Remus, estão fazendo bullyin com a minha responsabilidade – choramingou o Black caindo na areia do outro lado de Remus.

— Como eles podem estar fazendo bullyin com algo que nem existe? – perguntou Remus sorrindo marotamente.

O restante dos amigos fez um alto “ooh” enquanto Sirius olhava como se tivesse sido traído por Remus.

— Se senta direito, criatura – resmungou Sharon se sentando ao lado de Sirius e batendo na barriga dele.

E assim, todos se sentaram do lado do outro de frente para o mar. Sirius, Sharon, Brian, Richard, Edie do lado esquerdo de Remus, de seu lado direito, James, Lily, Peter, Hannah, Alice e Frank. Eles apenas ficaram ali, observando as ondas indo e vindo, enquanto o vento batia levemente em seus rostos.

E as preocupações de Remus não estavam mais presentes, após as palavras de James, ele aceitou que realmente não podia ficar vivendo no futuro do “o que vai acontecer” o que restava para ele fazer naquele momento, era apenas viver e aproveitar o que tinha com cada uma daquelas pessoas ao seu lado. Porque de fato, naquele momento eles ainda eram infinitos.

— Então – começou Brian sorrindo para todos eles. – O que vamos fazer para hoje a noite? Temos que ter um baita Natal!

— É verdade – concordou Remus sorrindo. – O último Natal em que ainda somos estudantes de Hogwarts. Tem que ser algo especial.

— Eu concordo Moonshine! – falou James feliz.

— EI! Não chame o meu Moonshine de Moonshine! – rosnou Sirius esticando o braço atrás da cabeça de Remus e batendo na cabeça de James.

— AI! Mamãe disse que é feio bater! – retrucou James fazendo bico.

— Eu estou cercado de idiotas. – resmungou Richard choroso para Edie que riu e acariciou os cabelos do alemão que ronronou feliz.

— Você parece um gato – riu Brian para o irmão de alma que apenas o ignorou.

— O único gato aqui, sou eu – disse James alto.

— Você não é um gato, você é um veado. – retrucou Peter fazendo os outros rirem e James olhá-lo irritado.

— CERVO!

— Gente! – chamou Alice rindo. – Vamos focar no nosso Natal, sim?

— Por favor – disse Lily balançando a cabeça. – O que faremos de especial?

Ficou-se silêncio pensativo. Cada um ali pensando no que eles poderiam fazer, e então, Sirius gritou tão alto que Remus e Sharon que estavam ao seu lado sentiram que ficaram surdos.

— JÁ SEI! – exclamou o Black se levantando e começando a pular. – JÁ SEI!!!

— Sirius, pelo amor de Deus, fale de uma vez! – resmungou Richard revirando os olhos. – Não precisa desse escândalo!

— Deixa eu falar! – retrucou Sirius alegre e jogando areia com o pé de maneira certeira na cara de Richard que estava com a boca aberta. – Meleca. – e saiu correndo.

— Ora seu... – dito isso, Richard se levantou e correu atrás de Sirius que corria como uma gazela sendo perseguido por um tigre. Ou no caso, a imagem estranha de um cachorro fugindo de um megalodonte. – VOLTE AQUI!

Richard então pulou em cima de Sirius e os dois caíram perto do mar, e enquanto os dois rolavam na areia, eles não viram a onda indo na direção deles.

— Olhaaa a ondaaa! – gritaram Brian e James rindo e levantando os braços.

Antes que os dois tivessem a chance de se levantar e fugir, a onda bateu com tudo neles, fazendo eles lamentarem de frio e os outros rirem alto. Richard amaldiçoava Sirius aos quatro ventos de raiva enquanto o Black balançava a cabeça com força para o lado e para o outro.

— Huum... Sirius, você está fedendo a cachorro molhado. – brincou Lily quando os dois amigos voltaram para perto.

— Evans, você é tão engraçada. – disse Sirius irônico enquanto tirava o cabelo dos olhos. – Pode ir trabalhar com humor.

— Meu sonho! – brincou ela piscando para ele. – Agora, qual é a sua ideia para o nosso Natal? – perguntou Lily enquanto Richard voltava a se sentar ao lado de Edie que fez questão de fazer carinhos no cabelo do alemão, sabendo que isso era a única coisa que o acalmava.

— Ah sim, bem, antes de eu ser rudemente interrompido – olhou para Richard que revirou os olhos. –, eu tive a ideia de... nos casarmos.

Cada um ali ficou olhando para a cara de pateta de Sirius até Frank finalmente dizer:

— Certo, então gente quem tem uma ideia para o que vamos fazer no Natal? – perguntou Frank olhando para os outros amigos.

— É sério! – resmungou Sirius cruzando os braços. – Eu não estou falando de casamento tipo aqueles de igreja, estou falando de um casamento de companheirismo.

— Como assim? – perguntou Lily curiosa.

— Bem... um casamento para mostrar que estaremos sempre juntos. Um pelo o outro. Você pelo James, e vice-versa. Edie e Rich, Brian e Sharon, eu e o Remus porque somos os únicos solteiros aqui... E por ai vai. – explicou Sirius abrindo um enorme sorriso. – Um casamento como uma promessa de que estaremos juntos. Sempre.

— Com anel? – perguntou James sorrindo.

— Claro! O anel seria a prova de nossa promessa. – disse Sirius agora olhando para Remus. – Assim, caso nos separarmos, estaremos juntos. – olhou para todos os outros.

— A gente podia também ter um anel específico que todos nós usaríamos – comentou Frank timidamente. – Este usaríamos com uma corrente no pescoço, e marcado neste anel teria ou nossas iniciais ou... Algo específico do outro.

— Perfeito – concordou Brian sorrindo. – podia ser algo específico de nós mesmos. Tipo: o James seria um cervo, o Remus um lobo, Sirius um cachorro, Petey seria um rato, Rich um tubarão...

— Eu seria uma pena de escrever – disse Frank.

— Eu seria uma corça – disse Lily sorrindo carinhosamente para James que deu um beijo suave na testa dela.

— Uma pilha de livros para mim. – disse Sharon orgulhosa.

— Uma estrela para mim – disse Brian olhando para Richard, e os dois sorriram um para o outro, claramente lembrando de alguma conversa que tiveram antes.

— Uma espada para mim. – disse Edie sorrindo para a confusão dos amigos. – Eu faço esgrima, e sou muita boa em lutas com espada.

— Edie, você é uma rainha – Sirius disse olhando encantado para ela.

— Obrigada, querido.

— Uma varinha para mim, então – disse Alice piscando para Edie. – Afinal, sou a melhor em duelos.

— Uma pequena árvore para mim – disse Hannah sorrindo suavemente. – Sou muito boa em Herbologia.

— Você é a melhor. – sussurrou Peter cheio de carinho para ela.

— Bem, acho que temos a ideia perfeita para o Natal, então – disse Sirius animado.

— E essa é a ideia mais idiota que já ouvi. – comentou Remus com um sorriso de lado. – Quando vamos preparar tudo?

— Agora mesmo! – disse Lily já se levantando, parecendo bastante animada. – Vamos nos separar para as preocupações. Mulheres?

Edie, Sharon, Hannah, Alice e Sirius olharam para Lily com os olhos brilhando para o que iriam fazer.

— Nós iremos cuidar da decoração da praia para ser bem confortável e aconchegante aqui – disse Lily.

— E o que iremos fazer? – perguntou Brian apontando para si mesmo e os outros homens.

— Vocês vão comprar os anéis que vão ficar nos pescoços e os próprios anéis para dar ao seus pares – disse Lily. – E então vão no mercado comprar várias besteiras e comida para hoje. Depois que a gente arrumar tudo, iremos comprar juntas os nossos anéis.

E assim, Lily e as outras mulheres, e Sirius saíram andando discutindo o que iriam colocar na praia. Deixando seus devidos pares para trás.

— Bem – disse Richard. – vamos ter um longo dia.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


E de fato foi um longo dia. Todos trabalharam para que aquela noite fosse inesquecível em suas vidas. As mulheres e Sirius tornaram a praia bem confortável e quente para aquela noite, e depois dos homens terem comprado os anéis e as comidas no mercado, Richard e Remus prepararam a ceia para aquela noite - com Brian e Peter atrapalhando de vez em quando para roubar alguma comida.

Então, quando já era oito horas, e cada um deles já estavam arrumados e prontos para aquela noite de véspera de Natal, com seus devidos anéis no bolso, eles se encontraram no lado de fora da mansão. Seus sorrisos eram cheios e felizes ao verem a decoração durante a noite com as estrelas brilhando no céu junto com a lua minguante.

Tinha uma mesa enorme farta de comida e bebida num canto. No centro, onde eles estavam sentados mais cedo, dois longos sofás vermelhos confortáveis do lado esquerdo e direito de frente para o outro, e no meio uma fogueira em que sua fumaça tinha o cheiro de amora.

— Isso é perfeito – sussurrou Remus só podendo sorrir para todo o trabalho em sua frente.

— E é nosso. – disse James sentindo o coração se encher de carinho e todos os seus medos do futuro sumirem por um tempo.

De fato era deles. E eles aproveitaram, comeram e beberam juntos sentados nos sofás enquanto conversavam e brincavam um com o outro. Já era quase natal quando eles resolveram dar os anéis. Começando por James e Lily.

— Bom – começou James sorrindo cheio de carinho para Lily. –, como Sirius disse, este anel seria como um símbolo. Um símbolo de que estaremos sempre juntos, que eu estarei com você mesmo quando não estiver de fato. Você me perguntou uma vez se eu já pensei em desistir de um futuro com você em algum momento enquanto você me rejeitava. A resposta é nunca. Nunca pensei nisso, e nunca vou pensar. – ele colocou a mão que não estava segurando o anel na bochecha dela. – Eu te amo muito, e continuarei te amando mesmo depois de morrer. Eu te prometo isso.

Ele beijou a testa dela antes de continuar:

— E com este anel – colocou o anel no dedo anelar dela. – eu te prometo o meu coração. E que... Se caso acontecer algo comigo então que você tenha este anel, para se lembrar de mim.

— James – Lily suspirou e deu selinho demorado nos lábios do Potter. –, realmente não era o meu plano se apaixonar por você, muito menos ter uma vida ao seu lado. Mas aqui estou, e não me arrependo um segundo por isso. Eu também te amo muito, e todos os dias ao seu lado, conhecendo cada pequena parte sua, é algo que só posso agradecer por você me permitir. Colocando este anel em seu dedo, eu te dou a promessa de me ter ao seu lado todos os dias futuros para viver, amar e lutar. – colocou o anel no dedo anelar de James. – E se caso algo acontecer comigo, então que você tenha este anel, para sempre se lembrar de mim.

E assim, cada um ali entregou o anel ao seu par com algo a dizer para eles antes de por o anel no dedo. Cada um deles prometendo amor e sempre estar ali um pelo outro, prometendo a garantia que aquele anel sempre seria uma memória não só do outro como também daquela noite, daqueles anos em que eles eram felizes, vivos e infinitos.

Então chegou em Remus e Sirius.

— Bom – começou Sirius sorrindo maroto. – é a vez dos solteirões agora. – brincou ele fazendo os outros rirem. Ele olhou para Remus ao seu lado e sorriu afetuosamente para o lupino. – Remus, meu amigo mais querido – ele parou e olhou para o anel que segurava. – Sabe, eu realmente não consigo me ver dando este anel para mais ninguém se não você. – olhou para Remus. – É seu, sempre foi e sempre será seu este anel que de dou.

Ele colocou o anel no dedo de Remus gentilmente.

— Com ele eu prometo nunca te deixar sozinho Moony, estar com você até mesmo quando não estiver. E se caso acontecer algo comigo, olhe para este anel e lembre-se de mim e saiba que eu ainda vou estar com você. Aqui dentro. – levou a outra mão para o coração de Remus.

Remus sorriu suavemente para o amigo e concordou com a cabeça.

— Assim como você, Sirius – começou Remus. – eu não me imagino dando este anel para outra pessoa. Acho até que sempre foi para ser assim, eu e você. – Sirius sorriu largo. – Obrigado, por tudo, por ter estado ao meu lado e por ainda estar, pelas nossas conversas e garantias. Eu não podia ter pedido um cachorro mais leal para se ter ao meu lado. E saiba que, eu sempre serei o lobo ao seu lado para te proteger e cuidar de você, garantir que não faça nada muito estúpido, sim? – todos riram. – E com este anel que te dou, prometo te aguentar para sempre. E que, se algo acontecer comigo, então que você o tenha para se lembrar de mim.

E assim, cada par agora tinha seus anéis em seus dedos e promessas quentes e eternas em seus corações. Ainda não havia chegado o Natal quando a pedido de Edie, o piano dos Potter foi colocado na praia ao lado de onde eles estavam sentados.

— Vai, Richard – pediu Brian balançando o braço do irmão de alma. – Você é o melhor em tocar piano!

E com os pedidos dos outros amigos e um sussurro no ouvido por Edie, Richard suspirou e se sentou para tocar o piano. Ele começou com uma música suave e leve, fazendo todos ali se sentirem felizes e em paz um do lado do outro.

Brian então se levantou e foi até a mesa onde ainda tinha algumas comidas e bebidas, abriu uma caixa que estava ali e tirou duas correntes com anéis pendurados nela. Os anéis eram prateados e por todo o circulo tinha os desenhos: cervo e corça, rato e árvore, lobo e cachorro, espada e tubarão, estrela e uma pilha de livros, uma varinha e uma pena de escrever.

Brian foi até onde Richard estava concentrado tocando o piano, e sem assustá-lo, colocou a corrente em seu pescoço.

— Antes de você eu sempre fui sozinho – sussurrou Brian para Richard que ainda olhava para o piano em que tocava mas agora tinha um sorriso no rosto. – Então eu pedi para uma estrela cadente me dar um irmão. Uma alma gêmea a quem eu confiaria a minha vida. E então, uns dias depois, você apareceu.

Richard olhou carinhosamente para o irmão, não perdendo o ritmo da música que tocava.

— Obrigado por cuidar de mim, Megalodonte. – Brian piscou para Richard que riu baixo. – Vou colocar em mim já que você está com as mãos ocupadas. – disse ele colocando a outra corrente com o anel em si próprio. – Como você consegue continuar tocando sem olhar?!

— Porque eu sou o melhor em tocar piano. – repetiu Richard o que o amigo havia dito antes.

Assim como Brian, cada um ali começou a colocar as correntes no outro. James colocou a corrente no pescoço de Sirius, e Sirius colocou no pescoço do Potter. Remus colocou no de Lily e vice-versa, Peter colocou no de Frank e o Longbottom colocou no de Peter. Alice no de Sharon e vice-versa, Hannah em Edie, e vice-versa.

E assim o Natal finalmente chegou. Era meia noite.

E como combinado entre Lily, Sharon e Edie, as três foram até os seus homens e sussurraram gentilmente:

— Feliz Natal, papai.

Richard que estava tocando quando Edie lhe sussurrou aquilo, olhou para ela totalmente chocado, observando a mulher acariciando a própria barriga sinalizando a espera de um bebê. No mesmo instante a música que Richard se tornou mais cheia e emotiva, como se eles estivesse de fato transmitindo o que estava sentindo com aquela notícia que acabara de receber.

Já James e Brian quando escutaram o sussurro das mulheres foram os mais escandalosos possíveis em uma reação idêntica:

— EU VOU SER PAPAI! – os dois se olharam surpresos e apontaram um para o outro. – VOCÊ VAI SER PAPAI! VAMOS SER PAPAI!

Richard ria enquanto continuava tocando, estava chorando totalmente emocionado enquanto Edie estava abraçada atrás dele acariciando seus cabelos e rindo da reação dos outros.

— Espera, o que? – perguntou Sirius e Peter com os olhos arregalados. – Papais?

James, Brian e Richard acenaram com a cabeça felizes.

— VAMOS SER PAPAIS! – gritaram o Black e o Pettigrew se abraçando emocionados.

Remus abraçou Lily apertado sentindo a felicidade de sua irmã de alma ser transmitida por toda a conexão única que eles tinham.

Naquele momento, eles eram todos as pessoas mais felizes do mundo. Pois eles de fato tinham tudo. Tinham amizade, amor, vida, felicidade. Eles eram infinitos, brilhavam e brilhavam como estrelas cadentes passando pelo mundo e deixando suas marcas, deixando suas lembranças e promessas.

E quando James Potter gritou para aquela estrela que ele vivia vendo e que o mantinha calmo quando estava nervoso sobre o futuro:

— EU VOU SER PAPAI!

E a estrela brilhou mais do que nunca, era uma promessa também.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


1992.

Remus suspirou fundo e abriu os olhos, olhando para a corrente em sua mão, a corrente que carregava a promessa de todos. Os desenhos que significavam cada um dos seus amigos ainda estava bem nítido no anel.

— Tempos de ouro. – sussurrou Remus sorrindo triste. – Éramos infinitos.

Olhou atentamente para o desenho do cervo e sentiu as lágrimas subirem em seus olhos.

— Agora eu entendo, meu amigo – sussurrou ele sentindo uma lágrima cair. – Somos o que somos, e somos tudo o que temos.

Fechou o baú onde encontrou a corrente e saiu do quarto de tranqueiras da casa. Indo direto para a cozinha onde encontrou Edwiges esperando por ele em cima da mesa, com uma carta em seus pés.

— Em que problemas minhas crias se meteram agora, querida? – ele perguntou para Edwiges que apenas piou.

Abriu a carta e leu, era apenas Sophie avisando que passaria o Natal em Hogwarts para ficar de olho em Harry e nos outros amigos que pretendiam ficar lá.

— Bem... – ele olhou para a corrente com o anel que havia colocado em cima da mesa. – Acho que vou ter que ir para Hogsmeade para entregar isto pessoalmente para ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.