TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 31
Capítulo 31 — Promessas de Irmãos




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Quando Sophie acordou horas depois dela e Harry conversarem com Dobby e ouvirem sobre o ataque do monstro contra Colin Creevey, ela ainda estava se sentindo preocupada e mal por tudo que havia escutado de Dobby e o que havia acontecido com o Colin.

Era óbvio tanto para ela quanto para Harry que o garotinho estava querendo trazer as uvas para eles com a intenção de alegrá-los e provavelmente alogiá-los de como eles jogaram no quadribol. E por conta disso, ele havia sido pego.

Sophie não pode evitar mas se sentir culpada. Ela sentia que não havia tratado Colin como o garoto merecia, claro que ele era chatinho, mas era o jeito dele, o jeito dele de mostrar o quão animado estava em entrar naquele mundo bruxo e de conhecer, não só Harry, mas por algum motivo ela também. E enquanto se sentava em sua cama, ela olhou na direção em que Colin havia sido colocado para encontrar as cortinas em volta da cama dele todas fechadas. Com um aperto no peito, ela prometeu que o trataria melhor quando Colin melhorasse.

— Bom dia. – Remus disse ao entrar na ala hospitalar, se sentando ao lado da cama dela. – Como se sente?

Sophie deu um sorriso fraco e respirou fundo.

— Um pouco enjoada e com a cabeça latejando... Mas vou sobreviver. – ela respondeu e olhou para Harry que ainda dormia. – Madame Pomfrey disse que vou ficar aqui por mais três dias.

— Seria bom. – concordou Remus acariciando o cabelo dela. – Você não quer que seus admiradores vejam você desmaiando por ai, quer?

— Eu tenho uma reputação a manter. – brincou ela. – Você está bem? – ela perguntou observando o rosto que agora não continha tanto cansaço como ontem quando ela acordou.

— Você está acordada e viva... – disse ele, a voz falhando um pouco. – Enquanto permanecer assim, eu vou ficar bem.

Sophie franziu a testa, e pegou e a mão do padrinho, dando um aperto firme nela.

— Não gosto quando você diz isso. – ela falou séria, olhando para as mãos unidas. – Me preocupa.

— Como assim?

— Moony – ela suspirou e focou os olhos no rosto dele. – não é só porque você é mais velho que eu, que significa que você vai morrer primeiro. – ela viu o rosto dele se tornar firme e frio, mas ela não parou, ela tinha que fazer ele entender – Antes de eu dormir eu fiquei pensando nisso, eu podia ter morrido e por algum motivo, eu ainda estou aqui. A minha parte da história não terminou... Mas... Eu posso morrer primeiro que você.

— Sophie... – ele começou tentando soltar a mão da dela, mas ela segurou firme.

— É sério, Remus. – ela disse firme. – Eu sei que você não quer ouvir mas é a verdade. Acidentes acontecem, pessoas más existem, mesmo o nosso mundo tem doenças. – ela suavizou a voz. – Eu preciso saber que você ficaria bem se eu... Se algo acontecesse comigo.

Remus fechou os olhos e deixou a cabeça cair, sua testa caída nas mãos unidas deles.

— Eu não ficaria. – ele respondeu baixo. – Não acho que aguentaria.

Sophie colocou a mão livre nos cabelos dele, acariciando carinhosamente.

— Você é forte, Remus. – ela sussurrou sorrindo. – Só que eu acho que você ainda não percebeu isso. Mesmo depois de todos esses anos, você ainda pensa muito pouco de você mesmo.

Ele levantou a cabeça e olhou para ela, seus olhos antigos olhando para ela cheios de amor. E ela retribuiu aquele mesmo amor para aquele homem que era seu padrinho, era seu pai e sua mãe.

— Se... – ele parou com um suspiro e voltou a falar com mais firmeza. – Se algo acontecer com você algum dia, que estrelas acima proíbam isso, eu prometo que vou tentar continuar.

— Esse é o meu Moony. – ela sorriu para e olhou para a porta da ala hospitalar, vendo Aslan entrando tranquilamente. – Olha o meu protetor!

Ela ainda lembrava de Alec quando via Aslan. O leão se aproximou e se sentou no chão bem próximo a cama dela, a olhando atentamente com aqueles olhos cor de mel, que carregavam mais sentimentos que Sophie jamais havia visto nos olhos de pessoas. Sorrindo, ela acariciou a juba dele.

— Ele ficou devastado também. – comentou Remus olhando para o leão. – Nos oito minutos... Ele caiu no chão e ficou parado, te olhando até o momento em que você voltou.

— Me desculpe, fiel amigo. – sussurrou Sophie para o leão. – Vou ser mais cuidadosa na próxima vez.

— Sobre isso... – começou o padrinho, sua voz um tanto irritadiça. – você realmente quer voltar a voar?

— De novo não – resmungou a Potter. – Moon não começa.

— É claro que vou começar – retrucou ele. – É simplesmente ridículo, é muito perigoso...

— Como eu posso dormir com você falando tão alto, Remus? – resmungou Harry de repente, abrindo os olhos na direção do padrinho. – Francamente, a ala hospitalar é um lugar de silêncio.

Sophie sorriu e piscou para o irmão, que sorriu de volta para ela. Ela voltou a olhar para Remus, que estava com as mãos no rosto e balançando a cabeca para am esquerda e direita, claramente sem paciência com eles.

— Escutem aqui, bagunças – começou ele, tirando a mão dos rosto e olhando com falsa repreensão para eles. – Se eu proibir vocês de jogarem quadribol, vocês vão ser uns queridos e me obedecerem?

— Não. – respondeu Harry calmamente.

Nein.— respondeu Sophie ao mesmo tempo com um largo sorriso. – Aprendi com o Erik, ele está me ensinando alemão.

Remus revirou os olhos.

— Eu não sei porque eu ainda tento. – suspirou ele, olhando para os dois afilhados.

— Na verdade – começou Sophie olhando atentamente para Remus. –, estou surpresa que sua preocupação está sendo a gente voar ao invés dos ataques acontecendo aqui em Hogwarts.

— Vocês dois são mestiços. – respondeu Remus dando de ombros. – Seja o que for que está atacando, não é realmente perigoso para vocês. E vocês tem amigos que vem de pais trouxas.

Remus lançou um olhar conhecedor para eles.

— Não importa o quanto eu implorasse ou arrastasse vocês para fora deste castelo, vocês não sairiam. – continuou o Lupin calmamente. – Não quando seus amigos correm perigo.

Os irmãos se olharam e concordaram. Remus estava totalmente certo. Nenhum deles iria deixar os amigos para trás, principalmente quando eles correm perigo. O olhar de Sophie passou por onde a cama em que Colin estava deitado, coberta pelas cortinas em volta.

— A gente ouviu ontem. – comentou ela ainda olhando para aquele canto. – Ouvimos vocês trazendo o Colin.

— É amigo de vocês? – perguntou Remus. – Aparentemente ele estava vindo para cá quando foi atacado. Trazia bastante uvas com ele.

— Vamos dizer que ele é mais um admirador – respondeu Harry com um suspiro. – Mas é um bom garoto. Grudento e bastante tagarela. Mas bom.

Sophie concordou.

— Ele vai ficar bem. – tranquilizou Remus.

— Não ocorreu no seu tempo? – perguntou Harry, voltando a olhar para Remus. – A Câmara Secreta?

— Por Deus, não. Foi muito antes do meu tempo... – respondeu Remus para Harry.

— Malfoy... – sussurrou Harry e Sophie revirou os olhos. – Remus, o pai do Draco, estudou com você? Quer dizer, estudou no mesmo ano que você?

— Não... Lúcio, por mais que não pareça é mais velho do que eu. Estudou em Hogwarts antes do meu tempo. – respondeu Remus pensativo. – Acho que Arthur e Molly chegaram a estudar com ele... Por que a pergunta?

— Harry acha que os Malfoy são os herdeiros de Salazar Slytherin. – comentou Sophie.

Remus olhou sério para Harry. Piscou várias vezes e então gargalhou abruptamente. Sophie sorriu e Harry revirou os olhos.

— Tá já entendi. – resmungou o Potter mais novo enquanto o padrinho ainda ria. – Tá bom, Remus, já chega.

Remus continuou rindo, suas vão estavam na barriga.

— Haha, é muito engraçado minha teoria. – continuou resmungando o Potter.

O sorriso de Sophie estava mil vezes maior.

— Desculpem – pediu Remus parando de rir, respirando com dificuldade por conta da gargalhada. – eu não consegui evitar.

— Notamos.

— Mas a ideia de Lúcio Malfoy ser o herdeiro de Slytherin é simplesmente hilária. – Remus ainda ria um pouco.

— Vai desistir daquele plano? – perguntou Sophie para o irmão enquanto o padrinho ainda ria.

— Não. – retrucou o Potter mais novo emburrado.

— De qualquer forma – começou Remus agora devidamente calmo. – Peço para que fiquem juntos. Não andem pelos corredores sozinhos e nada de ficar passeando muito tarde pelos corredores também. – disse a última parte olhando diretamente para Sophie.

— Senti a direta, Moony. Doeu. – disse Sophie colocando a mão sob o peito. – Mas eu entendo e vou parar de andar pelos corredores tarde da noite.

— Eu fico emocionado quando você me obedece. – disse Remus sorrindo. – Ah, sim, Dumbledore está pensando em aprovar uma ideia que Lockhart teve e por incrível que pareça, a ideia é boa.

— Qual é? – perguntou Harry. – Depois do que ele fez no meu braço, duvido muito.

— Lockhart está pensando em abrir um Clube de Duelos, para os alunos se protegerem enquanto o culpado não é apanhado. – respondeu Remus.

— Isso é realmente uma boa ideia! Foi realmente do Lockhart?! – questionou Sophie incrédula.

— Sim, foi. Fiquei impressionado. – respondeu Remus. – E eu gostaria muito que vocês entrassem.

— Com certeza! – disseram os irmãos animados.

Remus sorriu para os dois.

— Certo. Bem, sinto em informar que irei embora hoje. Já estou tempo demais longe do Largo e não gosto de pensar no que Monstro possa ter feito durante minha ausência.

— Agora fiquei triste. – disse Sophie tornando a deita pois estava sentindo a cabeça tornar a dar pontadas, e o sono voltando para o sistema. – Vou sentir sua falta.

— Vai dormir, mini-Lily, eu ainda vou estar aqui quando você acordar. – sussurrou Remus acariciando o cabelo da Potter.

Sophie sorriu e permitiu os olhos se fecharem. Logo estava sonhando com chuva durante o verão.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Harry aproveitou quando Remus foi se encontrar com Dumbledore, e Sophie dormindo para sair da Ala Hospitalar. Andava em passos apressados para a Torre da Grifinória onde acreditava que Rony e Mione estariam, estava doido para contar para os dois o que acontecera com Colin e sobre o que Dobby havia dito e feito, mas não os encontrou lá. Saiu de novo a procurá-los, imaginando aonde poderiam ter precisado ir.

Quando passou pela porta da biblioteca, Percy Weasley ia saindo, com a cara muito mais animada do que na última vez que tinham se encontrado.

— Ah, alô, Harry. Vôo excelente naquele jogo, realmente excelente. Grifinória acabou de assumir a liderança na disputa da Taça das Casas, você marcou cinqüenta pontos!

— Sophie fez melhor. – retrucou Harry nada amigável, ainda se lembrando das palavras de Percy para a irmã. – Sabe, a garota que levou um balaço na cabeça por mim.

Percy teve a vergonha de ficar com as bochechas vermelhas.

— De qualquer forma, você não viu o Rony ou a Mione, viu? – perguntou Harry.

— Não. — respondeu Percy. – Espero que Rony não esteja metido em outro banheiro de meninas...

Harry forçou uma risada, esperou Percy desaparecer de vista e em seguida rumou direto para o banheiro de Murta Que Geme. Não conseguindo entender por que Rony e Hermione estariam lá de novo e, depois de se certificar que nem Filch nem outros monitores andavam por ali, abriu a porta e ouviu vozes que vinham de um boxe trancado.

— Sou eu. – disse, fechando a porta. Ouviu um estrépito, água se espalhando e uma exclamação no interior de um boxe e vislumbrou os olhos de Mione espiando pelo buraco da fechadura.

— Harry! Você nos deu um baita susto, entre, como está o seu braço hoje?

— Ótimo – respondeu Harry espremendo-se dentro do boxe. Havia um velho caldeirão encarrapitado em cima do vaso e uma série de estalos informaram a Harry que os amigos tinham acendido um fogo embaixo. Conjurar fogos portáteis, à prova de água, era uma especialidade de Hermione.

 — Pretendíamos ir ao seu encontro, mas decidimos começar a Poção Polissuco. – explicou Rony enquanto Harry, com dificuldade, tornava a trancar o boxe. – Decidimos que este era o lugar mais seguro para escondê-la.

Harry começou a contar aos dois o que acontecera com Colin, mas Hermione o interrompeu.

— Já sabemos, ouvimos a Profª. McGonagall contar ao Prof. Flitwick hoje de manhã. Foi por isso que decidimos começar...

— Quanto mais cedo a gente obtiver uma confissão de Malfoy, melhor. – rosnou Rony. – Sabem o que é que eu penso? Ele estava tão furioso depois'do jogo de Quadribol, que descontou no Colin.

— Mas há outra coisa – disse Harry, observando Hermione picar feixes de sanguinárias e jogá-los na poção. – Dobby veio me visitar no meio da noite.

Rony e Hermione ergueram a cabeça, espantados. Harry contou tudo que Dobby dissera – ou deixara de contar a ele. E também havia dito o que Remus havia lhe dito. Os dois escutaram boquiabertos.

— A Câmara Secreta foi aberta antes? – exclamou Hermione.

— Isso esclarece tudo. – disse Rony em tom triunfante. – Lúcio Malfoy deve ter aberto a Câmara quando esteve aqui na escola e agora ensinou ao nosso querido Draco como fazer o mesmo. É óbvio. Mas eu bem gostaria que Dobby tivesse lhe dito que tipo de monstro tem lá dentro. Quero saber como é que ninguém reparou nele rondando a escola.

— Talvez ele consiga ficar invisível... – Disse Hermione, empurrando as sanguessugas para o fundo do caldeirão. – Ou talvez possa se disfarçar, fingir que é uma armadura ou uma coisa qualquer, já li a respeito de vampiros-camaleôes...

— Você lê muito, Mione.

— Remus também me disse que a Câmara Secreta foi antes do seu tempo. – disse Harry. – Ele falou que Lúcio estudou aqui antes dele e do meu pai.

— Remus é mesmo muito gentil. – disse Hermione pensativa. – Em deixar você e Sophie aqui para ficarem com a gente.

— Sim ele é. – concordou Harry sorrindo.

— Ele seria um bom professor, não concordam? – perguntou Rony sorrindo para os amigos.

— Sim, ele seria um ótimo professor.

Ninguém imaginava que um velho andando de patins pelo corredor do banheiro havia escutado a última parte.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


A notícia de que Colin Creevey fora atacado e agora se achava deitado
como morto na ala hospitalar espalhou-se pela escola inteira até a manhã de domingo. A atmosfera carregou-se de boatos e suspeitas. Os alunos do primeiro ano agora andavam pelo castelo em grupos unidos, como se tivessem medo de serem atacados, caso se aventurassem a andar sozinhos.
    
Gina Weasley, que se sentava ao lado de Colin na aula de Feitiços, parecia atormentada, mas Sophie achou que era porque Fred e Jorge estavam tentando animá-la do jeito errado. Revezavam-se para assaltá-la pelas costas, cheios de pêlos e pústulas. Só pararam quando a própria Potter, bateu na cabeça dos dois com o Livro Monstruoso dos Monstros e ameaçou escrever a Sra. Weasley e contar que Gina estava tendo pesadelos.
     
Nesse meio tempo, escondido dos professores, assolava a escola um próspero comércio de talismãs, amuletos e outras mandingas protetoras. Neville Longbottom já comprara um cebolão verde e malcheiroso, um cristal pontiagudo e púrpura e um rabo podre de lagarto, quando os outros alunos da Grifinória lhe lembraram que ele não corria perigo; era puro sangue e, portanto, uma vítima pouco provável.

— Eles foram atrás de Filch primeiro. – disse Neville, seu rosto redondo cheio de medo. – E todo mundo sabe que sou quase uma azarado.

 Sophie, que já havia saído da Ala Hospitalar, por todos os lugares que passava por Hogwarts, ela era elogiada pelo incrível vôo que havia feito. E muitos olhavam para ela com grande admiração por estar viva. E como Sophie deixou claro que não queria ser chamada de fênix, todos só chamavam ela assim por suas costas.

Harry que havia ficado feliz pela irmã receber os elogios havia percebido que ela ficava emburrada toda vez que alguém a elogiava. Quando ele perguntou para ela sobre isso, ela respondeu com desinteresse.

— Eu não sei receber elogios, Harry. Na verdade, eu sinto como se não merecesse esses elogios. Quero dizer... Não é necessário.

— Bem, para mim, você merece. Todos os elogios do mundo. – retrucou Harry sorrindo.

Na segunda semana de dezembro a Profª. McGonagall veio, como sempre fazia, anotar os nomes dos alunos que continuariam na escola durante as festas de Natal. Harry, Rony e Hermione assinaram a lista; ouviram dizer que Draco ia ficar também, o que acharam muito suspeito. Todos do grupo também haviam decidido permanecer no castelo, para não deixar os três patetas sozinhos.

E de acordo com Mione, as festas seriam o momento perfeito para usar a Poção Polissuco e tentar extrair do garoto uma confissão.

Infelizmente a poção ainda estava na metade. Precisavam do chifre de bicórnio e da pele de ararambóia, e o único lugar onde poderiam obtê-los era no estoque particular de Snape. Pessoalmente Harry achava que era preferível encarar o monstro lendário da Sonserina a deixar Snape apanhá-lo assaltando sua sala.

— O que precisamos – disse Hermione, eficiente, quando se aproximava a aula dupla de Poções na quinta-feira à tarde –, é de uma distração. Então um de nós pode entrar escondido na sala de Snape e tirar o que for preciso.

Harry e Rony olharam para ela, nervosos.

— Acho que é melhor eu fazer o roubo propriamente dito. – continuou Hermione num tom trivial. – Vocês dois vão ser expulsos caso se metam em mais uma encrenca, mas eu tenho a ficha limpa. Então só o que têm a fazer é causar bastante confusão para distrair Snape por uns cinco minutos.

Harry deu um leve sorriso. Provocar confusão na aula de Poções de Snape era quase tão seguro quando espetar o olho de um dragão adormecido.

Mas a sorte estava ao lado deles.

Quando eles chegaram nas masmorras encontraram Sophie, a maior cutucadora de dragões que Harry conhecia, estava encostada na parede lendo um livro sobre Os Belos Vampiros do Texas. Ele sorriu mais ainda pois com a irmã lá dentro com eles, a chance de distrair Snape seria muito mais fácil.

— Oi Sophie. – disse ele se aproximando da irmã.

— E aí pessoal. – respondeu ela sorrindo para os três. – Prontos para irritar o dragão? Eu estou.

“Eu nem preciso pedir” pensou Harry divertido.

— Está animada. O que aconteceu? – perguntou Rony sorrindo.

— Fiz o senhor sabe tudo e famoso, passar vergonha na sala. – disse Sophie vitoriosa.

— Qual era o tema dessa vez? – perguntou Harry sorrindo animado por saber que Lockhart havia passado vergonha.

— Lobisomens. – respondeu a ruiva piscando para os três.

Nesse momento a porta se abriu e Snape saiu da sala com as mesmas vestes pretos e com o semblante sério. Olhou para os alunos e viu que Sophie estava lá.

— Potter. – disse ele. – Fico feliz que esteja de volta. – Era óbvio para todos que não estava feliz.

— Professor! Fico emocionada que sentiu minha falta! – disse a garota sorrindo. – Claro que eu não senti a sua, mas mesmo assim, me sinto tocada por saber que sentiu a minha ausência! Enfim, estou aqui agora, para sua alegria.

— Eu posso ver. – rosnou o diretor da Sonserina baixo.

— É claro que pode. – concordou Sophie passando pelo diretor. – Você não é cego.

Eles entraram e Sophie ficou no fundo enquanto Harry, Rony e Mione sentavam no lugar de sempre. A aula de quinta-feira à tarde transcorreu como sempre. Vinte caldeirões fumegavam entre as carteiras de madeira, sobre as quais havia balanças e frascos de ingredientes. Snape andava por entre os vapores, fazendo comentários mordazes sobre o trabalho dos alunos da Grifinória, enquanto os da Sonserina davam risadinhas de aprovação. Draco Malfoy, que era o aluno favorito de Snape, não parava de mostrar olhos de peixe baiacu para Rony e Harry, que sabiam que se revidassem receberiam uma detenção mais rápido do que conseguiriam dizer “injustiça”.
    
A Solução para Fazer Inchar que Harry preparou ficou muito rala, mas ele tinha coisas mais importantes em que pensar. Estava à espera do sinal de Hermione, e mal ouviu quando Snape parou para caçoar do ponto de sua poção. Quando Snape deu as costas para implicar com Neville, Hermione olhou para Harry e fez um aceno com a cabeça. Harry se abaixou depressa por trás do próprio caldeirão, tirou do bolso um dos fogos Filibusteiro de Fred e deu-lhe um leve toque com a varinha. O fogo começou a borbulhar e a queimar. Sabendo que só dispunha de segundos, Harry se levantou, mirou e atirou o fogo no ar; ele caiu dentro do caldeirão de Doyle.

Sophie, que viu o que o irmão fez, revirou os olhos e puxando a melhor interpretação que poderia naquele momento, começou a gargalhar antes que o caldeirão de Goyle explodisse, chamando atenção de toda a turma e de Snape.

No exato momento em que Snape olhou para ela, a poção de Goyle explodiu, chovendo sobre a classe inteira. Os alunos gritaram quando os borrifos da Solução para Fazer Inchar caiu neles. Draco ficou com a cara coberta de poção e seu nariz começou a inchar como um balão; Goyle saiu esbarrando nas coisas, as mãos cobrindo os olhos, que tinham inchado até atingir o tamanho de um prato. Snape tentava restaurar a calma e descobrir o que estava acontecendo. Na confusão Sophie viu Hermione entrar discretamente na sala do professor.

— Silêncio! SILÊNCIO! – rugiu Snape. – Os que receberam borrifos, venham aqui tomar uma Poção para Fazer Desinchar, quando eu descobrir quem foi o autor disso... SOPHIE! PARE DE RIR!
 
Isso só fez com que a Potter mais velha continuasse a rir mais alto. Harry procurou não rir ao ver Draco correr para frente da sala, a cabeça pendurada por causa do peso de um nariz do tamanho de um melão. Mas se tornava difícil não rir pois a risada da irmã era contagiosa. Enquanto metade da classe se arrastava até a mesa de Snape, alguns sobrecarregados com braços grossos como bastões, outros com os lábios tão inchados que não conseguiam falar, Harry viu Hermione tornar a entrar, sorrateiramente, na masmorra, com a frente das vestes estufada.

— Se eu souber que foi você Potter – disse Snape olhando para Sophie que já havia parado de rir, mas tinha os olhos brilhando.

— Por favor, professor. Eu não seria tão inteligente para usar tal artimanha para estragar sua aula. – disse Sophie carregando um sorriso travesso no rosto. – Ou talvez eu seria, não sei. O mundo é cheio de mistérios.

— Se eu um dia descobrir quem jogou isso – sussurrou Snape. –, vou
garantir que esse aluno seja expulso.

Harry tomou o cuidado de fazer cara de espanto. Snape olhava diretamente para ele, e a sineta que tocou dez minutos depois não poderia ter sido mais bem-vinda.

Quando os três já estavam longe da sala de aula de Snape, Harry falou.

— Ele sabia que fui eu. Eu senti...

— É claro que ele sabe que foi você, seu pateta. – resmungou Sophie ao lado dele. – De qualquer forma, terminem logo essa poção, sim? E tomem cuidado, Snape vai querer ficar de olho em vocês mais agora.

— Falta pouco agora. – comentou Hermione.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— Por que você ainda está namorando com o Fred? – perguntou Dean ao lado de Sophie, os dois indo de encontro com Erik e Teresa para a aula de Herbologia.

— Como assim? – perguntou Sophie confusa.

— Se eu me lembro bem – Dean sorria. – Fizemos uma aposta. E... Você perdeu essa aposta.

Sophie parou abruptamente, olhando incrédula para o amigo que também havia parado e que tinha um largo sorriso no rosto olhando para ela.

— Eu levei um balaço na cabeça, caí da vassoura e morri por oito minutos. – disse ela. – A aposta foi devidamente anulada no momento em que eu caí da vassoura.

— Você está arrumando desculpas. – cantarolou Dean ainda com aquele sorriso irritante nos lábios.

— Não, eu não... – ela parou olhando irritada para ele. – Muito bem então, se eu me lembro bem, com todos os meus acertos vinte pontos. Quantos você fez?

— Vinte... – Sophie abriu um sorriso vitorioso. –... e um.

O sorriso caiu de seu rosto enquanto o de Dean se tornava maior.

— Tá mentindo.

— Não, não estou.

— Você não fez vinte e um pontos.

— Sim, eu fiz.

Sophie se sentia totalmente devastada. E todo o seu rosto estava dizendo isso. Eles voltaram a andar, encontrando Erik e Teresa indo na direção oposta do corredor para as estufas.

— Podem voltar, as aulas foram canceladas por hoje. – informou Teresa, quando chegaram neles. – Por causa do treino em duelos hoje.

— Você está bem? – perguntou Erik preocupado para com Sophie, que ainda estava totalmente devastada.

— Oh sim, ela está ótima – cantou Dean. – Ela só está com esse rosto porque perdeu a aposta. Eu ganhei dela no quadribol por um ponto a mais que o dela.

— Erik Pistris Lehnsherr, me diga que este idiota está mentindo. – implorou Sophie.

— O que vocês apostaram? – Erik perguntou cruzando os braços.

— Se ela vencesse eu seria o elfo doméstico dela por uma semana. – respondeu Dean. – Se eu vencesse, ela voltaria a ter juízo e terminaria com Fred.

— Dean venceu. – disseram Erik e Teresa juntos rapidamente. – Totalmente venceu. Você perdeu, Sophie. E aposta é aposta, cumpra o combinado.

— O que aconteceu com “deixar a Sophie ver como as coisas funcionam”? – questionou a Potter revirando os olhos.

— Isso foi antes do incidente de Hogsmeade. – disse Teresa. – Enfim, cumpra o que prometeu.

— Tá, mãe. – resmungou.

Teresa sorriu e beijou a bochecha dela antes de continuar o caminho de volta com Dean do lado, deixando Sophie e Erik para trás.

— Como você está se sentindo? – perguntou o alemão depois de alguns segundos do silêncio durante a caminhada.

— Bem, as dores de cabeça já sumiram. – respondeu ela deitando a cabeça no ombro do alemão. – E você? Tem estado mais quieto que o normal.

Erik pegou a mão dela e a puxou abruptamente para uma das portas do corredor. Entrando na sala bagunçada de experimentos. Sophie olhou confusa para o alemão, que agora estava se sentando na mesa principal.

Sophie então parou para prestar atenção no rapaz em sua frente. Ela não sabia como não havia notado antes, mas agora conseguia ver claramente. Erik parecia cansado, com olheiras e seu rosto naquele momento dizia tantos sinais de dor que mesmo Sophie conseguia sentir. Ele não estava olhando para ela, seu foco estava em suas mãos caídas no colo. Ele parecia inseguro... Parecia assustado. E vê-lo daquela forma, tão pequeno, era o lado mais indefeso que ela nunca pensou que veria nele, vê-lo assim fez o peito dela se apertar.

— Erik...

— Eu não sei o que está acontecendo. – murmurou ele baixinho. – Não sei porque eu estou sentindo isso.

— O que você está sentindo? – ela perguntou, se aproximando lentamente dele.

— Quando você caiu da vassoura – ele continuou baixinho. – antes mesmo de eu sentir o seu pulso, eu sabia que você estava morta. Eu senti, Sophie. Foi como... Como se uma parte do meu corpo tivesse sido arrancada de mim, e e doeu. Doeu muito.

Sophie parou, olhando chocada para Erik que agora estava olhando diretamente para os olhos dela.

— Então, aqui dentro – ele colocou a mão acima do peito. – não no coração, mas na minha alma, foi como... Uma parte tivesse sumido. Você sumiu. Você morreu e de alguma forma... Eu senti.

— E quando eu voltei? – ela perguntou baixinho.

— Eu senti também. – ele falou. – Tudo estava silencioso na ala hospitalar. Todos estavam chorando, mas eu só conseguia ficar olhando para o seu corpo. E... Antes mesmo de você voltar a respirar, eu já sabia. Porque foi como eletricidade por todo o meu corpo, e parecia que o meu coração havia voltado a bater.
“Mas eu ainda sinto. Como uma cicatriz que não se cura. Toda vez que me afasto demais de você, dói. Não fisicamente. Mas então quando estou do seu lado, alivia. Como uma pomada.”

Sophie tornou a andar até onde ele estava sentado.

— E eu estou com medo. – ele disse respirando com dificuldade. – Porque isso só significa que eu e você temos algum tipo de ligação. E isso me assusta porque eu não sei como lidar com isso. Toda a minha vida eu sabia como lidar com tudo. Toda a minha vida eu aprendi a conviver com a dor. Mas... Quando você... Eu me senti tão sozinho.

Sophie pegou as mãos de Erik, e apertou-as com força.

— Erik – ela começou, sem saber o que dizer. – eu sabia que tinha algo me chamando para você desde do segundo em que escutei o seu nome. Eu não sei o que é, não sei o porquê, mas sei que agora tudo se torna muito simples para mim. Eu confio em você com a minha vida, mais do que eu confio nos outros, eu te amo tanto quanto eu amo Harry, Remus e Aslan. Tanto quanto amo meus pais.

Os olhos cinza-esverdeados de Erik estava arregalados para ela.

— E vou ser sincera, também estou com medo depois de tudo isso que você me disse. Porque se você sentiu isso, então eu sentiria o mesmo se fosse o contrário. Mas vamos aprender, vamos aprender a lidar com isso que temos, e então seremos a melhor dupla dessa escola e até do mundo.

— Irmãos, não de sangue mas de união. – disse Erik sorrindo, apertando a mão de Sophie de volta. – Sempre quis ter uma irmã.

Sophie piscou para ele.

— Você é minha maior alma gêmea deste mundo, Erik Lehnsherr. – Sophie sorriu para ele. – E eu te prometo, com tudo que eu sou, com tudo que irei me tornar, e tenho e terei, que eu nunca vou te deixar sozinho. Mesmo que eu morra, eu vou arrumar um jeito de não te deixar totalmente. Eu prometo, velho amigo.

— Eu prometo o mesmo para você.

Foi naquele dia em que se tornou oficial, não só para toda a escola como também para os dois, que eles eram muito mais que amigos.

Mas, mais importante, foi naquele dia que o elo das almas de Sophie Potter e Erik Lehnsherr começaram a se unir uma na outra, para se tornarem fortes juntas durante todos os próximos anos a seguir.

E naquele dia, bem longe de Hogwarts, dentro do Ministério da Magia, passando por uma porta preta trancada, dentro de uma sala cheia de globos pequenos, alguns apagados e outros iluminados, um globo se iluminou nas cores laranja e verdes.


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