TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 29
Capítulo 29 — No Limbo do Futuro




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Sophie abriu os olhos, e a primeira coisa que notou é que estava deitada no que parecia ser areia. Confusa, ela se sentou e ao olhar em volta, notou que se encontrava em uma praia bastante limpa, de areia bastante branca e com o céu tão limpo que ela conseguia ver a lua e o sol ao mesmo tempo, assim como as estrelas.

Ela franziu a testa enquanto olhava para o mar. Ela se lembrava que não era ali que estava quando apagou... Ela estava no ar... Voando no jogo de quadribol... E ela levou um balaço na cabeça, para impedir que atingisse a cabeça de seu irmão.

— Eu morri? – ela se perguntou baixinho, sentindo um pouco de medo.

— Quase. – respondeu uma voz escocesa atrás dela. – Você, Sophie Potter é muito amiga do perigo para o meu gosto.

Sophie se virou e arregalou os olhos quando viu Aslan se aproximando dela. E não havia mais ninguém atrás do leão, o que só podia significar algo que ela não sabia ser possível.

— Aslan! Você fala! – ela exclamou ainda surpresa.

— Aslan? – o leão parou de andar e olhou para si mesmo. – Oooh! Eu sou o seu leão! Você, Sophie Potter, tem o subconsciente mais travesso que já tive o prazer de conhecer. E inteligente também. – continuou Aslan parecendo bastante alegre.

— Eu não sabia que você é escocês. – comentou a Potter encantada.

— Querida, eu não sou o Aslan. – riu o leão, agora se sentando ao lado dela. – O corpo do seu leão aqui é fruto do seu inconsciente para preservar o futuro. O que, eu tenho que dizer, fico muito feliz por ser o Aslan. Seria bastante estranho se eu estivesse no corpo do Remus ou algum parente seu neste momento.

Sophie olhou para o “não Aslan” mais confusa do que quando acordou.

— Eu... Não entendi. – sussurrou ela.

O “não Aslan” riu.

— Certo, vou explicar melhor. Você é uma garota esperta, vai entender. – disse o leão. – Eu, que estou falando com você neste momento, sou uma pessoa muito importante para você no seu futuro, e o seu subconsciente já me conhece pois o que temos juntos interliga nossas mentes em qualquer momento no tempo. Passado, presente e futuro.

— Certo, estou entendendo.

— Mas, para não criarmos um paradoxo, e preservar o nosso futuro, o seu subconsciente mudou a minha forma humana original para uma outra forma. Uma forma de alguém, ou criatura, que você conhece na sua linha do tempo. – terminou de explicar o leão. – Entendeu?

— Sim. – respondeu Sophie. – Então... Você é do meu futuro?

— Isso mesmo.

— E qual o seu nome?

— Spoilers, querida. – respondeu o leão sorrindo. – Não posso te dizer.

— Certo... – sussurrou Sophie. – E por que está aqui? Na verdade, onde é aqui?

— Aqui, é a sua mente. – respondeu o leão. – Estamos no limbo dela. Como eu disse, você quase morreu, aquele balaço te acertou com muita força. Porém, você do futuro se lembrou que eu te salvei, e aqui estou. Te salvando.

— Como você me salvou? E tem algum nome que eu possa te chamar? – perguntou Sophie se sentindo frustrada.

— Eu diria para você me chamar de Tempestade, porém, é pomposo demais. Então, apenas me chame de Alec. – respondeu Alec. – Como eu te salvei, infelizmente você só vai saber quanto eu voltar para o futuro você. Vai ser mais simples de explicar e vai me dar menos trabalho para evitar te contar algo que não deveria sobre nosso futuro.

— Tempestade... Eu já te ouvi antes! – exclamou Sophie finalmente reconhecendo aquela voz. – Você é a voz que tem estado nos meus sonhos, você tem me mantido calma... Tem me ajudado.

— Assim como você fez o mesmo por mim. – a voz de Alec estava carregada de carinho, e seus olhos, que agora Sophie via ser diferente dos do Aslan original, eram de cor chocolate, estavam olhando para ela com tanta gentileza que fez ela se sentir calma novamente.

— Como isso é possível? – perguntou Sophie passando a mão na juba de Alec. – Como você pode ser do futuro?

— Está surpresa? Você é a garota que come o impossível no café da manhã. – retrucou o leão rindo. – A garota que é o centro da Tempestade, não conheço ninguém mais forte que você.

Sophie bufou.

— Agora eu sei que você está falando com a Sophie Potter errada. – riu a ruiva.

— Por que diz isso?

— Porque eu não sou forte. – resmungou Sophie. – Se você soubesse o quanto de medo eu sinto em apenas um dia...

— Bom, fico aliviado por isso. – retrucou Alec. – Se você não sentisse medo depois de tudo que passou, eu ficaria bastante preocupado. Querida... – ele deitou a cabeça no colo dela, e a olhou com atenção. –... Só porque você tem medo, não significa que você não é forte, ou corajosa. Existe um grande motivo para um dos meus apelidos para você ser “valente coração”. Eu não vou te dar todas as respostas, você vai ter que descobrir elas sozinha.
“Mas tenha certeza e nunca duvide do quão forte você é, garota preciosa. Você passou por muito, e eu sinto muito, mas vai passar por muito mais, e por tudo isso você vai vencer. Se quer saber, você é mais corajosa do que eu.”

— Sério? – perguntou Sophie sorrindo.

— Ah claro! – Alec bufou. – Eu? Eu sou um covarde, corri e corri até você me encontrar.

— E o que aconteceu quando eu te encontrei?

— Você me parou. Você me deu força. Você se tornou meu centro. – Alec voltou a se sentar na frente dela, sorrindo. – Eu precisei mais de você do que você precisou de mim, querida. E a maior prova disso, é que este é o nosso penúltimo encontro antes de finalmente nos vermos na vida real.

— Eu não vou te ver mais? – perguntou Sophie arregalando os olhos. – Mas... Eu preciso de você.

— Você vai me ver uma última vez este ano antes de nos vermos de novo. E você me tem. No fundo da sua mente, eu sempre estarei lá. É só escutar a música. – Alec colocou a pata levemente no rosto dela. – Feche os olhos e escute.

Sophie fechou os olhos e tudo que ouviu foi silêncio, até... Lá. Estava tocando, firme, uma música carregada de força e sentimento, seu ritmo mudava de várias músicas diferentes, mas no final sempre voltava para o mesmo ritmo.

— É a nossa música. – disse Alec fazendo Sophie abrir os olhos. – Onde você estiver, ela vai estar tocando.

— Por que ela fica mudando? – perguntou Sophie sorrindo de volta para ele.

— Somos ecléticos. – ele piscou para ela. – Sempre que precisar se sentir segura, encontre essa música em sua mente e a escute. Pelo que a você do futuro me disse, era tudo que bastava para você não desistir.

— Mas eu ainda vou te ouvir uma última vez, não vou? – perguntou Sophie. – Antes de nos encontrarmos de verdade?

— Sim, você vai. Algo que me irrita um pouco se quer saber, lembre-me de brigar com você por ser tão amigável com o perigo, querida. – disse Alec fazendo care de bravo pra ela. – Não é saudável.

— Não é minha culpa. – resmungou Sophie fazendo bico.

— Claro que não. – ironizou Alec.

— Mas eu não vou reconhecer sua voz? – perguntou Sophie franzindo a testa. – Quando nos encontrarmos.

— Não. O seu subconsciente vai esconder essa informação da minha voz quando nos encontrarmos. – respondeu Alec se levantando para o desespero de Sophie. – Coisa poderosa, o subconsciente.

Ele então começou a andar em direção ao mar, e Sophie ainda não querendo que ele fosse embora, se levantou rapidamente e falou:

— O que somos? Um para o outro, quero dizer...

Alec parou de andar, e se virou novamente para ela. O sorriso no rosto dele fez a Sophie sorrir de volta.

— Isto é para eu saber, e você descobrir com o tempo. – respondeu ele. – Mas eu te digo, para o mundo, nós dois somos o material de lendas. – ele se virou para ir mas Sophie o impediu novamente.

— Me dê mais tempo com você, por favor. – ela pediu dando um passo pra mais perto.

Alec parou novamente e se virou de corpo inteiro para ela.

— Você está com medo do que vai enfrentar esse ano, não é? – perguntou ele. – O seu quarto ano.

Sophie concordou.

— Está tudo bem, garota preciosa. – ele sussurrou exatamente as mesmas palavras  – Seja forte, valente coração. Você precisa mostrar quem você é, a filha de dois corajosos bruxos, a garota que vai muito além de apenas a irmã de Harry Potter. Seja, Sophie Potter, a garota que o leão escolheu.

Sophie respirou fundo e concordou novamente, sentindo as lágrimas subirem aos olhos. Alec voltou a se aproxima dela, e carinhosamente colocou o fucinho na testa dela.

— Seja magnífica, minha querida. – ele sussurrou. – E lembre-se: Alguns milhares de quilômetros...

—... É apenas um pouco de espaço. – ela terminou por ele. – Esse é o nosso lema.

— Sempre. – ele piscou para ela e se virou indo para o mar, e dessa vez, Sophie não o impediu. – Brilhe, Sophie Potter – disse ele ainda indo para o mar. – E acabe com todos que duvidarem de você com bondade.

O sorriso que Sophie abriu naquele momento era o maior que ela já havia dado em toda a sua vida. Alec então parou de repente e se virou para ela com o rosto bastante alegre, e ela simplesmente soube que ele faria algo bobo.

— Eu sou tão idiota! Olha pra mim! Eu sou um leão pela primeira vez e estou desperdiçando a chance de rugir! – exclamou ele dando pulinhos, e Sophie riu. E de repente, ele começou a cantar: – Quando eu for rei, ninguém vai me vencer em nenhum duélo! A juba que eu vou ter vai ver, será de arrasar, e todo o mundo vai tremer quando me ouvir urrar!

E ele deu o maior rugido que Sophie já havia escutado, e era tão forte que fez tudo em volta dela estremecer e ela cair na areia fechando os olhos. A última coisa que escutou dele antes de voltar para o mundo real foi:

— E o que eu quero mais é ser rei!

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— Ela acordou! – exclamou a voz de Charles.

Ela piscou algumas vezes antes de sua visão finalmente entrar em foco. E na sua frente ela pode ver vários rostos de seus amigos, irmão e padrinho, todos com expressões preocupadas em seus rostos.

— Oi... – ela sussurrou, sua voz bastante rouca.

— Eu vou chamar a Madame Pomfrey! – exclamou Erik se afastando.

Sophie se sentou com a ajuda de Remus e Patrick, e observou a Ala Hospitalar. Sua cabeça estava latejando um pouco, e ela se sentia um tanto tonta, mas não sentia vontade nenhuma para voltar a dormir.

— Estávamos tão preocupados. – disse Remus dando um beijo na testa dela. – Quase tive um infarto.

Sophie sorriu carinhosamente para o padrinho e então viu Aslan, que estava escorado na cama dela com as duas patas. Ela não pode evitar olhar atentamente para os olhos dele. A cor era de mel, diferente dos de chocolate que havia visto antes. E ela sorriu, tanto de amor quanto melancólica.

— É... Eu voltei. – ela sussurrou.


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