TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 21
Capítulo 21 — O Lindo e Enorme Pássaro Azul




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Felizmente para Sophie, o restante das férias tinha sido calma, sem nenhum outro aviso sobre algum perigo ou outra notícia surpreendente e estranha. Foi tudo calmo, e isso fez ela acreditar que a viagem para Hogwarts seria do mesmo jeito.

Na verdade, ela realmente queria que a viagem para o castelo fosse calma, pois no momento em que ela entrasse no trem, ela seria uma bruxa em uma missão. Encontrar Charles Francis e Erik Lehnsherr. Ela esperava encontrá-los ainda no trem, assim, ela poderia passar o resto da viagem conversando com eles e falando sobre o que havia sido tirado deles e que ela queria recuperar.

Por isso, quando primeiro de Setembro havia chegado, ela havia sido a primeira acordar e estava completamente mais animada que qualquer outro daquela casa. Mais animada que Gina para seu primeiro ano.

Desde antes dela saber sobre o passado dos pais e a amizade com os Francis e os Lehnsherr, ela já sentia vontade de conversar com aqueles dois garotos. Mesmo com Erik sendo da Sonserina, e ela ainda carregando um pouco de preconceito pela casa, ela sentia algo muito forte a puxando na direção dele, desde do momento em que o viu na Seleção.

Não era como foi com David. Era diferente. Algo maior, algo que fazia ela querer confiar nele completamente. Sophie queria ser amiga de Erik, mais do que isso, era como uma necessidade ser amiga dele. E agora, sabendo que eles deveriam ter crescido juntos, nada poderia impedi-la de ser amiga, não apenas de Erik como de Charles também.

 

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— Vamos todos juntos para a estação? – perguntou Hermione durante o café da manhã.

— Não – respondeu Remus calmamente. –, vamos nos separar. Os Weasley e Harry vão no Ford Anglia do Arthur. O resto de nós vamos de ônibus.

E assim, após o café e com uma despedida rápida, Harry e os gêmeos, Rony e Gina voltaram para a Toca enquanto Sophie, Harriet, Hermione e Luna iam pegar os malões para enfim partirem para a estação. Foi uma viagem curta e tranquila, logo eles já estavam parados em frente a passagem que levava para a plataforma 9¾ esperando pelo restante da família.

— Eles estão demorando, não? – perguntou Harriet para Remus que concordou, olhando para o relógio.

— Deve ser o trânsito. – respondeu ele passando a mão no cabelo. – Já são dez e trinta, é melhor esperarmos eles na plataforma, vocês já deixam uma cabine reservada para eles.

— Vamos lá, então. – concordou Sophie já partindo pela passagem.

A plataforma estava cheia como deveria. Cheia de alunos se encontrando com os amigos, e os responsáveis conversando um com o outro enquanto esperavam pela saída do trem. O trem em si também já estava cheio de alunos com as cabeças para fora das janelas.

Assim que Remus e as meninas passaram pela passagem também, eles partiram para despachar os malões e então já entrar no trem em busca de uma cabine. Sophie estava o tempo inteiro olhando em volta, procurando pelos rostos familiares do fofo Charles e do áustero Erik, mas até o momento não os tinha avistado.

Remus também olhava em volta, não apenas procurando pelos Weasley e Harry, mas também esperando ver os rostos de Sharon e Edie.

Assim que as meninas encontraram a cabine, elas colocaram os rostos pela janela, acenando para Remus que logo se aproximou.

— Nada deles? – perguntou Hermione olhando ao redor.

— Nada. E você? – perguntou Remus para Sophie.

— Ainda não os encontrei, mas assim que o trem começar a andar, vou olhar por cada uma das cabines até pelo menos encontrar um deles. – respondeu a ruiva bastante decidida.

— Eu não duvido. – Remus sorriu, e olhou em volta novamente. – Não vejo Sharon ou Edie... Espero que você tenha mais sorte.

— Estou vendo eles! – exclamou Luna animada e acenando. – Aqui!!

— Ah que bom que chegamos à tempo! - falou Sra. Weasley ao se aproximar com o Sr. Weasley ao lado. – Eles já estão entrando no trem, queridas.

— Vão buscar eles – pediu Sophie para as garotas.

Harriet, Hermione e Luna partiram para fora da cabine para encontrar o restante dos amigos.

— Fica bem, certo? – pediu a ruiva baixinho para o padrinho, que se aproximou da janela. – Sei que está tão preocupado quanto eu ou Harry, mas vai ficar tudo bem. Você vai ver, o único perigo que vai ter naquela escola esse ano vai ser Gilderoy Lockhart como professor.

— É o que eu espero. – suspirou o Lupin esfregando o nariz com o da Potter. – Mas por favor se cuidem, e conte para Dumbledore sobre o que o elfo disse.

— Pode deixar. – concordou ela sorrindo. – Promete se cuidar enquanto eu estiver longe também?

— Cruze meu coração e espero morrer. – jurou Remus beijando a testa da garota.

Nesse momento, o restante do grupo entrou na cabine.

— Façam uma boa viagem e tenham um ótimo ano, todos vocês. – falou a Sra. Weasley chorosa e pegando a mão de Gina. – Seja magnífica, minha garotinha.

— Pode deixar, mãe. – concordou Gina sorrindo.

— Se comportem. – demandou Remus olhando para Fred e Jorge que riram.  – Onde estão Harry e Rony? – questionou confuso ao notar que os dois garotos não estavam ali.

Hermione entrou na cabine ofegando.

— Eu não os encontrei. – informou a garota. – Eles vieram?

— Claro que vieram. – respondeu Jorge olhando para o lado de fora do trem onde agora só tinha os responsáveis. – Talvez estejam em outra cabine...

— Vão procurá-los! – ordenou a Sra. Weasley olhando em volta também. – Será que eles conseguiram passar pela passagem?

— Claro que sim querida. – tranquilizou o Sr. Weasley acariciando os braços da esposa.

O trem começou a se mover lentamente, declarando que estava saindo. Os responsáveis se afastavam das janelas, acenando para os filhos e lhe mandando beijos.

— Eu te amo. – falou Remus para Sophie, batendo o dedo indicador no nariz da afilhada com carinho. – Até a morte e depois. Encontre todos eles.

Sophie sorriu, se debruçou da janela dando um beijo estalado na bochecha do Lupin.

— Também te amo, Moon! E não se preocupe, quando eu voltar, vai ser com eles juntos do grupo. – informou ela animada.

O trem começou a ganhar velocidade e Sophie só parou de acenar para Remus quando ele estava fora de vista. Voltou-se para a cabine e com um aceno para todos, eles partiram para encontrar Harry e Rony; no meio do caminho, Gina e Luna pararam de procurar quando encontraram um garoto que também ia para o primeiro ano sentado sozinho, e se juntaram à ele para fazer companhia. E depois de bons minutos procurando pelas duas encrencas, o restante do grupo voltaram para a cabine.

Sophie estava entre preocupação e irritação. Preocupação porque seu irmão idiota havia sumido, e irritação porque seu irmão idiota havia sumido justo quando ela planejava usar aquela viagem para procurar Charles e Erik.

— Eu não digo mais é nada. – remungou ela se jogando no banco. – Justo hoje os bonitos resolveram brincar de sumir.

— Vai ficar tudo bem, bebê. – falou Fred se sentando ao lado da ruiva. – Tenho certeza que eles estão bem.

Sophie franziu a testa ao ser chamada de “bebê”, e olhou para o namorado.

— Vamos evitar apelidos nesse relacionamento, está bem? – pediu ela batendo levemente no braço do Weasley.

— Claro, claro, desculpa. – respondeu ele passando a mão no cabelo sem jeito.

— Não precisa pedir desculpas. – disse ela com um suspiro. – Deus, e se eles ficaram em Londres?

— Bem, se eles ficaram em Londres então é melhor, certo? Assim quando Remus, e os nossos pais encontrarem eles, vão levá-los para Hogwarts. – respondeu Fred dando de ombros.

— Fred... – começou Jorge, seus olhos estavam na janela, olhando diretamente para o céu.

— Tenho certeza que não tem razão para nos preocuparmos... – continuou o outro gêmeo sorrindo.

— Fred... – agora foi Harriet que chamou pelo amigo, ela estava como Jorge, olhando para o céu.

— Aqueles dois patetas estão completamente bem e...

— FRED! – chamaram Harriet e Jorge juntos irritados para com Fred.

Hermione, confusa, olhou para a janela também e seus olhos se arregalaram.

— El... – Harriet tampou a boca da Granger antes que ela pudesse falar qualquer coisa.

Jorge puxou Fred para olhar pela janela também e a exclamação de surpresa não pode ser impedida da garganta dele quando viu.

— Maldito inferno!

Sophie se levantou, agora bastante curiosa com o que os amigos estavam vendo que os deixaram tão impressionados.

— O que é? – perguntou ela já indo para a janela.

Fred se virou de forma abrupta e a impediu de continuar, a segurando pelos ombros e a empurrando para longe da janela. Os olhos dele ainda estavam arregalados.

— Não é nada demais, é apenas um lindo pássaro azul. – respondeu ele abrindo um sorriso bastante falso.

— Vocês parecem muito surpresos para ser apenas um lindo pássaro azul. – retrucou a ruiva cruzando os braços, olhando desconfiada para os amigos, Harriet, Jorge e Hermione ainda estavam olhando para a janela.

— É porque é um lindo pássaro azul bem grande, realmente enorme. – continuou Fred com o sorriso falso que não seria capaz de enganar nem mesmo um cego.

— Hum... Fred. – chamou Harriet com a voz um tanto tremula. 

A verdade que Sophie estava perdendo sobre aquele pássaro azul, é que na verdade era o carro de Arthur Weasley, o Ford Anglia azul, voando acima do trem e, naquele momento em que todos pareciam assustados, era porque o garoto, de cabelos pretos e óculos redondos estava pendurado, segurando a porta do carro enquanto, o segundo garoto, este ruivo, tentava puxar o de óculos de volta para dentro do carro. Garotos estes que atendiam pelo nome de Harry Potter e Ronald Weasley. 

Fred deu um pulo quando viu a cena acontecer, se voltando para a Potter que ainda estava tentando olhar pela janela.

— Sophie, vamos passear! – exclamou ele com um tom de pânico na voz e puxando a mão da ruiva para longe da janela e da cabine que estavam.

Sophie se assustou tanto com a atitude dele que acabou seguindo.

— Fred, é sério, o que raios foi que você viu? – perguntou ela ainda sendo puxada pelo ruivo. – Fred!

E então, um dos momentos mais constrangedores da vida de Sophie Potter aconteceu.

Fred, que devia ter percebido que não iria conseguir mentir para a ruiva por muito tempo, a puxou para o banheiro mais próximo, trancando a porta e então lhe empurrando na parede, dando um beijo bastante abrupto.

Para o garoto, ele sentia que estava indo bem e que logo esqueceria completamente sobre a história do “pássaro” que ele disse que havia visto. Porém, se ele tivesse aberto os olhos, veria que os de Sophie ainda estavam abertos, e arregalados de puro choque. E sem saber o que fazer, ela colocou as mãos nos ombros dele, sem saber o que fazer mais.

O Weasley puxou mais a cintura dela para perto, e sorriu em meio ao beijo. E depois do que se pareceram horas para Sophie, ele se afastou.

— Então? – perguntou ele sorrindo.

— Pra que foi isso? – ela questionou ainda confusa.

— Bem, é o que namorados fazem, se beijam... E bem, não tivemos o nosso primeiro beijo...

— Sei... – concordou ela ficando vermelha. – Er... Tinha que ser no banheiro?

— Privacidade. – respondeu ele dando de ombros. – Eu voltar para a cabine. – informou ele de repente, com um sorriso deu um selinho nela. – Antes de você sair, eu sugiro que se arrume. 

E então saiu tão rápido quanto entrou.

Sophie piscou várias vezes sem entender absolutamente nada do que havia acabado de acontecer, devagar, ela se virou e se viu no espelho. Seus lábios estavam vermelhos, e suas bochechas estavam muito vermelhas. Ela ligou a torneira, jogou água nas mãos e depois na cara, esperando que pudesse compreender melhor tudo aquilo.

Aquele não só havia sido o primeiro beijo deles como era o primeiro beijo dela. Havia sido estranho, havia sido no banheiro, e ela estava se batendo mentalmente por não ter conversado com Remus nas chances que teve.

— Você é uma garota crescida, Sophie Potter. – disse ela para o espelho. – O primeiro beijo nunca é bom, nunca, nunca. Você namora ele, ele é um garoto legal. Você só precisa se acostumar com a ideia de namoro. Apenas isso.

Com um aceno firme para si mesma no reflexo, ela se virou e saiu. Alguns alunos passavam pelo corredor.

— E ai, Sophie! – cumprimentou o aluno da grifinória do quinto ano, Wayne. – Preparada para os jogos esse ano?

— Sempre, Wayne! – respondeu ela, se recuperando a normalidade. – Como está Grace, fiquei sabendo que estão namorando.

— Ela está bem. – respondeu ele sorrindo. – Ela é perfeita.

— Fico feliz em saber... – disse a Potter, pensativa. – Wayne, é o seu primeiro namoro, não é?

— Sim, meu e dela. – concordou ele um tanto sem jeito.

— Não estou te zombando nem nada, por favor não pense isso. – ela disse apressada. – Mas, é só que... Como tem sido? Tem sido estranho, bom, confortável?

— Bem... No começo foi um pouco estranho, sim. – informou ele acenando com a cabeça. – Mas então quando a estranheza passou foi tudo incrível, perfeito mesmo.

Sophie acenou com a cabeça ainda pensativa. Provavelmente era isso, a estranheza não havia passado para ela ainda, talvez quando passasse, seria como era para com Wayne e Grace.

— Estou feliz por você, Wayn, Grace é realmente incrível. Não estrague tudo, sim?

— Pode deixar, Soph.

Batendo de leve no braço forte dele, ela começou a se afastar para voltar á cabine. Ela ainda estava perdida em seus pensamentos, tão perdida que quando abriu a porta da cabine que achava ser a dela, levou uma surpresa ao levantar a cabeça e ao invés de ver seus amigos, viu na verdade um Charles Francis bem surpreso.

— Charles! – ela exclamou se sentindo muito feliz e se esquecendo sobre o que estava pensando.

Charles olhou para os lados da cabine vazia, ainda surpreso, e se voltou para ela.

— Eu? – perguntou ele apontando pra si mesmo.

— Você mesmo! – concordou Sophie animada. – Olá, velho novo amigo!

Ela entrou na cabine e se sentou de frente para ele, simplesmente encantada em finalmente estar conversando aquele garoto.

— ... – ele parecia mais confuso. – Você é Sophie Potter, certo?

— A única no mundo.

— ... Desculpe mas... Não acho que tenhamos conversado antes. – disse ele com a testa franzida.

— Um grave erro meu, me desculpe. Mas, vamos conversar muito aparitr de hoje em diante. – disse ela, o sorriso largo do rosto ainda firme. – É engraçado até, perco meu irmão de vista mas encontrei você, eu que lute pra entender essa minha vida. Mas! O que importa é que eu te encontrei!

— Você estava me procurando? – perguntou ele voltando a ficar surpreso. – Por que?

— Porque, Charles Francis, você e eu seremos grandes amigos. – respondeu ela com fervor. – Vamos ser aqueles amigos que serão os loucos em todas as festas que formos!

— Seremos?!

— Ah sim!

— Mas... Mas... Eu não entendo. – disse ele. – Quero dizer, nunca conversamos e eu... Bem eu não tenho amigos.

— Pois agora tem, e se acostume com isso, meu caro, pois você não só vai ter que me aguentar como também todo o meu grupo. – disse ela pegando a mão dele e dando um leve aperto. – Tem tanta coisa que tenho para te dizer, mas primeiro de tudo, eu quero que você saiba que você pode confiar em mim, não importa o momento, sempre que precisar eu vou estar aqui por você. Está bem?

Charles estava com a boca um pouco aberta, mas concordou com a cabeça, não tinha palavras para aquela afirmação dela.

— Ótimo! – ela voltou a sorrir. – Antes de conversarmos sobre nossa amizade de infância roubada, eu tenho que perguntar, você viu algum lindo e enorme pássaro azul voando durante a viagem?


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