TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 20
Capítulo 20 — O Novo Professor




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Naquela manhã de 02 de Agosto, foi quando as castas com os avisos para os novos materias haviam chegado. Eles estavam todos na Toca, tomando um delicioso e vasta café da manhã feito pela Sra. Weasley e Remus, quando duas corujas chegaram carregando as cartas para cada um dos estudantes ali.

— A de todos vocês estão aqui. – comentou Remus ao pegar as cartas.

Ele entregou para todos, ficando atrás de Sophie e Harry para também ver o que teria de ser comprado para aquele ano, e quando viu a lista, a carranca em seu rosto era realmente feia.

O de Harry estava:

“MATERIAL PARA OS ALUNOS DA SEGUNDA SÉRIE

Livro padrão de feitiços, 2ª série
de Miranda Goshawk
Como dominar um espírito agourento
de Gilderoy Lockhart
Como se divertir com vampiros
de Gilderoy Lockhart
Férias com bruxas malvadas
de Gilderoy Lockhart
Viagens com trasgos
de Gilderoy Lockhart
Excursões com vampiros
de Gilderoy Lockhart
Passeios com lobisomens
de Gilderoy Lockhart
Um ano com o Iéti
de Gilderoy Lockhart”

E o de Sophie a única diferença era que o primeiro livro era sobre Ataques Protetivos da Elizabeth Shawn, o resto era tudo do Gilderoy Lockhart como o de Harry.

— Ou o professor de vocês é muito fã desse homem... – começou o Lupin com desdém.

— ... Ou o nosso professor é o próprio Lockhart. – terminou Sophie olhando para a lista com nojo. – Bate na madeira, pra a praga ir embora. – ela bateu três veses na mesa.

— Deve ser uma fã. Tenho certeza que é mulher. – comentou Fred olhando para a Sra. Weasley que rapidamente voltou a atenção para a sua geleia.

— Que que eu sou então? – resmungou Sophie irritada para o ruivo.

— Uma leoa linda. – retrucou Fred sorrindo e dando um beijo na bochecha dela.

Sophie ficou vermelha e resolveu manter a boca fechada.

— Esse material não vai sair barato. – comentou Jorge, lançando um olhar rápido aos pais. – Os livros de Lockhart são bem carinhos...

— Daremos um jeito – disse a Sra. Weasley, embora tivesse a expressão preocupada. – Espero poder comprar a maioria do material de Gina de segunda mão.

Remus, Sophie e Harry se entre-olharam e não precisavam de palavras para a ideia que tinham. Se dependessem deles, a família Weasley teriam toda a ajuda que precisavam.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Dois dias depois eles já estavam prontos para a viagem ao Beco Diagonal. Todos eles estavam em frente a lareira da sala no Largo Grimmauld, Rony havia sido o primeiro a ir, seguido de Harriet e Hermione, agora era vez de Harry, que se sentia um tanto nervoso. Mesmo já tendo usado a rede de flu com freqüência para ir até a Toca, dessa vez era diferente por ser um lugar diferente a qual ele iria.

— Vai ficar tudo bem, Harry. – Sophie o tranquilizou. – É só dizer Beco Diagonal, como você viu os outros fazerem. – ela sorriu para ele. – Estarei logo atrás de você.

— Certo. – concordou Harry se sentindo mais confiante e pegando o pó de flu. – Beco...

BOOM!

Na hora que ele começou a dizer, uma explosão veio no andar de cima e o quadro começou a gritar fazendo Harry se assustar, falar “Beco Diagonal” errado, e deixar o pó cair. Antes de sentir que estava sendo sugado, ouviram Sophie gritando com o quadro e então começou a girar e girar. E depois da sensação, que ele ainda estava aprendendo a se acostumar, Harry caiu no chão, de cara em cima de uma pedra fria e sentiu a ponte dos óculos se partir.

Tonto e machucado, coberto de fuligem, ele se levantou desajeitado, segurando os óculos partidos na frente dos olhos. Estava totalmente sozinho, mas onde estava, ele não fazia ideia. Só sabia dizer que estava de pé numa lareira de pedra, em um lugar que parecia ser uma loja de bruxo grande e mal iluminada – mas nada que havia ali tinha a menor probabilidade de aparecer numa lista de material escolar de Hogwarts.

Pensou em Sophie e Remus e se sentiu nervoso. Seus dois pontos seguros não estavam ao lado dele e ele não fazia a mínima ideia de onde estava, aquele lugar nem parecia ser o Beco Diagonal. Será que os outros deram por falta dele? Como eles iriam se encontrar se ele não estava no Beco?

Um mostruário próximo continha uma mão murcha em cima de uma almofada, um baralho manchado de sangue e um olho de vidro arregalado. Máscaras diabólicas o espiavam das paredes, uma variedade de ossos humanos jazia sobre o balcão e instrumentos pontiagudos e enferrujados pendiam do teto. Definitivamente aquele lugar não era uma loja do Beco Diagonal. E quanto mais cedo saísse dali melhor.

Com o nariz ainda doendo por causa da batida da lareira, Harry se encaminhou depressa e silenciosamente para a porta, mas antes que cobrisse metade da distância, duas pessoas apareceram do outro lado da vitrine – e uma delas era a última pessoa que Harry queria encontrar estando perdido, coberto de fuligem, com os óculos partidos: Draco Malfoy.

O Potter olhou depressa a toda volta e viu um grande armário preto à esquerda; correu para ele e se fechou dentro, deixando apenas uma frestinha na porta para espiar. Segundos depois, uma sineta tocou e Malfoy entrou na loja.

O homem que entrou na loja atrás dele só podia ser o pai. Tinha a mesma cara fina e pontuda e olhos idênticos, frios e cinzentos. O Sr. Malfoy andou pela loja examinando descansadamente os objetos expostos e tocou uma campainha em cima do balcão antes de se virar para o filho e dizer:

— Não toque em nada, Draco. 

O garoto, que esticara a mão para o olho de vidro, retrucou:

— Pensei que você ia me comprar um presente. 

— Eu disse que ia lhe comprar uma vassoura de corrida. – falou o pai tamborilando os dedos no balcão.

— De que me serve uma vassoura se não faço parte do time da casa? – respondeu Malfoy, com a cara amarrada. – Harry Potter ganhou uma nimbus 2000 no ano passado. Permissão especial de Dumbledore para ele poder jogar pela Grifinória. E ainda tem um leão junto com a... irmã dele... Sophie Potter... aqueles dois nem jogam tão bem assim, mas são Potter, famosos... Harry Potter famoso por ter uma cicatriz idiota na testa...

Malfoy filho se abaixou para examinar uma prateleira cheia de crânios.

— Todo mundo os acha sábios, os maravilhosos Potter, um com sua cicatriz, e outra com seu leão e sua vassoura vermelha de marca única...

— Você já me contou isso no mínimo dez vezes. – falou cansado o Sr. Malfoy, com um olhar de censura para o filho. – E gostaria de lembrar-lhe que não é prudente demonstrar que não gosta de Harry Potter, não quando a maioria do nosso povo acha que ele é o herói que fez o Lorde das Trevas desaparecer... ah, Sr. Borgin.

Um homem curvado aparecera atrás do balcão, alisando os cabelos untados de óleo para afastá-los do rosto. 

— Sr. Malfoy, que prazer revê-lo. – cumprimentou o Sr. Borgin untuoso como seus cabelos. – Encantado, e o jovem Malfoy, também, encantado. Em que posso servi-los? Preciso lhes mostrar, chegou hoje, e a um preço muito módico..

— Não vou comprar nada hoje, Sr. Borgin, vou vender. – cortou o Sr. Malfoy.

— Vender? – o sorriso se embaçou levemente no rosto do Sr.Borgin. 

— O senhor ouviu falar, é claro, que o Ministério está fazendo mais blitze. – comentou o Sr. Malfoy, puxando um rolo de pergaminho do bolso interno do casaco e desenrolando-o para o Sr. Borgin ler. – Tenho em casa uns, ah, objetos que poderiam me causar embaraços, se o Ministério aparecesse...

O Sr. Borgin encaixou um pincenê na ponte do nariz e percorreu a lista.

— O Ministério certamente não ousaria incomodá-lo, não é, meu senhor?

O Sr. Malfoy crispou os lábios.

— Até agora não me visitaram. O nome Malfoy ainda impõe um certo respeito assim como o nome Marko, mas o Ministério está ficando cada vez mais intrometido. Há boatos de uma nova lei de proteção aos trouxas: com certeza aquele bobalhão pulguento,  apreciador de trouxas, Arthur Weasley está por trás disso...

Harry sentiu uma onda escaldante de raiva. Seus punhos se fecharam com força.

— ... E como vê, alguns desses venenos poderiam fazer parecer...

— Compreendo, meu senhor, naturalmente. – concordou o Sr. Borgin. – Deixe-me ver...

— Pode me dar aquilo?— interrompeu Draco, apontando para a mão murcha sobre a almofada.

— Ah, a Mão da Glória! – exclamou o Sr. Borgin, abandonando a lista de Malfoy e correndo para perto de Draco. – Ponha-lhe uma vela e ela dá luz apenas a quem a segura! A melhor amiga dos ladrões e saqueadores! O seu filho tem ótimo gosto, meu senhor.

— Espero que o meu filho venha a ser mais do que um ladrão ou um saqueador, Borgin. – disse o Sr. Malfoy com frieza, ao que o Sr. Borgin respondeu depressa:

— Sem ofensa, meu senhor, não tive intenção de ofender...

— Mas, se as notas dele não melhorarem – disse o Sr. Malfoy com maior frieza ainda –, pode ser que ele realmente só tenha talento para isto.

— Não é minha culpa! – retrucou Draco. – Todos os professores têm  alunos preferidos, aquela Hermione Granger...  

— Pensei que você sentiria vergonha se uma menina que nem pertence a família de bruxos passasse a sua frente em todos os exames. – comentou com rispidez o Sr. Malfoy.

— Ha! – exclamou Harry baixinho, satisfeito de ver Draco com cara de quem está ao mesmo tempo envergonhado e aborrecido.

— É a mesma coisa em toda parte. – disse o Sr. Borgin, com sua voz untuosa. – Ter sangue de bruxo conta cada vez menos em toda parte...

— Não para mim. - respondeu o Sr. Malfoy, com as narinas tremendo.

— Não, meu senhor, nem para mim. - concordou o Sr. Borgin, fazendo uma  grande reverência.

— Neste caso, talvez possamos voltar à minha lista. – disse o Sr. Malfoy rispidamente. – Estou com um pouco de pressa, Borgin, tenho negócios  importantes a tratar hoje em outro lugar.

Os dois começaram a barganhar. Harry observou nervoso que Draco se aproximava cada vez mais do lugar em que ele estava escondido, examinando os objetos à venda. Draco parou para examinar um grande rolo de corda de enforcar e para ler, rindo, o cartão colocado em um magnífico colar de opalas.  

Cuidado: Não toque. Amaldiçoado. — Tirou a vida de dezenove donos trouxas até hoje.

Draco se virou e notou o armário bem em frente. Adiantou-se... Esticou a mão para o puxador e...

— Fechado. - falou o Sr. Malfoy ao balcão. – Vamos, Draco!

Harry enxugou a testa na manga ao ver Draco se afastar e soltou a respiração que nem havia percebido que segurava.

— Bom dia para o senhor, Sr. Borgin. Aguardo-o amanhã em casa para apanhar a mercadoria.

No instante em que a porta se fechou, o Sr. Borgin abandonou seus modos untuosos.

— Bom dia para o senhor, Senhor Malfoy, e, se as histórias que correm forem verdadeiras, o senhor não me vendeu metade do que tem escondido em sua casa...

E, continuando a resmungar ameaçador, o Sr. Borgin desapareceu no quarto dos fundos. Harry esperou um pouco, caso ele voltasse, e, em seguida, o mais silenciosamente que pôde, saiu do armário, passou pelos mostruários de vidro e saiu pela porta afora.

Harry olhou para os lados, segurando os óculos partidos. Saíra em uma ruela sombria que parecia totalmente ocupada por lojas que se dedicavam às Artes das Trevas. A que ele acabara de deixar, a Borgin & Burkes, parecia ser a maior, mas em frente havia uma grande coleção de cabeças jívaras na vitrine, e duas portas abaixo, uma enorme gaiola pululava com gigantescas aranhas negras. Dois bruxos malvestidos o observavam da sombra de um portal, cochichando entre si. Apreensivo, Harry saiu caminhando, tentando segurar os óculos no lugar e esperando, sem muita esperança, conseguir encontrar uma saída daquele lugar.

Uma velha placa de madeira, pendurada acima de uma loja que vendia velas envenenadas, informava que ele se encontrava na Travessa do Tranco. Isto não adiantou muito, pois Harry nunca ouvira falar naquele lugar. O susto que tomou na lareira no Largo Grimmauld fez com ele fosse parar em um lugar muito diferente de onde deveria ir. Pensou no que fazer, tentando ficar calmo.

Ele não precisava se preocupar muito. Sophie e Remus estariam procurando por ele, ele sabia disso. Ele só precisava se manter calmo, ficar nervoso não adiantaria nada. Respirando fundo várias vezes, ele tornou a olhar em volta.

— Não está perdido, está querido? – disse uma voz ao seu ouvido, assustando-o.

Uma bruxa idosa estava ao lado dele, segurando uma bandeja com objetos que se pareciam horrivelmente com unhas humanas. Ela riu dele mostrando dentes cobertos de limo. Harry recuou.

— Estou bem, obrigado. – disse ele, tentando esconder o nervosismo. – Só estou...

— HARRY! O que você está fazendo aqui?

O coração de Harry deu um salto. O da bruxa também: as unhas cascatearam por cima dos seus pés e ela começou a xingar. Harry olhou para cima e abriu um enorme sorriso.

— Hagrid! 

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— COMO ASSIM NINGUÉM ENCONTROU ELE AINDA?! – gritaram Sophie e a Sra. Weasley em total desespero.

Harriet se escondeu atrás de Jorge, Luna estava novamente perdida em seu mundo de pensamentos, Gina estava quase tão preocupada quanto as duas ruivas mais velhas. Rony olhava em volta adoidado na espera que o Potter mais novo aparecesse do nada. Remus e Hermione ainda não haviam voltado da busca. E o Sr. Weasley e Fred tentavam acalmar os devidos pares.

— Olhamos para todos os lugares mas ele simplesmente sumiu! – falou Fred acariciando o ombro de Sophie.

— Vamos encontrá-lo, querida, se acalme, ficar nervosa não vai ajudar. – tranquilizou Arthur para a esposa que estava a beira das lágrimas.

— Será que ele falou errado? – perguntou Jorge pensativo.

— Remus e a Mione ainda não apareceram. Eles podem ter mais sorte. – comentou Harriet olhando em volta.

— Jesus, como eu pude deixar isso acontecer?! – perguntou Sophie passando a mão no rosto e se afastando de Fred. – Eu sou uma péssima irmã.

— Não diga isso, querida. – retrucou Molly passando a mão no cabelo de Sophie, a abraçando. – Vai ficar tudo bem, vamos acreditar nisso.

Não demorou muito e eles ouviram Hermione gritando por eles. Todos olharam na direção da menina e viram ela subindo para Gringotes, com Remus e Harry meio abraçados. Sophie suspirou feliz e correu para o irmão lhe dando um abraço apertado seguido por um tapa na cabeça.

— Ai! Remus disse que é feio bater! – resmungou ele passando a mão onde havia sido atingido.

— Deus, eu fiquei tão preocupada! – falou ela olhando para o irmão que estava com o rosto todo sujo assim como as vestes. – Onde esteve? No lixão?

— De acordo com Hagrid, na Travessa do Tranco. – respondeu Remus calmo. – Harry levou um susto por conta da explosão dos gêmeos e falou o nome errado. 

— Eu vou proibir aqueles dois com os projetos no Largo. – resmungou Sophie lançando olhares irritados na direção dos gêmeos que fingiam não vê-la. – Onde está o Hagrid? Quero dar um abração nele!

— Ele já foi. – respondeu Harry sorrindo. – Estava fazendo compras para Hogwarts, repelente para lesmas carnívoras.

— Harry! – ofegou o Sr. Weasley ao chegar onde eles estavam. – Tivemos esperança de que você só tivesse ultrapassado uma grade de lareira... – Ele enxugou a careca reluzente. – Molly está alucinada... Aí vem ela.

— Onde foi que você saiu? – perguntou Rony, batendo no ombro do amigo.

— Na Travessa do Tranco. - informou Harry, enquanto a Sra. Weasley passava uma grande escova nas vestes dele para limpá-las.

— Nunca nos deixaram entrar lá. – comentou Fred invejoso.

— E vão continuar sem entrar lá. – retrucou Remus cruzando os braços. – Ele só foi parar lá por acidente.

— Ah, Harry, ah, meu querido, você podia ter ido parar em qualquer lugar... – murmurava a Sra. Weasley passando as mãos agora no rosto do Potter mais novo.

— Arthur, Harry ouviu uma coisa bem interessante na Borgin & Burkes. – comentou Remus passando a mão no cabelo de Harry e o bagunçando.

— Borgin e Burkes?! – gritou a Sra. Weasley agora olhando para o rosto de Harry procurando algum ferimento.

Eles começaram a subir a rua indo para Gringotes, na entrada encontravam os pais de Hermione, quais Molly já tratou de conversar e os ajudar com as dúvidas que tinham. Enquanto isso, Harry informava sobre tudo que havia escutado do Malfoy para o Sr. Weasley.

— Ele está preocupado. – falou o Sr. Weasley sorrindo para Remus que concordou com a cabeça. – Ah, como eu adoraria apanhar Lúcio Malfoy por alguma coisa...

— Tenha cuidado, Arthur. - disse a Sra. Weasley com severidade quando eram cumprimentados pelo duende à porta do banco. – Aquela família significa confusão. Não abocanhe mais do que você pode mastigar.

— Então você não acha que sou adversário para o Lúcio Malfoy? – retrucou o Sr. Weasley indignado.

— Não é isso.. ah, Remus me ajude! – exclamou Molly se virando para o padrinho de Sophie que ria da situação.

— Bem... – Remus ia começar a falar mas Arthur o cortou quando viu o dinheiro trouxa dos pais da Hermione.

— Oh! Isso é dinheiro trouxa? - perguntou ele animado. – Molly, olhe! – apontou excitado para as notas de dez libras na mão do Sr. Granger. 

Sophie, Harry e Remus se afastaram enquanto os duendes os levaram para os cofres no subterrâneo de Gringotes. Chegaram rapidamente ao cofre deles, onde pegaram uma boa quantia não só para eles mesmos como também para ajudarem os Weasley.

Remus foi até o próprio cofre e pegou um pouco de dinheiro também antes deles voltarem para a entrada principal.

De volta aos degraus de mármore, eles se separaram. Percy murmurou qualquer coisa sobre a necessidade de comprar uma pena nova. Fred, Jorge e Harriet tinham visto um amigo de Hogwarts, Lino Jordan e foram até ele – não antes de Fred tentar puxar Sophie com ele, mas ela preferiu ficar com Remus. –.

O Sr. Weasley insistia em levar os Granger  ao Caldeirão Furado para tomar um drinque, e eles aceitaram de bom grado. E a Sra. Weasley levaria tanto Gina quanto Luna – o pai da Lovegood havia deixado o dinheiro com ela –, para comprar as vestes de Hogwarts.

— Vamos nos encontrar na Floreios e Borrões dentro de uma hora para comprar o material escolar. – informou a Sra. Weasley, se afastando com Gina. – E nem pensar em entrar na Travessa do Tranco! – gritou ela para os gêmeos, Harriet e Lino que já seguiam na direção oposta.

— Molly! Aqui. – chamou Remus entregando um pequeno saco cheio de galeões para a mulher. – Boas compras.

— O que... – a mulher olhava confusa para Remus.

— Por favor não entenda mal. – pediu ele, colocando os braços ao redor dos ombros de Harry e Sophie, que sorriam para a mulher. – Essa é a nossa forma de agradecer por ter nos aceitado em sua família.

— Ah queridos! – Molly estava com os olhos cheios de lágrimas e com o olhar mais carinhoso que uma mãe poderia ter. – Vocês são muito preciosos para mim, muito obrigada.

— Você é uma mulher boa, Molly. Temos sorte de ter você. – falou Sophie carinhosamente, e dando um abraço nela.

— Concordo. – disse Harry também abraçando ela. – A melhor que existe.

Com um último abraço em Remus, a mulher se afastou levando Gina e Luna com ela. Sobraram apenas o trio para ir.

— Muito bem, vocês três, se divirtam bem longe da Travessa do Tranco. – falou Remus sério para eles. – Nos encontramos na Floreios e Borrões.

— Está bem, até mais tarde. – se despediram e então partiram.

Sophie então se virou para o padrinho, sorrindo largo para ele.

— Então, o que faremos? – perguntou ela.

— Sorvetes?

— Bora!
             
Eles caminharam pela rua tortuosa, com calçada de pedras. Eles compraram dois grandes sorvetes, o de Remus, óbvio era de chocolate e o de Sophie, era de abacaxi, qual os dois comeram felizes enquanto subiam o beco, examinando as vitrines fascinantes das lojas. Juntos, eles compraram tinta e pergaminhos, e outros materiais para a ruiva.

Nos último minutos antes de irem para Floreios e Borrões, eles ficaram sentados na calçada, Sophie com a cabeça deitada no ombro dele enquanto ele a abraçava pelos ombros. Os dois estavam em silêncio, seus pensamentos longe. De um lado, Sophie pensava em como abordar o assunto namoro com Fred e suas dúvidas, e do outro, Remus se encontrava ainda preocupado em relação ao aviso do elfo doméstico. Uma parte dele queria tanto não deixar suas crianças irem, sua preocupação para aqueles dois era enorme.

Porém, no fim ele sabia que não deixar eles irem para Hogwarts seria horrível para os dois, e por conta disso tentou mandar aquelas preocupações para baixo dos tapetes de sua mente. E Sophie, pensou e pensou e acabou perdendo o tempo, pois logo eles estavam novamente de pé indo encontrar os outros.

E pelo que parecia, eles não eram de maneira alguma os únicos que se dirigiam à livraria. Ao se aproximarem, viram, para sua surpresa, uma quantidade de gente que se acotovelava à porta da loja, tentando entrar. A razão disso estava anunciada em uma grande faixa estendida nas janelas do primeiro andar.

 

GILDEROY LOCKHART
Autografa sua autobiografia

 

 

“O MEU EU MÁGICO”
              Hoje das 12h30h às 16:30h                  


— Eu quero ir embora. – choramingou Remus ao ler o anúncio.

— Se organiza, Remus Lupin. – disse Sophie rindo. – Vamos lá, quanto mais rápido formos, mais cedo vamos embora.

— Vamos poder conhecê-lo! – ouviram Hermione atrás deles.

Rony, Hermione e Harry se juntaram ao lado dos dois e os cincos ficaram vendo a aglomeração naquele lugar de várias mulheres do mesmo tamanho e idade que a Sra. Weasley, e ficaram esperando os outros aparecerem ali também.

— Calma, por favor, minhas senhoras... Não empurrem, isso... Cuidado com os livros, agora... – dizia um bruxo gordinho e baixo, tentando conter as mulheres.

— Eu estou começando a ficar com medo de estar aqui. – comentou Remus com uma careta, ao ver uma senhora empurrando um bruxo para tentar entrar na loja.

— Nós também. – sussurram Rony e Harry.

— Olhe, os outros estão ali. – comentou Sophie apontando para os pais da Hermione e os pais de Rony que se espremiam para poder entrar.

— Bom, vamos então. – resmungou o lupino.

Os cinco se espremeram para passarem também. Uma longa fila serpeava até o fundo da loja, onde Gilderoy Lockhart autografava seus livros. Cada um dos meninos apanhou um exemplar de O Livro Padrão dos Feitiços— Sophie pegou o Ataques Protetivos—, e se enfiaram sorrateiros no inicio da fila onde já aguardavam o restante dos amigos com os Sr. e a Sra. Weasley e os Sr. e Sra. Granger.

— Ah, chegaram, que bom! – exclamou a Sra. Weasley. Ela parecia ofegante e não parava de ajeitar os cabelos. – Vamos vê-lo em um minuto...

— Tenho a breve impressão que ela sabia que este evento aconteceria hoje. – sussurou Harry para a irmã.

— Foi ela que escolheu este dia para virmos. – concordou Sophie.

Aos poucos Gilderoy Lockhart se tornou visível, sentado a uma mesa, cercado de grandes cartazes com o próprio rosto, todos piscando e exibindo dentes ofuscantes de tão brancos. O verdadeiro Lockhart estava usando vestes azul-miosótis que combinavam à perfeição com os seus olhos; seu chapéu cônico de bruxo se encaixava em um ângulo pimpão sobre os cabelos ondulados.

Um homenzinho irritadiço dançava à sua volta, tirando fotos com uma máquina enorme que soltava baforadas de fumaça púrpura a cada flash enceguecedor.

— Saia do caminho, você ai! – rosnou ele para Rony, recuando para se  posicionar em um ângulo melhor. – Trabalho para o Profeta Diário.

— Nossa gente, que gentil. – comentou Sophie revirando os olhos para o homem. – Tá faltando pouco para eu começar a agredir todo mundo.

O azar, fez Gilderoy escutá-la, e com isso, ele ergueu os olhos. Viu Sophie, e em seguida viu Harry. Encarou-o.

— Ah não... – murmuraram tanto Sophie quanto Remus.

Lockhart se levantou de um salto e decididamente gritou:

— Não pode ser, Harry Potter!

A multidão se dividiu, murmurando agitada; Lockhart adiantou-se, agarrou o braço de Harry e puxou-o para frente. A multidão prorrompeu em aplausos. A cara de Harry estava em fogo quando Lockhart apertou sua mão para o fotógrafo, que batia fotos feito louco, dispersando fumaça sobre os Weasley, Lovegood, Granger, e Remus e Sophie que estavam revirando os olhos.

— Dê um belo sorriso, Harry. – disse Lockhart por entre os dentes faiscantes. – Juntos, você e eu valemos uma primeira página.

Quando ele finalmente soltou a mão de Harry, o garoto não conseguia sentir os dedos. Ele tentou se esgueirar para junto de Remus e Sophie, mas Lockhart passou um braço por seus ombros e segurou-o com firmeza ao seu lado. Remus resmungou irritado, e Sophie colocou as mãos no rosto sem paciência e sem saber se ria ou se chorava.

— Minhas senhoras e meus senhores – disse em voz alta, ao mesmo tempo que pedia silêncio com um gesto. – Que momento extraordinário este! O momento perfeito para anunciar uma novidade que estou guardando só para mim há algum tempo!
“Quando o jovem Harry entrou na Floreios e Borrões hoje, ele queria apenas comprar a minha autobiografia, com a qual eu terei o prazer de presenteá-lo agora.” A multidão tornou a aplaudir. “Ele não fazia ideia”, continuou Lockhart, dando uma sacudidela em Harry que fez os óculos do menino escorregarem para a ponta do nariz, “que em breve estaria recebendo muito, muito mais do que o meu livro O meu eu mágico. Ele e seus colegas irão receber o meu eu mágico em carne e osso. Sim, senhoras e senhores, tenho o grande prazer de anunciar que, em setembro próximo, irei assumir a função de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!”

— NÃO! – ecoaram perdidos os gritos de Sophie, Jorge, Fred e Rony no meio dos aplausos.

— Eu to pagando algum tipo de pecado, não é possível! – choramingou Sophie escondendo o rosto na roupa de Remus que tentava puxar Harry de volta para ele.

Harry, por sua vez, se viu presenteado com as obras completas de Gilderoy Lockhart antes de ser solto. Cambaleando sob o peso dos livros, ele conseguiu, e junto com Remus, Sophie, Rony, Hermione, Fred, Jorge e Harriet eles foram para longe da ribalta para a periferia do salão, onde Gina e Luna estavam parada com o novo caldeirão.

— Fique com isso. – falou Harry para a menina Weasley, e derrubando os livros no caldeirão. – Irei comprar os meus próprios.

Remus sorriu e, após ver que estava tudo certo com os mais jovens, voltou para onde os Sr. e Sra. Weasley e os Granger estavam para tirá-los do meio do povo.

— Aposto que você adorou isso, não foi, Potter? – disse uma voz que  Harry não teve problema em reconhecer.

Ele endireitou o corpo e se viu cara a cara com Draco Malfoy, que exibia o sorriso de desdém de sempre.

— O Famoso Harry Potter. – continuou Malfoy. – Não consegue nem ir a uma livraria sem parar na primeira página do jornal.

— Ah pelo amor... Malfoy fica na tua, tu não devia nem ter aberto a boca que já ta todo errado começando pelo seu nome. – resmungou Sophie cansada daquele dia iá.

— Deixe ele em paz, ele nem queria isso. - falou Gina. Era a primeira vez que falava na frente de Harry. E olhava feio para Malfoy.

— Potter, você arranjou uma namorada!— disse Malfoy arrastando as sílabas. 

— Não enche Malfoy! – irritou-se Jorge ao ver a irmã ficar com o rosto vermelho. 

— Estou surpreso em ver vocês aqui Weasley. – comentou Malfoy olhando para Rony e os irmãos. – Imagino que seus pais vão passar fome um mês para pagar todas as compras.

Rony ficou tão vermelho quanto Gina. Largou os livros no caldeirão também, e partiu para cima de Malfoy, mas Harry e Hermione o agarraram pelo casaco. Nessa hora, Remus e Arthur chegaram.

— Rony! – chamou o Sr. Weasley. – Que é que está fazendo? Está muito cheio aqui, vamos para fora.

— Ora, ora, ora, Arthur Weasley.

Era o Sr. Malfoy. Havia surgido e agora estava parado com a mão no ombro de Draco, com um sorriso de desdém igual ao do filho.

— Lúcio. – cumprimentou o Sr. Weasley, dando um frio aceno com a cabeça.

— E Remus Lupin. - cumprimentou olhando para Remus que lhe deu um breve aceno. Lúcio se voltou para Arthur. – Muito trabalho no Ministério, ouvi dizer. – comentou. – Todas aquelas blitz... Espero que estejam lhe pagando hora extra!

Ele meteu a mão no caldeirão de Gina e tirou, do meio dos livros de capa lustrosa de Lockhart, um exemplar muito antigo e surrado de um Guia Sobre Transfiguração Para Principiante.

— É óbvio que não. – concluiu o Sr. Malfoy. – Ora veja, de que serve ser uma vergonha de bruxo se nem ao menos lhe pagam bem para isso?

O Sr. Weasley corou com mais intensidade do que Rony e Gina.

— Nós temos idéias muito diferentes do que é ser uma vergonha de bruxo, Malfoy. – retrucou Remus tocando no ombro de Arthur. 

— Lupin, já faz muito tempo desde da última vez. – cantarolou Lúcio sorrindo. – Como vai o seu leal cachorro?

As posturas de Remus e Sophie se tornaram mais defensivas, e os olhos do Lupin brilharam mais claros, um brilho violento de uma criatura bastante furiosa querendo sair.

— Visivelmente – continuou o Sr. Malfoy voltando-se para Arthur e depois, seus olhos claros desviando-se para o Sr. e Sra. Granger, que observavam quietos e apreensivos. – As pessoas com quem você anda, Weasley... E pensei que sua família já tinha batido no fundo do poço...

Ouviu-se uma pancada metálica quando o caldeirão de Gina saiu voando; o Sr. Weasley se atirara sobre o Sr. Malfoy, derrubando-o contra uma prateleira. Dúzias de livros de soletração despencaram com estrondo em sua cabeça; ouviuse um grito “Pega ele, papai” – dado por Fred e Jorge; a Sra. Weasley gritava “Não, Arthur, não”; a multidão estourou, recuando e derrubando mais prateleiras. Remus tentava a todo custo tirar Arthur de cima de Lúcio, ao fundo Sophie ouviu “Senhores, por favor, por favor! – pedia o assistente, e, depois, mais alto que a algazarra reinante. – Vamos parar com isso, cavalheiros, vamos parar com isso...” Mas a briga só acabou quando Hagrid apareceu de repente e levantou o Sr. Weasley com o lábio cortado e o Sr. Malfoy que fora atingido no olho por uma Enciclopédia dos sapos. Ele ainda segurava o livro velho de Gina sobre transfiguração. Atirou-o nela, os olhos brilhando de malícia.

— Aqui, tome o seu livro, é o melhor que seu pai pode lhe dar...

E, desvencilhando-se da mão de Hagrid, chamou Draco e saíram da loja.

— Você devia ter fingido que ele não existia, Arthur. – disse Hagrid, quase erguendo o Sr. Weasley novamente do chão enquanto este endireitava as vestes. – Podre até a alma, a família toda, todo mundo sabe disso. Não vale a pena dar ouvidos a nenhum Malfoy. Sangue ruim, é o que é. Vamos agora, vamos sair daqui.

Sophie puxou Remus para um canto afastado quando estavam do lado de fora da livraria e viu se ele estava machucado.

— Eu to legal, sério, dei sorte de não ser atingido. – falou Remus sorrindo, estava ajoelhado em frente a afilhada que insistia em olhar o rosto dele em busca de algum machucado.

— Aquele nojento! – disse Sophie abraçando Remus. – Como ele pode mencionar Sirius com tanta cara de pau! Da próxima vez que eu o ver eu vou atacar o chinelo bem na cara dele! – Remus riu. – Como ele sabe sobre Sirius ser um cachorro?

— Pettigrew. – respondeu Remus se sentando na calçada. – De qualquer forma, ele já foi embora, e da próxima vez, você tem minha total permissão para atacar o chinelo na cara daquele idiota.

— Um padrinho sensato, é o que você é! – falou Sophie rindo e dando mais um abraço apertado nele. – Te amo, Moon.

— Eu também me amo.

— Ridículo.


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