TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 19
Capítulo 19 — Dobby, o Elfo Protetor dos Potter




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Sophie estava deitada em sua cama, olhando para o teto pensando nos acontecimentos do dia passado. Girando em sua mão estava a corrente do leão enrolado no sol, qual ela acariciava enquanto perdida em no que havia acontecido, o pedido de namoro que ela não sabia se havia sido uma boa decisão ter dito sim.

Foi a resposta de uma pressão e nervosismo. Harriet e as meninas dizendo para ela dizer sim, e Fred ali parado em sua frente a olhando com a expectativa de uma aceitação a deixou tão nervosa que a única resposta que veio em sua mente havia sido o fatídico “sim”.

Não que ela não gostasse de Fred. Ela o adorava, ele era um amigo querido e que a fazia rir muitas vezes, além de ser sempre doce e carinhoso com ela em vários momentos. Ele era o namorado dos sonhos para as garotas de Hogwarts que gostassem de seu jeito e humor. E ela gostava... Mas, não tinha certeza se era ao ponto de um relacionamento. Aquilo era algo tão sério, era um compromisso, e uma parte dela estava se sentindo presa.

Mas, outra parte dela, acreditava que talvez fosse o certo. Que aquilo era apenas nervosismo da situação e que ela e Fred eram algo seguro para se seguir e que daria certo por sua amizade.

— O que eu faço? – ela perguntou baixinho para a corrente, que obviamente não lhe deu uma resposta.

Talvez ela devesse conversar com Remus, seu padrinho saberia o que dizer, e ele não iria julga-la por seus pensamentos e pela resposta do “sim” impensado. Com suspiro, ela concordou com a ideia e pôs o colar de volta no pescoço, onde ele pertencia, voltando-se a deitar, fechou os olhos.

De repente, ela sentiu algo subindo por seu corpo, abrindo os olhos assustada olhou para a própria barriga e ficou surpresa ao ver Perebas, o rato de Rony subindo e subindo até chegar próximo ao seu rosto.

— Oi Perebas. – ela cumprimentou o ratinha que ficou de pé com as duas patinhas da frente segurando seu queixo.

Perebas ficou observando o rosto de Sophie por um longo tempo, e ela se sentiu confusa com aquela a proximidade toda com o rato para com ela. Ela nunca havia dado atenção para ele antes.

— Você fugiu do Rony de novo? – perguntou ela.

A resposta de Perebas foi pular na cama e se aconchegar ao lado dela, perto de sua mão, claramente pedindo por carinho. Sophie sorriu.

— Você é um rato manhoso, é o que você é. Mas tudo bem, vou te fazer carinho.

Com isso, ela passou um tempinho antes de descer para a festa de aniversário de Harry em seu quarto fazendo carinho no pequeno rato.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


A noite estava agitado para Harry assim como o dia havia sido. Era seu aniversário e ele já havia sido acordado com todos cantando parabéns para ele e um delicioso bolo de morango feito pela Sra. Weasley. Sem dúvida, foi o melhor aniversário que Harry havia tido.

Passando o dia voando no campo ao lado da Toca, e então indo com Remus e Sophie para comprar vários presentinhos que ele queria no Beco Diagonal foi simplesmente digno de todos os sonhos que ele teve em relação ao seu aniversário. Agora já noite, a Sra. Weasley estava preparando um delicioso e enorme jantar para todos eles continuarem a comemoração daquele dia.

Foi quando ele deu uma rápida escapada para seu quarto enquanto a janta ainda sendo feita, para tomar um banho rápido e relaxante que a surpresa lhe pegou. Pois, de alguma forma, havia um elfo doméstico – que muito claramente não era Monstro –, pulando em sua cama com bastante alegria.

Tinha orelhas grandes como as de um morcego, como Monstro, e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis.

E Harry não tinha vergonha de admitir que foi por muito pouco que ele não havia gritado.

— Harry Potter! – exclamou o elfo com uma voz esganiçada. – Há tanto tempo que Dobby quer conhecê-lo, meu senhor... É uma grande honra! – o elfo, Dobby, pulou da cama e fez uma reverência tão exagerada que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete. E Harry reparou que ela vestia uma coisa parecida com uma fronha velha, com fendas para enfiar as pernas e os braços. Mais vestido que Monstro pelo menos.

— Obrigado? – saiu mais como uma pergunta mas não era como se Harry fosse culpado. Ele estava confuso, de quem diabos era aquele elfo em sua frente, e por que ele estava em seu quarto?

Fechou a porta atrás de si e perguntou:

— Quem é você?

— Dobby, meu senhor. Apenas Dobby. Dobby, o Elfo doméstico. – respondeu Dobby sorrindo.

— Certo... – sussurrou Harry ainda confuso, e antes que pudesse fazer outra pergunta, a porta se abriu e Sophie entrou.

— Harry eu... – a Potter se interrompeu ao ver o elfo no quarto. – ... Monstro está diferente.

— Sophie esse é Dobby. – informou Harry ainda confuso. – Dobby essa é minha irmã, Sophie.

— É um prazer minha senhora. – cumprimentou o elfo se curvando novamente em outra reverência exagerada.

— Olá. – falou Sophie franzindo a testa. – Eu tenho quase certeza, sendo a garota que viveu nessa casa por onze anos que você não é um elfo daqui.

— Dobby não pertence a essa casa, minha senhora. – confirmou Dobby. – Ele pertence a outra família de bruxos.

— E o que faz aqui? – questionou Harry.

— Dobby veio aqui para dizer ao senhor Potter... é difícil senhor. – respondeu o elfo como se estivesse lutando contra si mesmo.

— Sente-se. – pediu Harry apontando para o própria cama. Mas para a sua total surpresa o elfo caiu no choro.

— S-sen-te-se! – chorou o elfo. – Nunca... nunca na vida...

— Eu preferiria que você não tivesse dito isso, Harry. – comentou Sophie com um suspiro.

— Eu não imaginei que fosse ofendê-lo. – retrucou Harry para a irmã.

— Você não ofendeu. – falou Sophie, olhando tristemente para o elfo. – Harry, dificilmente elfos domésticos são tratados com tanto respeito... E... Pelo que eu posso ver, Dobby vem de uma família bem abusiva. – terminou ela baixinho para o irmão, sem deixar Dobby ouvi-la.

— Ofender Dobby! – engasgou-se o elfo. – Dobby nunca foi convidado a se sentar por um bruxo... como um igual. 

Sophie e Harry foram até o elfo e o fizeram se acalmar e se sentar na cama. Os irmãos se sentaram na cama de Rony de frente para Dobby que olhava para eles com admiração nos grandes olhos verdes.

— Vai ver não conheceu muitos bruxos decentes. – brincou Harry sorrindo gentil.

Sophie balançou a cabeça com um suspiro já vendo o elfo concordar e então seus olhos se encherem de lágrimas.

— Eu também queria que não tivesse dito isso. – sussurrou Sophie passando as mãos no rosto.

Dobby sacudiu a cabeça e saltou da cama indo até a janela para bater a cabeça nela e gritando alto “Dobby mau! Dobby mau!”. Sophie se levantou e rapidamente tirou o elfo de lá o colocando de volta na cama.

— Desculpe, irmãos Potter. – pediu Dobby devagar. – Mas Dobby teve que se castigar. Dobby quase falou mal da própria família.

— Da sua família? – perguntou Harry.

— A família de bruxos a quem Dobby serve, meu senhor. Dobby é um elfo doméstico, obrigado a servir a uma casa e a uma família para sempre....

— E eles sabem que você está aqui? – perguntou Sophie cruzando os braços.

Dobby estremeceu.

— Ah, não minha senhora, não... Dobby terá que se castigar com a maior severidade por ter vindo aqui, irmãos Potter. Dobby terá que prender as orelhas na porta do forno por causa disso. Se eles vierem a saber, irmãos Potter.

— Mas eles não vão reparar se você prender a orelha na porta do forno? – perguntou Harry com dó.

— Dobby dúvida muito, meu senhor. Dobby está sempre tendo que se castigar por alguma coisa, meu senhor. Eles nem ligam para Dobby, meu senhor. Às vezes me lembram de cumprir castigos a mais...

— Por que não vai embora? Foge? – perguntou Harry olhando de Dobby para Sophie.

— Ele não pode. – respondeu Sophie olhando para Dobby. – Um elfo doméstico tem que ser libertado. 

— E a família nunca vai libertar Dobby... Dobby vai servir à família até morrer, irmãos Potter. 

— E eu achava que ficar na casa dos Dursley era ruim. Isso faz nossos tios parecerem quase humanos. – comentou Harry olhando para Sophie e depois para Dobby. – Ninguém pode ajudá-lo? Nós não podemos?

— Mais uma vez eu queria que não tivesse dito isso. – falou Sophie vendo o elfo voltar  a chorar.

Harry olhava surpreso enquanto o elfo chorava mais alto por conta do que havia dito. Ele olhou para Sophie e ela apenas suspirou.

— Dobby, por favor se acalme. – Sophie pediu com calma.

— Harry Potter pergunta se pode ajudar Dobby... Dobby ouviu falar de sua grandeza, senhor, mas de sua bondade Dobby nunca soube...

Sophie sorriu de lado e olhou para o irmão que estava com o rosto levemente vermelho. Dobby tinha razão, seu irmão tinha uma bondade enorme e isso lhe causava um enorme orgulho.

— Seja o que for que você ouviu sobre a minha grandeza é tudo bobagem. Não sou nem sequer o primeiro da minha série em Hogwart; Hermione sim, ela...

Sophie revirou os olhos com carinho para o irmão.

— Dobby, antes que meu irmão comece com sua enorme humildade a dizer vários nomes, pode nos dizer o que realmente veio fazer aqui? – perguntou Sophie sabendo que se deixasse, o irmão ia colocar Hogwarts toda na frente de seus feitos.

— Harry Potter é humilde e modesto. – Dobby falou, reverente, as órbitas dos olhos brilhando. - Eu ouvi sobre sua vitória com Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado mas Harry Potter não fala sobre sua vitória.

— Voldemort? – questionou Harry e viu o elfo se assustar, cobrindo as orelhas com as mãos e gemendo.

— Não fale o nome dele, senhor! Não fale o nome dele! 

— Nem todos gostam de ouvir o nome dele, Harry. – informou Sophie. – Principalmente os elfos. Sofreram tanto quanto os próprios trouxas na época. – Sophie terminou com dó de Dobby.

— Desculpe, Dobby. – pediu Harry. – Eu esqueci que não são todos que falam o nome.

— Está tudo bem, senhor. – disse Dobby mais calmo. – A senhora perguntou a Dobby o que ele veio fazer aqui – continuou ele olhando para Sophie e abaixando a voz. – Dobby ouviu falar que os irmãos Potter encontraram o Lord das Trevas novamente, faz pouco tempo... que os dois escaparam novamente.

Sophie e Harry concordaram com a cabeça e os olhos de Dobby, de repente, brilharam de lágrimas.

— Ah, meus senhores! – exclamou, secando o rosto com a ponta da fronha suja que usava. - Harry Potter e Sophie Potter são valentes e audaciosos! Já devem ter enfrentado tantos perigos! Mas Dobby veio proteger os irmãos Potter, alertá-los, mesmo que ele tenha que prender as orelhas na porta do forno depois... Os irmãos Potter não devem voltar à Hogwarts.

Fez-se silêncio interrompido apenas pela pequena festa que tinha no andar de baixo e as vozes dos gêmeos misturando-se com as de Gina, Luna e Harriet cantando alguma canção.

— O que? – foi Sophie que perguntou. 

Harry estava chocado e não sabia o que fazer ou dizer. Como assim não poderia voltar para Hogwarts? O que aquele elfo louco estava lhe dizendo? Ele olhou para Sophie mas sua irmã olhava para Dobby com bastante raiva. E com isso, apenas vendo o jeito que sua irmã estava, ele se sentiu mais seguro, sabendo que ela cuidaria daquilo sem problemas.

— Nós temos que voltar, as aulas começam em primeiro de setembro! – exclamou Sophie. – É a nossa casa. O nosso mundo, Hogwarts.

— Não, não, não – guinchou Dobby, sacudindo a cabeça com tanta força que as orelhas esvoaçaram. – Harry e Sophie Potter devem ficar onde estão seguros. Ele é grande demais, bom demais, para perder. Os dois são. Se os irmãos Potter voltarem à Hogwarts, irão encontrar um perigo mortal.

— Que perigo? – perguntou finalmente Harry surpreso.

— Há uma trama, irmãos Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano. – sussurrou Dobby, tomando de repentina tremedeira. – Dobby sabe disso há meses, irmãos Potter. Os irmãos Potter não devem se expor ao perigo. Eles são demasiados importantes, irmãos Potter.

— Que coisas terríveis? – perguntou Sophie na mesma hora.

— Quem está planejando essas coisas? – perguntou Harry depois da irmã.

Dobby fez um barulho engraçado como se engasgasse e em seguida bateu com a cabeça na parede num frenesi.

 — Não, Dobby! – brigou Sophie indo até a cama de Harry e segurando Dobby, fazendo o mesmo parar de bater a cabeça. – Eu compreendo que você não pode me dizer, mas por que está nos alertando? 

— Tem alguma coisa haver com Você-Sabe-Quem? – perguntou Harry fazendo Sophie olhar para irmão surpresa. – Dumbledore disse que ele voltaria, Soph. Eu não consigo pensar em mais ninguém. Ele é o único louco suficiente para fazer alguma coisa bem de baixo do nariz de Dumbledore.

Sophie se levantou e começou a andar de um lado para o outro pensativa quando Dobby disse em voz alta.

— Não... não é o Lorde das Trevas. 

— Então quem? Quem ousaria fazer algo em Hogwarts com Dumbledore lá? – Harry questionou. – Quer dizer, você sabe quem é Dumbledore, certo?

— Albus Dumbledore é o maior diretor que Hogwarts já teve. Dobby sabe disso, meu senhor. Dobby ouviu dizer que os poderes de Dumbledore se rivalizam dos os d'Lorde das Trevas, no auge de sua força. Mas, meus senhores... – a voz de Dobby se transformou em um sussurro urgente. –, a poderes que Dumbledore não... poderes que nenhum bruxo decente...

E antes que Sophie ou Harry pudessem fazer algo para impedi-lo, Dobby saltou da cama, agarrou o abajur da escrivaninha de Harry e começou a se golpear na cabeça, com ganidos de furar os tímpanos.

Fez-se silêncio repentino no andar de baixo, Sophie agarrou Dobby e abafou os gritos do elfo com a mão. Ela e o irmão ficaram em silêncio enquanto Dobby se debatia até ouvirem a voz de Remus perguntar atrás da porta:

— Sophie, Harry, tudo bem? – perguntou o padrinho claramente confuso.

— Tudo, Moony. – respondeu Harry tentando manter a voz calma. – Só estamos conversando, já iremos descer.

Alguns segundos depois ouviram os passos de Remus se afastarem e a festa continuar no andar de baixo. Dobby que parecia ter se acalmado, tirou a mão de Sophie – que já não segurava com tanta força – sobre sua boca.

— Prometam para Dobby, irmãos Potter. – pediu ele se soltando de Sophie e olhando para os dois. – Prometam que não vão voltar para escola.

Sophie olhou para o Harry que também olhava para ela. A garota devagar colocou as mãos atrás das costas e cruzou os dedos.

— Prometemos. – respondeu ela, deixando Dobby feliz e Harry assustado. – Nós não voltaremos para Hogwarts.

— IUPIII! – gritou o elfo pulando feliz.

Sophie sentiu-se mal pela mentira mas não tinha outra escolha. Ela tinha a impressão que se tivesse dito não, aquela pequena criaturinha iria criar um baita problema. Fingiu um sorriso e disse com a voz gentil.

— Dobby, eu não quero parecer rude mas... eu e o Harry temos uma festa para ir agora. E eu realmente não quero que seus donos notem que você sumiu...

— Dobby entende minha senhora! – falou Dobby sorrindo e depois se curvando para ela. – Dobby se sente feliz por ter conhecidos os irmãos Potter e tê-los protegido! – curvou-se para Harry. – Adeus, irmãos Potter! Espero um dia vê-los novamente! –E desapareceu.

Harry voltou a olhar assustado para a irmã.

— Por que disse...

— Eu menti. – informou ela mostrando os dedos cruzados para Harry. – Ele não me deu escolha. 

— Então iremos voltar? – perguntou Harry sorrindo.

— Claro. – concordou Sophie pensativa. — Depois da festa, vamos conversar com Remus sobre essa conversa e as informações que Dobby nos deu. – se sentou na cama. – Quem você acha que pode ser?

— Eu continuo pensando em Voldemort, Sophie. – respondeu Harry pensativo também. – Ele é o único que iria tentar fazer algo em Hogwarts novamente. Mas eu... admito que outro pensamento se passa em minha cabeça.

— Que seria? – Sophie questionou juntando as mãos. 

— E se Dobby estiver mentindo? – Harry se sentou ao lado dela. – E se a família de quem ele veio pediu para ele fazer isso, para que nós dois não voltássemos para Hogwarts? 

— Está pensando na família Malfoy, não está? – perguntou Sophie sorrindo de lado. – Faz sentido Harry, mas... Eu não sei. A forma como Dobby estava se alto castigando, mostrava claramente que não era fingimento. Para falar a verdade, eu realmente não sei o que pensar! Se tiver realmente uma trama acontecendo então quem está por trás e pior ainda, o que virá dessa vez? 

Eles ficaram em silêncio até a Sra. Weasley os chamar para o jantar. Os dois desceram ainda em silêncio e fingiram sorrisos no rosto.

Continuaram festejando um pouco mais, brincado um pouco, e conversando sobre fofocas de Hogwarts.

A tarde, a Sra. Weasley havia ido embora – Remus havia convencido ela que ele iria limpar a louça com Sophie, e a bruxa mais velha já cansada aceitou – Gina e Luna haviam ficado, ficariam no quarto de Mione e Harriet. 

Com uma despedida de boa noite de um abraço sem graça de Sophie para com Fred e um mais tranquilo com Jorge, os gêmeos também haviam ido dormir, deixando apenas os dois Potter com Remus na cozinha.

— Muito bem, soltem o que vocês estão querendo me contar. – falou o Lupin cruzando os braços.

Assim, os dois disseram tudo sobre a conversa com o elfo. Remus ouvia tudo atentamente e cada vez mais se preocupava com a informação passada.

— Ele parecia falar a verdade? – perguntou Remus depois dos dois terem contado tudo.

— Sim, parecia. – respondeu Sophie que estava sentada na cadeira ao lado de Harry e de frente para o padrinho.

— Você sabe que os elfos não gostam de desobedecer seus donos. – comentou Remus pensativo. – Mas já houveram bem poucos casos onde o elfo não tinha escolha, se não desobedecer... mas, a questão principal é: Qual é a trama?

— É isso que eu não paro de pensar. – respondeu Sophie preocupada.

— Ano passado a trama foi o próprio Voldermort tentando retomar o poder bem de baixo do nariz de Dumbledore. – comentou Harry.

— Acha que é Voldemort novamente? – perguntou Remus negando com a cabeça. – Seria muita burrice para um ser tão ardiloso como Voldemort.

— Então quem? – perguntou Harry passando as mãos pelo cabelo. – Quem seria louco a ponto de querer enganar Dumbledore? 

— E se não for Voldemort, mas sim alguma coisa relacionada com ele? – Sophie questionou, olhando para os dois.

— Faria mais sentido. – concordou Remus. – De todo caso, vocês dois fiquem juntos. Não se afastem dos amigos também. E Sophie, avise a Dumbledore sobre essa conversa que você e Harry tiveram com esse elfo. É melhor prevenir para que o ferimento não seja grande. 

Sophie e Harry concordaram e assim, a conversa teve seu fim. Os dois deram seus boa noites para Remus – Harry lhe dando um abraço e Sophie dando-lhe um beijo na bochecha –, e os dois foram para seus devidos quartos. Suas cabeças cheias de perguntas e preocupações.

Sophie ao se deitar na cama, percebeu que não conseguiria dormir tão cedo. Se preocupava, muito e aquele medo de todos desaparecerem por conta dessa trama sombria estava a espreita em seus pensamentos e com toda certeza lhe atacaria em seu sono. Ela não sabia o que fazer, ano passado ela cometeu o deslize de sair de Hogwarts com Dumbledore deixando Harry a mercê de Voldemort – mesmo ela tendo chegado a tempo, ainda se sentia culpada –, mas este ano ela faria de tudo para ficar de olho em seu irmão, faria de tudo para mantê-lo o mais seguro possível.

Já estava sentindo o sono chegar quando percebeu que havia esquecido de conversar com Remus em relação ao relacionamento com Fred.

“Assuntos mais importantes vem primeiro. Outra hora eu converso com ele sobre isso” pensou ela se deixando fechar os olhos, com medo do sonho que viria.

Já Harry não sabia organizar todos os pensamentos que surgiam em mente. Qual seria a trama? Qual seria o perigo que teria de enfrentar em Hogwarts dessa vez? Tentou fechar os olhos mas para seu total terror, os olhos vermelhos de Voldemort surgiam em sua mente e o riso dele acompanhava, com um balançar de cabeça, a imagem se dissolveu e uma nova surgiu. Esta, era de sua irmã. Ela estava sorrindo para ele, e Harry se acalmou, ao mesmo tempo que a enorme vontade de proteger e cuidar de Sophie começou a se enrolar em seu peito. E era o que ele faria, ele iria proteger sua irmã com tanta ferocidade que ela havia lhe protegido ano passado.

E então teve Remus que ainda estava na cozinha. Ele sentia o coração se apertar e doer fazendo com que se tornasse difícil de respirar. Sentiu uma tontura e depois uma vontade louca de proteger Sophie e Harry. A lua-cheia estava chegando, mas ainda faltava dois dias, porém, mesmo assim seu lobo interior estava tentando tomar as rédeas, o seu lado alfa protetor estava querendo tomar o controle da situação, ele queria pegar os dois irmãos e protegê-los de todos. Os olhos de Remus mudaram para uma cor mais intensa e forte e ele teve que se segurar na mesa para que não levantasse e fosse até o quarto de Sophie, a força possessiva de cuidar de sua afilhada, protegê-la e de afastá-la de Fred que teve a ousadia de pedi-la em namoro lhe fervia no peito com força.

Ele tentou lutar contra si mesmo. Ficou respirando devagar e dizendo a si mesmo que tudo ficaria bem, e que ele ficaria de olho no Weasley, até enfim, o lobo voltar a se acalmar e seus olhos voltarem a cor normal. Suspirou e fechou os olhos, só tinha uma pessoa que saberia o que fazer para ajudá-lo a se acalmar, mas ele estava longe.

— Como eu queria que estivesse aqui Sirius... – Remus sussurrou triste.

Fechando os olhos, ele pediu para todo o universo e para James e Lily que cuidassem daquelas crianças que ele amava como se fossem seus filhos.


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