TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 2
Capítulo 2 — A Vida de Remus e Sophie




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As vezes, o início de uma história é bom, mas temos que ter em mente que quando o início é muito bom, o meio dessa história vai carregar muitas tristezas e pesos até chegar no final. Claro, não é que o meio será apenas triste, terá muitos momentos felizes também, mas até chegar ao final feliz demora bastante.

O prazer de uma vida é os momentos que vem com o tempo. Tristes e felizes, no final de tudo, cada pequena parte da história valeu a pena. Mas, não vamos focar no final da história, afinal, acabamos de sair do começo e agora, o grande meio de uma grande história está para continuar.

E iremos continuar com as vidas de Remus e Sophie, os únicos daquela enorme família que permaneceram juntos.

Os três primeiros anos após os acontecimentos em Godric's Hollow foram os mais difíceis que Remus já teve que viver, a solidão em seu coração só não era de matar por conta da pequena Sophie, a garotinha que ele prometeu cuidar e proteger e que estava sempre dando amor e abraços nele sempre que podia.

Ela já estava com seus seis anos de idade, cheias de perguntas sobre o mundo – tanto trouxa quanto bruxo –, e cheia de amor por qualquer livro que ele comprasse para ela. E se não fosse por ela e suas infinitas perguntas e infinitos carinhos, Remus não saberia como teria sobrevivido após tudo desmoronar.

Muitas vezes sua mente o levava para os amigos perdidos. Levava para sua irmã de alma, Lily, a quem ele amava incondicionalmente e que carregava uma parte de sua alma com ela para onde quer que ela tivesse ido no universo. O vazio dentro dele só não era ruim por conta de Sophie, ela carregava uma parte da alma da mãe com ela e Remus era capaz de sentir, era capaz de sorrir por isso.

A perda de James era algo frio nele. Desde do início o Potter esteve com ele, foi o primeiro a declarar ser o melhor amigo, James sempre foi uma presença cheia de calor e vida para ele, sem ele, tudo parecia um pouco mais como o outono.

As perdas de Brian e Richard doiam tanto quanto a perda de James. E infelizmente, nunca vai havia visto ou ouvido falar sobre Sharon e o pequeno Charles, assim como nunca mais ouvira sobre o filho de Richard, Erik. No meio tanta tristeza, ele os perdeu.

E Alice e Frank... Ele preferia não pensar. Era simplesmente melhor não... Lembrar de tal destino cruel.

Peter, oh Peter. Ele sentiu tanto ódio, tanta vontade de matá-lo durante aqueles anos. Mas agora, agora ele só sentia pena e tristeza, aquele rapaz tímido também foi vítima daquela guerra, ele perdeu alguém que realmente amava e isso o destruiu, o destruiu tanto que ele não viu outra alternativa a não ser se juntar para o lado que estava vencendo. Claro, ele nunca perdoaria tal traição, nunca seria capaz de olhar para o rosto de Pettigrew sem sentir uma enorme raiva dele. Mas, ele ainda lamentava e amaldiçoava o que a guerra havia feito com o garoto tímido e seu amor.

Então teve Sirius. Sirius Black, o idiota que não pensa nas consequências de seus atos, que não foi capaz de perceber o quão estúpido seria ir atrás de vingança quando naquele momento eles deveriam ter ficado juntos por Sophie e Harry. E agora, por conta de suas ações, Sirius estava preso em Azkaban enquanto Pettigrew estava livre e escondido. E Harry era obrigado a viver com os tios, Petúnia - irmã de Lily - e Válter seu marido. Duas pessoas trouxas que Remus sabia muito bem o quão ruim eram.

— Deus sabe como devem estar tratando Harry. – murmurou o Lupino enquanto fazia o jantar. – Se bem que, talvez eles sintam pena dele por ser órfão... – bufou. – Nah.

— Moon tá falando sozinho?

Remus se virou e sorriu para a pequena ruiva que havia adentrado a cozinha segurando seu leãozinho de pelúcia e subindo na cadeira, com a língua presa entre os dentes.

— Estou falando comigo mesmo, moça. – respondeu ele. – Ajuda a pensar.

— E no que você está pensando? – perguntou ela com seus olhinhos castanhos-esverdeados brilhando.

— Estou pensando no presente de natal de uma certa criaturinha que adora abraços. – ele disse olhando marotamente para ela. – Você sabe me dizer o que uma garotinha que ama abraços e é muito atrevida gostaria de ganhar, Sophie?

— Hum – Sophie colocou o dedinho no queixo enquanto pensava. –, uma vassoura para poder voar por toda a casa! - concluiu ela batendo as mãos animada.

Remus arregalou os olhos e já sentiu o coração bater mais forte com as preocupações futuras de quando ela entraria em Hogwarts e... Jogos de quadribol.

— Absolutamente não. – Remus murmurou tanto para o pedido da vassoura quanto para a futura Sophie entrando no quadribol.

Sophie fez biquinho e cruzou os braços.

— E por que não?

— Você não tem idade para voar numa vassoura. – “E nunca vai ter idade para isso, se eu tiver alguma coisa a dizer sobre.” pensou ele mas não disse nada.

— Maaaas Moony! Eu tenho seis anos! – reclamou ela de forma chorosa, assustadoramente parecida com James quando Remus não deixava ela fazer alguma coisa muito idiota. – Já estou virando adulta.

— Se você está virando adulta então eu estou virando o Smeagol. – retrucou o Lupin revirando os olhos.

— O que é um Smeagol? – ela perguntou franzindo a testa.

Remus sorriu já planejando em comprar os incríveis livros de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis” para ela no futuro quando ela pudesse compreender e acompanhar melhor todo o universo de Tolkien.

— Uma criatura muito antiga e feia. – respondeu ele.

— Você não é uma criatura antiga e feia, Moon. – Sophie disse firmemente e esticando os braços para ele a pegar.

Remus rapidamente atendeu o desejo de sua pequena moça.

— Ah, não sou?

— Nãooo! – ela disse colocando as mãozinhas na bochecha dele. – Você é meu Moony fofinho e que eu amo abraçar. – então o abraçou, colocando o rostinho no ombro dele.

Remus sentiu o coração bater mais forte de amor que sentia por aquela criança. Deu-lhe um beijo nos cabelos e encostou a cabeça na dela.

— Eu também amo abraçar você, pequena moça. – sussurrou a apertando.

Ter ela em seus braços afastava qualquer pensamento sombrio sobre o passado e o futuro. Segurando ela, ele só conseguia pensar em como a amava, o quanto a manteria segura e como ela é a pessoa mais importante em toda a sua vida.

Ele sorriu então. Sophie havia esquecido a história da vassoura, para sua alegria.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Ele sabia que aquele dia chegaria. Na verdade, ele mesmo ficou surpreso por ter demorado tanto para isso. Do jeito que ela continuava fazendo perguntas sobre tudo quando tinha seis anos, ele pensava que, em algum momento a pergunta infame seria feita. Mas então, ele estava feliz por ter sido com nove anos e não com seis.

 

 

Ele estava deitado em sua cama lendo “O Assassinato no Expresso Oriente” de Agatha Christie, quando Sophie entrou em seu quarto. De forma silenciosa, e claro, segurando seu leão, ela subiu na cama e se engatinhou até deitar em cima dele, com a cabeça em seu peito. Sorrindo suavemente, ele colocou o livro no criado mudo e acariciou os cabelos ruivos que tinham algumas pequenas mechas loiras dela.

 

 

— O que houve? – ele perguntou baixinho.

 

 

— Sonho ruim. – murmurou ela com a voz triste.

 

 

Remus suspirou tristemente e beijou gentilmente os cabelos dela, colocando os braços em sua volta e voltando a acariciar a juba ruiva. Eles ficaram em silencio por alguns minutos, ele já estava pensando que ela havia dormido quando a pergunta foi feita:

 

 

— O que realmente aconteceu com mamãe e papai, Moony? – ela levantou a cabeça, olhando para ele. – Com Harry e o tio Sirius?

 

 

Por um momento ele não soube responder. Por um momento, ele não queria ter de responder aquela pergunta. Mesmo sua pequena moça já entendendo sobre vida e morte, sobre o grande ruim e o bom, ele não queria ter que ser aquele a falar sobre o que aconteceu. Mas se não fosse ele, então seria algum desconhecido que não tomaria cuidado com as palavras e a machucaria.

 

 

— Por que isso agora? – ele perguntou porque precisava saber.

 

 

— Foi o meu sonho ruim. – respondeu ela coçando o olho esquerdo adoravelmente. – Sonhei que mamãe e papai desapareciam com o Harry e o tio Sirius sumia também. Deixando eu e você.

 

 

— Ah minha pequena. – suspirou tristemente. – Já está na hora de eu te contar o que realmente aconteceu, não é?

 

 

— Eles não foram fazer uma viagem muito longa, foram? – ela perguntou triste.

 

 

— Não. – Remus respondeu. – Creio que, seus pais foram para um lugar onde não podemos segui-los. E Harry e Sirius... É tão complicado. – ele então acariciou a bochecha dela gentilmente. – Mas, vou descomplicar para você. Você merece.

 

 

Então, da forma mais gentil que podia, Remus contou para ela sobre Voldemort, sobre a profecia que envolvia Harry e o bruxo das trevas, o perigo que todos corriam, a confiança e a traição de Pettigrew, a morte de James e Lily, Sirius sendo preso após Peter enganar todos e fazer o Ministério e todos os bruxos acreditarem que havia sido Black o culpado, e Harry sendo entregue para os tios.

 

 

— Nós não podemos visitar o Harry? – Sophie fungou enquanto Remus limpava as lágrimas dela.

 

 

— Eu queria, querida. – respondeu Remus. – Mas, infelizmente, o seguro para o Harry é ficar com os tios.

 

 

— Por que? Voldemort não existe mais...

 

 

— Sophie – ele começou devagar. –, entenda, existem razões para Harry estar afastado de nós no momento que eu não entendo e não sou capaz de explicar para você. Mas eu prometo, querida, eu prometo, que um dia você e ele estarão juntos e quem sabe, ele vai até morar aqui. Mas por enquanto, é assim que deve ser.

 

 

Sophie mordeu o lábio, a testa franzida e então suspirou concordando com a cabeça.

 

 

— Eu sei que é difícil, tudo isso é. – ele continuou. – E não é justo com vocês, não é justo com ninguém que sofreu por causa daquela guerra, mas seja forte, sim? E lembre-se, não importa o que aconteça, não importa onde esteja, longe ou perto, eu sempre estarei aqui para você. Eu vou cuidar de você até o fim da minha vida e depois.

 

 

— Promete? – ela perguntou sorrindo e lhe estendendo o dedo mindinho.

 

 

— É uma promessa. – respondeu ele juntando o dedinho com o dela. – Somos o que somos, Sophie, e somos tudo o que temos. Sempre.

 

 

— O que isso significa?

 

 

Remus sorriu e bateu o dedo levemente no nariz dela.

 

 

— Um dia você vai entender, moça.

 

 

Sophie riu e então aproximou o rosto do dele e esfregou o narizinho dela com o dele, fazendo ele rir junto enquanto esfregava o nariz no dela também.

 

 

— Te amo, Moony.

 

 

— Eu também te amo, pequena Potter.

 

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


Ele estava ali parado de pé na sala durante vinte minutos, olhando sem acreditar para aquela carta em sua mão. Ele realmente não conseguia entender que já estava na hora, que sua pequena moça teria que ir para Hogwarts naquele ano, naquele 01° Setembro.

Ele se encontrava em um misto de emoções naquele momento, olhando para a carta. Felicidade, tristeza, saudade, e egoísmo.

Felicidade, porque, claro, aquela carta era um novo mundo para Sophie, significava que sua linda menina estava indo para se tornar uma grande bruxa no mundo, afinal, era a melhor escola de magia e bruxaria que se poderia existir. Hogwarts.

Tristeza porque seria ele que entregaria esta carta e a levaria para pegar o trem. Não deveria ser ele, ele só deveria acompanhar enquanto os pais dela, James e Lily faziam essa função tão importante. Era o sonho deles, todos eles, levarem suas crianças para King’s Cross e ver elas acenarem pelas janelas do trem enquanto ele partia.

Saudade, não havia nem explicação. Apenas de ver aquela carta já lhe fazia lembrar de vários momentos marcantes, vários dias e noites naquele castelo.

E egoísmo, pois por mais feio que seja, ele não queria que ela fosse. Porque ela ir, significaria ele ficar sem ela nessa casa vazia. Essa casa sem Sophie perderia toda a cor, perderia o sentido, tudo. Ele mesmo não conseguia pensar em como seria ficar sozinho sem ela ali com ele, brincando e lendo e claro, o abraçando. Sophie é o pó do ouro que ilumina tudo que toca. Vai ter um vazio imenso nessa casa sempre que ela for para Hogwarts.

Mas, havia outro sentimento que estava maior que os outros. O carinho. O carinho que ele sentia por ela, por entregar essa carta e levar ela para a estação, seria uma honra para ele fazer isso por seus amigos. Por mais vazio que tudo fique com ela longe, valeria pena aguentar apenas para vê-la viver suas próprias aventuras.

— Você virou uma estátua por acaso?

Ele levantou os olhos da carta e a viu parada ali sorrindo marota para ele. Ela estava cada dia mais se parecendo com a mãe com os olhos do pai, sempre carregando um sorriso leve no rosto e sendo irônica e marota como os antessessores.

— O que? – ele questionou confuso.

— É que você tá ai parado por um tempão olhando pra correspondência. – comentou ela dando de ombros. – Comecei a me perguntar se tinha resolvido se tornar uma estátua.

— Bem, eu tenho o corpo de uma, não é? – retrucou ele piscando para ela.

Sophie riu enquanto revirava os olhos.

— Por que você ta olhando tanto pra correspondência? – ela perguntou enquanto se sentava no sofá.

Remus sorriu e foi se sentar ao lado dela, e sem dizer nada, entregou ela a grande carta.

Foi bastante divertido para ele assistir as emoções passarem por seu rosto muito expressivo. Primeiro confusão, depois surpresa, então desacreditando, entendimento e por fim, felicidade.

— Eu vou...?

— Você vai. – ele concordou sorrindo.

— Setembro... Nesse Setembro?

— Exatamente.

Ela então soltou um grito de pura alegria - infelizmente acordando a mãe de Sirius - e pulou no colo dele o abraçando apertado. Remus riu e a abraçou de volta com força.

— MESTIÇOS IMUNDOS...

O grito da mãe de Sirius foi totalmente abafado pelo grito alegre de Sophie.

— EU VOU PRA HOGWARTS!

Remus sorriu emocionado. Sua garotinha ia pra Hogwarts.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

— Agora só faltam uma varinha e um bichinho, Remus. – Sophie disse animada.

 

 

Eles haviam passado boa parte da tarde andando pelo Beco Diagonal comprando tudo para o primeiro ano dela em Hogwarts. Era realmente divertido ver o quão animada ela estava para a chegada do infame primeiro de setembro - mais animada do que pro próprio aniversário -.

 

 

— Você quer ir primeiro em qual? – ele perguntou balançando a mão que ela segurava.

 

 

— Bichinhos!

 

 

— Então, bichinho é!

 

 

A variedade de corujas e gatos que eles olharam era enorme. Sophie estava mais interessada nos felinos, olhou um por um e até mesmo brincou com eles. Mas por algum motivo, nenhum daqueles gatos se afeiçoou muito por Sophie ao ponto de querer segui-la. E assim, para a total tristeza da Potter, ela saiu da loja sem nenhum gato em seu colo.

 

 

— Por que eles não gostaram de mim, Moony? – ela perguntou triste.

 

 

Remus suspirou e lhe deu um beijo na testa.

 

 

— Acontece, pequena. – disse ele suavemente. – Mas, tenho certeza que o bichinho certo está esperando por você. Apenas espere.

 

 

Isso pareceu suavizar mais a tristeza e então eles partiram para o Olivaras. Eles não ficaram lá por muito tempo, pois a primeira varinha que o bruxo mais velho pegou para ela, foi a certeira.

 

 

— Mogno, 28 centímetros, flexível. – Olivaras disse suavemente.

 

 

Remus sentiu o coração se apertar. Ele sabia que varinha era aquela.

 

 

— Ela me escolheu. – Sophie sussurrou olhando encantada para a varinha.

 

 

— Sim. Acredito, Srta. Potter, que o seu pai está mais perto do que imagina. – Olivaras disse suavemente, e Sophie olhou para ele com os olhos brilhando. – Esta, é a varinha dele. Cuide bem dela.

 

 

Sophie segurou mais firmemente naquela varinha, sentindo um vínculo forte ser formado entre ela e o objeto. Um pouco do pai dela.

 

 

Enquanto eles voltavam para o Largo, andando calmamente e aproveitando aquela tarde suave, Sophie parou e fez Remus olhar para ela.

 

 

— Eu vou deixar ele orgulhoso. – ela disse séria para ele.

 

 

Remus sorriu e se ajoelhou, tocando suavemente o rosto dela.

 

 

— Você já o deixa orgulhoso, Sophie Potter.

 

 

Ela sorriu e com os olhos lacrimejados, pulou em seus braços para um abraço.

 

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Era o dia 31 de Agosto. O aniversário de Sophie havia sido um sucesso com ele a levando para um parque de diversões e dois livros de romance “De Lobos e Tempestades” e “O Espinho Floresce” ambos falavam sobre um casal de nome Rose e James e parecia realmente interessante e bem a cara da pequena Lily.

 

 

Ele estava lendo um livro no sofá quando Sophie apareceu ficando na frente dele com uma expressão decidida no rosto. Remus olhou para ela com a sobrancelha levantada.

 

 

— Sim, madame?

 

 

— Eu tomei uma decisão. – ela disse séria.

 

 

— Hum, parece sério. – ele comentou observando o rosto dela atentamente. – Que decisão você tomou, moça?

 

 

— Não vou mais para Hogwarts.

 

 

Remus fez um som de concordância.

 

 

— Não vai mais... – ele parou e olhou pra ela chocado. – O que?!

 

 

— É isso ai. Não vou mais. Não quero. – ela disse cruzando os braços.

 

 

Remus piscou várias vezes tentando entender o que estava acontecendo naquele momento em qual sua afilhada aparentemente enlouqueceu.

 

 

— Mas, por que? Você estava louca para ir! Ficou pulando pela casa que nem um macaco querendo banana! – ele disse largando o livro e pegando a mão dela, puxando para se sentar ao lado dele.

 

 

— Eu não posso te deixar sozinho, Remus! Eu não quero te deixar sozinho. – ela disse olhando triste para ele. – Você é mais importante que Hogwarts. Nas noites de lobisomem, quem vai cuidar de você no dia seguinte?

 

 

— Sophie... – Remus tentou dizer, seu coração doendo de amor por sua afilhada.

 

 

— Papai ficaria desapontado se eu deixasse você doente. Mamãe também! E o tio Sirius ele...

 

 

— Sophie! – ele a interrompeu sério, fazendo os olhos dela se encontrarem com os dele. – Presta atenção, seus pais e Sirius nunca ficaram desapontados com você, entendeu? Nunca. Eu sei que é difícil nos separarmos por tanto tempo, acredite em mim, se eu pudesse eu colocaria você no meu bolso de camisa que fica acima do meu coração e manteria você lá protegida e ao meu lado sempre. Mas querida, entenda, esse é um momento importante para você. Eu não vou estar sempre aqui e ir para Hogwarts não é apenas para aprender sobre feitiços, mas também para aprender a viver sem eu ao seu lado durante todo o dia. Você por você fazendo loucuras, amigos e vivendo. Você precisa ir, você tem muitas aventuras pela frente sozinha. Tristes ou felizes, viva cada uma delas naquela escola e, eu prometo que eu, seus pais e Sirius serão os humanos mais orgulhosos por você.

 

 

Sophie olhava para ele atentamente, seus olhos brilhando em lágrimas. Remus segurou a bochecha dela carinhosamente.

 

 

— Faça isso por mim, Sophie, faça isso por todos nós. – ele disse sorrindo. – Tenha uma vida cheia de aventuras fantásticas. Viva, querida.

 

 

Sophie acenou afirmativamente com a cabeça e o puxou para um abraço extremamente apertado.

 

 

— E sobre as noites de lobo – ele começou marotamente se afastando dela. –, eu sou capaz de me virar, afinal, você nem sempre esteve cuidando de mim, sim? E olhe para mim, sou um lobo jovem e saudável! Até uivo, olha... AUUUUUUUUUUUUUUUU!

 

 

Sophie gargalhou e Remus sorriu carinhosamente para ela. Sua linda e gentil, Sophie Potter. Em seu coração ele sentia que ela teria uma vida incrível, aventuras fantásticas e um grande futuro. E ele faria questão de estar com ela em cada pequeno momento, mesmo quando um dia ele morresse, ele estaria sempre com ela.

 

 

A aventura de Sophie estava para ter seu início no dia seguinte ao entrar em um trem e partir para uma escola que se tornaria sua casa. E assim como ele, ela seria brilhante.

 


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