TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 1
Capítulo 1 — Lá e de Volta




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30 de Agosto de 1978. É aqui que nossa história tem seu início. 

Na verdade, ela se inicia muito antes. No dia primeiro de Setembro de 1971, data de embarque para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Começa com um rapaz, que nunca imaginava que seria tão importante no futuro. Um rapaz, que após de ter passado pela passagem de King's Cross e entrar na Plataforma 9 ¾, assim chegando ao trem, agora estava sentado sozinho em uma das muitas cabines, esperando passar a viagem sem nenhuma companhia. Seu nome, Remus Johnathan Lupin. Um rapaz de onze anos magro, com algumas cicatrizes pequenas no rosto, e muitas escondidas de baixo das camadas de roupas. O cabelo castanho avelã que ia até os ombros, os olhos castanhos claros. Podia ser um garoto normal, apenas mais um bruxo indo para a maior escola de bruxaria. Mas, não. Remus era mais do que normal, ele era especial. Um rapaz que carregava um enorme fardo em seus ombros, algo que fazia dele um monstro aos olhos de muitos ignorantes. Um lobisomem. Não, não apenas um lobisomem. O lobisomem. O mais gentil e corajoso que existe. 

Ele estava sentado no canto da cabine, seus olhos observando calmamente as paisagens que passavam enquanto o trem ia em velocidade para longe de Londres. Ele já planejava pegar um livro para ler quando dois garotos entraram na cabine rindo.

— Sirius, você é completamente louco! – disse o garoto de cabelo bastante bagunçado da cor preta, óculos redondos que mostrava com clareza os olhos castanhos-esverdeados por trás. – Se continuar irritando sua mãe desse jeito, ela vai acabar te expulsando! 

O outro garoto abriu um sorriso bastante travesso e deu de ombros. Ele tinha cabelos longos que iam até os ombros, encaracolados nas pontas. Um rosto muito belo e jovial, de olhos cinzas brilhantes e alegre. 

— Bem, se isso acontecer, então ai eu irei direto para sua casa. – disse o rapaz piscando para o amigo e então voltando-se para dentro da cabine, assim avistando Remus que estava tímido em seu canto. – Ah, olá! 

— Oi... – Remus disse dando um sorriso fechado, e mais tímido. 

— Primeiro ano em Hogwarts, também? – perguntou o de óculos redondo sorrindo gentil e se sentando de frente para Remus. – Espero que não seja um problema sentarmos com você, o resto do trem está totalmente cheio! 

— Ah, não, não é um problema. – Remus disse falando um pouco mais alto e deixando a timidez de lado. – E sim, primeiro ano também.

— Legal, nós também!! – O outro garoto disse sorrindo mais largo e se sentando ao lado de Remus. – Eu sou Sirius, Sirius Black!

— E eu, sou James Potter! – James disse estendendo a mão para Remus que pegou e balançou. – E o seu?

— Ah, Remus. Remus Lupin. – Respondeu Remus soltando a mão de James.

— Bem, Remus Lupin, é uma honra conhecê-lo! Nós, somos os seus mais novos melhores amigos! – James disse animado e piscando para o lupino que agora estava surpreso. 

— Exatamente! – Sirius concordou também animado e abraçando Remus de lado. – E ai, ansioso para chegar em Hogwarts?

— Estou, vai ser ótimo! – James respondeu pulando no banco.

Sirius revirou os olhos e abanou a mão para o Potter como estivesse espantando uma mosca.

— Eu estou perguntando para o Remus! Você já disse várias vezes que seria ótimo! – Sirius resmungou e James fez careta para o amigo mas o mesmo o-ignorou para olhar para Remus que ainda não conseguia acreditar que havia encontrado pessoas que queriam ser amigos dele. – Então, Remmy? 

O Lupin franziu a testa confuso por alguns segundos, afinal, quem diabos era Remmy? Mas logo notou que, "Remmy" era mesmo e era um apelido, totalmente ridículo na opinião dele, que Sirius havia acabado de inventar. Decidindo ignorar o nome, ele respondeu:

— Sim, estou animado. Tenho certeza que será incrível. – então suspirou. – Mas não paro de pensar em que casa irei cair...

— Bem, eu sei que quero ir para Grifinória. – Sirius disse de forma sonhadora e sorrindo. – Se eu for para a Grifinória, e isso é uma promessa, irei chegar em casa e gritar para todos ouvirem!

— Sua família vai ficar feliz, então? – Remus perguntou franzido a testa para o Black.

— Não seja bobo, eles irão me odiar mais do que nunca. – retrucou o garoto maroto. – Veja, a minha família é toda da casa Sonserina, e ama se gabar por serem sangue-puro. E eles odeiam os trouxas também... eles são o tipo de família que se acham superiores do que as outras. 

— Nojentos, todos eles. – James resmungou mas então sorriu. – Felizmente minha família toda é da Grifinória, ou seja, já sou um grifinório com orgulho.

— Sortudo. – Sirius retrucou revirando os olhos. – Mas e você, Remus? Qual casa sua família foi?

— Bem, minha mãe não é bruxa mas o meu pai é, e se eu não me engano, ele veio da Corvinal. – Remus respondeu calmo. – Mas ele diz que ficaria orgulhoso em qualquer casa que eu caísse. 

— Bom, eu espero que nós três sejamos da Grifinória! Assim, podemos passar todos os anos juntos, como os melhores amigos do mundo! – disse James alegre e estufando o peito.

Remus e Sirius sorriram e concordaram com o Potter. Assim, os três continuaram conversando e com o passar da conversa, o jovem Lupin foi se soltando cada vez mais e ele se via gostando mais e mais daqueles dois rapazes. Eles estavam rindo de uma piada que Sirius havia acabado de fazer quando houve pequenas batidas na porta. Os três olharam para ver quem era, e viram um rapaz um pouco gordinho, com cabelos loiros escuros bem cortados, de olhos claros e tímidos. 

— Olá... eu, será que eu posso ficar aqui? – perguntou o rapaz baixo. – O resto do trem está cheio.

— Claro! – disse James sorrindo. – Eu sou James Potter, e esses são Remus Lupin e Sirius Black. 

— Olá! – Remus e Sirius disseram juntos animados. – Qual seu nome? – Remus perguntou gentil.

— Peter, eu sou Peter Pettigrew. 

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No fim, Remus realmente havia acabado na Grifinória junto com James, Sirius e Peter. Os quatro se tornaram os melhores amigos que se poderia existir em todo o mundo, os brincalhões e animados de Hogwarts. Remus, era o mais certinho e o mais estudioso da turma; James e Sirius os bagunceiros que puxavam Remus e Peter para as brincadeiras, mas ainda sim, eram ótimos alunos em questão do estudo; Peter era o mais tímido no primeiro ano, mas ainda sim, tão inteligente quanto os outros e o mais observador deles.  No fim daquele primeiro ano, eles eram inseparáveis. 

No segundo ano de volta à Hogwarts, os rapazes se encontraram novamente e se preparavam excitados para aquele ano. E foi naquele ano, que James Ian Potter focou toda sua atenção e todo o seu amor para a jovem e bela, Lily Jacqueline Evans. Lily era uma garota dos cabelos ruivos mais belos que James já vira em toda a sua vida de doze anos, o rosto dela era o rosto mais precioso do mundo com suas sardas e seus olhos verdes vivos e ferozes. Oh, Lily havia conquistado seu coração desde do início. Porém, havia algumas complicações na relação dela com ele.

A primeira era que, por conta de sua reputação de encrenqueiro, Lily fazia o possível para se manter distante dele pois ela mesma não tinha paciência para se juntar com alguém como ele. A segunda, era que, por algum motivo que ninguém nunca entenderia, era que ela era amiga de Severus Snape, um aluno da Sonserina que boa parte de Hogwarts não gostava de se ter perto e que James havia declarado como inimigo no primeiro momento em que se trombaram no corredor. E terceiro – complementando o primeiro –, do quarteto, ela só falava com Remus.

Além do começo da grande história de amor de James, no segundo foi quando os quatro se uniram de uma maneira mais forte e com uma amizade de uma enorme confiança. Quando, o que Remus temia havia sido descoberto. Seus três amigos descobriram sobre ele ser um lobisomem, porém, eles não fugiram dele como o Lupin esperava que eles fizessem, os três permaneceram ao seu lado.

— Entendemos o seu medo, Remus. De verdade. – disse Peter tocando no ombro do mais alto.

— Mas, a partir de hoje em diante, saiba que sempre pode contar com a gente. – James disse sorrindo suavemente. – Eu falei sério quando disse que seriamos seus melhores amigos quando nos conhecemos no trem. Não vai ser um probleminha peludo que vai nos afastar de você.

Remus sorriu, sentindo seus olhos arderem com lágrimas de alívio e alegria.

— Nunca vamos te abandonar, magrelo. – disse Sirius puxando o Lupin para um abraço forte. - Você vai ter que nos aguentar para sempre.

Remus riu.

— Isso soa assustador. - comentou abraçando o Black. - Obrigado. Significa o mundo.

Assim, passando para o terceiro ano, James, Sirius e Peter começaram uma nova missão. Para ajudar Remus nas noites de lua cheia na Casa dos Gritos, os três decidiram se tornar animagos. Eles sabiam, no entanto que levaria tampo para se conseguir o sucesso, ser um animago requiria magia muito avançada. Mas os três estavam decididos e ninguém poderia os parar com essa ideia, tudo para o lobo deles.

Naquele terceiro ano – ignoraremos o fato de James ainda estar atrás de Lily –, os quatro amigos conheceram dois incríveis garotos de casas diferentes. Brian Francis da Corvinal e Richard Lehnsherr da Sonserina.

E por mais que os quatro não fossem muito fãs da Casa Sonserina, eles não negariam o fato de que Richard era alguém que se valia a pena em ter como amigo. Alemão, um garoto incrível e honroso que protegia muitos alunos dos valentões e era cheio de sarcasmo na língua. Esperto e assim como Remus, bastante estudioso e quieto, de cara os dois se entenderam.

Sirius, James e Peter se animaram mais com Brian. Brian quando estava com desconhecidos, era alguém bastante tímido e fofo, porém, quando estava ao redor de amigos, se tornava a peste em pessoa – principalmente ao lado de Sirius –, engraçado e sempre fazendo piadas, Brian era uma presença bem vinda nas pegadinhas que os amigos faziam. O Francis e o Lehnsherr eram melhores amigos e sempre estavam juntos por todos os cantos de Hogwarts. James amava o fato de que Richard sempre estava protegendo Brian, de qualquer um.

— O Lehnsherr sempre protegendo o Francis. – comentou o Potter uma noite para Richard. - Pode ser um ditado para a geração futura.

— Eu gostei – Richard respondeu sorrindo. –, tem um certo ar de promessa.

James sorriu e concordou. Realmente havia uma promessa.

No fim, estava claro que Richard e Brian eram membros importantes naquela família que estava começando a se formar aos poucos.

Quando o quarto ano havia chegado, o grupo de amizades havia crescido um pouco mais com as presenças de Alice Jones, Frank Longbottom e Sharon Williams. A junção deles para com o grupo de James foi algo natural.

Começou com Frank, o rapaz estava escrevendo um poema no dormitório masculino quando o Potter se aproximou dele. Era um dia em que James havia deixado Sirius e Remus em um canto para ver se algo acontecia, e Peter havia sido puxado por Marlene McKinnon para ajudá-la a se aproximar de um outro garoto. Com isso, James estava sozinho assim como Frank.

Ele viu o Longbottom deitado na cama escrevendo e resolveu se deitar ao lado dele e em silêncio observou ele escrever até o rapaz parar e olhar para ele com confusão.

— Tudo bem, James? – perguntou ele.

— Você é muito talentoso, Frank. – James comentou ainda lendo o que havia sido escrito.

— O-obrigado, James. - Frank murmurou com as bochechas vermelhas.

— E sim estou bem. – respondeu James a pergunta. – Acho que estou em um dia preguiçoso. Tudo bem se eu assistir você escrever?

— Claro.

E assim, a partir daquele dia, Frank se tornou mais próximo de James e dos outros integrantes do grupo de amigos.

Alice havia sido a próxima. Ela e Lily eram melhores amigas, mas ainda sim, Alice não tinha nada contra James, Sirius ou Peter como a Evans, mas também nunca conversou muito com eles – apenas com Remus –. Até um dia em que mais uma vez as tentativas de James para flertar com Lily não havia dado certo, terminando com a ruiva dizendo que o odiava.

James estava sentado com Remus em silêncio. O Lupin estava com o braço em volta dos ombros do amigo, dando-lhe um conforto silencioso. Era claro que Lily não suportava o Potter, mas, escutar que ela o odiava havia sido como um soco no estômago. Foi assim que Alice os encontrou, e em silêncio se sentou ao lado de Remus.

— Você está forçando muito. – disse a Jones calmamente.

— Eu só quero uma chance, Alice. – murmurou o Potter derrotado. – Ela nunca me deu uma chance.

— Você não pode culpar ela, pode? – Alice retrucou. – Tudo que você já fez com Snape, que é amigo dela desde antes de Hogwarts, e todas as pegadinhas com os outros alunos...

— Se você está dizendo que eu tenho de ser amigo daquele narigudo... – James resmungou.

— Não é isso. – retrucou a garota. – Eu também não sou amiga dele, particularmente preferia que Lily se afastasse dele também. Mas, bem, você poderia começar a repensar suas ações com certos alunos também. Tem pegadinhas que são engraçadas, James, mas tem outras que não são legais.

James abaixou a cabeça e suspirou.

— Está pensando em desistir dela? – Remus perguntou calmamente.

James bufou em resposta.

— Você se quer já pensou em desistir dela? – Alice perguntou sorrindo.

— Nunca passou pela minha cabeça na verdade. – foi a resposta dele.

E assim, depois daquele dia, Alice estava mais próxima de todos daquele grupo – mesmo com Lily não gostando.

Por fim, foi Sharon a próxima a se juntar.

Sharon era o amor da vida de Brian desde do primeiro instante em que seus olhos a viram. Ele, ao contrário de James, não tinha tanta coragem de flertar com a garota e muito menos falar normalmente com ela. Então em um dia, estavam eles, Remus, James, Sirius, Peter, Brian, Richard e Frank andando juntos pelo corredor.

Remus e Richard estavam conversando sobre livros, Sirius e Peter conversavam sobre garotas e garotos, Frank estava escrevendo algum novo poema enquanto andava com a mão de James nas costas dele para guiá-lo no caminho, enquanto o Potter conversava com Brian sobre o próximo jogo de quadribol, quando Sharon apareceu andando em direção oposta a deles.

Foi bastante divertido para todos ali, verem Brian ficar vermelho e dizer um “oi” apressado.

— E dizem que são as garotas que andam em grupo. – comentou a Williams sorrindo para os sete.

— Somos um bando, Sharon. – Sirius disse maroto para a garota. – Somos lobos atrás de comida.

— Devo me preocupar com o tipo de comida que vocês estão atrás? – perguntou Sharon rindo.

— Isso depende. – disse Peter. – Eu estou atrás daquele bolinho de cereja que teve hoje no café da manhã, Sirius está atrás do R...

— Estou atrás de garotos que falam demais para eu poder matar. – Sirius disse olhando feio para Peter que tinha um sorriso maroto no rosto.

— Eu estou atrás de uma ruiva. – disse James sorrindo largo. – Não é um desejo do tipo acordar e pensar em como legal seria ter uma ruiva. É uma leoa ruiva de olhos verdes específica.

— Vou fingir surpresa, no seu caso. – Sharon comentou revirando os olhos.

— Frank atrás de qualquer coisa que lhe de inspiração para seus lindos poemas. – James continuou. – Remus como sempre está atrás de chocolate, Richard está atrás de...

— Paz. – murmurou o alemão. – E Brian está está atrás de uma garota...

— Que roubou meu livro favorito! – Brian cortou o melhor amigo rapidamente, as bochechas mais vermelhas que antes. – É isso.

— Você está bastante vermelho, Brian, você está bem? – Sharon perguntou.

— Você sabe o meu nome?! – Brian retrucou parecendo chocado e emocionado.

— Sim? – Sharon agora olhava para ele confusa.

James e Sirius trocaram um olhar e sorriram.

— Sharon! O que nos diz em se juntar ao nosso bando? Estamos atrás de uma aventura! – Sirius exclamou alegre. – Venha com a gente!

— Vai ser divertido! – Peter disse entendendo a ideia. – E o Brian tem as melhores piadas!

— Eu tenho? – perguntou o Francis recebendo uma cotovelada de Richard. – Sim! Eu tenho!

— Você não vai se arrepender. – James disse piscando para ela.

Com isso, mais uma para aquela família que eles não percebiam que existia e estava se tornando maior.

Enfim, o quinto ano havia chegado. Um ano bastante importante. Naquele ano, James, Sirius e Peter conseguiram enfim se tornarem animagos depois de muito estudo e prática. James havia se transformado em um enorme cervo, Sirius um cachorro preto enorme e Peter em um pequeno rato acinzentado. E assim, Remus Lupin não estava mais sozinho nas noites de lua cheia, sempre seus amigos estariam lá com ele na Casa dos Gritos e quando mais ousados, fugiam pelos campos de Hogwarts e a Floresta Proibida para correr na noite selvagem.

Outro marco feito naquele ano foi a criação da jóia dos quatro amigos. Depois de noites sem dormir, fins de semanas sem tomar banho ou comer, havia sido criado a obra prima para os malfeitores. O Mapa do Maroto. A relíquia mais preciosa daqueles quatro, que enfim deram nome para o que eles eram e onde, foi-se criado os apelidos que seriam conhecidos durantes séculos.

Remus, se tornou Moony. Peter, se tornou Wormtail. Sirius, se tornou Padfoot. E James, se tornou Prongs. Eles eram os Marotos, os pesadelos e amores de Minerva McGonagall.

E o último marco daquele ano, envolviam James, Lily e Snape. Eles haviam acabado de fazer os N.O.M.S quando tudo aconteceu.

James em mais umas de suas brincadeiras causadas pelo rancor e ciúmes de Snape com Lily, fez o sonserino passar por uma grande vergonha e teria continuado por um longo tempo se Lily não tivesse aparecido e ordenado que ele parasse, o que ele fez no mesmo instante – porque não era capaz de negar nada para ela –.

Mas ao invés de agradecer a ruiva, Snape a chamou da pior ofensa já feita para alguém nascido trouxa. Snape chamou-a de sangue ruim. O que causou um nariz quebrado do bruxo por parte de James que lhe deu um soco certeiro naquele enorme nariz – eu sei me defender, Potter, não preciso que você fassa nada— e o fim da amizade entre Lily e Severus.

Algo que todos os amigos ficaram aliviados por. Era fato que Snape estava andando com pessoas que estavam seguindo o lado das trevas e quanto mais longe Lily estivesse dele, muito melhor.

Mas depois daquele dia também, James mudou. Ele mudou quando percebeu o que estava se tornando e que aquilo não era algo para se orgulhar. Ser um ótimo jogador de quadribol era para se orgulhar, ter um ótimo cabelo também, ser inteligente e até mesmo ser um animago com quinze anos, com certeza para se orgulhar. Mas um bully, isso era algo para se envergonhar. Depois daquele dia, James Potter havia amadurecido seu comportamento.

O grande sexto ano havia chegado e com ele o início do futuro de cada um sendo traçado. Não era mais segredo para ninguém sobre Lorde Voldemort, todos sabiam sobre ele e o quão horrível ele era. Mas por mais medo que eles estivessem sentindo do que poderia acontecer, todos os amigos aproveitavam aqueles últimos anos em Hogwarts de forma feroz e cheia de paixão.

Richard havia sido o primeiro a ser fisgado. Assim que chegou no castelo havia contado para todos – Brian sendo o primeiro a saber – sobre seu romance com a trouxa Edie Eisenhardt que se deu início naquelas férias. A moça que havia pedido ele em namoro para seu espanto e admiração e ele, já apaixonado por ela de outras férias, prontamente aceitou.

O próximo foi Frank. De uma forma doce e inesperada em uma noite onde todos estavam sentados juntos – Lily já estava próxima deles também mesmo não falando muito com James –, ele se levantou e pegou a mão de Alice, e de uma forma fofa e cheio de gagueira recitou para ela um lindo poema no qual terminava com um pedido de namoro. E Alice, totalmente apaixonada e encantada por Frank, aceitou lhe dando um beijo de tirar o fôlego.

Em seguida veio Peter para espanto de James e Sirius. O rapaz tomou toda a coragem que tinha para se aproximar de Hannah Sanders e a pediu em namoro com um pedido tímido. Hannah – que era tão tímida quanto ele – concordou totalmente surpresa e feliz.

Naquele ano haveria um baile de inverno e os alunos estavam totalmente animados para o evento. A maioria dos alunos já tinham seus pares e percebendo que poderia perder a chance, Brian Francis foi o próximo.

Ele pediu Sharon para ser seu par no baile junto com um pedido alegre de namoro. E assim como Alice, a resposta de Sharon conseguiu ser mais alegre com um beijo que faria inveja nas cenas de beijo dos cinemas trouxas.

Por fim, havia apenas três daquele grupo que não tinham um par. James, Sirius e Remus.

Focaremos no menos complicado. James. Ele havia diminuído em flertar com Lily e em boa parte do tempo em que uma conversa acontecia ele a tratava com respeito. Mas no caso ele não poderia deixar de convidar ela para o baile com ele. De uma forma sincera e respeitosa ele a pediu e deixou claro que se a resposta dela fosse um não ele respeitaria a decisão mas que não desistiria de seu final feliz.

A resposta dela foi um não. Mas isso seria apenas por causa de uma amiga que queria que Lily fosse com ela. O inesperado foi, Lily Evans lhe informou que depois do baile eles poderiam marcar para sair em Hogsmeade. E assim, James e Lily finalmente se juntaram.

E no fim, Lily acabou no baile com James de qualquer forma.

Não foi uma surpresa para ninguém Sirius e Remus terem ido juntos. Mesmo com o pretexto de “apenas amigos”, cada um ali sabia que havia muito mais ali do que apenas amizade.

A noite do baile havia sido uma noite de promessas. Para se manterem juntos seja qual for o futuro, eles estariam lutando juntos. E um dia, seriam eles a levar os filhos para a estação de King’s Cross, um dia eles seriam os pais mais incríveis da história. E eles fariam tudo isso juntos, afinal...

— Vocês percebem que, no final, acabamos nos tornando uma grande família, certo?

E um brinde a isto eles fizeram. Um brinde aos marotos e marotas daquela época onde os sonhos eram alcançáveis por um tempo.

Por fim o sétimo ano havia chegado. E com ele, o fim de uma era.

James e Lily já eram de fato um casal amoroso e cheio de carinho e brincadeiras um pelo outro. Os dois se amavam mais que tudo, cuidavam um do outro e tinham os mais lindos planos para o grande futuro. Brian e Sharon não estavam atrás, cheios do fogo da paixão e amor pela vida, eles estavam prontos para o que viria. Frank e Alice formados um doce casal com os mais doces sonhos para serem feitos. Assim como Richard e Edie também estavam. Sirius, Remus e Peter ao lado deles também.

O futuro parecia certo para eles.

E no fim daquele ano na formatura, Lily e Sharon estavam devidamente grávidas – assim como Edie que estava esperando em Londres –. Na última noite em Hogwarts eles fizeram uma grande festa na Sala Precisa, onde eles lembraram todos os momentos que passaram e as mudanças que viveram.

— Quando você pensa nisso, nós somos diferentes pessoas ao longo das nossas vidas, e tudo bem, isso é bom, você tem que continuar seguindo, contanto que você lembre de todas as pessoas que você já foi. – Frank disse com um sorriso suave no rosto olhando para todos. – Eu vou sempre me lembrar dos nossos momentos juntos.

Com o fim de seus dias em Hogwarts, a Ordem da Fênix entrou. E oficialmente eles estavam dentro da Primeira Guerra Bruxa. E assim, aqueles sonhos que eles tanto tinham começaram a se tornar inalcançáveis.

Quando eles entraram lá, foram agradavelmente surpresos com a presença de Logan Lungbarrow e Marion Noble-Lungbarrow. Um casal mais velho que Lily, Richard, James, Alice e Marlene conheciam em seus tempos de Hogwarts.

Logan e Marion haviam saído do castelo antes de seus sétimo anos por conta da gravidez dela para a incrível criança que todos da Ordem eram apaixonados. David Alec Lungbarrow.

Um garoto de três anos de idade, protegido do próprio Dumbledore, e a criatura mais fofa e amorosa que trazia alegria naqueles tempos sombrios.

Desde do primeiro encontro, David era totalmente apaixonado por Lily grávida. Mesmo havendo Sharon que também estava grávida e Edie que aparecia algumas vezes na Sede, David era totalmente apaixonado no pequeno bebê que estava crescendo dentro da Evans.

Lily o amava pois David fazia ela se sentir segura sobre o bebê que carregava. Ela amava passar algumas horas sentada ao lado dele com ele com os ouvidos na barriga dela enquanto conversava com o bebê sobre as aventuras que ele e o bebê fariam no futuro.

— Então selemos você e eu. Nóis dois, andandu pelu mundo juntos. – dizia o pequeno David. – Você vai sê minha companheila, Sophie.

— Sophie? – Lily perguntou sorrindo. – Então você acha que é uma menina?

— É clalo que é uma menina, tia Lily! Minha companheila mais inclivel do mundo! – exclamou o jovem bastante sério mas logo sorrindo. – Ela vai sê luiva, igual a você tia Lily, só que o luivo dela vai sê mais bunito que qualque outo.

Lily riu feliz e acariciou o cabelo bagunçado de David.

— Por que o nome “Sophie”, no entanto? Eu estava pensando em Lúcia...

David fez uma careta.

— Não! – exclamou ele fazendo bico. – David e Lúcia não tem um som legal, tia Lily! Não combina com David! Sophie sim, Sophie e David! Combina muito bem! Sophie e David, companheilos pala sem... semprie! Celto, Sophie?

David colocou as mãozinha na barriga da Evans e seu sorriso cresceu assim como o de Lily quando sentiu o chute de resposta do bebê.

E assim, o bebê teve seu nome. Sophie Lily Potter.

Mas apesar de tudo, tanto James quanto Lily sentiam medo da ideia de serem pais. De cuidarem de uma criança durante aqueles tempos. E mais ainda, a insegurança de não serem bons pais pairava em suas cabeças.

— Não precisa ter medo, James. – Logan disse na noite em que James admitira os medos que sentia em ser pai. – Por mais aterrorizante que pareça agora, logo você nem pensará se vai ser um bom pai ou não. Porque não importa o que aconteça, essa criança vai te amar mais do que qualquer coisa, e ela será sempre sua. Para amar, cuidar, proteger e zelar. Onde quer que esteja.

— Eu senti esse medo também. – Marion disse quando foi Lily a admitir o que sentia. – Mas quando David nasceu, era simplesmente perfeito, e assim como teve momentos em que eu não sabia o que fazer, teve outros que era instinto materno. E então foi tão simples ter ele comigo, viver o momento. Porque é isso, tudo que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado, Lily. Com medo ou não, continue seguindo, continue sendo incrível.

E foi assustador, realmente foi. Até não ser mais.

Pois 30 de Agosto de 1978, Sophie Lily Potter havia nascido, com seus tufos de cabelos ruivos e olhos verdes que futuramente se tornariam castanhos-esverdeados como os do pai, estava viva e saudável. Com seus olhinhos curiosos e o brilho em seus olhos.

— Quando você ainda não estava aqui comigo, havia essa estrela que brilhava tão forte e tão linda mais que qualquer outra. – murmurou James baixinho para o bebê em seu colo, ele estava sentado na cadeira dd balanço do quarto a noite. – Em noites em que eu ficava com medo do meu futuro, eu olhava para ela e ela estava ali brilhando. Hoje em dia, eu não a vejo mais. E também não preciso, pois você está aqui em meus braços, brilhando para mim. Lembre-se disso, pequena moça, você é minha filha. Minha pra sempre.

O padrinho de Sophie foram sem supresa alguma Remus e Sirius. O Lupin havia se apaixonado por aquela garotinha no instante em que seus olhos a viram, o sentimento de querer protegê-la daquele mundo e de mimar ela era enorme nele e por isso, sempre que podia, ele estaria cuidando daquela pequena garota que sempre que estava no colo dele parava de chorar em qualquer situação.

Os bebês de Sharon e Edie haviam nascido um mês antes de Sophie, ambos eram garotos.

O filho de Brian com Sharon se chamava Charles Edgar Francis, um lindo bebezinho calmo e manhoso. E o filho de Richard com Edie se chamava Erik Pistris Lehnsherr, o bebê mais calmo que poderia existir que dificilmente chorava e parecia sempre atento a tudo ao seu redor.

— Olhar para eles assim me faz ter tanta fé no futuro. – Alice comentou enquanto todos olhavam para os três bebês dormindo juntos.

— Nos dá coragem. – disse Brian com um suspiro. – Não que eu não tenha medo, ah mas eu tenho muito. Muito mesmo. Mas, minha esperança no futuro é muito maior agora.

— Dizem que os demônios fogem quando bons homens vão a guerra... Por esses pequeninos, vamos acabar com todos os demônios, sim?

— Vamos ser os heróis e heroínas dessa guerra. – Alice disse orgulhosa.

— Um novo mundo para o futuro. – Peter murmurou olhando para Sophie com um sorriso carinhoso.

Os tempos de paz acabaram logo. A primeira morte foi Hannah Sanders para a total desolação de Peter Pettigrew que estava planejando pedir ela em casamento. No futuro, todos preferiram pensar que a morte de Hannah foi o motivo tudo que aconteceu com o jovem e tímido Peter. Já foi dito antes, a guerra os deixa perdidos.

Não muito tempo depois foi Marlene McKinnon e toda sua família. Marlene havia sido uma grande amiga para todos e a confidente mais fiel de Sirius. Perdê-la foi como um soco forte em seus rostos. E assim o medo começou a crescer.

Com ameaças os seguindo, Logan e Marion não tiveram escolhas a não ser deixar o pequeno David aos cuidados de Dumbledore. O único lugar com a única pessoa que o pequeno rapaz estaria seguro.

E não muito tempo depois em 1979, mesmo sob a proteção do primeiro comandante Alastor Moody e o segundo comandante Richard Lehnsherr, Logan e Marion junto com todo o Clã Lungbarrow e Noble foram mortos. Deixando apenas David como o último do Clã Lungbarrow vivo. 

Infelizmente para os Potter, eles não viram mais David depois do funeral.

E em uma noite na qual a tristeza tomavam conta de seus corações e querendo a segurança um do outro, James e Lily geraram seu segundo filho que estava previsto para nascer no final do sétimo mês.

Em 1980, veio a devastação e queda de uma família criada em Hogwarts.

— Foi uma honra viver aqueles anos juntos. – Richard disse uma noite onde todos estavam juntos em silêncio. – E é uma honra maior estarmos lutando juntos.

Algumas semanas depois, Brian Sinclair Francis havia sido morto. E um mês depois, Richard Magnus Lehnsherr o seguiu.

A tristeza do luto nunca esteve tão grande como agora. Todos estavam tristes, o futuro era incerto. Eles estavam perdendo... Tudo estava morrendo.

Então, no ano de 1980, dia 31 de Julho, Harry James Potter havia nascido.

— Nossos filhos serão lendas, James. – Lily murmurou ao observar os dois filhos dormindo. – Eles serão heróis. Eu sinto isso. – ela colocou a mão no peito.

Sirius havia sido o padrinho de Harry. Remus estava em uma missão quando tiveram que fazer a oficialização e assim no papel, estava dito que apenas Sirius era o padrinho o jovem Potter.

Tudo estava bem, até o ano de 1981 quando Dumbledore foi os avisar sobre o perigo que eles corriam, mais principalmente Harry por conta de uma profecia que dizia que aquele pequeno garoto seria a queda de Lorde Voldemort.

E em um ato de medo, em Setembro daquele ano, os dois sentindo que as chances de Voldemort os acharem estavam crescendo, entregaram Sophie de três anos para Remus que estava morando com Sirius no Largo Grimmauld enquanto Harry permaneceria com os pais por ainda ser muito novo para se separar dos pais.

Remus e Sirius cuidaram de Sophie com enorme amor e proteção. E todas as noites ela dormiria na cama de Remus, onde ele a manteria sempre perto.

No final de Setembro, James havia escolhido Sirius como o Fiel do Segredo para que fosse o único que soubesse de onde eles estavam, ninguém mais. Sirius por sua vez recusou, por saber que seria muito óbvio para todos que seria ele a saber onde os Potter estariam. Assim, Sirius sugeriu que Peter fosse o Fiel ao invés dele ou de Remus.

Então o fim de tudo aconteceu.

Em 1981 do dia 31 de Outubro houve a melhor notícia para o mundo bruxo.

Lorde Voldemort estava morto!

Um garotinho, chamado Harry Potter o derrotara.

Mas houve um preço alto para essa vitória, e este preço era sentido nos corações de Sirius Black, Remus Lupin, Alice e Frank Longbottom, e futuramente atingiria os corações de Sophie, Harry, Erik, Charles, David.

Uma família enorme foi perdida.

Amigos e irmãos foram mortos.

Crianças foram separadas de um futuro onde cresceriam juntas e felizes.

Hannah Sanders estava morta.

Marlene McKinnon estava morta.

Logan Lungbarrow e Marion Noble-Lungbarrow estavam mortos.

Brian Francis estava morto.

Richard Lehnsherr estava morto.

James Potter e Lily Evans-Potter estavam mortos.

Peter Pettigrew os traíra.

E o menino sobreviveu.


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